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nataçaoA nadadora pernambucana Etiene Medeiros, 28, é um dos principais nomes da equipe brasileira de natação para o Pan Lima 2019 e foi graças a um problema de saúde que ela teve seu primeiro contato com as águas. Devido à asma, os médicos recomendaram que Etiene, com 1 ano e 7 meses, na época, começasse um esporte que minimizasse os efeitos da doença e seus pais optaram por colocá-la na natação.

"É comum vermos atletas que começaram a nadar para tratar a doença e que perceberam a aptidão para o esporte" afirma o ortopedista Pablius Braga, do Centro de Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Segundo o médico, a opção da natação como um tipo de tratamento para a asma se dá por conta do ambiente úmido, evitando o ressecamento das vias áereas e por criar ritmo, melhorando a respiração do praticante.


Outra questão que ajuda esses pacientes, de acordo com o médico, é que na água é necessário fazer um esforço maior para inspirar e expirar. A alta intensidade do esporte, que necessita de muitos movimentos musculares para a sua locomoção, também melhora a capacidade respiratória pelo trabalho de captação do ar para levar o oxigênio ao tecido muscular.

Braga explica que, embora a natação ajude a melhorar as crises asmáticas, o esporte não cura a doença, que é crônica. "Até os 18 anos, em média, o corpo está em formação, inclusive toda a parte de alergias. Então, algumas pessoas que fazem a natação desde pequenas, depois dessa idade, podem não ter mais crises, mas outras ainda continuam", alega.


O ortopedista diz que o esporte é um divisor de águas no tratamento, pois trabalhará dentro dos limites do paciente e pode diminuir a quantidade de medicamentos necessários.

O especialista afirma que é importante observar as crianças que tenham asma e que praticam o esporte, mas resolvam parar de repente. "Muitas vezes a criança gosta do exercício, mas o corpo não dá conta, ela fica para trás e excluída. Uma adequação do exercício para aquela criança vai ajudá-la a continuar tanto o tratamento quanto a natação", explica.

Braga recomenda que a prática da natação seja feita três vezes por semana, para manter a motivação, com até uma hora de prática no início, aumentando o tempo conforme a melhora do quadro asmático.

 

R7

Foto: Reprodução/Instagram/@sesi

Quando pensamos no excesso de consumo de alimentos como fast food, logo o associamos com o aumento de peso devido aos seus baixos valores nutricionais. Porém, uma pesquisa realizada pela professora da Unifesp Ana Lydia Sawaya, também coordenadora do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), revelou que os danos causados por alimentos processados vai além da balança: é gerado um vício alimentar.

Crianças geralmente são atraídas por alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, devido a sua facilidade de aceitação pelo paladar. Comidas frequentemente destinadas ao público infantil, como biscoitos e refrigerantes, são uns dos principais fatores de risco, pois sua composição é formada principalmente por tais ingredientes, além do ultra processamento dos mesmos.

O que são comidas ultraprocessadas?

Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por alterações em seu estado natural para que ocorra uma otimização em seu consumo. Além de processos químicos para a extensão da data de validade, os alimentos também podem passar por etapas de congelamento, fritura e fermentação. Alguns exemplos de comidas processadas são: salgadinhos, refrigerantes, sorvetes, bolacha recheada, macarrão instantâneo, gelatina, entre outros.


Além do aumento de peso, o consumo de tais alimentos mais de quatro vezes por semana pode causar dificuldade em habilidades acadêmicas, como leitura e matemática. Depressão, hiperatividade, problemas de sono e transtornos alimentares também podem ocorrer ao ingerir alimentos processados em excesso.

O incentivo ao consumo de alimentos naturais e orgânicos em crianças gera não só uma infância mais saudável, como também possibilita que tais hábitos alimentares se estendam para a fase adulta, criando uma geração mais atenta à saúde e com maior consciência corporal e ambiental.

 

Minha Vida

sarampoOs sintomas do sarampo vão muito além de manchas vermelhas pelo corpo. Segundo o infectologista Carlos Fortaleza, da Sociedade Paulista de Infectologia, o quadro infeccioso lembra uma gripe, com os chamados sintomas catarrais - coriza, tosse, espirro -, febre acima de 38°C e conjuntivite.

"Geralmente se tem o quadro completo. Os sintomas se manifestam ao mesmo tempo, durando de seis a oito dias. As manchas são um pouco elevadas, não coçam e aparecem primeiramente na face, migrando depois para a periferia do corpo, como braços e pernas. É uma doença que deixa a pessoa de cama", afirma.


Ele explica que o sarampo tem um longo período de incubação, se manifestando de uma a duas semanas depois de contraído. "O grande problema é que dois a três dias antes de os sintomas se manifestarem a pessoa já está transmitindo a doença".

A doença é altamente contagiosa. Diferentemente da gripe, que é transmitida por gotículas de saliva, o sarampo se dissemina pelo chamado aerosol, que são partículas muito pequenas de saliva com alcance maior que as gotículas. "Por exemplo: em um vagão de metrô, uma pessoa com gripe é capaz de contaminhar algumas pessoas ao redor, já uma pessoa com sarampo pode contaminar o vagão inteiro".


O maior risco de proliferação do sarampo, segundo o médico, são locais onde há aglomerações, como escolas, transporte público e shoppings. Mas ele ressalta que quando há um caso suspeito da doença é feito o chamado bloqueio vacinal, que consiste na imunização de todas as pessoas daquele meio.

Diferentemente da vacina contra a febre amarela, a tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, não demora dez dias para fazer efeito. "Se é dada próxima ao momento da exposição, consegue barrar a evolução do sarampo", diz.

"Metade dos adolescentes não recebeu a segunda dose, o que oferece 10% de falha na imunização. E é nesses 10% de falha que os casos da doença estão acontecendo", completa.

Não existem remédios antivirais específicos para tratar o sarampo, portanto são ministradas medicações contra os sintomas. De acordo com o infectologista, não é uma doença que costuma levar à internação, a não ser quando há complicações, sendo as mais comuns a otite, que é uma inflamação no ouvido, e a pneumonia. Há também complicações neurológicas, como a encefalite. É uma doença que pode matar.

"Não se sabe por que em algumas pessoas o sarampo evolui para complicações. Como em todas as enfermidades, quem tem doenças preexistentes estão mais sujeitas a esse risco", afirma.

 

R7

Foto: WikiMedia Commons

 

A cena é conhecida, habitual e rotineira: uma reunião familiar, onde todos têm a oportunidade de conversar. Onde estão os adolescentes? Em um canto qualquer, isolados, em total estado de abdução, grudados no seu próprio celular.

Podem estar falando com um ou mais de um dos seus 5 mil "amigos"; podem estar navegando pelas redes sociais como observadores escondidos da vida maravilhosa e estelar que estes 5 mil "amigos" postam ou podem estar vendo um vídeo recém adicionado de uma celebridade que fez sua fama nas mídias digitais.

As razões que levam milhões de adolescentes no mundo inteiro, de diferentes nacionalidades e culturas, a passar horas do dia grudados em uma tela, privando-se do convívio social, são muitas e devem ser cada vez mais estudadas.

Faz pensar um recente estudo publicado em uma importante revista pediátrica (Jama Pediatrics) que analisou o comportamento de 3826 adolescentes com uma média de idade de 12 anos, por um período de 4 anos — até os 16 anos em média, portanto — e concluiu que cada hora do dia a mais que um adolescente gasta nas telas — redes sociais ou televisão- aumenta a chance deste adolescente desenvolver sintomas depressivos. Para lembrar, o tempo recomendado de telas nesta idade é de 2 horas por dia.

A explicação apontada pelos autores do estudo é que muito provavelmente as redes sociais e a televisão fazem com que a autoestima de muitos adolescentes diminua significativamente, posto que muitos se sentem inferiorizados e com a percepção de que jamais conseguirão chegar perto dos atributos que fazem os "populares" ter sucesso.

O dado surpreendente do estudo é que jogar videogames não foi relacionado a mais depressão. Muito provavelmente porque no mais das vezes os adolescentes jogam com amigos e a sensação de estarem sozinhos é menor.

No Brasil, os dados da Tic Kids Online de 2012 e 2017 apontam que 76% dos adolescentes de 11 a 12 anos, 94% dos adolescentes de 13 a 14 anos e 97% dos adolescentes de 15 a 17 anos acessam as redes sociais.

O problema não são as redes sociais. Elas estão aí para ficar. O problema é conseguirmos ensinar nossos adolescentes a usá-las com critério, inteligência e segurança. Isso sim é o mais difícil.

 

G1