A  10º Coordenação Regional de Saúde, em Floriano, que é coordenada pelo Chico Alves, recebeu hoje mais uma remessa do imunizante contra a Covid 19.

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Essa foi e 23ª Remessa do imunizante contra a COVID19, disse o coordenador da Regional Chico Alves.  O recebimento foi no final da manhã.

Da redação

Combater os sintomas do Parkinson com um dispositivo de injeção contínua semelhante às bombas de insulina dos diabéticos: em alguns pacientes em estágio avançado, este tratamento dá resultados encorajadores a longo prazo, de acordo com um estudo francês.

"A qualidade de vida é estabilizada, e as flutuações motoras (alternância de melhora/reaparecimento dos sintomas) até melhoraram depois de dois anos" para os pacientes em questão, declarou à AFP o neurologista Emmanuel Flamand-Roze, um dos autores do estudo publicado nesta sexta-feira (11) na revista NPJ Parkinson's Disease.

Ele reforça, porém, que isso não diz respeito a todos os pacientes com Parkinson.

"Quando a doença progride, há duas situações. Em uma, seus sinais (tremores, rigidez, lentidão...) não respondem mais ao tratamento" com comprimidos, diz.

"Na outra situação, os tratamentos permanecem eficazes, mas com variações significativas durante o dia: as pessoas tomam seus comprimidos, melhoram, depois pioram quando o efeito passa, e assim por diante. É para esses pacientes que os tratamentos contínuos são uma boa opção", explica o especialista.

Para isso, os pesquisadores testaram um dispositivo chamado bomba de apomorfina, usado 24 horas por dia, ou durante o dia - no bolso, no cinto, ao redor do pescoço, etc. -, e que injeta automaticamente o tratamento.

"É comparável a uma bomba de insulina para diabetes", afirma o professor Flamand-Roze.

"No diabetes, o açúcar é muito alto, e fazemos com que abaixe e, no Parkinson, a dopamina (uma molécula presente no cérebro) é muito baixa, e então fornecemos um complemento equivalente continuamente", completou.

"Quando você toma um comprimido, ele faz um pico no cérebro, depois cai. É isso que causa as flutuações. Com o tratamento contínuo, você fica muito mais próximo do que acontece naturalmente", continua.

"O interesse do estudo é mostrar que certo número de pacientes pode se beneficiar desse tratamento, que continua subutilizado", garante o neurologista, que atende no hospital parisiense de Pitié-Salpêtrière (AP-HP).

Segundo ele, apenas um em cada dois pacientes faz esse tratamento, entre aqueles cuja condição poderia justificá-lo (após dez anos de evolução da doença). Embora seja difícil de quantificar, ele estima que represente no máximo 5% do total de pacientes.

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, a segunda atrás do Alzheimer em termos de frequência. À medida que progride, o risco de dependência aumenta, devido a complicações motoras e cognitivas que podem levar à demência.

As autoridades de saúde estimam que, em 2030, 260.000 pessoas serão tratadas para Parkinson na França, contra 166.000, em 2015.

Para este estudo, os pesquisadores acompanharam a evolução ao longo de dois anos de 110 pacientes em estágio avançado, tratados com bomba de apomorfina.

O estudo conclui que o tratamento é particularmente benéfico para pacientes já afetados por flutuações motoras antes de seu início.

"É um ótimo resultado para uma doença degenerativa, pois, ao longo de dois anos em estágio avançado, esperamos um agravamento", comemora o professor Flamand-Roze, que, no entanto, quer enviar "uma mensagem matizada".

"Não é um tratamento que cura sinais que não tratávamos antes, mas que pode evitar oscilações quando outro tratamento já está funcionando", enfatiza.

Além disso, insiste, "não retarda a progressão da doença, apenas trata os sintomas".

Por fim, entre os pacientes acompanhados, um terço interrompeu o tratamento, "seja porque têm efeitos colaterais, ou porque não funciona bem, ou porque acham o dispositivo muito restritivo".

"É um tratamento útil, mas não é uma panaceia", conclui o neurologista, que já trabalhou com laboratórios que fabricam o aparelho, sem que estes tenham intervido no estudo.

Segundo ele, dois outros estudos estão em andamento na França sobre esse tratamento: um, para ver se melhora o sono dos pacientes; e outro, para saber se deve ser oferecido mais cedo, sem esperar por um estágio avançado.

AFP

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta sexta-feira (11), o uso da vacina anticovid da Pfizer para crianças e adolescente de 12 a 15 anos. A medida não libera, de forma imediata, a vacinação para essa faixa etária. A campanha de vacinação em andamento no país restringe a aplicação dos imunizantes a adultos a partir de 18 anos.

A vacina da Pfizer foi a primeira a obter o registro definitivo no Brasil, o que permite vacinação em massa e comercialização com o setor privado, e já está sendo aplicada em duas doses com o intervalo de 3 meses.

A bula da Pfizer passará a indicar a nova faixa etária para o Brasil. A vacina é a única no país que pode ser aplicada em crianças e adolescentes. A Anvisa seguiu os órgãos reguladores de medicamentos dos Estados Unidos e Europa, onde o imunizante já está liberado nessa faixa etária. De acordo com o comunicado da agência, a ampliação foi aprovada após análise de estudos feitos fora do Brasil que indicaram a segurança e eficácia da vacina também para pessoas acima de 12 anos.

A farmacêutica está em fase de testes clínicos para crianças de 6 meses a 11 anos. O estudo está sendo feito nos Estados Unidos e Europa.

A vacina apresenta mais de 95% de proteção contra infecção, internação e morte pela covid-19, de acordo com um estudo publicado no início de maio pela revista Lancet. A pesquisa foi feita com base em dados da campanha de vacinação de Israel. Após a primeira dose, o risco é reduzido em 51%, segundo estudo publicado no Jama (Journal of the American Medical Association).

Outro estudo, publicado em 4 de julho também na Lancet, apontou que a eficácia da primeira dose da vacina é menor nas variantes descobertas na Inglaterra (chamada de Alfa), Índia (chamada de Delta) e África do Sul (chamada de Beta) do que contra a cepa original. A pesquisa foi realizada pelo centro de pesquisa biomédica de Londres, Francis Crick Institute.

pfizercriançasA vacina da Pfizer é considerada inovadora, feita a partir de RNA mensageiro, não utilizando nenhum tipo de vírus, seja atenuado ou inativado. Nessa tecnologia, o RNA instrui o organismo a produzir um pedaço da proteína de pico do SARS-CoV-2, e é contra esses pedaços (inofensivos) do coronavírus que o sistema de defesa atua e produz anticorpos.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do governo dos Estados Unidos está investigando casos do desenvolvimento de miocardite em adolescentes e jovens adultos que tomaram as vacinas de RNA (Pfizer e Moderna) nos EUA.

A miocardite é uma inflamação do músculo do coração, o miocárdio, responsável pelo bombeamento de sangue para os órgãos, de acordo com o Manual Merck de Medicina. Esse problema no coração pode ocorrer após infecções.

O Brasil já recebeu 8,3 milhões de doses da vacina da Pfizer contratadas pelo governo federal. O acordo prevê a entrega de 200 milhões de doses, o que permite vacinar 100 milhões de pessoas.

R7

Foto: THOMAS LOHNES/AFP

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP identificou a presença de anticorpos contra a covid-19 no leite materno de lactantes imunizadas contra a doença, mesmo quatro meses após a vacinação com a CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Vinte funcionárias do complexo da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) se voluntariaram para a pesquisa. "O estudo reforça não só a importância da vacina para a contenção da doença, mas os benefícios do aleitamento materno, que pode ocorrer, inclusive, durante o período de infecção, desde que tomada todas as precauções para evitar o contágio entre mãe e filho", afirmou Valdenise Tuma Calil, neonatologista, coordenadora médica do Banco de Leite Humano do ICr HCFMUSP e responsável pela pesquisa.

Os pesquisadores notaram picos da presença dos anticorpos duas semanas após a segunda semana da primeira dose e nas quinta e sexta semanas da segunda dose.

A pesquisa também apontou que metade das voluntárias mantiveram a presença elevada dos anticorpos mesmo após quatro meses da vacinação.

"Existem duas formas de uma mãe oferecer anticorpos contra a COVID-19 ao filho após sua imunização. A primeira por meio da placenta, onde é possível a produção de anticorpos da classe IgG. A outra é pelo leite materno, onde o nosso estudo demonstrou a presença de anticorpos da classe IgA. Compreender essas duas possibilidades é oferecer um ciclo completo de proteção ao recém-nascido", disse Magda Carneiro-Sampaio, professora titular de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP e também coordenadora da pesquisa.

R7