O Piauí recebeu, na tarde desta terça-feira (8), 35.100 doses da vacina Pfizer. Esta é a maior quantidade do imunizante já entregue ao Estado. “O Piauí vem realizando um trabalho incansável para que as vacinas cheguem a todos os grupos contemplados”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

Segundo ele, a vacina será destinada para primeira dose de 5 % das pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, gestantes e puérperas com comorbidades, além de 4% das forças de segurança e salvamento e forças armadas e 12% dos trabalhadores do transporte aéreo.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) pretende ampliar a distribuição do imunizante para outras cidades do Estado, além das nove que já estavam sendo contempladas. Para tanto, os municípios precisaram passar por capacitação, sobre armazenamento e manuseio da vacina.

“De acordo com o Ministério da Saúde, cada etapa da vacina Pfizer está sendo acompanhada de treinamentos específicos para promover a garantia do adequado manuseio da vacina, uma vez que a utilização dos imunizantes foi liberada primeiramente para as capitais e no decorrer dos lotes a Anvisa permitiu seu uso por cidades do interior, mediante conservação a temperatura de geladeira, entre 2ºC e 8ºC, por até 31 dias”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé.

ascom

Por ser uma doença nova, identificada em dezembro de 2019, ainda não há estudos definitivos sobre quais efeitos a covid-19 pode causar a longo prazo.

pedro

Mas se acumulam informações sobre sequelas observadas em diferentes partes do organismo de quem contraiu o novo coronavírus e se recuperou da doença.

As consequências reportadas não se relacionam apenas com a região pulmonar, o alvo primário da doença respiratória identificada como principal resultado do contágio.

Hoje médicos observam que o novo coronavírus pode atacar diretamente mais áreas do corpo, e relatos clínicos e estudos médicos apontam para sequelas na circulação sanguínea, cérebro, coração e sistema muscular.

A gravidade dos sintomas

De acordo uma pesquisa da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), publicada em 2 de julho, cerca de 9% das pessoas que contraem o novo coronavírus são assintomáticas. Entre elas, as possibilidades de efeitos a médio e longo prazo são menores.

As chances de sequelas crescem na parcela de pessoas em que a infecção se torna grave, em especial, entre aqueles que precisam ir para um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), usar aparelhos respiradores e enfrentar uma recuperação que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), pode levar entre três e seis semanas.

Pesquisas preliminares com outros coronavírus, causadores da Sars (síndrome respiratória aguda grave) e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio) sugerem que algumas pessoas podem levar anos para se recuperar totalmente. Muitas das sequelas incluem condições que deixam as pessoas incapacitadas para voltar ao trabalho ou atividades normais em um curto prazo.

Nessa tarde, o Ivan Nunes que é colaborador do Piauí Notícias, esteve entrevistando o médico João Pedro que atua no setor COVID do Hospital de Floriano.Veja.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que os testes para diagnóstico de covid-19 disponíveis no mercado não devem ser utilizados para atestar o nível de proteção contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) após a vacinação. Isso porque estes testes não têm essa finalidade. 

Segundo a Anvisa, é importante informar a população que os produtos atuais registrados no Brasil possibilitam apenas a identificação de pessoas que tenham se infectado pelo Sars-CoV-2. “Os testes disponíveis não foram avaliados para verificar o nível de proteção contra o novo coronavírus”. A Agência ressalta também que, mesmo quando usados para a finalidade correta, os resultados fornecidos pelos testes só devem ser interpretados por profissionais de saúde.

A agência reforça, ainda, que não há embasamento científico que correlacione a presença de anticorpos contra o Sars-Cov-2 no organismo e a proteção à reinfecção. Sendo assim, nenhum resultado de teste de anticorpo (neutralizante, IgM, IgG, entre outros) deve ser interpretado como garantia de imunidade e nem mesmo indicar algum nível de proteção ao novo coronavírus. 

Acesse aqui a nota técnica divulgada pela Anvisa sobre os testes para diagnóstico de covid-19.

*Com informações da Anvisa

Agência Brasil