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O baixo consumo de proteína pode exercer efeitos negativos no corpo, como queda de cabelo, rachaduras na pele e até perda de peso, à medida que a massa muscular diminui. Por causa disso, muitas pessoas recorrem ao consumo controlado para fortalecer os músculos e evitar as consequências de uma dieta pobre no nutriente. No entanto, segundo artigo da BBC, apesar de existir esta associação — que não está incorreta –,  os efeitos colaterais de não consumir proteína em quantidade suficiente são raros e ocorrem, principalmente, em quem apresenta distúrbios alimentares.

Então, qual é a quantidade diária recomendada para o consumo de proteína?

Uma das funções mais importantes da proteína é auxiliar no crescimento e regeneração do corpo. Alimentos com alto teor proteico – como laticínios, carnes, ovos, peixes e feijões – fornecem este nutriente, que é absorvido pelo intestino, depois de ser quebrado em partes menores no estômago. A partir daí, o fígado escolhe quais deles o organismo vai precisar, e o restante é descartado pela urina.

Como o corpo elimina o excesso, não é necessário consumir proteína a mais. Portanto, recomenda-se a ingestão diária de 0,75g por quilo de peso corporal; uma média de 55g para homens e 45g para mulheres (ou duas porções de carne, peixe, tofu, nozes ou leguminosas).

Proteína e músculos

A proteína, de fato, tem uma papel essencial na construção muscular, e a prática esportiva pode auxiliar nesta função. Exercícios baseados na força provocam a quebra de proteínas no tecido muscular, mas os músculos só ficam mais forte quando elas são reconstruídas. Por isso, alguns especialistas recomendam a ingestão de proteína pós-exercício — o que permitem que essa reconstrução ocorra. Esse consumo geralmente acontece com os suplementos proteicos, como o whey protein.

Suplementos proteicos

Entre os suplementos proteicos mais populares utilizado no pós treino estão os shakes de proteína, que podem ajudar no crescimento e na restauração do tecido muscular, através da leucina – aminoácido encontrado na proteína, capaz de desempenhar importante papel no processo de reconstrução dos músculos.

De acordo com dados de uma realizada pela Mintel (agência inglesa de inteligência de mercado), 27% dos britânicos compram produtos de nutrição esportiva, como barrinhas e shakes de proteínas. Esse número sobe para 39% entre as pessoas que se exercitam mais de uma vez por semana. Apesar disso, 63% dos consumidores não sabem dizer se a utilização desses produtos está fazendo algum efeito.

Uma análise de 36 artigos, de 2014, afirmou que durante as primeiras semanas de treino – para iniciantes – os suplementos não têm impacto sobre a massa magra e a força muscular. Os resultados podem aparecer com o passar do tempo e a complexidade do treinamento. No entanto, o levantamento também concluiu que essas mudanças não são comprovadas no longo prazo. Outro artigo, de 2012, apontou que a proteína deve ser combinada com um carboidrato de absorção rápida, para que ocorra aumento do desempenho físico, recuperação do treinamento e da massa corporal magra.

Alimentação é suficiente

Por outro lado, a maioria dos especialistas garante que é melhor consumir proteínas a partir da alimentação, evitando os suplementos. Segundo Kevin Tipton, professor de esporte da Universidade de Stirling, na Escócia, a maioria das pessoas obtém mais do que a média diária recomendada de proteínas a partir dos alimentos. “Não há necessidade de tomar suplementos. Eles são uma forma conveniente de obter proteína, mas não há nada nos suplementos que você não consiga nos alimentos, incluindo barrinhas”, explicou ele à BBC Future.

Essa afirmação ainda é válida para fisiculturistas, já que para haver ganho muscular existem outros fatores importantes, como a manutenção do treino, sono, estresse e outros aspectos da dieta que não envolvem o consumo de proteína.

Além disso, a pesquisadora Alex Johnstone, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, afirma que a maioria dos produtos à base de proteína podem ser uma ameaça ao bolso do consumidor. “Alguns produtos rotulados como ricos em proteína não o são, e costumam ser muito caros. De qualquer forma, consumir mais proteína do que o necessário é um desperdício em termos de dinheiro, que vai pelo ralo”, alertou.

Quando o suplemento é necessário?

De acordo com Graeme Close, professor de fisiologia humana na Universidade John Moores, na Inglaterra, atletas que enfrentam dificuldades em atingir as metas proteicas diárias podem utilizar os suplementos.

Outro grupo que também pode se beneficiar com o uso desses produtos são os idosos já que à medida que os indivíduos envelhecem é preciso mais proteína para conservar a massa muscular. Entretanto, o envelhecimento interfere nas papilas gustativas e os idosos acabam preferindo ingerir alimentos com sabor doce. “Precisamos manter a massa muscular enquanto envelhecemos, porque nos tornamos menos ativos e mais frágeis”, comentou Emma Stevenson, professora de ciências do esporte e exercícios na Universidade de Newcastle, no Reino Unido.

Segundo Close, os idosos devem aumentar a ingestão de proteína diária para cerca de 1,2 g por quilo de peso corporal.

Consumo excessivo

Alguns nutricionistas acreditam que uma dieta rica em proteínas pode prejudicar os rins e os ossos, entretanto, segundo Tipton, não existem muitas evidências que comprovem essa preocupação já que o limite máximo do corpo é quase impossível de ser alcançado. A única exceção seriam pessoas com disfunção renal prévia; ainda assim, a probabilidade de efeitos adversos é muito baixa.

Mas, enquanto a proteína em si não é considerada prejudicial, muitos suplementos também são ricos em FODMAPs, grupo de carboidratos de difícil digestão, que podem causar inchaço, aumento da produção de gases e dores no estômago. Portanto, é recomendado ler atentamente os rótulos dos produtos antes de consumi-los para evitar efeitos colaterais.

Perda de peso

A proteína também está associada à perda de peso. Dietas de baixa ingestão de carboidratos (low-carb) e ricas em proteínas, como a Paleo e a Atkins, prometem prolongar a sensação de saciedade. Isso porque, segundo estudos, um café da manhã com alto teor proteico pode ajudar a diminuir a vontade de comer ao longo do dia.

No entanto, Alex Alex Johnstone, da Universidade de Aberdeen, descobriu que cortar carboidratos tem efeitos prejudiciais para a saúde intestinal, por isso, ela não recomenda a dieta do tipo ‘Atkins’. Para indivíduos com sobrepeso, ela aconselha uma dieta rica em proteínas e moderada em carboidratos, que consista em 30% de proteína, 40% de carboidrato e 30% de gordura. As dietas convencionais costumam contemplar, em média, 15% de proteína, 55% de carboidrato e 35% de gordura.

Proteína sem gordura

Apenas aumentar a ingestão de proteínas não ajuda a perder peso, especialmente se as carnes escolhidas são ricas em gorduras. Estudos indicam que o consumo de grandes quantidades de proteína animal está ligado ao ganho de peso, principalmente a carne vermelha, que está associada a um aumento do risco de câncer, assim como de doenças cardíacas. Desta forma, as melhores opções são as carnes magras, como frango e peixe.

Outras fontes de proteína têm sido estudadas por pesquisadores, como é o caso da micoproteína, como o quorn – derivada de um fungo -, que também é rica em fibras. Os cientistas estão investigando como essa composição única (de proteína e fibra) pode afetar os níveis de saciedade e insulina, que estão relacionados ao diabetes tipo 2. Uma equipe comparou uma dieta de micoproteínas e outra à base de frango e percebeu que os níveis de insulina dos participantes que consumiram quorn controlaram o açúcar no sangue da mesma forma, mas demandaram uma produção menor de insulina do pâncreas.

Ainda que o risco de consumir proteína em excesso seja pequeno, é sempre bom conhecer outras alternativas, especialmente quando elas trazem outros benefícios.

veja

De acordo com pesquisa divulgada semana passada na publicação “Circulation”, da American Heart Association, a performance masculina na cama pode ser um bom indicador da saúde das artérias e do coração. Estudos anteriores já sugeriam a relação entre a disfunção erétil, que atinge 12 milhões de norte-americanos, e o risco cardiovascular. Desta vez, quase 2 mil homens, com idades entre 60 e 78 anos e sem histórico de doença coronariana ou acidente vascular cerebral, foram acompanhados durante quatro anos. Desses, 46% haviam relatado problemas de ereção e o que se constatou é que o grupo com disfunção erétil experimentou o dobro de infartos e derrames em relação ao que não tinha essa queixa.

O médico Michael J. Blaha, um dos autores da pesquisa, afirmou à publicação que esses homens devem se submeter o quanto antes a uma avaliação cardiovascular: “é uma ótima oportunidade para identificar riscos que ainda não haviam sido detectados”. O grupo será acompanhado pelos próximos dez anos e a expectativa dos pesquisadores é descobrir se será possível realizar algum tipo de intervenção precoce. Há fatores de risco que são comuns à disfunção erétil e à doença cardiovascular, como obesidade, tabagismo e síndrome metabólica – que se caracteriza por um conjunto de condições que aumentam as chances de doença cardíaca: gordura abdominal, nível elevado de açúcar no sangue, taxas anormais de colesterol, além de hipertensão.

No XXI Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, a geriatra Aline Saraiva da Silva Correia, médica do hospital universitário da UFRJ e recentemente eleita vice-presidente da SBGG-RJ para o biênio 2018-2020, ressaltou a importância de o sexo ser um tema presente nas consultas: “é fundamental usar uma linguagem acessível, formular questões diretas e ouvir o paciente. Se o médico traz o assunto para dentro do consultório, ele se torna algo natural. Infelizmente, a formação do profissional de saúde ainda é falha nesse aspecto”. A longevidade trouxe desafios adicionais, porque um número cada vez maior de idosos continua a fazer sexo e sem proteção. “O homem mais velho vem de uma geração sem costume de usar preservativo. Como normalmente tem problemas em manter a ereção, descarta sua utilização. A falta de diálogo e de campanhas sobre doenças sexualmente transmissíveis dificulta a prevenção e, inclusive, o diagnóstico. Não basta perguntar se o idoso é casado ou viúvo, como se o estado civil determinasse sua atividade sexual. É preciso ir além para saber se tem alguém com quem mantenha relações sexuais, ou se as relações são com uma pessoa do mesmo sexo”, afirmou a geriatra.

 

G1

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai desenvolver um projeto de pesquisa para o uso medicinal da Cannabis sativa (maconha). A proposta prevê um conjunto de atividades, que vão desde análises de formas de cultivo da planta, metodologia para extração de substâncias ativas, testes clínicos e controle de qualidade até desenvolvimento do medicamento.

maconha

O trabalho prevê investimento de R$ 3,4 milhões - os R$ 400 mil iniciais seriam recursos da própria fundação. O restante deverá fazer parte de linhas de crédito disponíveis para a instituição a partir do próximo ano, de acordo com informações do coordenador do Grupo de Trabalho Cannabis Medicinal da Fiocruz, Hayne Felipe da Silva.

O coordenador esteve reunido semana passada com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante. O aporte de recursos, segundo a pasta, está em negociação.

A meta primordial do Grupo de Trabalho da Fiocruz é o desenvolvimento de um fitoterápico para epilepsia refratária, denominação dada para a forma da doença de difícil controle com medicamentos atualmente disponíveis no mercado.

O projeto da Fiocruz é um dos que aguardam a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o plantio de maconha com fins medicinais e para pesquisa no País. "Sem essa autorização, não podemos colocar em prática a pesquisa. Somente vamos trabalhar com folhas plantadas no País", disse Felipe da Silva.

O primeiro passo para a regulação na Anvisa deverá ser dado em julho, com a apresentação na reunião da diretoria colegiada de um documento batizado de "proposta de iniciativa". Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, disse acreditar que, uma vez apresentada tal proposta, a discussão não deverá ser longa. "O assunto vem sendo discutido há tempos pela agência."

Para Barbosa, a regulamentação do plantio da maconha no País para fins de pesquisa ou para fabricação de remédios poderá reduzir de forma expressiva o valor gasto atualmente por pacientes para se tratar com produtos à base de derivados da Cannabis. "Temos algumas famílias que ganharam na Justiça o direito de cultivar em casa a planta para fazer o extrato, justamente para tornar mais acessível o tratamento." A proposta de iniciativa de regulação, no entanto, não vai tratar do plantio artesanal. "Esse assunto é do Legislativo. O que vamos fazer é apenas regulamentar algo que a lei já permite: o plantio para uso medicinal e pesquisa."

O texto que será levado para consideração da diretoria colegiada da Anvisa prevê uma série de requisitos no plantio. Vão desde a iluminação e irrigação, indispensáveis para se garantir a qualidade e um padrão do extrato de canabidiol, até a segurança que deve ser feita na área plantada. As exigências variam de acordo com a finalidade do plantio, a pesquisa ou a produção de medicamentos.

Farmacopeia

Ano passado, a Cannabis foi incluída na lista de plantas medicinais da Anvisa. A mudança abriu caminho para que a planta possa integrar a farmacopeia brasileira, publicação que detalha como sua fabricação deve ser feita, e para que fabricantes peçam registro de medicamentos.

Plantio

A regulação pela Anvisa do plantio da maconha para pesquisa e para o desenvolvimento de medicamentos pode ajudar a reduzir o custo da terapia no País, afirma Margarete Brito, integrante da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi). A estimativa é de que o tratamento com extratos com canabidiol, uma das substâncias presentes na maconha, custe entre R$ 1 mil e R$ 5 mil por mês. "Com produção nacional, esse valor certamente vai cair."

Mas ela avalia que, além da regulamentação da Anvisa, seria essencial a existência de uma lei para permitir o plantio doméstico de Cannabis sativa para o preparo doméstico do extrato usado por pacientes. Uma audiência pública sobre o assunto está marcada para esta quarta-feira, 20, no Senado. Há quatro anos, Margarete iniciou o tratamento da filha, Sofia, que tem uma doença genética. Ao lado de outros familiares de pacientes, Margarete liderou um movimento bem-sucedido pela liberação da importação do produto pela Anvisa.

Há dois anos, diante de dificuldades na importação e com risco de ficar sem o extrato, Margarete decidiu iniciar o plantio em casa. Conseguiu autorização na Justiça e passou a auxiliar outras famílias na atividade. Todos com autorização da Justiça. "Em casa, o investimento pode ser mínimo."

Pelo menos 150 pessoas já fizeram cursos coordenados pelo seu grupo para orientar a melhor forma do plantio. "Além de facilitar o acesso, o extrato doméstico pode dar mais fôlego na terapia", conta. A experiência das famílias mostra que o uso por longos períodos faz com que o extrato importado, aos poucos, perca sua eficácia. As famílias notam que com o uso intercalado há um ganho na qualidade de vida do paciente.

De acordo com Margarete, ainda há várias perguntas que precisam ser respondidas sobre efeitos colaterais e interações. "E isso novos estudos poderão responder."

 

Agência Estado

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Um estudo divulgado nesta segunda-feira (18) e realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Adelaide, na Austrália, mostra que as pessoas com problemas cardíacos existentes ou que estão em risco de desenvolvê-las estão ignorando os conselhos médicos e não fazendo exercícios suficientes.

O estudo publicado no "Plos One" analisou os hábitos de exercício de 3000 pessoas da população geral na Austrália Meridional e do sul do Brasil.

"Há evidências de que mais de 70% das pessoas que sofrem ou que estão em risco de desenvolver um problema cardíaco devido a diabetes, pressão alta ou colesterol alto, não seguem um programa adequado de exercício regular moderado ou vigoroso, que é fundamental para evitar maiores complicações e até mortalidade", diz David A. Gonzalez-Chica, autor do estudo.

As pessoas com problemas cardíacos estão vivendo mais - especialmente em países de alta renda, como a Austrália -, mas sua qualidade de vida a longo prazo está sendo afetada negativamente porque evitam exercícios moderados ou vigorosos. As diretrizes atuais sugerem que pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou vigorosa por semana são recomendados.

"Muitas pessoas que vivem com doenças cardiovasculares, ou que estão em risco de desenvolver a condição devido a problemas de saúde existentes estão se exercitando muito pouco. Exercícios leves como caminhar não são suficientes. De acordo com nosso estudo, caminhar por pelo menos 150 minutos por semana é beneficial para melhorar a qualidade de vida, mesmo quando o indivíduo teve um problema cardíaco ", diz Gonzalez-Chica.

"As mortes por doenças cardíacas respondem por 31% das mortes no mundo. Embora a maioria dessas mortes ocorra em países de baixa e média renda, como o Brasil, a condição é responsável por uma proporção crescente de doenças não transmissíveis em países de alta renda, como Austrália ", diz o Dr. Gonzalez-Chica.

Em todo o mundo, o fardo das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco é um problema crescente de saúde pública. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as doenças não transmissíveis, como doenças do coração, causarão uma perda global de US$ 47 trilhões nas próximas duas décadas, sendo a doença cardiovascular a maior contribuinte para estes números.

 

G1

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