O Piauí começou o ano com mais de 83,19% da população adulta com pelo menos uma dose de vacina contra Covid-19 e 74,26% da população totalmente imunizada, de acordo com dados do Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). A boa performance na cobertura vacinal, primeiro do Nordeste e segundo do Brasil, acelerou a queda de casos graves e mortes pela doença no estado.

Nos últimos seis meses, o número de óbitos mensais teve uma queda drástica e sucessivamente, com pequenas oscilações. Em agosto, foram 110 óbitos; em setembro, 64; outubro, 89 mortes; em novembro, 96 e em dezembro 75 pessoas perderam a vida para a Covid-19.” Vamos continuar trabalhando para vacinar mais pessoas e reduzir o número de mortes cada vez mais.”, destaca o secretário Florentino Neto.

Em 18 de janeiro de 2021, quando foi iniciada a vacinação contra Covid-19, única esperança para conter o inimigo invisível, o Piauí recebeu 21.250 doses na primeira remessa de vacinas. De lá para cá, o Ministério da Saúde encaminhou 5.928.447, destas 5.494.671 foram aplicadas, 357.982 estão em posse dos municípios e 275.594 estão na Rede de Frio armazenadas. “Do momento em que recebemos o primeiro lote em janeiro, até o final do ano passado, e o início deste ano nosso trabalho foi contínuo para levar a imunização aos piauienses, que estão atendendo os nossos chamados para se vacinarem”, lembra o gestor.

De acordo com Florentino Neto, as vacinas contra a Covid-19 foram distribuídas aos 224 municípios do Piauí de maneira isonômica, dos quatro laboratórios aprovados pela Anvisa (CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen). O Governo do Estado, através da Sesapi fez uma verdadeira força-tarefa ao longo do último ano para fazer as vacinas chegarem aos braços dos piauienses.

“Seja via aérea ou terrestre, através de um plano de distribuição bem elaborado, a Secretaria de Saúde viabilizou a entrega e distribuição dos imunizantes em tempo recorde, possibilitando que as vacinas chegassem até as equipes municipais e estivessem disponíveis para a população em tempo recorde”, destaca o secretário.

Agora, quase um ano desde a chegada das primeiras doses, a efetividade e segurança dos imunizantes são indiscutíveis na análise do atual cenário epidemiológico. “A nossa grande preocupação no momento são com as pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina, algo em torno de 260 mil piauienses. É um número expressivo e que tem se tornado um desafio para o setor da saúde”, diz Florentino.

Em novembro, o Ministério da Saúde sinalizou a necessidade de dose reforço para toda a população adulta. Mais de 328.037 doses reforço já foram aplicadas no Piauí, algo em torno de 10% da população compareceu aos postos de saúde para receber a terceira dose. No entanto, 189.065 pessoas estão com a dose de reforço atrasada no estado. “Pedimos a você que está com qualquer dose atrasada, que procure os postos de vacinação de seu município e tome sua vacina é muito importante que todos estejam vacinados, com as doses necessárias, para sairmos desta pandemia” enfatiza Florentino Neto.

Sesapi

Com 1,1 milhão de doses, chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o primeiro lote de 2022 de vacinas contra a covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a carga com os imunizantes do laboratório norte-americano Pfizer foi desembarcada na tarde de ontem (2).

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Neste ano, o Brasil deve receber mais 354 milhões de doses de vacinas, sendo 100 milhões de um contrato com a Pfizer e 120 milhões do imunizante da AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O restante é referente a contratações assinadas em 2021 e que devem ser entregues ao longo deste ano.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, já foram aplicadas 328,5 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em todo o país, sendo 143,7 milhões de segunda dose ou dose única. Mais de 20 milhões de pessoas receberam doses adicionais de reforço da imunização.

Agência Brasil

Foto: Geovan Albuquerque/Agência Saúde DF

As pessoas vacinadas com duas doses da Janssen podem ficar 85% protegidas da necessidade de hospitalização após serem infectadas com a variante Ômicron do novo coronavírus, de acordo com estudo realizado na África do Sul cujos detalhes foram revelados nesta quinta-feira (30).

internações

A pesquisa foi conduzida com uma amostra de 69.092 profissionais da saúde que receberam uma dose de reforço da Janssen – a mesma fórmula que haviam recebido na primeira dose – entre 15 de novembro e 20 de dezembro.

Nessa altura, a África do Sul passava por sua quarta grande onda de casos de Covid-19, impulsionada pela variante Ômicron.

Em particular, os pesquisadores observaram que a eficácia contra a hospitalização foi de 63% logo após a segunda inoculação e que a proteção "aumentou ao longo do tempo", atingindo 84% após duas semanas e 85% um mês após o reforço.

O estudo, que conta entre seus autores a renomada pesquisadora Linda-Gail Bekker, já foi publicado como pré-impressão e deve ser submetido à avaliação de pares da comunidade científica.

A África do Sul começou a oferecer doses de reforço à sua população em geral na semana passada, mas, antes que essa medida entrasse em vigor, o país já havia começado a oferecê-las aos seus profissionais de saúde, por meio de um programa especial chamado Sisonke.

As fórmulas utilizadas para a vacinação contra a Covid-19 na África do Sul, que foi o primeiro país a alertar o mundo sobre a detecção da Ômicron, no fim de novembro, são da Pfizer/BioNTech e da Janssen.

Com cerca de 3,4 milhões de casos e quase 91 mil mortes, a África do Sul é o epicentro da pandemia da Covid-19 no continente africano.

A taxa de vacinação, no entanto, ainda é baixa – apenas cerca de 27% da população foi totalmente vacinada.

A atual onda de casos impulsionada pela Ômicron, embora esteja causando um maior número de infecções em comparação com outras variantes, está deixando uma proporção significativamente menor de mortes e hospitalizações.

Agência EFE

Foto: ROLEX DELA PENA/EFE

O mundo registrou nas últimas 24 horas o recorde de 1,35 milhão de novos casos de Covid-19, marca nunca antes vista e que supera em 40% a máxima anterior, segundo cálculos da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Esse forte aumento parece estar associado ao auge da variante Ômicron, considerada mais transmissível que a Delta, mas a OMS afirmou nesta quarta-feira (29) que o "tsunami de casos" está sendo causado pela combinação de ambas. A atual onda de contágios é a quarta em nível global neste ano, após as que tiveram pico em janeiro, abril e agosto, essas mais associadas a variantes como a Alfa (inicialmente detectada no Reino Unido) e a Delta (na Índia).

No entanto, a atual onda é a primeira de 2021 que parece não acarretar aumento nas mortes por Covid-19, o que pode estar ligado a maior taxa de vacinação em muitos países afetados pela Ômicron.

O número de mortes diárias oscila atualmente entre 4.000 e 8.000, e a curva desse indicador se mantém estável desde o início de outubro.

EFE