A vitamina D se tornou muito popular nos últimos anos, especialmente pela promessa de que fortalece o sistema imunológico — algo que ainda não é consenso entre cientistas. Responsável por ajudar o corpo a absorver e reter cálcio e fósforo, esse nutriente é considerado essencial para a saúde dos ossos, mas estudos recentes também o associam à melhora da imunidade, capaz, inclusive, de reduzir o crescimento de células cancerígenas e inflamações.

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A forma mais eficaz de produzir vitamina D naturalmente é com a exposição solar ao ar livre, sem proteção, por alguns minutos, preferencialmente no início da manhã. Mas muitas pessoas residem em locais com pouca luz solar. Outras têm condições específicas que as tornam mais vulneráveis à deficiência dessa vitamina e precisam de suplementação. Peixes gordurosos, como sardinha, atum e salmão, também são fontes de vitamina D.

No Brasil, a Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) entende ideais em adultos níveis de vitamina D acima de 20 ng/ml (nanogramas por mililitro) — verificados por meio de exame do sangue. Todavia, para idosos, o indicado é entre 30 ng/ml e 60 ng/ml. O mesmo vale para indivíduos que foram submetidos a uma cirurgia bariátrica, que tenham doença inflamatória intestinal, estejam em terapia antirretroviral ou em tratamento oncológico, entre outras condições.

Os principais sintomas da deficiência de vitamina D (hipovitaminose) incluem cansaço, dores nos ossos, fraqueza e dores musculares ou câimbras e mudanças de humor, especialmente depressão.

A suplementação deve ser feita sempre sob supervisão médica, com acompanhamento rotineiro dos níveis de vitamina D no sangue. Segundo a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, a dose diária recomendada é de 600 UI (unidades internacionais) para pessoas até 70 anos; acima desta idade, são 800 UI.

A vitamina D não é inofensiva. Doses acima de 4.000 UI em adultos podem causar problemas de saúde. Os principais sintomas do excesso desse nutriente incluem anorexia, perda de peso, arritmia cardíaca, endurecimento dos vasos sanguíneos devido ao aumento do cálcio no sangue, possíveis danos no coração e a formação de pedras nos rins.

R7

Foto: Pixabay

O uso de aspirina durante os primeiros dias de hospitalização pela Covid-19 pode reduzir o risco de morte pela doença em 13,6%. A conclusão é de um estudo recém-publicado na revista científica Jama Network Open por pesquisadores da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos Estados Unidos.

aspirina

O estudo observou dados de 112.269 adultos hospitalizados com Covid-19, entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, em 64 sistemas de saúde do país. Os pacientes que receberam o medicamento a partir do primeiro dia de internação tiveram uma taxa de mortalidade menor, além de menor incidência de casos de embolia pulmonar, afirmam os pesquisadores.

“Esse é o nosso terceiro estudo e a consequência de 15 meses de trabalho observando o uso de aspirina em pacientes hospitalizados pela Covid-19. Nós continuamos a descobrir que a aspirina é associada a melhores resultados e menores taxas de mortes em pacientes internados. E o melhor, é barata e já disponível, o que é importante em partes do mundo onde tratamentos mais caros talvez não sejam tão acessíveis”, disse o principal autor do estudo, professor do departamento de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Universidade, Jonathan Chow, em comunicado.

Os pacientes acompanhados tinham em média 63 anos e receberam um tratamento de cinco dias com o medicamento. Neste grupo, cerca de 10,2% dos participantes morreram pela doença, enquanto essa taxa entre os que não receberam o remédio foi de 11,8%. Os pesquisadores concluíram, então, que o tratamento promoveu uma redução relativa de 13,6% no risco de morte pela Covid-19 em hospitais. Para os responsáveis pelo estudo, ”subgrupos importantes que podem se beneficiar da aspirina incluíram pacientes com mais de 60 anos e aqueles com comorbidades”.

“Essa pesquisa é vital para fornecer a médicos e pacientes tratamentos eficazes e acessíveis para a Covid-19 para ajudar a reduzir as taxas de mortalidade hospitalar e ajudar as pessoas a se recuperarem dessa doença potencialmente devastadora” afirmou o diretor do Instituto de Biologia Computacional (CBI) da Universidade George Washington, Keith Crandall, organização que ajudou a montar e inserir os dados utilizados no estudo.

O Globo

Um estudo holandês relatou pela primeira vez, mas com uma amostra reduzida, a presença de microplásticos no sangue humano, descoberta que levanta dúvidas sobre uma eventual penetração dessas partículas nos órgãos.

Os autores do estudo, publicado na última quinta-feira (24) na Environment International, analisaram amostras de sangue de 22 doadores anônimos, todos voluntários com boa saúde, e encontraram microplásticos em 17 deles.

Metade das amostras continha vestígios de PET (polietileno tereftalato), um dos plásticos mais usados no mundo, principalmente na fabricação de garrafas e fibras de poliéster. Mais de um terço tinha poliestireno, usado, entre outras coisas, em embalagens de alimentos, e um quarto polietileno.

"Pela primeira vez, conseguimos detectar e quantificar" esses microplásticos no sangue humano, declarou Dick Vethaak, ecotoxicologista da universidade livre de Amsterdã. "Isso prova que temos plástico em nosso corpo, e não deveríamos", disse à AFP.

AFP

Um estudo recente conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos encontrou uma espécie de círculo vicioso entre cochilos diurnos excessivos e doença de Alzheimer em pessoas mais velhas.

sono

No artigo, publicado no Jornal da Associação de Alzheimer dos EUA, os cientistas do Brigham and Women's Hospital, em Boston, descrevem que longas sonecas durante o dia previam um risco futuro aumentado de Alzheimer, mas um diagnóstico da doença também predispôs a mais cochilos diurnos. "Nossos resultados não apenas sugerem que cochilos diurnos excessivos podem sinalizar um risco elevado de demência de Alzheimer, mas também mostram que o aumento anual mais rápido de cochilos diurnos pode ser um sinal de deterioração ou progressão clínica desfavorável da doença", disse em comunicado um dos autores do estudo, o pesquisador Peng Li.

Segundo ele, o estudo aponta para a necessidade de uma atenção maior aos padrões de sono de 24 horas em indivíduos mais velhos, e não somente à noite.

"Independentemente de fatores de risco conhecidos para demência, incluindo idade e duração e fragmentação do sono noturno, cochilos diurnos mais longos e mais frequentes foram um fator de risco para o desenvolvimento de demência de Alzheimer em homens e mulheres cognitivamente normais", acrescentam os autores em nota. Sonecas diurnas mais longas e frequentes ano após ano também foram percebidas conforme a doença progredia naqueles que já tinham alguma manifestação clínica de Alzheimer.

“O círculo vicioso que observamos entre o sono diurno e a doença de Alzheimer oferece uma base para uma melhor compreensão do papel do sono no desenvolvimento e progressão da doença em adultos mais velhos”, disse Li.

Embora o estudo não seja conclusivo, os pesquisadores o consideram importante como forma de alerta para alteração na forma como os idosos estão dormindo.

"As mudanças do sono são críticas para moldar as mudanças internas no cérebro relacionadas aos relógios circadianos, declínio cognitivo e risco de demência”, finaliza o coautor sênior do estudo, Kun Hu.

R7

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