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A empresa de biotecnologia norte-americana Moderna informou nesta quinta-feira (5) que a proteção contra casos sintomáticos de covid-19 da vacina desenvolvida por ela se mantém em 93%, muito próximo dos 94,1% observados logo após a vacinação.

Com isto, a vacina da Moderna é a que mais mantém a eficácia mais alta no período. A da Pfizer, que apresentou cerca de 95% de proteção contra casos sintomáticos alguns dias após a segunda dose, apresentou uma redução média para 83,4% depois de seis meses.

"Estamos satisfeitos que nossa vacina contra covid-19 esteja mostrando eficácia durável de 93% por seis meses, mas reconhecemos que a variante Delta é uma nova ameaça significativa, portanto, devemos permanecer vigilantes", afirmou o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, em comunicado ao mercado financeiro no balanço de resultados da empresa no segundo trimestre.

As vacinas da Moderna e da Pfizer utilizam tecnologia de RNA mensageiro e são as que, nos estudos até o momento, conferiram as mais altas taxas de proteção contra a covid-19.

R7

coronavacEstudo feito por pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com pacientes imunossuprimidos mostrou que a vacina CoronaVac aumenta os níveis de anticorpos contra a covid-19 em até 70,4%. A pesquisa foi publicada, em julho, na revista científica britânica Nature.

Os imunossuprimidos são as pessoas que apresentam comprometimento no mecanismo de defesa do organismo contra infecções.

Os cientistas estudaram 910 pacientes com doenças reumatológicas autoimunes e 182 pessoas saudáveis de um grupo de controle. A conclusão foi que a vacina é capaz de aumentar em 70,4% o percentual de anticorpos IgG que combatem o vírus. No grupo de controle, a elevação no número de anticorpos chegou a 95,5%.

Em relação aos anticorpos neutralizantes, o estudo indicou uma elevação de 56,3% entre os imunossuprimidos e de 79,3% no grupo de controle de adultos saudáveis.

O ensaio destaca, ainda, que pessoas com doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo, são tratadas frequentemente com medicamentos que reduzem os níveis de anticorpos e, consequentemente, a capacidade de resposta do corpo à doença.

Reações adversas

Também não foram anotadas reações adversas moderadas ou graves após aplicação da vacina, produzida no Brasil em uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.

As reações mais relatadas foram dor no local da injeção, por 19,8% dos imunossuprimidos e 17% do grupo de controle, dores de cabeça (20,2% entre os imunossuprimidos e 11% no grupo de controle) e sonolência (13,6% nos imunossuprimidos e 10,4% no grupo de controle).

Os pesquisadores apontam, também, no texto da publicação científica, que o levantamento comprovou a capacidade da vacina de reduzir no curto prazo o número de casos sintomáticos de covid-19. No entanto, o grupo disse que os efeitos a longo prazo ainda estão sendo estudados, inclusive a necessidade de um reforço vacinal.

Agência Brasil

Foto: Amanda Perobelli / Reuters - Arquivo

Os casos de coronavírus no mundo ultrapassaram os 200 milhões nesta quarta-feira (4), de acordo com os dados da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

Nos últimos meses, a variante delta, que é mais transmissível, acelerou o número de casos. O coronavírus ameaça áreas com níveis baixos de vacinação.

Veja abaixo quais são os cinco países do mundo com os maiores números de infecções (em milhões de casos):

Estados Unidos: 35,2

Índia: 31,7

Brasil: 19,9

Rússia: 6,2

França: 6,2

Os casos de Covid-19 estão aumentando em pelo menos 83 de 240 países, de acordo com a contagem da agência Reuters. Isso representa um perigo para os sistemas de saúde.

"Embora queiramos desesperadamente acabar com esta pandemia, a Covid-19 claramente não acabou. Então nossa batalha deve durar um pouco mais", disse Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, nesta semana.

Oficialmente, pelo menos 2,6% da população mundial foi infectada, mas o número real é provavelmente mais alto, já que o acesso aos testes de Covid-19 são limitados em muitos lugares.

Se o número de pessoas infectadas constituísse um país, ele seria um pouco menor que o Brasil, que tem cerca de 212 milhões de habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE.

Contágio se acelerou

Demorou mais de um ano para que os casos de Covid-19 atingissem a marca de 100 milhões, enquanto os próximos 100 milhões foram alcançados em pouco mais de seis meses.

Os países que notificam a maioria dos casos em uma média de sete dias --Estados Unidos, Brasil, Indonésia, Índia e Irã-- representam cerca de 38% de todos os casos globais relatados diariamente.

Brasil tem cerca de 10% dos casos de Covid-19 do mundo

Na terça-feira (3), a média móvel de infecções no Brasil está em 33,8 mil, de acordo com o Consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

A média é a menor marca desde 27 de novembro (quando estava em 31.496). Isso representa uma variação de -11% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica estabilidade.

O número total de casos é de 19.985.817 (segundo a JH), o que representa cerca de 10% do total, apesar de ter 2,7% da população mundial.

A média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 956 --a mais baixa desde 16 de janeiro (quando estava em 953). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -18% e aponta tendência de queda.

Vacinação

Cerca de 4,3 bilhões de doses de vacinas já foram dadas. Cerca de 29% da população mundial recebeu pelo menos uma dose, de acordo com a plataforma Our World in Data.

Ritmo de contágio nos EUA

Os Estados Unidos respondem por uma em cada sete infecções registradas em todo o mundo. Os Estados norte-americanos com baixas taxas de vacinação, como Flórida e Louisiana, estão enfrentando um número recorde de pacientes hospitalizados com coronavírus, apesar de o país já ter vacinado 70% dos seus adultos com pelo menos uma dose da vacina.

O chefe de um hospital em Louisiana alertou sobre "dias mais sombrios" pela frente.

Pessoas não vacinadas representam quase 97% dos casos graves, de acordo com a equipe de resposta à Covid-19 da Casa Branca.

A pandemia deixou cerca de 4,4 milhões de mortos.

Na terça-feira, o presidente Joe Biden afirmou que a variante delta é “uma tragédia amplamente evitável, que vai piorar antes de melhorar”.

Em um pronunciamento, ele criticou governadores republicanos - como os do Texas e da Flórida - que estão proibindo que governantes municipais determinem que a população seja obrigada a usar máscaras de proteção novamente.

G1

criançasA maioria das crianças se recupera da covid-19 em 1 semana e um número pequeno desenvolve a chamada "covid longa". Quase todas se recuperam totalmente em 2 meses. Isso é o que mostrou um estudo realizado pela King's College London, no Reino Unido, publicado na terça-feira (3) na Lancet Child & Adolescent Health.

Os pesquisadores analisaram relatórios diários de saúde de 250 mil crianças entre 5 e 17 anos no aplicativo ZOE COVID Symptom Study, relatados por pais ou responsáveis, de setembro de 2020 e fevereiro deste ano, época de reabertura das escolas e pico da onda de inverno na Europa. Entre elas, quase 7 mil apresentaram teste positivo para a covid-19 e sintomas da doença.

No período, 1.734 crianças tiveram um início e fim claros da doença, permitindo aos pesquisadores determinar a duração da doença e a frequência dos sintomas.

Uma em cada 20 crianças (4,4%) apresentaram sintomas por mais de 1 mês. A dor de cabeça foi o sintoma mais citado no primeiro estágio da doença e a perda de olfato, o mais persistente, surgindo ao longo da doença e permanecendo por mais tempo. Em geral, foram relatados seis sintomas diferentes na primeira semana e oito no total ao longo da doença. Não houve relatos de sintomas neurológicos graves, como convulsões, diminuição da concentração ou quadros de ansiedade.

As crianças infectadas tiveram em média dois sintomas persistentes, sendo os mais comuns perda de olfato, dor de cabeça e fadiga.

Cerca de 1,8% relatou ter tido sintomas por mais de 2 meses, o que corresponde a 1 em cada 50 crianças.

O estudo também mostra que adolescentes costumam ficar doentes por mais tempo e ter sintomas persistentes após 1 mês. Adolescentes entre 12 e 17 anos tiveram sintomas por 7 dias, em média, e crianças entre 5 e 11 anos, por 5. Não houve diferença no número de crianças que ainda apresentavam sintomas após 2 meses.

“É reconfortante que o número de crianças com sintomas duradouros de covid-19 seja baixo”, afirmou Emma Duncan , principal autora do estudo, por meio de nota. “No entanto, um pequeno número de crianças sofre de covid longa e nosso estudo validou as experiências dessas crianças”.

Os pesquisadores também avaliaram crianças com resultado negativo para covid-19, mas com sintomas que podem ser atribuídos para outras doenças, como gripe e resfriado.

Eles observaram que crianças com covid-19 ficaram doentes por mais tempo em comparação com crianças com outras doenças, sendo uma média de seis dias para covid-19 e três para outras doenças.

R7

Foto: Reprodução/Freepik