O médico infectologista e membro do Conselho Científico de São Paulo, David Uip, contou à CNN que em 46 anos de profissão, nunca viu nada parecido à transmissibilidade da variante Ômicron. Nesta quinta-feira (27), Uip ressaltou a importância de completar o esquema de vacinas contra a Covid-19, a fim de evitar o avanço para casos graves.
Ontem, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registrou um novo recorde de casos diários de Covid-19: 228.954 infecções. O número de mortes também aumentou, alcançando 672 notificações.
O infectologista comentou sobre o comportamento distinto da variante Ômicron, que muitas vezes não provoca a morte direta do enfermo, mas ataca uma doença de base (sobretudo, em caso de doença crônica) e produz um descompasso levando ao óbito.
Diante disso, Uip justifica a razão pela qual o paciente vacinado está mais seguro contra a enfermidade: “Quando você tem um vírus muito agressivo em um hospedeiro bem resistente, você tem as formas leves da doença. É o que estamos vendo na grande maioria dos casos: são casos com pouco sintomas ou sintomas conhecidos”, e ele completa dizendo que “não há dúvida de que a maior gravidade se instala no paciente não vacinado ou no paciente parcialmente vacinado”.
A vacinação infantil engloba o grupo de 5 a 11 anos de idade e não conta com pré-requisito para a aplicação (exceto em crianças imunossuprimidas ou com outras comorbidades).
R7