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Sim, perdoar faz bem à saúde. E não apenas em sentido figurado. Abaixo, entrevista com a psicanalista paulistana Suzana Avezum:

O perdão protege o coração? Minha pesquisa comprovou isso avaliando o contrário: a dificuldade de perdoar aumenta o risco de infarto. Observei dois grupos com perfil similar em termos de idade, sexo, condição econômica e estilo de vida. Mas em um deles todos tinham infartado; no outro, não. No primeiro, todos tinham uma característica em comum: passaram por situações em que não haviam perdoado. A mágoa provocada pelo não perdão gera um stress que não é momentâneo: retorna ao longo da vida, sempre que a situação é lembrada. Por defesa, o corpo aumenta a quantidade de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que, em excesso, fazem mal. O bombardeamento a longo prazo arruína o coração.

Existe um perfil de quem perdoa com mais facilidade? As pessoas com fé e os altruístas têm mais facilidade em perdoar. Os egocêntricos, menos. Mas essas são características muito abstratas, vagas. O perdão, na verdade, está desvinculado da religião. Trata-se de uma atitude. A decisão de perdoar tem base no fato de que o ato traz bem-estar a quem perdoa. O outro pode não merecer o perdão, mas quem sofre é quem não perdoa. O perdão ainda é entendido como um ato de fraqueza, mas é a maior dádiva que podemos conceder a nós mesmos, não ao outro.

É possível aprender a perdoar? Há profissionais especializados nisso, sobretudo nos Estados Unidos. Digo que é possível treinar. O primeiro passo é admitir que sentimos raiva, o que muita gente nega. Enfrente seus sentimentos. Depois pense em por que a outra pessoa fez o que fez. Coloque-se no lugar dela. E não necessariamente para estimular a reconciliação: é, repito, algo que você tem de fazer em benefício próprio. E digo mais: não é preciso esquecer a mágoa para conseguir perdoar. O normal é lembrar-se para o resto da vida do que causou a dor. Perdoar é pensar no problema não mais como um machucado, e sim como uma cicatriz. Ela está lá, mas não dói mais. Pense nas campanhas de cigarro. Depois de tantas ações que divulgaram que o hábito faz mal, as pessoas passaram a fumar menos. Tenho certeza de que, se houvesse campanha em favor do perdão, ele seria mais aceito.

 

Veja

antibioticosA ciência ainda não encontrou os antibióticos ideais para tratar as infecções urinárias. Todos os que estão disponíveis têm efeitos secundários a curto, médio e longo prazo. Ainda assim, as bactérias tendem a voltar resistentes à ação dos medicamentos.

As infecções urinárias são um problema relativamente comum, que se apresenta mais frequentemente em mulheres, devido a sua configuração urogenital. Estima-se que ao menos uma em cada cinco mulheres sofrerá algum tipo de infecção urinária ao longo da vida.

As infecções urinárias acontecem em qualquer parte do sistema urinário. Ou seja, podem acontecer na bexiga, rins, ureteres ou uretra. No entanto, estima-se que 80% dos casos correspondem a infecções nas vias urinárias baixas, ou seja, na bexiga e na uretra.

A forma mais comum de infecção urinária é a cistite nas mulheres e a prostatite nos homens. No idosos, a incidência da doença é similar em ambos sexos. Os fatores de estação ou geográficos não parecem ter nenhuma influência nestes casos.

As infecções urinárias
Em resumo, os agentes responsáveis pelas infecções urinárias são as bactérias. Entre 70 a 90% dos casos se devem a ação da bactéria Escherichia coli. Em menor frequência, há presença de bactérias como Proteus mirabilis, Staphylococcus coagulasa, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus faecalis.

Além disso, existem pessoas que têm maior propensão de desenvolver infecções urinárias. Principalmente quem sofre de diabetes, imunodepressão ou estão em uma idade avançada. Também há maior risco de infecção naqueles que têm uma bexiga neurógena, usam sonda ou cateter urinário ou apresentam um esvaziamento incompleto da bexiga.

As infecções do trato urinário mais comuns nos homens são a prostatite, a uretrite, a epididimite e a orquite. Nas mulheres, a cistite, recorrente ou não, e a bacteriúria assintomática (especialmente na gravidez e/ou síndrome miccional).

O uso de antibióticos
O usual é que se recorra aos antibióticos como tratamento de primeira linha para combater as infecções urinárias. Os mais utilizados são os que pertencem a algum dos seguintes grupos:

As quinolonas. São usadas no tratamento de infecções urinárias baixas. No geral, são administradas primeiro por via intravenosa e, em seguida, por via oral, já que apresentam boa absorção digestiva. Além disso, são utilizáveis em mulheres grávidas, depois do terceiro trimestre de gestação.


Os aminoglicosídeos. São antibióticos bactericidas, principalmente empregados quando a causa da infecção são os bacilos gram-negativos. Ademais, são usados por lapsos breves, pois têm efeitos tóxicos.


Cefalosporinas. Não se recomenda o uso das cefalosporinas de primeira geração, somente as de segunda para infecções leves e as de terceira para infecções mais graves.
Aminopenicilinas/inibidores da betalactamase. Especialmente recomendadas para as infecções leves e para as mulheres grávidas, já que não afetam o feto. Muitas bactérias são resistentes a estes antibióticos.


Trimetoprim/sulfametoxazol. Somente é utilizado caso tenha sido identificado especificamente a bactéria que causa a infecção e tenha se estabelecido que é sensível a este medicamento. Do contrário, não é aconselhado.


Nitrofurantoína. É usada principalmente para evitar a recorrência da infecção, no entanto, não é indicada para mulheres no primeiro trimestre de gestação.
Fosfomicina-trometamol. É eficaz frente as bactérias gram-positivas e gram-negativas. Além disso, tem uma dose única e é um dos grupos de antibióticos mais usados e eficientes.

 

melhorcomsaude

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aponta uma metodologia que pode facilitar o diagnóstico e o acompanhamento de pacientes infectados com a bactéria causadora da tuberculose. Combinando dois testes comercialmente disponíveis, a técnica é capaz de diferenciar casos de infecção latente – nos quais a bactéria é controlada pelo sistema imune e permanece ‘adormecida’, sem provocar adoecimento – e a forma ativa da doença – onde o paciente apresenta os sintomas do agravo, como tosse, febre e emagrecimento.

“Considerando as tecnologias disponíveis atualmente, essa metodologia pode ser a base para a produção de um teste rápido do tipo ‘lab on a chip’ [laboratório em um chip], para fornecer resultado em poucas horas, a partir de um pequeno volume de sangue, em unidades básicas de saúde ou em localidades com poucos recursos”, afirma Geraldo Pereira, pesquisador do Laboratório de Microbiologia Celular do IOC e um dos coordenadores do estudo.

De acordo com os autores, além de confirmar a infecção latente, a metodologia pode auxiliar no diagnóstico dos casos de tuberculose extrapulmonar – isto é, que afetam órgãos diferentes do pulmão e podem ser difíceis de identificar, como a tuberculose pleural e a meningite tuberculosa. Além disso, pode contribuir para o monitoramento da terapia. Financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), o estudo foi publicado na revista científica ‘Memórias do Instituto Oswaldo Cruz’.

Em busca da precisão

A distinção entre tuberculose latente e ativa é importante para a realização do tratamento adequado. No entanto, os exames disponíveis atualmente indicam apenas que os pacientes foram infectados pelo Mycobacterium tuberculosis, sem apontar se a bactéria está ‘dormente’ ou em atividade. Isso faz com que os médicos precisem correlacionar diversos fatores para chegar ao diagnóstico, incluindo avaliação clínica, histórico de contato com a doença, análises bacteriológicas e exames de imagem. “É uma avaliação que exige grande contato entre médico e paciente e pode ter fatores subjetivos. Por isso, buscamos moléculas que possam ser utilizadas como biomarcadores, sinalizando a ativação da doença”, comenta Luciana Rodrigues, coordenadora do Laboratório de Imunopatologia da Uerj e uma das autoras da pesquisa.

Biomarcador

Durante processos inflamatórios, os neutrófilos (um tipo de célula de defesa do organismo) mobilizam uma proteína chamada CD64. Os pesquisadores observaram que nos pacientes com tuberculose pulmonar ativa, essas células apresentam altos índices da molécula em sua superfície, enquanto nos indivíduos com infecção latente, os níveis são reduzidos. A pesquisa confirmou que a expressão de CD64 em neutrófilos pode ser utilizada como critério para diferenciar os casos de infecção latente da forma ativa da doença. Dessa forma, os cientistas estabeleceram um protocolo combinando dois testes: primeiro, o ensaio de produção de interferon-gama (conhecido pela sigla em inglês Igra), que indica a infecção pelo M. tuberculosis; depois, a expressão de CD64 em neutrófilos, biomarcador que aponta a ativação da doença.

“Combinando os dois testes conseguimos diferenciar a infecção latente da doença ativa”, ressalta Raquel Corrêa, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas da Uerj e primeira autora do artigo. Os pesquisadores observaram ainda que os níveis de CD64 caem após o tratamento da tuberculose pulmonar, o que sugere que o exame pode auxiliar no monitoramento da eficácia da terapia.
Resultados promissores

Para avaliar a metodologia, foram realizados testes em amostras referentes a 53 pacientes atendidos no Serviço de Pneumologia e Tisiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe/Uerj), sob a supervisão dos professores Rogério Rufino Alves, Helio Ribeiro de Siqueira e Domenico Capone. O estudo incluiu voluntários sem infecção, com infecção latente pelo M. tuberculosis e com tuberculose pulmonar ativa, antes e após o tratamento. Além de apresentar alta sensibilidade (86,67%) e especificidade (87,50%) para estabelecer o diagnóstico de doença ativa, a metodologia mostrou-se capaz de fornecer resultados em um dia.

Segundo os pesquisadores, ensaios com maior número de pacientes de diferentes localidades devem ser conduzidos para validar a metodologia, mas os resultados são promissores. “Esses resultados são significativos porque foram observados em condições reais. Considerando os testes em amostras de pacientes do estado do Rio de Janeiro, um dos mais afetados pela tuberculose no Brasil, a metodologia apresentou ótima performance”, destaca Verônica Schmitz, pesquisadora do Laboratório de Hanseníase do IOC, que também coordenou o trabalho.

 

Fiocruz

Com o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, açúcar e sal, e baixo consumo de “comida de verdade”, como legumes, verduras e frutas, a chance de sobrepeso, obesidade e alterações metabólicas entre crianças e adolescentes também cresce.

Sobrepeso e obesidade são fatores de risco para doenças crônicas. Por isso, é preciso mudar os hábitos. “Os hábitos alimentares e a formação do paladar começam na infância, mas, mesmo que o adolescente chegue nesta fase comendo de maneira errada, é possível mudar”, explica a nutricionista Rachel Francischi.

Se o seu filho come arroz, feijão e carne, mas não acrescenta verduras, legumes, está tudo bem, diz a nutricionista. O problema começa quando os adolescentes passam a comer fora de casa. Muitos optam por refrigerantes, suco de caixinha, comidas ultraprocessadas, com muito sódio.
O que comer então?


Proteínas de alta qualidade e micronutrientes. E onde encontrar? Na comida caseira. As frutas também são uma ótima opção. Elas têm fibras, vitaminas e minerais. E para finalizar, invista na água! Ela é essencial para várias funções do organismo.

‘Picky eater’
Você já ouviu falar de criança ‘picky eater’? O termo refere-se a pessoas que selecionam demais os alimentos antes de comer. É isso que acontece na casa da família Oliveira. A Lívia, filha da Liliane e do Cleiton, não gosta de comer quase nada. “Eu sinto nojo. Às vezes não gosto da comida e também não gosto do cheiro”, diz a filha.

“O picky eater são crianças que têm uma dificuldade para se alimentar porque têm quase que uma aversão pela comida. O paladar só aceita doces, carboidratos, pão. Exatamente o que a Lívia está comendo”, explica a pediatra e consultora do Bem Estar Ana Escobar.

O primeiro passo, segundo a pediatra, é ter um segmento pediátrico próximo, para garantir que o crescimento e desenvolvimento da criança estão normais, sem déficit nutricional. “Não adianta estressar a criança. Devagar, com calma, tranquilidade, apresente novos alimentos”.

 

G1