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hivTestes em laboratório realizados em pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP indicam bons resultados de uma técnica que combina fototerapia e imunoterapia – a fotoimunoterapia (FIT) – para combater o HIV, o vírus da Aids. Os pesquisadores desenvolveram um anticorpo com moléculas sensíveis à luz, capaz de se ligar ao vírus e a células infectadas pelo HIV presentes no sangue, destruindo-as por meio de uma iluminação específica.

Novos estudos serão necessários para permitir o uso da técnica em seres humanos, como um complemento aos medicamentos retrovirais no combate à infecção pelo HIV.

A terapia é descrita em artigo publicado no site da revista científica ACS Omega. “Nessa pesquisa, abordamos dois aspectos importantes quando consideramos uma terapia eficaz para o combate ao vírus, as células de defesa infectadas pelo HIV ainda persistem por décadas em pacientes que recebem terapia antirretroviral e o aumento alarmante de vírus HIV resistente aos medicamentos”, afirma o professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, coordenador da pesquisa.

“Propomos nesse estudo a aplicação da FIT, não apenas contra as células de defesa que, quando infectadas, expressam as proteínas do envelope do HIV em suas membranas, mas também contra o próprio HIV circulante no sangue.”

A FIT combina terapia fotodinâmica e imunoterapia, direcionada a proteínas do envelope do HIV. “Usamos diferentes estratégias terapêuticas para alvejar e eliminar células infectadas e o próprio HIV usando fotossensibilizadores ligados a anticorpos que têm a capacidade de se ligarem a proteínas virais específicas, ou seja, os anticorpos ‘armados’ com moléculas fotossensibilizadoras se ligarão apenas ao alvo preestabelecido nas membranas de células doentes e nas proteínas do envelope do vírus circulante”, relata o professor. “Nessa situação teremos condição de eliminar apenas as células infectadas e o vírus através da iluminação com luz de comprimento de onda específico.” Os anticorpos foram desenhados de forma estratégica para carregar fotossensibilizadores e agir apenas nas células-alvo infectadas pelo HIV e no próprio vírus circulante no sangue. “Além disso, ao ligar o fotossensibilizador ao anticorpo, estamos resolvendo alguns problemas da terapia fotodinâmica, como a baixa especificidade, dosagem e instabilidade da molécula fotossensibilizadora em meio aquoso”, destaca Guimarães. “Esta estratégia é importante pelo fato de que, na maioria dos casos, os fotossensibilizadores mostram-se instáveis em meio aquoso, o que inviabiliza muito o processo de terapia fotodinâmica.”

Moléculas sensíveis à luz

Os testes com a FIT, realizados in vitro, usaram duas moléculas fotossensibilizadoras. “Na primeira estratégia, as moléculas foram ligadas no interior do anticorpo para ficarem protegidas da ação ambiente”, aponta o professor. “Na segunda estratégia, as moléculas foram ligadas na parte exterior do anticorpo para variarmos o ‘carregamento’ molecular em cada anticorpo, ou seja, controlamos o número de moléculas ligadas ao anticorpo.”

A pesquisa mostra que anticorpos humanos contendo moléculas fotossensibilizadoras ligadas em sua estrutura, chamados de fotoimunoconjugados (FIC), ao se ligarem na membrana celular, induzem à morte das células doentes devido a danos físicos à membrana por oxigênio singleto (uma forma mais reativa de oxigênio), que é independente do tipo de fotossensibilizador utilizado.

“Observamos que os anticorpos com moléculas fotossensibilizadoras pode destruir as cepas virais, provavelmente via dano físico no envelope do HIV”, ressalta Guimarães. “Desse modo, nós demonstramos uma terapia que pode ser usada como uma possível ferramenta auxiliar para a terapia antirretroviral, matando células que expressam HIV e HIV livre de células, respectivamente. A técnica é potencialmente menos tóxica que os antirretrovirais e pode adicionar mais potencial ao controle ao HIV.”

De acordo com o professor, a terapia por antirretrovirais, em alguns casos, causa danos à saúde humana em longo prazo devido à toxicidade de drogas. “As moléculas presentes nos anticorpos são seletivas e não são afetadas pela resistência aos medicamentos usados atualmente”, observa. “Se a eficácia for comprovada ‘in vivo‘, a terapia associada ao tratamento por antirretrovirais pode reduzir a dose e o número desses medicamentos antirretrovirais e diminuir a toxicidade desses medicamentos no longo prazo.” Segundo Guimarães, ainda existem problemas a serem solucionados para o uso da técnica em uma terapia contra o HIV. “Deve-se solucionar a presença persistente do vírus, potencialmente em tecidos com baixa penetração dos retrovirais, e eliminar a replicação residual do vírus em células infectadas adormecidas, na forma latente. Devemos demonstrar que a fotoimunoterapia tem acesso a esses tecidos e reservatórios”, planeja. “Estas etapas devem ser realizadas em estudos a serem realizados em modelos animal e em humanos. Como a técnica não depende do tipo de fotossensibilizador, podemos escolher um tipo que atua com luz infravermelha, por exemplo. Nesse caso é possível ter acesso direto às células infectadas em órgãos como intestinos e vasos linfáticos através da iluminação externa.”

A pesquisa teve a participação de Mohammad Sadraeian, primeiro autor do artigo, que realiza estudos de pós-doutorado com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e do professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, ambos do IFSC. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), colaboraram Edgar Ferreira da Cruz e os professores Luiz Mário Ramos Janini e Ricardo Sobhie Diaz, do Laboratório de Retrovirologia. O trabalho contou ainda com as contribuições de Ross W. Boyle, da University of Hull, Calise Bahou e o professor Vijay Chudasama, do University College London (Reino Unido).

Jornal da USP

Foto: Reprodução Youtube

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, principal agência federal de saúde pública dos Estados Unidos, reforçou a recomendação de que as gestantes sejam vacinadas contra a Covid-19. “As vacinas são seguras e eficazes e nunca foi tão urgente aumentar a vacinação por conta da variante Delta, altamente contagiosa, e que pode trazer graves consequências da doença em mulheres grávidas”, disse Rochelle Walensky, diretora do C.D.C.

Dados da agência asseguram que os imunizantes não oferecem maiores riscos entre aquelas que foram vacinadas durante as primeiras 20 semanas de gestação. Pesquisas anteriores também mostraram índices tranquilizadores para mulheres em estágio mais avançado da gravidez. “Neste momento, os benefícios da vacinação e os riscos conhecidos da Covid-19 durante a gravidez e as altas taxas de transmissão superam quaisquer riscos da vacina”, alerta Sascha R. Ellington, epidemiologista que lidera a equipe de preparação para emergências na divisão de saúde reprodutiva do CDC.

No entanto, a aceitação das vacinas entre as mulheres grávidas é baixa nos EUA. Levantamentos recentes indicam que apenas 23% das gestantes haviam recebido uma ou mais doses da vacina até maio deste ano. De acordo com o CDC, grávidas podem tomar as vacinas da Pfizer, Janssen e Moderna.

Veja.com

O Hospital de Olhos Bucar, com sede em Floriano, está investimendo mais na área da saúde e, em breve estará com uma representação na cidade de Uruçuí-PI.

biucar

Hoje, o Hospital conta com vários especialistas na área da oftalmologia e, de acordo com a Willya Mousinho, administradora do Hospital de Olhos Bucar, os avanços tecnológicos estão em alta na empresa. 

O Hospital de Olhos Bucar tem uma estrutura comparável a dos maiores e melhores centros de tratamento oftalmológico do país.

Da redação

 

Desde o começo da pandemia, cientistas e profissionais de saúde são claros sobre o menor risco de transmissão da covid-19 em ambientes abertos. A Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicou um estudo no Jornal de Doenças Infecciosas, da Universidade de Oxford, mostrando que a transmissão em lugares ao ar livre era até 20 vezes menos provável, se comparado com locais fechados. Porém, o surgimento da variante Delta parece ter mexido com essa evidência.

"Temos documentados, de uma maneira consistente, que a transmissão acontece ao ar livre, por meio de pessoas muito próximas e por um tempo mais longo juntas, como um show ou uma festa de casamento. Um tempo mais longo junto de pessoas que estão fora do seu núcleo familiar, a doença já se espalha", explica a infectologista Raquel Stucchi, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A cepa que apareceu na Índia tem uma capacidade de contágio maior do que a Alfa (surgida no Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e que o SARS-CoV-2 original. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do governo dos Estados Unidos, a Delta tem transmissão igual à catapora.

Raquel alerta que não é necessário estar em lugares abertos com multidão para ser infectado com a variante. "Não é necessário estar em ambiente com muitas pessoas. O primeiro relato que temos é de uma festa de casamento nos Estados Unidos. Dois casais que não se conheciam se sentaram na mesma mesa. Os convidados tinham resultado do PCR negativo. Mas, uma das pessoas dos casais começou a ter sintomas 24 horas após o casamento. Era um paciente que ainda não tinha apresentado sintomas, mas estava com covid e era a Delta. O outro casal que compartilhou a mesma mesa acabou adoecendo também", conta a infectologista.

Que ainda acrescenta: "Os assintomáticos, os vacinados ou não-vacinados transmitem a Delta do mesmo jeito. Ela tem uma taxa de transmissibilidade muito grande."

O Ministério da Saúde registrou oficialmente 702 casos, em 14 estados e no Distrito Federal, sendo que esses números podem estar subnotificados diante da baixa porcentagem de sequenciamento genético feito no país.

A volta das atividades normais no Brasil, associada às 7 milhões de pessoas que não retornaram para a segunda dose, segundo informações do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, e pouco menos de 23% da população vacinada facilita ainda mais a disseminação da Delta por aqui.

"Já temos bem documentado que a eficácia da vacina contra a Delta, mesmo entre os imunizantes mais eficazes, com uma dose só é muito ruim. Já a eficácia com duas doses, 14 dias após a segunda aplicação, se aproxima à resposta encontrada contra as outras variantes", salienta Raquel.

Diante da vulnerabilidade que a população brasileira está em relação à nova variante, o uso de máscara é ainda mais essencial. A médica sugere que seja usada a proteção mais eficiente, como a N95 e a PFF2.

R7