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cigarrovacinaFumantes podem estar sob risco de respostas imunológicas mais baixas a algumas vacinas contra a covid-19, segundo pesquisadores japoneses, embora mais estudo ainda sejam necessários antes que conclusões definitivas possam ser tiradas.

Em um estudo preliminar com 378 profissionais de saúde, com idades entre 32 e 54 anos, pesquisadores analisaram os níveis de anticorpos protetores induzidos pela vacina de mRNA da Pfizer, usando amostras de sangue obtidas cerca de três meses após a segunda dose. Assim como em estudos anteriores, os participantes mais velhos tinham níveis mais baixos de anticorpos. Depois de levar em conta a idade, os únicos fatores de risco para níveis mais baixos de anticorpos foram sexo masculino e tabagismo.

A diferença de gênero pode estar ligada a incidência de um maior número de homens tabagistas, já que a taxas de tabagismo era duas vezes mais altas nos homens do que em mulheres, especulam os pesquisadores.

Em um publicação publicada no medRxiv, sem revisão por pares, eles relataram que os níveis de anticorpos eram mais elevados em ex-fumantes do que em fumantes atuais, o que "sugere que a cessação do tabagismo reduz o risco de um nível mais baixo de anticorpos".

Reuters

Foto: arquivo Pixabay

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (12), alerta que mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) podem voltar a crescer no país.

A constatação veio após os pesquisadores identificarem um "deslocamento da curva da pandemia e a interrupção na tendência de queda".

De acordo com o estudo, o Rio de Janeiro, estado com o maior número de casos da variante delta no Brasil, é um dos únicos três estados que apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo – nas últimas seis semanas – de SRAG.

A pesquisa aponta ser a primeira vez que isso acontece desde a semana epidemiológica 12, entre 21 e 27 de março. O cenário que demonstra um revés nos índices de melhora da pandemia e a análise se referem semana epidemiológica 30, de 25 a 31 de julho.

Além do RJ, Acre e Mato Grosso do Sul são os outros dois estados que registraram sinal "moderado" de crescimento na tendência de longo prazo para aumento de mortes por SRAG. Para o curto prazo, a tendência é estabilidade para o Acre e sinal forte de crescimento no Mato Grosso do Sul. O RJ tem sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na tendência de curto prazo, segundo o boletim.

Em relação às capitais, quatro das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 31: Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), e Rio de Janeiro (RJ). O estudo aponta que nove unidades federativas apresentam "ao menos uma macrorregião de saúde com transmissão comunitária em nível extremamente alto".

As outras registram nível alto ou mais elevado. Quanto às capitais, de acordo com o Infogripe, 13 fazem parte de macrorregiões de saúde em nível alto, oito em nível muito alto e sete em nível extremamente alto de transmissão comunitária.

Outros estados O boletim indica "sinais de estabilidade nas tendências de curto e longo prazo" nos seguintes estados: Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. E São Paulo, Bahia, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul são os únicos cinco estados que, no estudo, apresentaram sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo.

No Paraná, Rio Grande do Sul e em São Paulo, o boletim indica sinal de estabilidade na tendência de longo prazo e sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.

Na Bahia e no Sergipe, observa-se sinal de queda no longo prazo, com sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.

Capitais Em nove capitais, o estudo afirma que "há sinais de queda na tendência de longo prazo".

Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP) apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas).

No Infogripe, Florianópolis tem um sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo.

Já Porto Alegre, Rio Branco e Rio de Janeiro apresentam sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo, mas tanto a capital gaúcha quanto a fluminense apresentam o mesmo sinal na tendência de curto prazo, enquanto a capital do Acre apresenta estabilidade.

Em Aracaju, Campo Grande, Curitiba e São Paulo, foram identificados sinais de estabilidade na tendência de longo prazo e de crescimento moderado no curto prazo.

Dez capitais apresentam sinal de estabilização nas tendências de longo e curto prazo. São elas Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Plano Piloto de Brasília e arredores (DF), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE) e Vitória (ES).

GE

Estudo de revisão publicado por pesquisadoras brasileiras mostra que grávidas infectadas pelo novo coronavírus correm mais risco de desenvolver pré-eclâmpsia, condição caracterizada pelo aumento persistente da pressão arterial materna durante a gestação ou no período pós-parto e que pode trazer graves complicações para a mãe e o bebê. O trabalho foi publicado na revista Clinical Science.

As pesquisadoras analisaram um conjunto de dados já publicados e concluíram que a presença do vírus no organismo pode provocar alterações nos níveis da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2, na sigla em inglês, proteína à qual o patógeno se conecta para invadir a célula humana) e, consequentemente, interferir nos sistemas que dependem dessa molécula para regular a pressão arterial. Além de servir de receptor para o vírus, a ACE2 tem funções importantes no estabelecimento da circulação sanguínea na placenta e nas adaptações cardiovasculares que ocorrem durante a gestação. “A partir dos estudos feitos até agora sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 em gestantes e sobre o papel da ACE2 na placenta, pode-se afirmar que mulheres grávidas correm mais risco de desenvolver a forma grave da covid-19 do que as não grávidas. A mortalidade é maior entre as gestantes com a doença, sendo que o Brasil apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por COVID-19 entre grávidas do mundo. Além disso, as gestantes com a doença são mais suscetíveis à pré-eclâmpsia e ao parto prematuro”, afirma Nayara Azinheira Nobrega Cruz, primeira autora do artigo. O estudo é parte do seu doutorado, conduzido na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) com bolsa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Atualmente, Cruz realiza estágio no Centre Intégré Universitaire de Santé et de Services Sociaux du Nord-del’Île-de-Montréal (CIUSSS-NIM), no Canadá, também com bolsa da FAPESP.

“A ACE2 tem um papel adaptativo muito importante no sistema circulatório materno, do feto e na formação da placenta. Porém, por ser também um receptor para o SARS-CoV-2, ela acaba promovendo um risco maior à placenta em quadros de COVID-19, pois o órgão se torna um alvo do vírus, assim como o pulmão, os rins e o coração. Vimos nesse trabalho, porém, que a resposta varia muito de uma paciente para outra e a manifestação pode se dar de diferentes formas”, diz à Agência FAPESP a brasileira Mariane Bertagnolli, pesquisadora do CIUSSS-NIM e da Universidade McGill, também no Canadá, que coordena o estudo.

O trabalho integra projeto apoiado pela FAPESP, coordenado por Dulce Elena Casarini, professora da EPM-Unifesp e orientadora do doutorado de Cruz.

Transmissão vertical

Com a disseminação mundial do novo coronavírus, surgiram as primeiras evidências de que poderia haver transmissão vertical da mãe para o feto. Em estudo publicado em fevereiro, realizado por pesquisadores de Taiwan com 105 recém-nascidos, 8,8% testaram positivo para o SARS-CoV-2.

Além disso, um quarto dos bebês nascidos de mães que tiveram covid-19 confirmada desenvolveram febre, respiração acelerada, falta de ar e vômito. Não foi possível afirmar, porém, se os sintomas foram consequência do parto prematuro provocado pela covid-19 nas mães ou foram causados diretamente pela doença.

Outras pesquisas encontraram partículas virais em diversas partes da placenta que, em mães contaminadas, apresentaram sinais de inflamação e lesões consistentes com uma má perfusão vascular (fluxo obstruído de sangue nas veias e artérias). Além disso, células imunes que provavelmente indicam contaminação pelo vírus foram encontradas nas placentas.

Fora a presença em si do receptor do SARS-CoV-2 na placenta, as pesquisadoras atribuem o agravamento dos casos em gestantes a uma possível diminuição da ação da ACE2 provocada pela contaminação. Uma vez que utiliza essa enzima como porta de entrada para o organismo, o vírus diminuiria a disponibilidade da molécula, reduzindo sua ação protetora na gestação.

“O déficit de ACE2 poderia causar um desbalanço no chamado sistema renina-angiotensina, causando um aumento do peptídeo angiotensina 2, que tem ação vasoconstritora. Com isso, ocorreria a elevação da pressão arterial das gestantes, que levaria à pré-eclâmpsia”, explica Casarini, coautora do trabalho.

As pesquisadoras ressaltam, porém, a necessidade de novos estudos para determinar com mais precisão as razões da maior suscetibilidade das gestantes à COVID-19 e o papel da doença na pré-eclâmpsia. Para isso, elas estão coletando placentas de gestantes infectadas pelo novo coronavírus para realizar uma série de experimentos e verificar o que realmente ocorre.

Além da pré-eclâmpsia, as cientistas estão interessadas no papel da infecção pelo coronavírus na inflamação e na vascularização da placenta. “Sabemos que as células endoteliais [que formam os vasos sanguíneos] em geral são afetadas pelo SARS-CoV-2. Como na placenta a função delas é promover a vascularização placentária e nutrir esse tecido, existe a possibilidade de a infecção causar má perfusão da placenta e do feto. O impacto disso pode ser uma restrição do crescimento fetal. Mesmo que não ocorra a pré-eclâmpsia, que é uma manifestação mais severa, pode haver essas alterações menos visíveis”, encerra Bertagnolli.

O artigo Role of ACE2 in pregnancy and potential implications for COVID-19 susceptibility, de Nayara Azinheira Nobrega Cruz, Danielle Stoll, Dulce Elena Casarini e Mariane Bertagnolli, pode ser lido em: https://portlandpress.com/clinsci/article/135/15/1805/229432/Role-of-ACE2-in-pregnancy-and-potential.

Agência Fapesp

deltaHoje a maior preocupação no combate a pandemia da Covid-19 é a variante delta do corona vírus. Ela é a mais transmissível que as variantes anteriores, especialistas alertam que a baixa cobertura vacinal e a flexibilização das medidas de isolamento favorecem a propagação dessa variante.

O Piauí está em alerta, apesar de não ter registros oficiais da variante, alguns estados que fazem divisa como o Maranhão e Pernambuco já identificaram casos positivos, o mais recente que a secretaria estadual de saúde vem acompanhando é na divisa com o Ceará.

Em entrevista à TV Clube, o médico infectologista Kelson Veras explicou porquê a variante delta causa tanta preocupação: “A gente poderia citar duas razões principais, a primeira delas é que o vírus consegue estar presente nas gotículas de saliva até mil vezes mais do que com as outras variantes, e um outro motivo é que ela tem uma facilidade maior de penetrar a celular humana”.

Para o infectologista a variante já está presente em todo o estado do Piauí. O momento é de cautela e cuidados redobrados, para a FioCruz a principal forma de controle da pandemia é a vacinação.

Com informações da TVClube