A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta segunda-feira (21) uma orientação de como notificar um evento adverso de vacina ou de medicamento.

A agência explica que, para notificar, não é preciso ser profissional de saúde. "Qualquer cidadão pode realizar a notificação por meio de um sistema eletrônico específico para essa finalidade: o VigiMed", informou, por meio de nota. A Anvisa ressalta que o sistema é utilizado desde 2018 no lugar do Notivisa. Segundo a agência, o programa é "intuitivo, tem navegação rápida e oferece orientações sobre o preenchimento dos campos obrigatórios". "Além disso, a transmissão das notificações está harmonizada internacionalmente. Em outras palavras: as informações do Brasil podem fazer parte do banco de dados da OMS e ganhar escala global", acrescenta.

Desde a implementação desse sistema, houve um crescimento no número de notificações realizadas diretamente pelos cidadãos, passando de 64,7 por milhão de habitantes, em 2018, para 120,7 por milhão de habitantes, em 2020, de acordo com a Anvisa.

"É importante observar que a qualidade dos dados inseridos no VigiMed é fundamental para subsidiar a análise pelas equipes técnicas especializadas da Anvisa", ressalta.

Para realizar a notificação, é preciso identificar o produto e informar o fabricante e o número do lote. "Não é preciso ter certeza de que o medicamento é a causa da reação. A suspeita já é suficiente. A ideia é manter o monitoramento de modo a garantir que os benefícios do uso de medicamentos e vacinas sejam maiores que os riscos por eles causados", finaliza a agência.

R7

alzaimehDepois de 18 anos sem um novo remédio para a doença de Alzheimer, o FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos, aprovou o Aducanumab, que será comercializado com o nome de Aduhelm. Desenvolvido pelo laboratório Biogen, ele interfere no processo de perda cognitiva em casos iniciais da doença.

O Alzheimer é uma doença progressiva, sem cura, que se desenvolve de forma insidiosa, com perda da memória e piora do desempenho das funções do dia-a-dia, conforme descreve o neurologista Gustavo Melo. “A doença de Alzheimer é uma doença que gera uma incapacidade enorme para o indivíduo, familiares e para a sociedade em geral. É uma condição que limita não só o paciente, mas também uma rede de pessoas que estão ligadas ao cuidado dele", afirma.

Ele ressalta que a tendência é que a prevalência da doença aumente muito nos próximos anos com o envelhecimento da população. O Brasil possui cerca de 1 milhão de pessoas com Alzheimer, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Não só os pacientes e familiares, mas toda a comunidade científica e médica anseia por um tratamento que interfira no curso da doença, tornando-a mais lento ou, na melhor das hipóteses, interrompendo a progressão dos sintomas", diz.

Um dos fatores que leva ao declínio cognitivo progressivo do Alzheimer é o depósito da proteína B amilóide no cérebro, de acordo com o Manual Merck de Medicina. Melo explica que esse novo medicamento age contra o acúmulo dessa proteína.

"Já se sabe que a doença de Alzheimer possui diversos mecanismos patológicos, no entanto um deles parece ter um papel relevante na apresentação da doença. Esse mecanismo patológico que estou falando é o acúmulo de placas B amiloides no cérebro. Um anticorpo que atue contra os emaranhados de proteína B amilóide, teoricamente, age evitando o depósito e a 'intoxicação' do cérebro por estas placas", explica.

O médico afirma que o remédio é indicado para casos iniciais do problema porque foi testado nesse estágio. “A doença é considerada um continuum, ou seja, ao longo dos anos ela vai apresentando estágios. Podemos resumir da seguinte forma: existe uma fase pré-clínica em que o paciente tem a patologia instalada no cérebro, mas ainda não apresenta sintomas. Isso pode acontecer de 10 a 15 anos antes do início dos sintomas. A outra, seria a fase clínica, em que o paciente começa a apresentar sintoma. De uma maneira geral, na demência pela doença de Alzheimer, os sintomas iniciam-se com queixas sutis relacionadas à memória, como pequenos esquecimentos na rotina", esclarece.

O neurologista diz que ainda não há previsão de o medicamento chegar ao Brasil. O remédio deve ser avaliado e aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O tratamento anual custa em torno de US$ 56 mil (equivalente R$ 282 mil), segundo publicado pelo jornal norte-americano The New York Times.

A última aprovação de um remédio para a doença no Brasil data de 2003. "É uma doença complexa em que os mecanismos fisiopatológicos que provocam o adoecimento são diversos e consequentemente dificultam a ação terapêutica por uma só via", explica Melo.

Embora aprovado nos Estados Unidos, o medicamento foi alvo de polêmica. Durante os estudos, o remédio não apresentou efeito o que levou à interrupção dos ensaios clínicos. O fabricante retomou a pesquisa e apresentou resultados positivos.

“Acredito que a polêmica na aprovação existe devido ao fato de ter acontecido uma reanálise dos dados do estudo, o que foi muito questionado e também pelo fato de tratar-se de uma aprovação acelerada que exige ainda uma observância detalhada e séria de como serão os desfechos clínicos nas próximas pesquisas. Inclusive, o FDA sugere uma fase 4 dos ensaios clínicos que permitam observar estes resultados”, finaliza o médico.

R7

Foto: Pixabay

Nesta sexta-feira, 18, o governador Wellington Dias (PT) reforçou em entrevista, que os municípios do Piauí estão “livres” para definir as estratégias de vacinação contra a Covid-19 para a população a partir de 18 anos. O chefe do Executivo Estadual informou que resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) definiu que 20% das doses da vacina que chegam ao Piauí devem ser destinadas aos grupos prioritários essenciais e 80% para o público em geral.

“A gente deu liberdade aos municípios. A gente permitiu que acima dos 18 anos o município pode programar como será a vacinação. Às vezes o município ficava amarado na burocracia da regra com vacina mas esperando autorização. Agora é o município que programa e isso está dando bom resultado pela importância de salvar vidas”, disse o governador.

Wellington Dias, que também representante da temática vacina do Fórum dos Governadores, informou, ainda, que apresentou nessa quinta-feira (17) ao Ministério da Saúde a proposta de diminuir o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas Astrazeneca e Pfizer.

“As vacinas Pfizer e Astrazeneca a gente pode aplicar a segunda dose depois de 21, 28, 30 dias e atualmente estamos ficando com a vacina esperando a data da segunda dose. Ao vacinar com a segunda dose, a ciência diz que a gente imuniza mais e salva mais vidas. Esperamos ter a aprovação por parte do Ministério da Saúde”, defende Wellingon Dias. 

Sobre a expectativa do envio da vacina Sputinik V ao Brasil,  Wellington Dias garante que na próxima semana o cronograma da entrega das doses será apresentado pelo Fundo Soberano Russo. Neste primeiro momento serão entregues doses de acordo com 1% da  população de cada estado solicitante.

“As vacinas serão entregues na última semana de junho para no início de julho começarmos a vacinar”, garante.

Distribuição das doses da Sputinik V:

  • Bahia – 300 mil doses
  • Maranhão – 141 mil doses
  • Sergipe – 46 mil doses
  • Ceará – 183 mil doses
  • Pernambuco – 192 mil doses
  • Piauí – 66 mil doses

CEIR São João do Piauí

As declarações do governador foram dadas durante a inauguração do Centro Especializado de Reabilitação (CER II) de São João do Piauí.

A princípio o Centro de Reabilitação deverá atender as pessoas com sequelas da Covid-19, assim como os demais Centros, em Teresina e Parnaíba. O CER II de São João do Piauí será a primeira unidade no Território Serra da Capivara a oferecer os serviços para duas modalidades de reabilitação: deficiência física e visual.

A obra foi executada com recursos de emenda parlamentar da deputada federal Rejane Dias, com contrapartida do Estado e Orçamento da União. O valor da obra supera os R$ 3 milhões.

cv

vacinagripcovidO diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta sexta-feira (18) que o instituto trabalha no desenvolvimento de uma vacina em dose única para a gripe e para a covid-19. "O Butantan já está tentando colocar numa fase adiantada de desenvolvimento uma vacina que seja única para a gripe e para a covid", afirmou. "Se conseguirmos isso será, provavelmente, a primeira vacina do mundo."

A declaração ocorreu na sede do instituto durante coletiva de imprensa para anunciar a chegada de 2,2 milhões de doses da CoronaVac que serão entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.

Com a nova remessa, são 52,2 milhões de doses da vacina entregues à pasta. "Até 30 de setembro, estaremos entregando 100 milhões de doses da vacina do Butantan, da coronavac, para o programa nacional de imunização”, afirmou Doria.

O governador afirmou ainda que o cronograma de vacinação poderá ser antecipado, mas não deu detalhes. A coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula afirmou que, por enquanto, a data para toda a população com mais de 18 anos é dia 15 de setembro. Mas disse que na coletiva de imprensa da próxima quarta-feira (23) podem ser anunciadas antecipações.

R7

Foto: divulgação