A quarta dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 reduz o risco de morte pelo vírus em quase 80%, segundo revela um estudo da associação israelense Clalit, com base em dados de mais de meio milhão de pessoas entre 60 e 100 anos.
"Entre os receptores da quarta dose da vacina, foi observada uma redução de 78% na taxa de mortalidade por Covid-19, em comparação ao grupo que não foi vacinado" com o reforço, constatou Clalit, principal provedor de saúde entre os quatro institutos israelenses encarregados da vacinação.
O estudo, de caráter preliminar, foi realizado pelo Departamento de Medicina Comunitária de Clalit em conjunto com dois centros acadêmicos israelenses. As análises ocorreram entre janeiro e fevereiro deste ano – com a variante ômicron já dominante – e focaram nas taxas de mortalidade entre a população que recebeu a quarta vacina (ou a segunda dose de reforço) e aqueles que receberam apenas uma terceira dose.
Diante da expansão da cepa contagiosa ômicron, Israel começou a vacinar pessoas com mais de 60 anos com a quarta dose no início de janeiro, e hoje são mais de 747 mil pessoas que receberam esse reforço. Neste momento, a mortalidade no país é relativamente baixa, mas há preocupação entre as autoridades de saúde, pois nas últimas semanas ela vem aumentando ligeiramente.
As doenças cerebrais, como por exemplo: O Alzheimer e outros tipos de demências, preocupam cada vez mais os médicos. Espera-se um aumento desses casos, visto a crescente expectativa de vida da população mundial. Por isso, analisa-se cada vez mais os benefícios dos exercícios físicos para o cérebro e não somente para o corpo.
Dessa forma, os especialistas atentam-se para as formas mais eficientes de evitar o envelhecimento do cérebro. É cabível a assertiva de que isso seja inevitável, porém, o ponto principal é tornar tal ação o mais natural possível, dentro das nossas próprias realidades. Manter uma boa alimentação é fundamental, mas o neurologista Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, conclui que manter hábitos de se exercitar durante a vida pode contribuir muitíssimo para a saúde do cérebro.
Além de melhorar o fluxo sanguíneo, manter uma vida ativa, protege as partes responsáveis pela memória, regula os neurotransmissores que atuam na estabilidade do humor, prevenindo doenças psiquiátricas. Assim, os exercícios físicos contribuem até mesmo para a construção de novas células cerebrais, atuando como primordial combatente das crescentes doenças neurológicas.
Aliado a isso, nosso corpo é um organismo, ou seja, na realidade funciona em conjunto e cada parte auxilia uma à outra. O sistema cardiovascular por exemplo é essencial para a saúde cerebral, e o fortalecimento dele através do condicionamento físico também contribui para uma melhor qualidade de vida.
Portanto, o sedentarismo é um grande vilão para a saúde no século XXI, e por isso é imprescindível para uma vida longa e próspera criar uma rotina de exercícios físicos. Então não pensemos somente na prerrogativa de “é preciso ser atleta para se exercitar”, afinal não é sobre quebrar limites de corrida, percorrer maratonas ou construir músculos como os fisioculturistas, e sim sobre melhorar o hábito, desenvolver uma rotina adequada e prevenir inúmeros problemas futuros, cerebrais ou não. É preciso principalmente se adequar a sua própria realidade.
Embora 96% das crianças e adolescentes do estudo tivessem anticorpos no sétimo mês após a doença, em 58% das amostras os anticorpos considerados capazes de evitar uma nova infecção já não estavam mais presentes.
Além disso, os cientistas perceberam que a gravidade da doença não impactou o nível de anticorpos, assim como outras questões individuais.
“Essas descobertas são importantes porque as informações que coletamos de crianças com Covid-19 não diferem em nada se a criança era assintomática, apresentou sintomas graves quando tinha o vírus, estava com peso saudável ou tinha obesidade, ou por gênero. O resultado foi o mesmo para todos", afirmou em comunicado uma das autoras do estudo, a professora de epidemiologia, genética humana e ciências ambientais Sarah Messiah.
Os pesquisadores não analisaram o impacto da vacinação na imunidade de quem já havia contraído a doença. Mas sabem, com base em estudos de adultos, que pode haver benefícios.
"Houve um mal-entendido de alguns pais que pensam que, só porque seus filhos tiveram Covid-19, estão protegidos e não precisam tomar a vacina. Embora nosso estudo seja encorajador, pois alguns anticorpos naturais duram pelo menos seis meses em crianças, ainda não sabemos o limite absoluto de proteção. Temos uma ótima ferramenta disponível para dar proteção adicional às crianças ao receber a vacina. Portanto, se seu filho for elegível, aproveite", ressalta Sarah.
No Brasil, a vacinação contra a Covid-19 está disponível para todas as crianças e adolescentes com 5 anos ou mais.
Até o dia 18 de março, 24,7 milhões de brasileiros entre 5 e 17 anos já haviam tomado ao menos a primeira dose da vacina. Desses, 12,9 milhões tinham concluído o esquema vacinal.
Os transplantes, ou o tratamento muito precoce da doença, são algumas das pistas exploradas pelos especialistas para que os pacientes de aids não se vejam obrigados a tomar medicamentos até o fim de sua vida.
Os resultados ainda são preliminares, havendo apenas um pequeno número de casos, mas já dão esperança.
Há poucas semanas, um grupo de cientistas americanos anunciou que uma mulher com leucemia, em Nova York, conseguiu ser curada da aids após receber células-tronco extraídas de um cordão umbilical. Antes dela, três pacientes, em Berlim, Londres e Dusseldorf, já haviam sido curados, depois de serem submetidos a um transplante de medula óssea, inicialmente destinado a combater o câncer de que sofriam.
Esse transplante de um doador compatível, cujas células eram resistentes ao HIV, permitiu substituir as células sanguíneas do paciente infectado e reconstruir seu sistema imunológico. Esses casos envolvem, no entanto, operações bastante complicadas, impossíveis de ser reproduzidas de forma generalizada.
Desde que o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) foi isolado pelos doutores Françoise Barré-Fitoussi e Luc Montagnier, em 1983, a ciência deu grandes passos. As primeiras triterapias (combinações de três medicamentos) permitiram, a partir de 1996, salvar inúmeros pacientes e, para os doentes, isso significou levar uma vida razoavelmente segura.
As triterapias não são inofensivas, porém.
Quem toma esses medicamentos apresenta um risco mais elevado de desenvolver outras doenças (como as cardiovasculares e câncer) e, às vezes, surgem problemas de compatibilidade. Além disso, em muitos países, o acesso a essas triterapias não está garantido, lembrou Michaela Müller-Trutwin, professora do Instituto Pasteur de Paris, em um recente simpósio.
"Atualmente, os pacientes nos dizem que querem um tratamento que possam interromper", disse Françoise Barré-Sinoussi à AFP. "É preciso tentar", acrescentou.
Alguns doentes que receberam tratamento muito precoce de antirretrovirais conseguiram "controlar a infecção naturalmente", depois de interromper sua triterapia, relatou.
Uma parte muito pequena desses pacientes, infectados com aids há muito tempo, consegue sair da triterapia, graças às suas particularidades genéticas que permitem fortalecer o sistema imunológico.
"Com base nesses casos, pode-se entender melhor os mecanismos que devem ser levados em conta em uma estratégia terapêutica. Cada vez mais contamos com mais dados que mostram, por exemplo, o papel importante exercido pelas células NK (do inglês natural killers, assassinas naturais em português) contidas nos linfócitos do sistema imunológico, capazes de matar as células infectadas", afirmou Barré-Sinoussi.
Outras novas possibilidades são a terapia genética, ou a imunoterapia, para modificar as células, ou os receptores do vírus, acrescentou, ressaltando, no entanto, que é preciso ter cuidado quanto à possibilidade de eliminar totalmente a infecção dos pacientes.
"Isso significaria que já não restam células infectadas no corpo, o que parece pouco provável", observou Jennifer Gordwood, estudante de pós-doutorado no Instituto Karolinska de Estocolmo, na Suécia.
O problema do HIV é que ele se instala de forma latente nas células "e pode se reativar, por exemplo, quando se interrompe um tratamento", explicou.
"No princípio, achávamos que seria necessário erradicar o vírus em 100% e, agora, começamos a entender que basta introduzir barreiras" para controlá-lo, fortalecendo as células, ou estimulando o sistema imunológico, destacou Michaela Müller-Trutwin, um objetivo que talvez precise de décadas para ser atingido.