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O Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum entre idosos e corresponde a mais da metade dos casos de demência neste grupo, segundo o Ministério da Saúde. A principal característica do problema, além da perda progressiva de memória, é que não há cura ou tratamento capaz de impedir a sua evolução – apenas para torná-la mais lenta.

A geriatra Maria Carolyna Fonseca, especialista pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pela SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), explica que ainda não se sabe exatamente quais são as causas do Alzheimer, mas que há algumas alterações no cérebro que podem impactar seu funcionamento e a memória.

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“Ocorre um depósito do que chamamos de beta-amiloide, que depois vai desenvolver um mau-funcionamento cerebral. Além disso, também há uma redução desproporcional da região do hipocampo, que está muito relacionada com a memória e cognição. Mas não temos muito claro como é a fisiopatologia do Alzheimer”, afirma.

Principais sintomas da doença

A especialista explica que os primeiros sintomas do Alzheimer começam a aparecer após os 70 anos de idade. Mas, apesar de não ser comum, o quadro também pode se apresentar de forma precoce antes dos 60 anos nos casos em que há uma herança genética significativa, isto é, quando existem outros casos da doença na família.

Os principais sintomas estão relacionados à perda de memória, seja recente ou remota. Mas, à medida que a doença evolui, sinais como irritabilidade, falhas na linguagem e dificuldade para se orientar no espaço e no tempo também podem ocorrer.

“É muito comum uma dificuldade em aprender coisas novas, como entender a funcionalidade de algum utensílio doméstico ou em receber uma instrução. Também pode ocorrer de a pessoa ficar mais atrapalhada com a dinâmica do dia a dia, se confundir com as medicações, esquecer onde estava indo, sair de carro e voltar a pé porque não se lembra que saiu de carro ou onde estacionou”, destaca a geriatra. Estágios da doença

Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer passa por quatro estágios, sendo eles o inicial, moderado, grave e terminal.

O primeiro é definido por alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; no segundo aparece a dificuldade para falar e realizar tarefas simples, além de agitação e insônia.

“Na hora de tomar banho, por exemplo, o paciente não sabe o que fazer com a esponja, para que serve o sabonete, ele perde a capacidade de se organizar para fazer aquela atividade. Parece tão automático, mas para tomar banho precisa lembrar de se despir, de ligar o chuveiro, pegar o sabonete e se enxugar”, destaca a geriatra.

Já o terceiro é marcado pela resistência a realizar tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, deficiência motora progressiva e dificuldade para comer. O quarto é considerado o estágio terminal, onde o paciente fica restrito ao leito, não consegue falar, sente dor ao comer e sofre infecções intercorrentes.

A geriatra Maria Carolyna Fonseca explica que, em média, os pacientes diagnosticados na terceira idade vivem cerca de cinco anos em cada fase.

“Para os casos em que há uma herança genética importante, que começam antes dessa idade, o paciente passa por esses estágios de uma forma bem mais acelerada, com cinco anos ele pode estar muito mais dependente para atividades mais simples, como se alimentar e tomar banho”, afirma Maria Carolyna.

Além disso, a especialista destaca que há outros fatores associados à terceira idade, como dificuldade motora, que podem contribuir para a piora do quadro no que diz respeito à perda de autonomia para realizar as tarefas consideradas básicas.

“A dificuldade causada pelo Alzheimer é cognitiva, mas às vezes o paciente tem uma osteoartrose importante, uma bursite, que causa uma limitação motora e o impede de fazer outras coisas”, destaca. Diagnóstico

Não existe nenhum exame capaz de diagnosticar a doença de Alzheimer, então o diagnóstico é feito por meio das informações relatadas pela família e pela exclusão de outros problemas em potencial que são descartados após a realização de exames. Também soma-se a isto o exame clínico com testes de memória, realizado quando as ponderações levam à suspeita da doença.

Há alguns testes genéticos que podem indicar a probabilidade de uma pessoa desenvolver Alzheimer, mas o acesso a essa informação não traz benefícios para o tratamento da doença ou mesmo para a sua prevenção, segundo o neurocirurgião Marcelo Valadares, médico da disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Descobrir se uma pessoa tem a possibilidade de ter Alzheimer é diferente de prevenir. É uma doença que não tem tratamento [definitivo], então imagine viver com essa ansiedade. Outra coisa é quando a pessoa quer saber se tem o gene para a doença e pensar se vai ter filho ou não. Isso também não tem resposta, porque não é uma doença que passa assim de pai para filho”, ressalta. Tratamento

Há alguns medicamentos que podem retardar a evolução do Alzheimer, mas não há nenhum tratamento capaz de controlar a doença ou curá-la. O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza gratuitamente o adesivo transdérmico Rivastigmina, remédio usado para minimizar os sintomas da demência.

A medicação é uma aposta, mas a geriatra destaca que o mais importante para o paciente com Alzheimer é o tratamento não farmacológico relacionado aos estímulos cognitivos, como a inserção da pessoa na comunidade e a prática de atividades físicas.

“Pacientes que eram ativos e conseguiram estudar por mais tempo, têm uma reserva cognitiva maior, então a progressão até chegar ao estágio em que fica dependente é muito mais lenta. Mas isso depende muito do estágio em que o diagnóstico foi feito, muitas vezes vemos na prática o paciente sendo diagnosticado no estágio moderado para o avançado”, explica.

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Foto: Freepik

 

Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) referentes a 5° Semana Epidemiológica do ano de 2022 indicam que o estado do Piauí está registrando aumento do número de casos de dengue quando comparado com o mesmo período do ano passado. O boletim aponta ainda que o estado registrou um aumento de 147,1% em relação a 5° semana epidemiológica de 2021.

Durante o mesmo período de 2021, o Piauí registrou 119 possíveis casos de dengue em 21 municípios. O boletim deste ano já apresenta 294 possíveis casos em 27 municípios piauienses. Ainda segundo o último boletim epidemiológico, Curimatá; São Pedro do Piauí; Teresina; Pedro II e Curralinhos são as cidades piauienses que mais registraram casos prováveis até o momento.

O boletim apresenta ainda que Curimatá; São Pedro do Piauí; Curralinhos; Geminiano e Ribeiro Gonçalves são respectivamente os municípios com maior incidência da doença.

O supervisor de entomologia da Sesapi, Ocimar Alencar, observa que a população dos municípios piauienses assim como as gestões municipais precisam ficar atentas a prevenção da dengue, sem negligenciar os cuidados que já vem sendo discutidos há muito tempo.

“Nós estamos em um momento de pandemia e as pessoas precisam redobrar os cuidados ainda mais para evitarmos que muitos casos da doença surjam. Chamamos a atenção ainda para que as pessoas cuidem do seu ambiente doméstico, uma vez que observamos que muitas vezes, mais de 80%, os criadouros dos mosquitos se desenvolvem em residências”, aponta o supervisor.

O Secretário Florentino Neto destaca que além das ações que os municípios podem tomar para enfrentar os vetores em espaços públicos é necessário também a cooperação da população.

“Neste momento, é necessário que as pessoas fiquem atentas em suas residências a locais que estão propensos ao surgimento de criadouros dos mosquitos. Enquanto temos equipes entrando em contato com os municípios traçando estratégias para evitar um aumento de novos casos as pessoas precisam evitar o acúmulo de água parada, limpar as suas casas. Já é um grande auxílio no enfrentamento ao mosquito e na prevenção de novos casos”, destaca o secretário.

Sesapi

Desde de 2020, após este cenário pandêmico, o mundo foi prejudicado de diversas maneiras, tanto financeiramente quanto psicologicamente. A realidade imposta por essa mudança drástica, gerou vários transtornos mentais e agravou aqueles já existentes. Inclusive, nesse contexto, o índice de doenças mentais, como depressão e ansiedade, cresceu - e ainda continua - gradativamente.

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Com isso, inúmeros estudos surgiram para comprovar que a Covid-19 é sim outro fator que desencadeia o risco de aparecimento dessas doenças. Uma das mais recentes foi a pesquisa feita nos Estados Unidos, a partir de registros de saúde de 154 mil indivíduos infectados com Covid-19. O resultado mostrou que dentro de um ano, após a infecção, essas pessoas têm um maior risco de desenvolverem doenças mentais e serem diagnosticadas com transtornos psiquiátricos. Anteriormente, outra pesquisa feita na USP apresentou resultados parecidos entre as pessoas que se recuperaram do coronavírus.

Em outro estudo, demonstrado em evento do tema da saúde mental de crianças e adolescentes na pandemia de COVID-19, produzido pelo Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da FM-USP, mostra que juntamente com a pobreza pode ser um outro potencializador. “A pobreza é o fator de risco mais consistente para transtornos mentais. E o Brasil tem 20 milhões de crianças, entre 0 e 14 anos, vivendo na pobreza”, afirma Polanczyk ao abordar a temática.

Nos resultados, o pesquisador reveleu que, entre crianças de 7 a 10 anos como base, 18,3% demonstraram uma condição de doença crônica e 12,8% de transtorno mental. Ademais, a descoberta é que, além dessas análises, outros estudos mostram que o potencializador desses problemas em pacientes recuperados da doença está ligado ao efeito do vírus em si. Não é somente por razões psicológicas e ambientais que as pessoas com Covid-19 podem ser afetadas. Existem também outras razões como stress, desemprego, problemas financeiros, isolamento social, luto, mudanças na dieta e na atividade física. Circunstâncias que se amplificaram na pandemia.

Posto isso, o tratamento recomendado por médicos para pacientes com doenças mentais associadas à Covid-19 é o mesmo indicado para outros casos. Em casos leves, o ideal é a realização de uma alimentação melhor e praticar atividade física. Para os outros quadros que se encaixam nos moderados e graves, é de suma importância buscar a ajuda de um especialista e ter um acompanhamento médico.

R7 Izadora Porto

Foto: Reprodução/ Kat Smith/Pexels

Mais de 3.300 crianças morrem e outras 112 mil são internadas em estado grave por ano em decorrência de acidentes ou lesões não intencionais, segundo dados do Ministério da Saúde. E a asfixia aparece entre a terceira causa de morte entre crianças com até 14 anos, depois dos acidentes de trânsito e afogamento. Entre os bebês de até 1 ano, esse já é o principal motivo dos óbitos. Mortes e acidentes que poderiam ser evitados com ações de prevenção e primeiros socorros, alertam especialistas. Manobras de salvamento poderiam ter ajudado Pedro Henrique Silva, 10 anos. Ele morreu após engolir um balão de festa em Luziânia (GO), no último sábado (12). "Ele correu na sala já abrindo os braços, pedindo socorro. Só que a amiga da mãe dele achou que ele estava brincando", conta Cláudio Gomes, cunhado da mãe da criança. Pedro desmaiou e chegou a ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Ingá, mas não resistiu e morreu no local.

"Em casos de asfixia e sufocamento, é preciso saber agir rapidamente e da maneira correta. Por isso, o ideal é que todos realizassem o Curso de Suporte Básico de Vida. Isso salvaria muitas vidas", ressalta Renata Dejtiar Waksman, médica do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria. A médica explica que a asfixia é a obstrução das vias respiratórias. Isso impede a passagem de ar, o que pode ser fatal se ocasionar a falta de oxigenação e ventilação no cérebro. "A asfixia mata em 4 a 5 minutos e, se a criança sobreviver, poderá ficar com sequelas neurológicas graves", diz.

Lei Lucas

Muitas pessoas desconhecem, mas o caso de Lucas Begalli, 10 anos, levou ensinamentos e mais proteção aos ambientes escolares. Em 2017, ele morreu engasgado com o cachorro-quente servido na hora do lanche durante uma excursão da escola. O menino teve uma asfixia mecânica em questão de minutos.

"Ninguém sabia fazer manobras de primeiros socorros na época e isso poderia ter ajudado a reverter a situação. Ele ficou em parada cardiorrespiratória por 18 minutos até chegar o socorro, foi reanimado, mas por falta de oxigenação, teve morte cerebral", conta a advogada Alessandra. Begalli, mãe de Lucas.

A fatalidade envolvendo o único filho mudou a vida da advogada, que lutou pela criação da Lei Federal 13.722/18, conhecida como Lei Lucas. A medida torna obrigatória a aplicação de cursos que preparem os professores e funcionários, de escolas públicas e privadas de ensino infantil e básico, no atendimento de primeiros socorros ao estudantes.

"As pessoas precisam saber que a lei existe para que possam cobrar seu cumprimento. Pelo menos parte dos profissionais que trabalham com crianças devem receber treinamento anualmente para evitar tragédias", ressalta Alessandra, que hoje também é co-fundadora do Movimento Vai Lucas.

R7