O ano de 2022 pode marcar "o fim da fase aguda da pandemia" de Covid-19, afirmou o diretor geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, que ressaltou a importância da continuidade da prevenção diante da "dupla ameaça das variantes Delta e Ômicron" do coronavírus.

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O diretor de Emergências Sanitárias da entidade, Mike Ryan, acrescentou na mesma entrevista coletiva que no futuro próximo "é difícil que o vírus seja completamente eliminado, mas possivelmente o nível de sua transmissão ficará mais baixo, causando surtos ocasionais em populações não vacinadas". "Vamos acreditar que esse será o final, mas certamente ainda não chegamos lá e restam obstáculos que esperamos superar alcançando a igualdade na distribuição de vacinas", disse.

Ao traçar um paralelo entre o atual coronavírus e a pandemia de gripo H1N1 de 2009, Ryan afirmou: "Esse vírus [da gripe A] segue entre nós, mas não provoca a morte e a destruição daquele ano porque vacinamos os mais vulneráveis".

EFE

Foto: Freepik

Neste momento, há muitas pessoas que estão gripadas e, algumas estão em casa por não aguentarem está no trabalho ou mesmo em outros locais.

A virose, de acordo com informações levandatas pelo Piauí Notícias, tem provocado inclusive internações e, as vítimas são pessoas de todas as idades.

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Numa entrevista ao Piauí Notícias o Dr. Justino Moreira, médico coordenador do Setor Covid do Hospital Tibério Nunes - Floriano-PI, se manifesta sobre essa onda de gripe na cidade e no País.   

Da redação

O Piauí tem nove casos confirmados do vírus H3N2, da gripe, uma cepa que está provocando surtos epidêmicos em vários estados brasileiros. O estado, foi um dos últimos a registrar casos por conta do alto índice de cobertura vacinal da gripe: 80%.

A Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) identificou 15 casos de síndrome gripal com resultado para Influenza A, sendo 10 casos (67%) do subtipo H3N2, quatro casos do Vírus Sincicial Respiratório-VSR (27%) e um caso de Rinovírus (0,6%). Ao todo, foram testadas 125 amostras de Swab no painel de vírus respiratórios.

Os 10 casos de síndrome gripal por H3N2 identificados nesses últimos dias são de Monsenhor Gil, Piripiri, Teresina e Timon. O caso identificado como da vizinha cidade maranhense foi encaminhado para o município. Do total de casos, são cinco pessoas do sexo masculino e cinco do sexo feminino, com faixas etárias que variam de 11 a 85 anos.

De acordo com o secretário de Saúde, Florentino Neto, somente é possível a identificação da cepa H3N2 por meio da avaliação do painel viral. Os exames realizados no Piauí são feitos no Laboratório Central (Lacen), testando 12 tipos de vírus: Adenovirus, influenza A e B, Rinovirus, bocavirus, enterovirus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4b e vírus sincicial respiratório A e B. “O nosso laboratório de referência está equipado para atender a demanda”, destaca o secretário.

Segundo o gestor, a nova variante da Influenza, a H3N2, tem uma transmissibilidade alta. No entanto, a maioria dos casos apresentam sintomas leves, que podem ser tratados em casa, sem a necessidade de assistência médica. A orientação, segundo ele, é para a população procurar as unidades de saúde apenas em casos que apresentem sintomas como falta de ar, indisposição, que impossibilite as atividades normais, além de vômitos e diarreia.

O superintendente de Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, disse que a Sesapi vai emitir uma alerta para todos os municípios sobre as variantes gripais que estão circulando no estado. Chamando atenção, principalmente, que idosos, gestantes e pessoas imunossuprimidos formam o público que requer maior atenção.

"Esse é um surto nacional e a tendência é que os casos devam crescer por conta da alta transmissibilidade. As medidas preventivas que servem para a Covid-19 também servem para essa síndrome gripal, como distanciamento social, uso de máscara, uso de álcool, além de evitar aglomerações", recomendou.

Sesapi

Os testes caseiros rápidos de Covid-19 são mais propensos a dar falso negativo com a variante Ômicron, apontou nesta terça-feira (28) a FDA, agência reguladora dos Estados Unidos.

A notícia chega no momento em que o país enfrenta um grande aumento do número de casos da doença, que, segundo especialistas, são subdiagnosticados devido à crise de acesso aos testes, com longos períodos de espera para os mais precisos, como o PCR, e kits caseiros escassos.

A FDA informou que colabora com o Instituto Nacional de Saúde (NIH, pela sigla em inglês) em estudar o desempenho dos testes caseiros, também conhecidos como "de antígenos", em relação a amostras de pacientes com versões ativas da variante.

"Os primeiros dados sugerem que os testes de antígenos detectam a variante, mas podem ter uma sensibilidade reduzida", explicou a agência. A sensibilidade é uma medida que estima a probabilidade de um teste detectar um resultado positivo.

A FDA assinalou que manterá a autorização para o uso de testes de antígenos e que a população deve continuar recorrendo a eles, seguindo suas instruções.

AFP