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retençaoA retenção de líquidos é um problema que causa acúmulo de fluidos no corpo. Segundo o ginecologista Rodrigo Borsari, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a retenção líquida pode ocorrer dentro dos vasos sanguíneos, nos órgãos, dentro das células ou entre elas, provocando inchaço e até alterações no peso.


A retenção de líquidos pode ser causada por conta de alguns problemas, como insuficiência dos vasos sanguíneos, coágulos, que geram a trombose, uso de medicamentos para diabetes tipo 2 e para hipertensão, algumas doenças cardíacas, hepatite, cirrose e insuficiência renal. O ginecologista afirma que, ao chegar ao hospital, os médicos devem avaliar todas essas condições, que são mais graves, embora menos frequentes, para recomendar o tratamento correto para a causa do acúmulo de líquidos.


Durante o período menstrual, há uma retenção de líquidos maior. De acordo com Borsari, isso se dá pelo aumento da progesterona, hormônio feminino que facilita a gestação, aumentando a quantidade de líquido entre as células. Dessa forma, no período pré-menstrual, as mulheres sentem mais inchaço nas pernas, região abdominal, nos seios, braços, mãos e face. Esses sinais seriam mais evidentes ainda durante a gravidez, período em que há maior produção de progesterona pelo organismo.


O uso de alguns anticoncepcionais também está atrelado à retenção líquida. De acordo com o ginecologista, por conta da progesterona, anticoncepcionais que agem de maneira sistêmica, como algumas pílulas anticoncepcionais, implantes e anticoncepcionais injetáveis, estão mais associados ao acúmulo de líquidos. Caso a mulher sinta esses efeitos, ela deve conversar com seu médico para que ele apresente outras opções de método.


O consumo excessivo de sal também pode causar retenção líquida. O ginecologista afirma que a transição da água pelo corpo pode variar e a concentração excessiva de sal puxaria o líquido para aquele local em que estiver, diminuindo a eliminação de água pelo organismo
Temperaturas elevadas também podem favorecer a retenção líquida. Isso porque, com o calor, há uma maior dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando o extravasamento de líquidos para fora dos vasos e causando mais inchaço. Entre os locais mais acometidos por retenções líquidas devido ao calor são os pés e as pernas.


Uma das formas de reconhecer se você tem retenção de líquidos é pressionar a área do corpo inchada. Segundo o médico, ao pressionar o dedão contra a pele, se ela afundar e demorar para voltar à posição anterior, ou deixar uma marca que demora alguns segundos para desaparecer, isso é indício de retenção de líquidos. Outro sinal comum são marcas deixadas por meias e elásticos ao apertarem a pele.

 
Nos casos de retenção líquida ocasionada por problemas graves, o tratamento é feito com remédios para a causa do problema associados a medicamentos diuréticos recomendados pelo médico. Os diuréticos são medicamentos que ajudam a eliminar o excesso de líquido mas, segundo o ginecologista, algumas pessoas fazem uso indevido do remédio com o intuito de emagrecer, podendo ser mais perigoso do que a retenção líquida, eliminando substâncias e sais minerais necessários para o corpo.


Para minimizar a retenção líquida, seja pela variação hormonal ou pela alimentação, Borsari afirma que o melhor método a ser recorrido são as atividades aeróbicas, como a caminhada ou a corrida, por pelo menos 40 minutos e três vezes por semana. A atividade física ajuda a eliminar o excesso de líquido por meio da transpiração e, com a atividade muscular, há um consumo maior desses líquidos pelo corpo.


A redução do consumo de sal e aumento da ingestão de água e chás, como o de camomila, que possui ação anti-inflamatória e antioxidante, além de frutas cítricas, como laranja, limão e melancia, também ajuda na ação diurética, eliminando os líquidos que estão em excesso no corpo. Entretanto, pacientes que tenham doenças mais graves, as orientações podem ser diferentes, com restrição da ingestão de água e de alguns alimentos.

 

R7

Foto: Freepik

 

malariaA OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta terça-feira (23) o lançamento da primeira vacina contra malária do mundo. O primeiro país a receber esse programa-piloto será o Maláui.

A vacina, conhecida como RTS, S será disponibilizada para crianças de até 2 anos de idade. Os próximos países a receberem o imunizante serão Gana e Quênia.
A vacina vem sendo desenvolvida há 30 anos e, até o momento, é a única capaz de reduzir significativamente a carga viral em crianças. Em ensaios clínicos foi comprovado que o imunizante previne cerca de quatro em 10 casos de malária, incluindo três em 10 casos de malária severa com risco de morte.

“Temos visto ganhos tremendos de mosquiteiros e outras medidas para controlar a malária nos últimos 15 anos, mas o progresso estagnou e até retrocedeu em algumas áreas. Precisamos de novas soluções para recuperar a resposta contra a malária e essa vacina nos oferece uma ferramenta promissora para chegar lá", afirmou em nota Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "A vacina contra a malária tem o potencial de salvar a vida de milhares de crianças."
A malária é uma das doenças mais letais do mundo, mata 435 mil pessoas todos os anos, principalmente crianças, segundo a OMS. A maioria dessas mortes ocorre na África, onde mais de 250 mil crianças morrem da doença anualmente. De acordo com o órgão, crianças menores de cinco anos são as que correm maiores riscos de complicações.

“A malária é uma ameaça constante nas comunidades africanas onde esta vacina será administrada. As crianças mais pobres sofrem mais e estão em maior risco de morte”, afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África.


“Conhecemos o poder das vacinas para prevenir doenças fatais e alcançar crianças, incluindo aquelas que podem não ter acesso imediato aos médicos, enfermeiros e unidades de saúde que precisam para salvá-las quando ocorrer uma doença grave”, completou Moeti, afirmando que a descoberta da vacina deve ser comemorada.

Segundo a OMS, o programa-piloto foi projetado para evidenciar e informar as recomendações de políticas do órgão sobre o uso mais amplo da vacina contra a malária RTS, S. O programa examinará as reduções nas mortes de crianças, captação de vacina, incluindo se os pais levam seus filhos a tempo para as quatro doses necessárias e a segurança do uso rotineiro do imunizante.


A OMS afirma que a vacina seria uma ferramenta complementar de controle da malária - a ser adicionada ao pacote principal de medidas recomendadas pelo órgão para a prevenção da doença, incluindo o uso de mosquiteiros com inseticida, pulverização interna, testes e tratamento pra a malária.

A iniciativa para a vacina foi coordenada pela OMS, com colaboração dos ministérios da saúde de Gana, Quênia e Maláui, em parceria com instituições internacionais, como a PATH, uma organização sem fins lucrativos, e a GSK, empresa fabricante da vacina, que doará até 10 milhões de doses do imunizante para o teste.


A expectativa é de que a vacina seja aplicada em 360.000 crianças, anualmente, nos três países e os ministérios de saúde locais determinarão onde os imunizantes serão aplicados. De acordo com o órgão, a vacinação se concentrará em áreas com transmissões de moderadas a altas.

 

R7

Freepik

A realidade virtual promete ser uma das grandes aliadas do envelhecimento. Sua aplicação no campo da longevidade ainda é restrita e cara, mas esperamos que siga o caminho de toda inovação tecnológica e se popularize. Na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, o professor Kenneth Bo Foreman, diretor do Motion Analysis Core Facility, lidera um projeto cujo objetivo é melhorar o equilíbrio de pacientes com Doença de Parkinson, diminuindo o risco de quedas.

Visualize o que acontece no laboratório dessa universidade: ali está sendo testado um programa chamado Treadport, desenvolvido num ambiente que, em inglês, se chama CAVE (Cave Automatic Virtual Environment). Num lugar fechado, a pessoa com Parkinson coloca um par de óculos que se assemelha aos disponíveis no mercado e sobe numa esteira. Utilizando um equipamento de segurança com alças e correias que a impede de cair – lembra um pouco o usado em voos de asa delta – anda em direção a um espaço aberto que é projetado no chão e nas paredes: à sua frente e nas laterais. Os comandos pedem que ande em linha reta, para os lados e até corra, podendo se deparar com obstáculos também virtuais, como mostra o vídeo disponibilizado pelo professor Foreman. Quando consegue completar uma etapa com sucesso, o nível seguinte apresenta um grau maior de dificuldades.


Depois de sessões semanais de meia hora durante seis semanas, os pacientes demonstraram melhor equilíbrio e controle para lidar com obstáculos. Esse é um grande avanço, já que, para grande parte dos portadores de Parkinson, o simples ato de andar dentro de casa ou caminhar pela vizinhança pode ser desafiador. Para o cientista, a principal vantagem do experimento é levar o indivíduo a ampliar suas habilidades num ambiente totalmente seguro: “o exercício ganha uma outra dimensão, porque os participantes apreciam a experiência e se divertem com ela. Conseguem superar seus limites sem o medo de cair”.

Foreman apresentou seu trabalho no Experimental Biology 2019, evento que atrai cerca de 12 mil cientistas e expositores e foi realizado entre 6 e 9 de abril na Flórida. O próximo passo é levar o Treadport para o centro de reabilitação da universidade. Numa rápida conversa por e-mail com o G1, o professor Foreman admitiu que o grande desafio é o equipamento ser utilizado em grande escala: “já há muitos ambientes de realidade virtual, mas poucos com projeção no chão e que tenham sido customizados para um grupo específico com problemas de mobilidade. Optamos por usar óculos semelhantes aos comuns porque eles tornam a experiência mais real e também desenvolvemos sapatos especiais que recriam a sensação de pisar no terreno acidentado que está na tela. Nossa esperança é que de esse treinamento possa um dia beneficiar o maior número possível de pessoas”.

 

G1

 

labiolaporinoO lábio leporino é uma fissura decorrente da má formação do lábio e/ou palato ainda antes do bebê nascer. Essa condição é marcada por uma abertura, geralmente, no lado esquerdo e direito do lábio - de maneira que ambas as partes não se juntam e formam uma linha vertical aberta. Também chamada de fissura labiopalatal, essa anomalia afeta a fala e até mesmo a sucção do leite materno.


É um problema genético?
Acredita-se que o lábio leporino ocorra devido à predisposição genética do feto associada a fatores ambientais durante a gravidez, como consumo de bebidas alcoólicas, fumo e uso de medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes.


Como saber quando a criança ter?
Segundo Dr. Paulo Marinho, ginecologista e obstetra da Perinatal, é possível descobrir se o bebê terá essa malformação ainda na barriga da mãe. Dependendo do tamanho da fissura, o diagnóstico pode ser feito no pré-natal, por meio de ultrassom. Durante o exame, que geralmente é realizado a partir da 20ª semana de gestação, são analisadas diversas áreas do corpo do bebê – inclusive possíveis lesões nos lábios.

Mas, de acordo com o médico, em alguns casos essa anomalia não é percebida. Ele explica que, em casos raros, as lesões podem passar despercebidas por serem pequenas ou pelo bebê estar em uma posição desfavorável no momento do exame. No entanto, na hora do parto são identificadas.


Tratamento
Ainda de acordo com Marinho, recomenda-se que a malformação seja corrigida o mais rapidamente possível. Ele explica que alguns procedimentos podem começar já nas primeiras horas de vida, como a colocação de placa moldada no céu da boca do bebê.“Essa intervenção não cirúrgica irá permitir que o bebê respire com mais facilidade, e muitas vezes consiga mamar ao seio, ou em mamadeira, com um menor risco de aspirar alimentos para o pulmão.


Como é a cirurgia?
Os procedimentos cirúrgicos são indicados após os três meses de vida e consiste em uma série de cirurgias que buscam corrigir a fissura palatina, reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz. A cirurgia assegura a integridade da estrutura óssea, a funcionalidade da musculatura da boca e face, além de evitar a voz anasalada e deficiências na respiração. Contudo, o número de operações depende do crescimento e da idade do paciente, bem como das estruturas envolvidas, como nariz, lábios e céu da boca.

O tratamento do lábio leporino leva de 16 a 20 anos para ser concluído e, durante a reabilitação, o crescimento dos ossos do crânio da face devem ser observados com atenção para que a pessoa não fique com sequelas, como crescimento inadequado dos ossos craniofaciais.


Pós-tratamento
A criança com lábio leporino deverá ser acompanhada por diversos profissionais de áreas como fonoaudiologia, cirurgia plástica, odontologia e psicologia. A atuação da equipe multidisciplinar é fundamental para estimular o desenvolvimento adequado da estrutura ortodôntica e evitar distúrbios respiratórios, infecções crônicas, má nutrição e problemas na dentição.

 

Vix

Foto: Fleckstone/Shutterstock