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Além de um novo olhar sobre o controle do diabetes em idosos, outra discussão importante do III Simpósio de Endocrinologia Geriátrica foi a preocupação com dois quadros extremos na saúde dos mais velhos: a obesidade e a desnutrição. A endocrinologista Ana Carolina Nader Vasconcelos Messias, coordenadora do ambulatório de obesidade e cirurgia bariátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado-RJ, alertou para o risco aumentado de mortalidade que acompanha os obesos. “Trata-se de uma epidemia global: em 2016, havia 1.9 bilhão de pessoas acima dos 18 anos com sobrepeso, sendo que 650 milhões eram obesas”, afirmou. No Brasil, a estimativa é de que 19% estejam obesos.

Muitos medicamentos facilitam o aumento de peso: corticosteroides, anti-hipertensivos, anticonvulsivantes (que servem para estabilizar o humor), antidepressivos e antipsicóticos. É o que a endocrinologista chamou de “polifarmácia obesogênica”, ou seja, remédios que contribuem para o ganho de quilos extras. O caminho inverso demanda disciplina e acompanhamento médico. “É importante revisar a prescrição do paciente, incluir atividade física rotineira e mudança de dieta, já que idosos tendem a consumir carboidratos e uma quantidade menor de proteínas. Há necessidade de uma verdadeira mudança de comportamento”, explicou.


Já a nutricionista Nara Lopes, mestre em nutrição clínica pela UFRJ, abordou situações que levam o indivíduo a apresentar um quadro de déficit nutricional: doenças crônicas, dietas restritivas, depressão, medicamentos, infecções recorrentes. “Elas prejudicam a imunidade, predispõem o paciente a infecções e reduzem a capacidade do corpo de se recuperar. A fraqueza muscular e a imobilidade também representam um risco aumentado para quedas. Tudo isso leva a um número maior de internações hospitalares e ao aumento do tempo dessa internação”, analisou.

Disfagia, a dificuldade na sequência de movimentos da boca até o estômago ao engolir o alimento, e desnutrição são condições clínicas frequentemente associadas: idosos, pacientes que tiveram AVC (acidente vascular cerebral), portadores de doenças neurodegenerativas ou câncer, em especial de cabeça e pescoço, acabam se alimentando mal. A nutricionista explicou que a indicação de terapia nutricional se dá quando a pessoa consome menos que 60% das suas necessidades calóricas. A perda de peso – mais de 5% em três meses ou 10% em seis meses – se torna evidente e ela recomenda que os suplementos sejam administrados em pequenas doses e em horários definidos, de preferência entre as refeições, para que não provoquem a sensação de saciedade.

 

G1

testeUm teste genético chamado de Oncotype DX evitou que 70% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial (até 3 cm) recebessem quimioterapia sem necessidade no Hospital Pérola Byington, do governo de São Paulo.

O uso do exame neste hospital público fez parte de um estudo inédito no país realizado pelo Hospital Pérola Byington em parceria com o Grupo Fleury, divulgado neste sábado (13) no Congresso da Sociedade Brasileira de Mastologia.


Participaram do estudo 111 mulheres entre 34 e 78 anos, sendo 57 a idade média. Antes do teste genético, 109 preenchiam critérios clínicos para a quimioterapia. Mas o exame demostrou que apenas 33 tinham necessidade desse tipo de tratamento e uma paciente, que não apresentava indicação, após o resultado, foi considerada de alto risco.

"A partir de critérios clínicos, como grau de agressividade do tumor e idade da paciente, decidimos se ela vai ou não fazer quimio. Quando chegaram os resultados dos testes genéticos, em 70% dos casos nós mudamos de opinião. Ou seja, a avaliação clínica, apenas, não é suficiente", afirma o mastologista André Mattar, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia e coordenador do estudo.


Hoje, quando o tumor é considerado inicial, o protocolo é a cirurgia, segundo o médico. A quimioterapia é indicada de acordo com o grau de agressividade. O objetivo é prevenir que ele volte.


"No passado, o câncer de mama era diagnosticado somente em estágio avançado, pois não existiam métodos de rastreamento. Hoje, acabam se diagnosticando tumores menores, mas que também são agressivos, que são apenas pequenos porque estão no início. Esse teste genético elimina esse viés", afirma.

O exame Oncotype DX é feito no tumor retirado na cirurgia. Ele extrai o RNA do tumor, analisando 21 genes. O resultado se traduz em uma nota de 0 a 100. Quanto mais baixo esse valor, menor a necessidade de quimioterapia.

Segundo o médico, ele detalha o risco de agressividade do tumor, permitindo uma decisão terapêutica mais adequada.

O teste já está disponível no Brasil na rede privada e custa cerca de R$ 13 mil. Ainda não é oferecido pela rede pública nem é coberto pelos planos de saúde. "A ideia no futuro é ter um teste como esse disponível para todas as pessoas", afirma Mattar.


Ele explica que, sem o teste, os critérios clínicos para a indicação da quimio são o grau histológico, que se refere à agressividade do tumor, que vai de 1 a 3, sendo que o grau 1 não apresenta a necessidade de quimioterapia; idade da paciente, ou câncer seja, mulheres abaixo de 50 anos se beneficiam mais da quimioterapia do que aquelas acima dessa idade; se há linfonodos comprometidos pela doença ou não; o valor dos receptores hormonais positivos de estrogênio e de progesterona - quanto maior o valor, maior o benefício com a hormonioterapia e menor com a quimioterapia. E o último parâmetro, o tamanho do tumor. Quanto maior, maior a necessidade de quimio, segundo o médico.

 

R7

Foto: Thinkstock

 

A enxaqueca atinge um bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde e é a sexta doença crônica que mais incapacita pessoas. No Brasil, 5% da população tem enxaquecas crônicas, ou seja, com crises que ocorrem por 15 dias por mês ou mais.


Apesar de muita gente confundir a enxaqueca com dor de cabeça, elas são diferentes. A dor de cabeça é sintoma de muitas doenças e desaparece após o tratamento. Já a enxaqueca é a própria doença. Mesmo tratada, a dor pode ser sentida, porque são pessoas que têm um cérebro mais sensível.

A enxaqueca deve ser tratada com muita seriedade e controle porque aumenta o risco de AVC e infarto, assim como a hipertensão, o colesterol alto e o tabagismo. De acordo com a neurologista Thais Villa, convidada do Bem Estar desta segunda-feira (15), a enxaqueca é hereditária e, na maioria dos casos, a automedicação pode ser uma cilada.

A dica é registrar as manifestações e crises em um caderno de anotações. Fatores como duração e horários predominantes, intensidade e localização da dor, sintomas acompanhantes, situações desencadeantes, entre outros, devem ser observados.


Sintomas típicos


Dor latejante, unilateral, de forte intensidade e duração
Náusea ou vômitos
Intolerância à luz, cheiros e som


Os principais gatilhos da enxaqueca
Estresse
Mudança hormonal
Privação do sono
Jejum prolongado
Mudança climática


Tratamento
Medicação oral
Toxina botulínica (trata a enxaqueca crônica)
Fisioterapia
Biofeedback
Mudança de hábitos


Analgésico: amigo ou inimigo?
Estudos mostram que usar mais de 12 doses de analgésicos por mês causa um efeito rebote da dor. Quem faz uso de vários tipos na tentativa de encontrar um que tenha efeito, muda as características da dor, o que dificulta o tratamento da enxaqueca.

O tratamento para enxaqueca é específico. Quando tratada, as crises são reduzidas. Mesmo exposta aos gatilhos, a pessoa consegue evitar a dor.

MITOS E VERDADES SOBRE ENXAQUECA

Toda dor de cabeça é enxaqueca? MITO
Analgésicos podem ser tomados livremente? MITO
Enxaqueca pode levar à depressão? VERDADE
Alguns alimentos pioram a enxaqueca? VERDADE
Jejum provoca enxaqueca? VERDADE
Só os adultos têm enxaqueca? MITO
Mulheres sofrem mais de enxaqueca crônica? VERDADE
Não tem remédio para enxaqueca? MITO
A enxaqueca não tem cura? VERDADE
Enxaqueca não requer especialista para tratar? MITO

 

G1

pilulaMulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional muitas vezes buscam outros métodos contraceptivos por medo de trombose. A condição, de fato, tem uma relação com o medicamento que previne gravidez indesejada, mas o risco absoluto é menor do que muita gente acredita.

Por que a pílula pode provocar trombose
De acordo com o cardiologista Rafael Belo Nunes, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ainda não é conhecida a relação entre anticoncepcional e risco de trombose, mas estudos indicam que os contraceptivos orais podem desequilibrar o sistema circulatório, que fica mais propício a criar coágulos e, consequentemente, eventos relacionados à trombose.

O ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior afirma que a trombose normalmente ocorre em duas a três pessoas a cada 10 mil habitantes. Contudo, entre pessoas que usam pílulas perigosas, os números passam a ser de 5 a 9 eventos a cada 10 mil habitantes.
É importante saber que nem todas as pílulas anticoncepcionais elevam o risco de trombose. As que aumentam a incidência da doença são as do tipo “combinado”, que unem derivados do estrogênio a outro hormônio.

Pílulas anticoncepcionais que mais causam trombose
Segundo os médicos, a chance de ter trombose é pequena mesmo para quem ingere esses medicamentos, mas mulheres que apresentam fatores de risco devem evitar pílulas anticoncepcionais combinadas, que aumentariam os riscos. Os produtos considerados mais perigosos são:

Selene
Diane
Allestra
Belara
Ciclo 21
Level
Stezza
Mercilon
Microvilar
Siblima
Também há indícios de que pílulas combinadas com drospirenona aumentem chance de trombose. Entre as marcas, estão nomes famosos como Yaz, Yasmin e Elani.

Além de buscar novos métodos contraceptivos, mulheres que apresentam fatores de risco para trombose podem apostar em pílulas simples, também chamadas de minipílulas, que contêm apenas o hormônio progesterona, que costuma surgir na forma de desogestrel, linestrenol ou noretisterona. Algumas marcas que apresentam esses compostos são Cerazette, Norestin, Juliet e Exluton.
Um dos principais fatores para repensar o uso do anticoncepcional é a presença do histórico de doenças circulatórias e cardiovasculares na família, mas condições como obesidade, diabetes, hipertensão, idade maior de 35 anos e tabagismo são outros fatores de risco de trombose relacionado ao uso da pílula.

 

Vix

Foto: areeya_ann/shutterstock