A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou nesta quarta-feira (23) mais um estudo que comprova a ineficiência do uso de hidroxicloroquina na prevenção e também no tratamento contra a Covid-19. Foi constatado que o medicamento não diminui o contágio, a hospitalização, o agravamento ou o óbito.
Além disso, a investigação atesta que o uso profilático da hidroxicloroquina “aumenta o risco de eventos adversos em 12%”. Embasando-se em 9 ensaios randômicos internacionais, com duplo cego e grupo placebo, a associação teve por objetivo criar uma diretriz de conduta médica no Brasil.
“Não é recomendado o uso de HCQ na profilaxia ou no tratamento de pacientes com quadro de covid-19 leve”, conclui a pesquisa.
Uma vacina desenvolvida por cientistas da Escola Gillings de Saúde Pública Global da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou-se capaz de prevenir contra vários tipos de coronavírus, além do SARS-CoV-2, causador de covid-19.
Ainda em testes em animais, o imunizante surge como promissor em um mundo onde coronavírus já provocaram duas epidemias e a pandemia atual em menos de 20 anos.
Em 2002 e 2003, a SARS (síndrome respiratória aguda grave) provocou a morte de 744 pessoas, principalmente na China, Cingapura e no Canadá. Estudos posteriores identificaram que o vírus passou para seres humanos a partir de civetas, um tipo de mamífero. Porém o hospedeiro originário é o morcego.
Em 2012, surgiu a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), na Arábia Saudita. A doença matou 858 indivíduos em 27 países. Assim como no caso chinês, o vírus saltou de morcegos para dromedários e posteriormente para humanos.
"Embora ninguém saiba qual vírus pode causar o próximo surto, os coronavírus permanecem uma ameaça após causar o surto de SARS em 2003 e a pandemia global de covid-19", diz um comunicado da Universidade da Carolina do Norte.
Os cientistas usaram uma plataforma semelhante às das vacinas da Pfizer e da Moderna, de RNAm (RNA mensageiro). Mas em vez de incluir o código genético para criar anticorpos contra apenas um tipo de coronavírus, eles usaram de vários.
"A vacina tem o potencial de prevenir surtos quando usada quando uma nova variante é detectada", disse o epidemiologista Ralph Baric e professor de imunologia da instituição, que participa do projeto.
O imunizante preveniu a infeção e danos aos pulmões de camundongos expostos aos coronavírus. A previsão da equipe é iniciar testes em humanos no ano que vem.
"Nossas descobertas parecem brilhantes para o futuro porque sugerem que podemos desenvolver mais vacinas universais de pan-coronavírus para proteger proativamente contra vírus que sabemos que correm o risco de emergir em humanos. [...] Com essa estratégia, talvez possamos prevenir um SARS-CoV-3", acrescentou David Martinez, autor principal do estudo, que foi publicado na revista científica Science.
R7
Foto: NATIONAL REPRODUÇÃO/INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS DISEASES
A Prefeitura de Barão de Grajaú, através da Secretaria de Saúde, realizou a entrega de mais uma remessa de próteses dentárias aos usuários do município.
Os pacientes das Unidades Básicas de Saúde - UBSs- primeiro são atendidos pelos odontólogos do onde é feita a triagem e. havendo necessidade, são encaminhados para produção da prótese.
"Em nossa cidade esse programa é uma conquista e tem uma grande importância no sentido de promover a autoestima dos usuários, garantindo mais saúde, bem estar e qualidade de vida a cada cidadão beneficiado", destacou um dos servidores
Uma pesquisa realizada pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e da farmacêutica Pfizer, divulgada nesta terça-feira (22), mostra que 91% das pessoas acreditam que as vacinas salvam vidas. Mas somente 60% das pessoas com doenças crônicas sabem que fazem parte de grupo de risco e têm direito a um calendário especial de vacinação oferecido pelo SUS (Sistema Único da Saúde).
Pessoas que vivem com HIV, pacientes em tratamento oncológico, cardiopatas, diabéticos, pneumopatas, entre outros grupos que apresentam uma fragilidade imunológica e têm um calendário que atende às necessidades imunológica, que são diferentes das pessoas saudáveis. A pesquisa mostrou que 68% dos imunodeprimidos nunca receberam orientação para se imunizar. Um em cada cinco pacientes desse grupo tem receio de tomar vacinas. Os dados foram levantados, neste ano, por meio de entrevista com 2 mil pessoas na cidade de São Paulo e nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba. Sendo 47% mulheres e 53% homens.
A pesquisa apontou que diversas condições de saúde que predispõem ao maior risco de contrair infecções evitáveis são desconhecidas. Inclusive as mais comuns, como é o caso das cardiopatias e do diabetes, em ambos os casos, 34% das pessoas não reconhecem o risco maior de pegar doenças infecciosas. Outros grupos que chamam a atenção por não serem reconhecidos como de risco estão pessoas com câncer (31%), as que vivem com HIV (40%) e as que passaram por transplante (50%).
Desde 1993, o Ministério da Saúde oferece atendimento especial nos CRIE (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais). Lá, os imunossuprimidos podem se vacinar, mas 76% dos entrevistados nunca ouviram falar desses centros.
Com base no estudo, a SBIm lançou segunda fase da campanha "CRIE Mais Proteção", com a participação do ex-jogador de basquete Oscar, com o objetivo de conscientizar sobre a importância e segurança da vacinação da população consideradas especiais e divulgar os centros especiais.
"O Brasil tem cada vez mais pessoas com comorbidades e que precisam ser cuidadas. O Ministério da Saúde tem de deixar mais claro a ação dos CRIE e a importância dos cuidados especiais que esse grupo tem direito”, afirmou a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm.
Os pacientes imunodeprimidos não podem receber todos os imunizantes disponíveis, principalmente os que têm o vírus vivo no fármaco, como é o caso da tríplice viral, que previne contra sarampo, cachumba e rubéola. Nos casos das doenças com vacinas com vírus ativos, a proteção se dá por meio imunização coletiva.
Mas, vale ressaltar que a cobertura vacinal caiu muito no Brasil desde o começo pandemia. A covid democratizou o assunto vacinação, mas as pessoas não se sentiram estimuladas para acertar a carteira de imunização.
"Esse ano a preocupação em se livrar da covid, as pessoas estão deixando as outras doenças para trás e o risco é muito grande. Por exemplo, em Influenza estamos com menos de 40% de pessoas vacinadas. A covid-19 não está sozinha, sarampo está por aí, a febre amarela segue tendo casos, precisamos nos vacinar", ressalta Ballalai.