A variante Ômicron do coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a Delta, mas não deve ser classificada como "leve", disse o chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta-feira (06).

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Durante uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.

A variante Ômicron já predomina entre os novos casos de Covid-19 no Brasil, segundo o site Our World in Data, plataforma de dados ligada à Universidade de Oxford. O levantamento diz respeito a dezembro de 2021, quando os casos da nova cepa saltaram de 0,16% no começo do mês para 58,33% no dia 27.

O Brasil tem registrado um aumento de novos casos da doença desde a semana do Natal, início das confraternizações de fim de ano, quando a média móvel saltou de 3.415 no dia 20 de dezembro para 12.467 na última quarta-feira (5), segundo o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). Já a média móvel de óbitos segue abaixo de 100.

Na terça-feira (4), os Estados Unidos quebraram o recorde mundial de novos casos diários ao registrar 1 milhão em 24h. O país vive uma nova onda causada pela variante Ômicron e, apesar da alta no número de infecções, as mortes tiveram queda de 10% na última semana.

reuters com R7

Foto: Salvatore Di Nolfi/EFE/EPA

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) recebeu do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (06), a nota técnica referente à vacinação das crianças de 05 a 11 anos contra a Covid-19. A expectativa é que o estado possa imunizar 331.432 pessoas nesta faixa etária. Ainda não há data para as secretarias receberem as vacinas e iniciarem a imunização.

A vacina da Pfizer para este público será aplicada em duas etapas com o intervalo de oito semanas. O frasco da vacina para crianças também terá uma cor diferente daquela aplicada em adultos, para ajudar os profissionais de saúde na hora de aplicar a vacina.

“Estas doses são de 0.2 ml e serão tomadas em duas etapas, com o intervalo da primeira para a segunda dose de 08 semanas, diferente do que diz a bula do imunobiológico, mas acreditamos que isso deve ser porque o Brasil ainda não tem doses suficientes para toda a população”, explica o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães.

O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, reforçou a necessidade da oferta da vacina contra a Covid-19, para crianças com idades de 5 a 11 anos, como estratégia para garantir maior segurança, controle da pandemia e imunização para a população.

"O Piauí foi o segundo estado a pedir a vacinação infantil para o combate à pandemia. Com este novo passo, no processo de imunização das nossas crianças, esperamos receber as vacinas o mais breve possível, para que possamos iniciar a proteção deste público. E pedimos aos pais e responsáveis que assim que a vacina estiver disponível levem suas crianças, pois a vacina é segura e fundamental para proteção”, destaca o gestor.

A Sesapi já está com toda a logística de distribuição e orientação aos municípios preparada para receber as vacinas destinadas às crianças de 05 a 11 anos. “Assim como nas outras etapas de vacinação nossas equipes, da Coordenação de Imunização, já estão com a logística organizada para entregar aos municípios, assim que receber do Ministério da Saúde, as vacinas direcionadas às nossas crianças, e os mesmo iniciarem o processo de imunização”, disse Florentino Neto.

Sesapi

A Portaria do Ministério da Saúde nº 99/2022, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), prorroga, por um ano, o contrato de um grupo de 19 profissionais com o Projeto Mais Médicos para o Brasil.

Pela norma, a prorrogação se dará automaticamente a partir do primeiro dia após o vencimento do Termo de Adesão e Compromisso original. Caso o participante não tenha interesse na prorrogação, deverá acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse em continuar no programa. Nas situações em que o gestor municipal não tenha interesse na permanência do participante por um ano no projeto, deverá acessar o SGP, exclusivamente no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse na prorrogação, expressando o motivo da recusa.

O participante com prorrogação automática da adesão deverá, obrigatoriamente, entregar ao gestor municipal, até o dia 30 de janeiro de 2022, o Termo Aditivo ao Termo de Adesão e Compromisso, em duas vias, devidamente preenchido e assinado, o que implicará, para todo e qualquer efeito, concordância de forma expressa com todas as condições, normas e exigências estabelecidas no Edital e demais normativos que regulamentam o projeto.

Cabe ao gestor municipal receber os documentos exigidos na portaria, e mantê-los sob sua guarda, com disponibilização ao Ministério da Saúde quando requerido. O resultado da prorrogação automática, será disponibilizado no endereço eletrônico.

Agência Brasil

Em meio a um crescimento de casos de "flurona", como ficou conhecida a infecção simultânea por influenza e coronavírus, o virologista e vice-chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios da Fiocruz, Fernando Motta, esclarece que o fenômeno não é novidade da pandemia de covid-19.

flurona

"É uma coisa nova quando pensamos no coronavírus, mas quando pensamos nos outros vírus respiratórios, a coinfecção não é algo inesperado", detalhou o especialista durante a Live RecordTV Minas, na manhã desta quinta-feira (6).

"Apesar de não ser um evento muito comum, também não deixa de ser algo que aconteça com certa frequência. Se você tem dois vírus respiratórios circulando, você tem chance de ter contato com os dois", completou.

O especialista, entretanto, chama atenção para a falta de pesquisas avançadas em relação aos impactos do "flurona". Segundo Motta, não há dados suficientes para confirmar se a combinação dos dois virus causam sintomas mais graves nos pacientes. A falta de pesquisas se deve, principalmente, ao "sumiço" da influenza no último ano, como reflexo dos cuidados contra a covid-19.

"Temos alguns casos graves, mas associados a comorbidades e idosos. Então, pode ser que isto esteja ligado mais às características pessoais dos pacientes do que pela sinergia dos dois vírus, mas isto pode acontecer", conclui. Durante a entrevista, Fernando Motta também falou sobre o crescimento de casos de gripe entre a população brasileira nas últimas semanas. O especialista explicou os cuidados que devem ser tomados e falou sobre os sintomas da doença, principalmente quando causada pelo vírus do tipo H3N2. Assista à integra no início da reportagem.

A Live RecordTV Minas recebe, às quintas-feiras, especialistas e personalidades para falar sobre os assuntos que impactam a vida da população. O programa é transmitido, ao vivo, pelo canal da emissora no YouTube e pelo Facebook.

R7

Foto: reprodução Pixabay