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O câncer do endométrio está entre os tumores mais comuns nas mulheres. A boa notícia é que a maioria dos casos é curável, com cirurgia associada à radioterapia e quimioterapia.

endometriose

"O tumor do endométrio acontece na parede do útero, que descama todo mês no ciclo menstrual. É mais comum em mulheres mais idosas. Pode acontecer nas mais jovens, mais aí está relacionado à obesidade. Idade e obesidade são os fatores de risco importantes para a doença", explica Amélia Borba, gerente médica de oncologia na MSD Brasil. O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que em cada ano do triênio 2020/2022 sejam diagnosticados no Brasil 6.540 novos casos de câncer do corpo do útero. O alto índice de cura está ligado à facilidade de detecção da doença.

"Esse tumor avisa que está chegando, porque mesmo nos estágios iniciais a mulher tem sangramento sem parar. Pensando que a maior incidência é nas mulheres acima da faixa dos 60 anos, que usualmente já está na menopausa", alerta a especialista.

Entre as mulheres jovens, o ciclo menstrual fica muito longo, o que causa estranhamento, e as mulheres procuram o ginecologista.
Mas, em alguns casos, o útero não reage aos tratamentos descritos ou o tumor volta. E até agora, os médicos tinham poucas opções para cuidar dessas pacientes, já que há 40 anos não surgiam novos métodos.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em dezembro do ano passado, o uso da combinação de duas substâncias, o pembrolizumabe, que é uma imunoterapia, com o lenvatinibe, que impede a proliferação livre das células tumorais, para o tratamento do câncer do endométrio.

O pedido da farmacêutica MSD foi baseado em estudos feitos no mundo que mostraram aumento da sobrevida de pacientes com essa combinação, conforme explica Amélia Borba.

"Em oncologia nós chamamos de ganho de sobrevida, que significa quanto um tratamento é capaz de aumentar a vida do paciente, associado com qualidade de vida. Queremos viver mais, mas viver bem. E, comparado à quimioterapia, tratamento disponível nessas últimas décadas, aumentou o tempo que as pacientes vivem e o tempo de controle da doença", afirma a biomédica.

O tratamento só é indicado para as mulheres que não têm mais opções de cura da doença, por isso a importância do ganho de sobrevida.

Os efeitos adversos da combinação de substâncias podem ser aumento da pressão arterial e hipotireoidismo, que é uma perda da função dos hormônios tiroidianos.

"Nos dois casos, é possível manejar os efeitos adversos com uso de medicamentos e, assim, permitir que a paciente tenha os benefícios", comemora Amélia.

O tratamento com imunoterapia associada ao lenvatinibe é de alto custo, não faz parte dos procedimentos autorizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e não está na relação da ANS (Agência Nacional de Saúde), o que faria os planos de saúde serem obrigados a pagar a nova terapia.

"Nosso sistema de saúde é bem diverso e isso impacta a utilização de medicamentos diferentes. Esse é o nosso desafio, enquanto comunidade médica e indústria farmacêutica. Não vai ser simples, porque a regulação da ANS tem um sistema e o SUS tem outro tipo de regulação. A boa notícia é que a primeira etapa foi concluída, que foi a aprovação do tratamento por parte da Anvisa. Os próximos passos vão depender do cenário da saúde pública", conclui Amélia Borba.

R7

Foto: Reprodução/Pintrest

Um cansaço que não melhora nem mesmo após uma noite de sono, mal-estar depois de realizar esforços físicos ou mentais, dificuldade para organizar ideias e até para permanecer em pé. Esses sintomas, quando persistem por mais de seis meses, sugerem uma doença pouco conhecida, mas que tem sido experimentada por algumas pessoas após a Covid-19: a SFC (síndrome da fadiga crônica), também chamada de encefalomielite miálgica.

Longe de ser mera preguiça, a doença impõe uma limitação que pode ser severa, além de ter sintomas que podem facilmente ser confundidos com os de outras condições, como depressão, burnout, hipotireoidismo, anemia e deficiência de vitamina D, por exemplo. O médico Roberto Heymann, membro da Comissão de Fibromialgia da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), explica que há somente teorias acerca das causas da SFC, uma delas doenças infectocontagiosas.

"Uma época se viam muitos casos de mononucleose [doença causada pelo vírus Epstein-Barr] em que a pessoa desenvolvia depois fadiga crônica. Agora, com a Covid-19, tem a pós-Covid, que apresenta como sintomas a fadiga importante, distúrbio cognitivo..."

O citomegalovírus, a bactéria que causa a doença de Lyme e o fungo Candida albicans (que provoca candidíase) também já foram mencionados em estudos sobre SFC, segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, apesar de a relação não ser totalmente estabelecida. O especialista levanta uma dúvida: se a infecção por um patógeno é a causa por si só ou se é um gatilho em pessoas com predisposição para desenvolver fadiga crônica, algo que ainda precisa ser respondido pela ciência.

"A síndrome da fadiga crônica também é descrita após períodos longos de estresse no trabalho. No passado se falava muito de fadiga crônica em pessoas extremamente perfeccionistas, grandes trabalhadores, gente que ocupava cargo alto em corporações, com estresse importante. É como se fosse um burnout. Agora, se perguntarem: qual é a diferença da síndrome da fadiga crônica para o burnout? É algo difícil de dizer", exemplifica.

Outro fator para o qual Heymann chama a atenção é a sobreposição de doenças. Segundo ele, é comum que pacientes com SFC também estejam deprimidos, o que torna o diagnóstico ainda mais complexo.

"Uma pessoa extremamente ativa que de uma hora para outra começou a ter fadiga e desenvolveu um quadro de depressão, a gente poderia chamar [seu estado] de síndrome da fadiga crônica", argumenta, ao ressaltar a importância de tratar também o quadro depressivo.

Na depressão, existem o pensamento negativo, a falta de perspectivas e a desmotivação. Na síndrome da fadiga crônica, a pessoa pode até ter vontade, mas não consegue fazer as tarefas, já que há déficit de raciocínio e memória, o que é descrito como “nevoeiro cerebral”. Embora o diagnóstico de SFC seja por exclusão – o médico vai descartar uma série de outras doenças possíveis por meio de exames ou avaliação clínica –, alguns critérios são levados em conta quando se suspeita dessa síndrome. São os seguintes:

  • Cansaço importante que persiste por pelo menos seis meses em pessoa que não tinha essa queixa antes; • Estar cansado a maior parte do dia; • Fadiga que piora com atividade física ou esforço mental; • Dificuldade de concentração, aprendizado, raciocínio ou memória; • Tontura ao se manter em pé; • Problemas de sono e acordar se sentindo cansado (sono não restaurador).

"Embora até 25% das pessoas relatem sentir fadiga crônica, apenas 0,5% delas (1 em 200) apresenta a síndrome da fadiga crônica", acrescenta o Manual MSD, citando dados americanos.

Nos Estados Unidos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) estima que entre 1 milhão e 2,5 milhões de pessoas sofram de SFC, mas ressalta que "muitas pessoas não foram diagnosticadas".

Entre as razões para isso, o órgão aponta o acesso limitado aos serviços de saúde e até mesmo a falta de conhecimento dos profissionais da área sobre a síndrome da fadiga crônica.

"A doença é muitas vezes malcompreendida e pode não ser levada a sério por alguns profissionais de saúde", diz o CDC em seu site. Tratamento

Por ser uma doença que afeta várias áreas do corpo, o tratamento da síndrome da fadiga crônica envolve também diversas especialidades. Não existem remédios específicos.

Um estudo de 2011 aponta a TCC (terapia cognitivo-comportamental) e a TEG (terapia de exercícios graduais) como benéficas para pacientes diagnosticados com a síndrome, na comparação com aqueles que receberam apenas cuidados médicos.

"O principal do tratamento é tentar colocar a pessoa em uma espécie de programa de exercício gradual, ou seja, em que a intensidade dos exercícios vá aumentando ao poucos. Não é uma coisa fácil para um indivíduo cuja doença tem como característica justamente o cansaço extremo", acrescenta Heymann.

Além disso, o médico vai tratar os demais sintomas individualmente, como as alterações no sono, eventualmente, a hipotensão ortostática, que causa tontura ao ficar em pé, entre outros.

O mais importante, segundo o especialista da SBR, é saber que existe possibilidade de retomar uma vida normal após o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica, mas isso exige esforço e tempo.

"Às vezes, essa doença pode desaparecer do mesmo jeito que veio ou pode se manter para o resto da vida. O tratamento é difícil, muitas vezes, mas ela pode remitir. Em algumas pessoas, há períodos de melhora e de piora."

R7

O Ronielton Oliveira que está na pasta da Saúde em Nazaré do Piauí, como secretário, numa entrevista ao Piauí Notícias esteve se manifestando sobre as ações que visam a combater o novo coronavírus – COVID 19.

Segundo ele, o prefeito Nonato de Abílio tem procurado acompanhar a situação da pandemia na cidade e, tem cobrado ações que visem a barrar os casos.

ronielton

O processo de vacinação, ainda de acordo com o secretário Ronielton, está avançado, no entanto há muita gente se infectando com o coronavírus.

Ouça a entrevista.

 

Os termos dietlight e zero são normalmente associados a alimentos pouco calóricos. Mas nem sempre é assim. A expressão mais antiga, diet, ficou associada a alimentos próprios para portadores de diabetes por não conterem açúcar. Mas isso também não é regra. A Agência Brasil entrevistou a nutricionista Tatiane Cortes Roso, para esclarecer dúvidas sobre a diferença entre os três tipos de alimentos.

Diet

Tatiane explica que os alimentos diet são regulamentados pela Portaria/MS 29, de 13 de janeiro de 1998 - o Regulamento Técnico de alimentos para fins especiais. “Produtos diet são direcionados para pessoas com dietas especiais para certas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemia. Então é a redução de algum nutriente. Por exemplo, retiram o sódio de uma batata frita, como a gente vê no mercado, e substituem por cloreto de potássio”.

Normalmente os alimentos diet têm redução de componentes como açúcar, gordura, proteína ou outros. Mas Tatiane alerta que nem sempre a redução dos nutrientes é total.  “Pode haver residual de açúcares e gorduras totais no produto de, no máximo, 0,5g por 100g/ml”, ressalta.

Esses alimentos são indicados para pessoas com restrições alimentares ou que não querem consumir algum desses ingredientes. Dessa forma, não basta o rótulo dizer que determinado alimento é diet. É preciso que o rótulo especifique qual nutriente foi retirado ou substituído no produto.

Tatiane afirma ainda que nem sempre o produto diet é menos calórico do que o tradicional. Em um iogurte, por exemplo, a indústria reduz o teor de gordura, mas acrescenta amido, açúcares e espessantes para substituir as gorduras totais.

Light

Um alimento light é aquele que tem redução de pelo menos 25% de algum componente, que pode ser açúcar, gordura, sódio ou outros. Dessa forma, o conteúdo energético normalmente é reduzido quando comparado com o tradicional de referência. “Então, não basta só alegar que o produto foi reduzido em algum nutriente, é preciso compará-lo com uma versão convencional do mesmo alimento. Assim, o consumidor saberá se realmente houve redução em nutrientes e/ou valor energético”, diz a nutricionista.

Os alimentos light são regulamentados pela Resolução RDC 54, de 12 de novembro de 2012 da Anvisa - o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Nesse caso, as orientações são para o público em geral.

Os produtos light costumam ser indicados em dietas para emagrecer. No entanto, Tatiane ressalta que para que a redução de peso aconteça, a quantidade ingerida deve ser similar à que se comeria do produto normal. “Um grande erro é exagerar no consumo do produto light e acabar ganhando peso”, afirma.

Zero

Já o termo zero é usado quando o alimento não tem algum componente. Pode ser zero açúcar, zero gordura, zero sódio, entre outros. No entanto, esse produto não tem adição de outro nutriente para repor o sabor, diferentemente do diet. Quando o alimento é zero açúcar, ele pode ser consumido por pessoas portadoras de diabetes. Grande parte dos produtos zero é reduzida em calorias e açúcares, podendo ser utilizada tanto por pacientes com diabetes quanto por quem deseja perder peso.

“Uma pessoa com diabetes pode consumir alimento light? Sim, mas ela vai ter que olhar no rótulo se houve redução de açúcares. E se o açúcar foi substituído pelo adoçante, no caso dos portadores de diabetes. No caso da pessoa hipertensa, tem que checar se houve redução no sódio, por exemplo. É importante que as pessoas aprendam a ler o rótulo”, orienta Tatiane.

Agência Brasil