comorbidadeA campanha de vacinação contra a covid-19 está na fase de imunização de pessoas com comorbidades na grande maioria dos munícipios brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, esse público é formado por quem tem alguma doença ou condição de saúde que, caso seja infectado, tem maior risco de evoluir para um quadro grave da doença.

Para receber a proteção não é só ir ao um posto de vacinação e dizer que tem alguma comorbidade. A pessoa tem de levar exames, relatórios ou laudos médicos, receitas, prescrições médicas, diagnósticos ou documentos, que comprovem a doença ou as condições de saúde.

Lembrando que o documento deve ter assinatura e CRM (registro no Conselho Regional de Medicina) do médico que atesta o paciente. Além disso, será retido pelos postos de vacinação os laudos ou relatórios, com o objetivo de evitar os fura-filas.

Para as pessoas com deficiência, basta apresentar o comprovante do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é um benefício assistencial pago a idosos a partir dos 65 anos ou deficientes de qualquer idade. Além disso, serão aceitos os cadastros prévios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Em São Paulo, estão sendo aplicadas as vacinas em pessoas com mais de 30 anos, com comorbidade, ou deficiência permanente. A partir da próxima segunda-feira (7), estarão aptos os indivíduos acima dos 18 anos.  

Confira quais são as 22 comorbidades incluídas pelo Ministério da Saúde no PNI (Programa Nacional de Imunização):

  • Qualquer tipo de diabetes;
  • Pneumopatias crônicas grave;
  • Hipertensão arterial resistente (HAR);
  • Hipertensão arterial leve e moderada, associada a outra comorbidade ou lesão nos chamados órgãos-alvo, como cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos e rins;
  • Hipertensão arterial estágio 3 ou grave;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Hipertensão pulmonar;
  • Cardiopatia hipertensiva;
  • Síndromes coronariana;
  • Valvopatias - doenças relacionadas às válvulas do coração que compromentam a circulação do sangue;
  • Miocardiopatias e pericardiopatias: doenças que afetam o músculo cardíaco de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;
  • Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas;
  • Arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares);
  • Cardiopatia congênita - pessoas que nasceram com a doença que afetem a circulação do sangue;
  • Dispositivos cardíacos implantados, como marcapasso, cardiodesfibrilador, ressincronizador, assistência circulatória de média ou longa permanência;
  • Doença cerebrovascular, como AVC isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório, demência vascular;
  • Doença renal crônica;
  • Imunossuprimidos, como transplantados, pacientes com câncer e HIV positivo;
  • Anemia falciforme;
  • Obesidade mórbida: IMC (índice de massa corpórea) igual ou superior a 40;
  • Cirrose hepática;
  • Síndrome de Down 

 

  • R7
  • Foto: Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

euadoavacinaOs Estados Unidos incluíram o Brasil na lista com mais de 40 nações que irão receber parte do 1º lote de doações das vacinas contra a Covid-19, com 25 milhões de doses. O anúncio foi feito por autoridades americanas nesta quinta-feira (3).

Não há, no entanto, um número exato de quantas doses o Brasil irá receber. Isso porque o país precisará dividir cerca de 6 milhões de doses com ao menos outros 14 países da América Latina (leia mais sobre a distribuição abaixo).

Ao todo, os EUA se comprometeram a redistribuir cerca de 80 milhões de doses das vacinas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson para outros países até o final de junho. Do total, 25 milhões de doses serão enviadas neste primeiro lote. As remessas destinadas ao Brasil serão entregues por meio da aliança Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai gerenciar 19 milhões de doses, distribuídas da seguinte forma (em valores aproximados):

6 milhões para América do Sul e Central: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, Comunidade do Caribe e República Dominicana. 7 milhões para a Ásia: Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Ilhas Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guinea, Taiwan, e as Ilhas do Pacífico. 5 milhões para a África, distribuídas entre os países selecionados em coordenação com a União Africana. As outras 6 milhões de doses disponíveis neste primeiro lote enviado pelos EUA serão distribuídas entre parceiros regionais dos americanos como o México, Canadá, e a Coreia do Sul, além de regiões e países com surtos da doença como a Cisjordânia, Gaza, Ucrânia, Kosovo, novamente o Haiti, Geórgia, Egito, Jordânia, Iraque, Iêmen. Parte deste primeiro lote também será enviada aos trabalhadores da linha de frente das Nações Unidas.

"Não estamos compartilhando estas doses para receber favores ou concessões", disse o presidente Joe Biden em nota. "Estamos compartilhando para salvar vidas e guiar o mundo em direção ao fim da pandemia." 80 milhões de doses No mês passado, o governo americano anunciou a disponibilização de 80 milhões de doses de vacinas que serão entregues até o fim de junho – as 25 milhões detalhadas nesta quinta fazem parte deste total. O destino das outras 55 milhões de doses ainda não foi anunciado.

O presidente americano vem sendo pressionado por diversos países – e também pela OMS – para que os EUA, que estão avançados em seu programa de vacinação, possam compartilhar parte dos imunizantes adquiridos e estocados no país.

60 milhões de doses da AstraZeneca, por exemplo, estão armazenadas e não podem ser aplicadas no país porque o imunizante não recebeu a aprovação da agência regulatória americana. A vacina é segura e eficaz e já foi aprovada pela OMS e pelas agências regulatórias europeias.

Ao menos 168 milhões de americanos já receberam ao menos a primeira dose da vacina.

G1

Foto: Shannon Stapleton/Arquivo/Reuters

Há determinados comportamentos que se deve evitar ter depois de receber a vacina contra a Covid-19. Consumir bebidas alcoólicas em excesso e medicar-se com paracetamol ou aspirina são alguns deles.

A aspirina é um dos medicamentos recomendados para aliviar os efeitos secundários das vacinas. No entanto, uma parte da população passou a tomá-la como forma de prevenir coágulos sanguíneos que algumas vacinas podem causar, uma vez que há estudos científicos que sugerem que o ácido acetilsalicílico previne tromboses ou AVC’s.

No entanto, Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências do ministério da Saúde de Espanha, explicou ao jornal ‘El Economista’ que não acredita que seja necessário tomar o medicamento, podendo até ser prejudicial.

“Acho que tomar ácido acetilsalicílico não vai mudar substancialmente nenhum risco para ninguém. A aspirina, como qualquer outro fármaco, tem efeitos colaterais”, afirmou.

Quanto ao paracetamol, a Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária elaborou uma diretriz, na qual afirma que não é necessário recomendar sistematicamente o uso de paracetamol para prevenir possíveis efeitos secundários da vacina.

Segundo o órgão, o correto será tomar paracetamol após a vacinação somente se forem verificadas reações adversas. De outra forma, o fármaco não é recomendado, pois não tem qualquer utilidade.

Por último, quanto ao álcool, Sheena Cruickshank, professora e imunologista da Universidade de Manchester, explicou que quando uma pessoa consome bebidas alcoólicas na noite anterior ou alguns dias depois de ser vacinada, o sistema imunológico não funciona totalmente, o que pode prejudicar o objetivo final da vacinação.

Conclusão também a que chegou Ronx Ikharia, especialista em medicina de emergência. Também a Sociedade Espanhola de Imunologia lembra que o consumo de álcool e drogas tem um efeito imunossupressor.

Assim, a recomendação sobre o álcool é de um alerta: é uma substância que, quando consumida em excesso, afeta o sistema imunológico, responsável por gerar defesas contra o vírus Covid-19.

IstoÉDinheiro

astraA Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) reduziu nesta quarta-feira (2) a estimativa de entrega de vacinas contra a covid-19 no segundo semestre em 10 milhões de doses, passando de 110 milhões para 100 milhões, e disse que pode haver um hiato no fornecimento do imunizante por falta de insumos.

A previsão atual de produção da Fiocruz aponta que de 100 milhões de doses que serão entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunização) no segundo semestre, 50 milhões serão feitas com IFA (ingrediente farmacêutico ativo) importado da China e a outra metade com IFA nacional.

Antes, a perspectiva era que todas as 110 milhões de doses da vacina da AstraZeneca fabricadas pela Fiocruz no segundo semestre fossem produzidas com o IFA nacional.

Como a entrega de doses com o IFA nacional só deve ocorrer a partir de outubro, há um risco de um hiato da vacina nos meses de agosto e setembro, caso a AstraZeneca não consiga enviar os insumos adicionais antes disso.

“Estamos trabalhando e acredito que podemos reduzir esse prazo para menos de um mês e meio“, disse o vice-presidente de Tecnologia da Fiocruz, Marco Krieger.

O acordo de transferência de tecnologia entre a AstraZeneca e o Brasil foi celebrado na véspera, e a Fiocruz começou a receber os bancos de células e vírus que serão usados na produção do IFA nacional.

As negociações para o acordo de transferência de tecnologia começaram em agosto do ano passado, e a Fiocruz estimava que a assinatura ocorreria antes.

A cúpula da Fiocruz disse que caberá ao PNI buscar alternativas para compensar a perda de 10 milhões, mas a fábrica de Bio-Manguinhos, unidade onde as vacinas são confeccionadas, tentará minimizar ou compensar a perda com um eventual "ganho de rendimento e produtividade“, seguindo o diretor Mauricio Zuma.

O diretor de Bio-Manguinhos revelou que até agora a AstraZeneca e a Fiocruz ainda não assinaram o contrato de fornecimento adicional de IFA para garantir a produção de 50 milhões de doses no segundo semestre.

“A AstraZeneca garantiu que vai ter o IFA, mas só não conseguiu ainda dar o cronograma definitivo“, disse Zuma. “A gente vai ter um contrato e tem a garantia deles, mas como se sabe tem falta de vacina no mundo inteiro, mas acredito que não teremos problema com esse IFA“.

A Fiocruz atualmente tem em estoque insumos suficientes para entregar 5 milhões de doses semanais sem interrupção por 8 semanas. Até o momento, a fundação entregou 47 milhões de doses ao PNI.

Reuters

Imagem: REUTERS/Hannibal Hanschke