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Um terço dos brasileiros acredita que o câncer é causado por traumas psicológicos, apesar dos avanços em relação ao conhecimento doença. O dado faz parte de uma pesquisa do Instituto Oncoguia realizada pelo Ibope e apresentada durante o 9º Fórum Nacional Oncoguia, realizado nos dias 16 e 17 de abril, em Brasília.

"Não existem dados científicos que demostrem que aspectos emocionais causem câncer. Muitos pacientes chegam ao consultório e perguntam: será que meu câncer está relacionado com a separação que sofri no ano passado com a demissão, porque todo mundo sempre tem algum fator estressante nos últimos seis meses para lembrar. Mas outros milhões de pessoas também tiveram fatores estressantes e não desenvolveram a doença. Portanto, não é o estresse que causa o câncer", explica o oncologista Rafael Kaliks, diretor-científico voluntário do Oncoguia.

"O que causa o câncer são alterações genéticas nas células que podem ocorrer por causa de cigarro, por exemplo, e outras causas, ou ao acaso", completa.

O levantamento mostra que, apesar de 100% dos entrevistados saberem o que é o câncer, há um desconhecimento sobre suas causas. A maioria tem consciência da associação do câncer com o cigarro - apenas 8% não sabia disso -, mas a maioria (70%) não conhece a relação do câncer com a obesidade.

"A maioria das pessoas não conhece a correlação entre câncer e obesidade, mas é importante que saibam que a alimentação adequada pode levar à doença", diz Kaliks.

A pesquisa mostra que os brasileiros têm uma percepção negativa sobre o câncer. Para um terço, o câncer ainda é “uma sentença de morte”, e receber a notícia de que se tem a doença “significa sofrer e ter muita dor”.

"Existe uma parcela da população que acredita que o tratamento contra os tumores avançou pouco nas últimas décadas. Precisamos mudar esses conceitos, essa forma de olhar para o câncer somente atrapalha a prevenção e o apoio a quem esta enfrentando a doença”, afirma explica Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.

Maioria tem parente com a doença

A maioria dos brasileiros (81%) já teve contato com o câncer e possui um parente com a doença (60%). “O câncer é prevalente entre os brasileiros, mas ainda não é uma prioridade para o país”, afirma Luciana.

"Tornar o câncer uma prioridade no Brasil vai além de oferecer o melhor tratamento. Inclui também a oferta de um cuidado integrativo e humano, que olha para o paciente em sua totalidade, o que implica oferecer cuidados psicológicos, nutricionais, esportivos, enfim, multidisciplinares”, completa.

Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que a qualidade de vida é o aspecto mais afetado pelo câncer, que abrange impactos físicos e emocionais.

Os pontos mais impactantes para o paciente, na opinião dos familiares, foram a questões emocionais (51%) e físicas (19%).

Câncer também afeta vida financeira

Um terço ainda ressaltou que a vida financeira do paciente é afetada pela doença. “Como um paciente vai conseguir enfrentar e superar o câncer se estiver deprimido e sem dinheiro? Sim, temos que olhar pra isso com urgência”, diz Luciana.

Mais da metade dos entrevistados acreditam que não é possível diagnosticar rapidamente um tumor devido à falta de acesso a exames (55%), da dificuldade de marcar consulta (52%), por não encontrar um médico para examinar sintomas (42%) ou por não conseguir fazer uma biópsia rapidamente (30%).

"Em relação ao tratamento, 73% não acham possível iniciá-lo em até 60 dias no país, apesar de hoje existir uma lei que determina que a terapia deveria começar até dois meses após o diagnóstico", afirma.

Para os entrevistados, a demora no tratamento está relacionada a filas de espera (78%), falta de vagas para cirurgia (46%), falta de vagas para quimioterapia e radioterapia (25%), acesso a especialistas (24%) e acesso a medicamentos (17%).

 

R7

meningiteSegundo informações do Ministério da Saúde, a meningite pode atingir todas as faixas etárias, mas o maior risco é para crianças menores de cinco anos, em especial as menores de um.

O Sistema Único de Saúde oferece quatro tipos de vacina contra as principais causas de meningite bacteriana. No Brasil, a prevalência é das infecções do tipo C e por isso o SUS não oferece vacina para o tipo B.

Segundo dados do Ministério da Saúde, dos mais de 16 mil casos da doença registrados em 2017, apenas 145 foram de meningite tipo B.

Atualmente, o ministério estuda a aquisição da vacina meningocócica conjugada ACWY, disponível apenas pelo sistema privado de saúde.

Cobertura vacinal
Segundo o Ministério da Saúde, dados preliminares da cobertura vacinal de meningite de 2018 mostram que o Brasil ainda está abaixo da meta. Em 2017, a cobertura ficou em 86%. Em 2018, os dados preliminares mostram que a cobertura ficou em 79%.

Em 2018, foram registrados 17.219 casos de meningite no Brasil. Em 2017, foram 16.992 e em 2016 15.629. São Paulo é o estado com o maior número de casos registrados nos últimos anos.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre as vacinas
Qual o tipo mais comum no Brasil?
A meningite mais comum no Brasil é meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo). Existem 12 subtipos diferentes da meningocócica e, no Brasil, os principais sorogrupos circulantes (que causam a maioria dos casos) são B, C, W e Y. Com maior prevalência do tipo C.

 

Quais vacinas o SUS oferece?
O SUS oferece quatro tipos de vacina para meningites bacterianas. São elas:

BCG: que protege contra a meningite turberculosa
Pentavalente: protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite causada pelo Haemophilus influenzae sorotipo b
Meningocócica C: protege contra a doença meningocócica causada pela Neisseria meningitidis sorogrupo C
Pneumocócica 10: protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite causada por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae


Quais vacinas disponíveis na rede privada?
A rede privada oferece vacinas para os tipos A, B, C, W e Y. Geralmente, as vacinas são dadas de duas formas: uma vacina conjugada, que como o nome diz, cobre os tipos A, C, W e Y. E uma vacina para o tipo B.

O Ministério da Saúde diz que não há pedido de incorporação da vacina para a meningite B no SUS, mas o ministério já estuda a aquisição da ACWY.

Quando tomar a vacina?
BCG (contra a meningite turberculosa): uma dose ao nascer
Pentavalente (contra meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae B): doses aos dois, quatro e seis meses de vida
Meningocócica C (contra meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis sorogrupo C): doses aos três e cinco meses, reforço com um ano. Adolescentes de 11 a 14 anos devem receber dose única como reforço.
Pneumocócica 10 (contra meningite causada por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae): doses aos dois e quatro meses e reforço com um ano.

 

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por micro-organismos (vírus e bactérias), alergias a medicamentos e outros agentes.

As meningites bacterianas e virais são as mais comuns e que demandam maior atenção da saúde pública. A doença é endêmica no Brasil e casos são reportados ao longo de todo ano com surtos ocasionais, mas a forma bacteriana preocupa por sua gravidade.

 

G1

Foto: TV Anhanguera/Reprodução

dermatiteA dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica que não tem cura. Até o momento, a melhor forma de proporcionar alívio ao paciente é o uso de corticoides, hidratantes e imunossupressores. No entanto, essas  terapias não são recomendadas para todos os casos e podem ter efeitos colaterais preocupantes. Agora, o dupilumabe, promete melhorar a abordagem terapêutica da doença.

O novo medicamento, comercializado sob o nome Dupixent,  atua diretamente nos mecanismos que causam a inflamação característica da doença. “Esse é o primeiro tratamento a trabalhar nos processos inflamatórios que ocorrem nas camadas mais profundas da pele. Isso proporciona uma melhora importante no quadro clínico. Além disso, a medicação é segura, eficaz e pode ser utilizada a longo prazo”, explicou Suely Goldflus, líder médica da área terapêutica da Sanofi (farmacêutica que comercializa o produto).

Segundo a especialista, ele é indicado para pacientes que não podem utilizar os tratamentos tradicionais ou não respondem bem às medicações atualmente disponíveis. O remédio consiste em duas injeções subcutâneas no início do tratamento e uma repetição a cada catorze dias. A aplicação pode ser realizada pelo próprio paciente mediante orientação profissional. Os efeitos colaterais incluem reações à injeção e conjuntivite.

Dermatite Atópica

A dermatite atópica afeta 7% da população adulta e 25% das crianças no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O problema, caracterizado por lesões e erupções na pele, afeta a qualidade de vida do paciente e pode estimular problemas como insônia, ansiedade e depressão. A doença é causada por uma anomalia no sistema imunológico que desencadeia um processo inflamatório e reduz a funcionalidade da barreira que protege a pele, o que permite a entrada de micróbios e substâncias no organismo que provocam reações alérgicas.

Estudos revelaram que esse mau funcionamento do sistema imunológico está associado a duas proteínas: as interleucinas 4 e 13 (IL 4 e IL 13), que são responsáveis por desencadear a inflamação que ocorre nas camadas mais profundas da pele, levando à manifestação dos sintomas. É justamente nesse mecanismo que o dupilumabe age. O medicamento é um anticorpo monoclonal desenvolvido especificamente para inibir a sinalização excessiva dessas duas proteínas-chave.

Os sinais da dermatite atópica variam conforme a gravidade, embora seja possível observar lesões cutâneas na maioria dos pacientes. Para casos moderados e graves ocorrem erupções na pele, que estão associadas a ressecamento, rachadura e vermelhidão. Ainda assim, a principal queixa é a coceira intensa e persistente, que pode aparecer todos os dias durante uma crise.

Um estudo clínico publicado na revista científica Journal of the American Academy of Dermatology revelou que 55% dos pacientes com dermatite atópica têm dificuldades para dormir cinco ou mais noites por semana e 51% afirmam ter desenvolvido depressão e ansiedade.

A pesquisa revelou também que a dermatite interfere na rotina e qualidade de vida do paciente: 93% revelaram sentir vergonha ou insegurança e 83% admitiram que a doença influencia na escolha de roupas no dia a dia. O portador da condição também pode sentir dor moderada ou extrema, além de estar mais propenso a infecções graves.

Outro levantamento realizado pela Ipsos, a pedido da Sanofi, em parceria com a SBD e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), mostrou que o diagnóstico da doença não é simples. Inicialmente, 33% dos pacientes foram diagnosticados com outros problemas de pele, como alergia (48%) e psoríase (15%). O tratamento é outro fator de preocupação: 77% dos pacientes utilizam corticoides – presente em anti-inflamatórios.

Entretanto, quando usados em longo prazo, os corticoides trazem riscos de saúde, como hipertensão, diabetes, osteoporose e problemas oculares, como o glaucoma – doença que pode levar à cegueira. Já os imunossupressores são recomendados apenas para a forma grave da doença e não podem ser usados por mais de doze meses.

Até mesmo os hidrantes corporais, que parecem inofensivos, podem prejudicar o tratamento se não forem escolhidos cuidadosamente com o auxílio de um especialista. “Uma das marcas da dermatite atópica é a pele muito seca, por isso o uso de hidratante é fundamental para manter a hidratação. Eles também ajudam a reconstituir a perda da barreira cutânea”, explica Suely.

Dupixent

Por ser um produto biológico, o medicamento não está disponível para compra em farmácias e drogarias convencionais. Para obtê-lo é preciso fazer uma solicitação direto para empresas de entrega de medicamentos. O Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sanofi (SAC) também pode orientar sobre quais são as deliveries disponíveis para a entrega da medicação.

A farmacêutica também oferece aos pacientes o Programa Viva, que promove orientação em saúde, assistência de enfermeira presencial, online ou por telefone, e serviços multidisciplinares, como aconselhamento nutricional e psicológica, que tem grande importância no tratamento de pacientes com dermatite atópica.

 

Veja

Foto;Lizalica/Getty Images

Um estudo feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e publicado na revista científica "New England Journal of Medicine" mostrou que o uso de um remédio para diabetes pode trazer benefícios para o coração e os rins de pessoas com a doença.

A canagliflozina é um medicamento usado no tratamento da diabetes tipo 2 para diminuir o açúcar no sangue, mas se mostrou eficiente na proteção dos rins e na diminuição dos riscos de problemas cardiovasculares.

Principais descobertas do estudo:

O número de pessoas que desenvolveram insuficiência renal ou morreram de insuficiência renal ou doença cardiovascular foi reduzido em 30%.


Os incidentes de hospitalização por insuficiência cardíaca foram reduzidos em 39%.


O risco de grandes problemas cardiovasculares (como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral) foi reduzido em 20%.


O estudo foi financiado pela farmacêutica Janssen, que fabrica a canagliflozina, e liderada por um Comitê de Direção independente e acadêmico. Mais de 4 mil pacientes com diabetes e insuficiência renal de 34 países foram avaliados durante o estudo.

O estudo não incluiu, porém, pacientes com doença renal muito avançada nem pacientes cujas doenças renais tiveram causas diferentes da diabetes tipo 2. Outros estudos são necessários para avaliar se os benefícios encontrados na pesquisa poderiam ser os mesmos para outros tipos de doença renal.

Segundo o cientista Vlado Perkovic, principal autor do estudo, a descoberta é importante porque as pessoas com diabetes tipo 2 têm altos riscos de sofrerem com falência dos rins e problemas cardíacos.

"Diabetes é a principal causa de insuficiência renal em todo o mundo, mas por quase duas décadas não houve novos tratamentos para proteger a função renal. Este resultado é um grande avanço médico, pois as pessoas com diabetes e doença renal correm um risco extremamente alto de insuficiência renal, ataque cardíaco, derrame e morte", disse.

 

G1