Neste ano, a vacinação contra a gripe na rede pública começou na segunda-feira (4) em todo o país. O Ministério da Saúde prevê vacinar cerca de 75,6 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários. Veja nas próximas imagens quem pode ser imunizado e esclareça outras dúvidas.

Quem pode se vacinar na rede pública?

Nesta primeira fase da campanha, que vai até o dia 2 de maio, somente pessoas acima de 60 anos e profissionais da saúde podem ser vacinados Entre 3 de maio e 3 de junho, a campanha vale para os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; indivíduos com comorbidades ou com deficiência permanente; integrantes de forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; e a população privada de liberdade.

Peguei gripe recentemente; devo me vacinar?

Sim. "A gripe é uma doença que não suscita uma imunidade duradoura, quer seja pelas vacinas, quer seja pela infecção natural. Há vários tipos de vírus, então você pode ter influenza A H3N2, influenza A H1N2 ou influenza B na mesma estação. O fato de ter tido a doença não quer dizer que não há necessidade de vacinação", explica o médico Renato Kfouri, da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

Qual é a diferença entre a vacina aplicada no surto do fim do ano e a de agora?

Muitas pessoas foram vacinadas contra a gripe com os imunizantes que haviam sobrado da campanha de 2021. Todavia, aquela vacina não incluía a cepa H3N2 Darwin, que causou o surto entre dezembro e janeiro. Na versão atualizada de 2022, ela confere mais proteção.

Tomei vacina contra a gripe em dezembro/janeiro. Devo me vacinar agora?

Sim. Justamente pelo fato de conferir uma proteção específica contra a cepa H3N2 Darwin, é importante a vacinação, acrescenta Kfouri.

"A vacina de 2021, independentemente de quando você tomou, é diferente da vacina deste ano"

Posso tomar a vacina da gripe juntamente com o reforço da Covid?

Indivíduos acima de 12 anos podem tomar as vacinas de gripe e Covid no mesmo momento. A exceção são as crianças menores de 12 anos, que devem esperar 15 dias entre uma e outra.

Estou com sintomas gripais. Posso me vacinar?

Kfouri diz que apenas pessoas com alguma doença que esteja lhes causando febre devem postergar a vacinação contra a gripe. "Tosse, coriza e outros sintomas sem febre não têm problema".

Pessoas fora dos grupos prioritários vão poder se vacinar no SUS?

Até junho, somente pessoas dos grupos prioritários podem se vacinar. Algumas prefeituras abrem a vacinação para o público em geral na metade do ano se há vacinas sobrando. Kfouri, todavia, diz que o ideal é vacinar as pessoas que têm risco de complicações.

"O Brasil comprou 80 milhões de doses. Obviamente, quem não pertence a esses grupos de risco pode e deve se vacinar em clínicas privadas, na sua empresa, onde houver oportunidade. Às vezes, no fim da campanha, para não jogar fora, o governo acaba liberando a vacina para todo mundo. O ideal seria que todos esses grupos prioritários se vacinassem, para não dar o imunizante a quem precisa menos".

Qual é a diferença entre a vacina do SUS e a da rede privada?

A vacina da rede pública, produzida pelo Instituto Butantan, oferece proteção contra três tipos de vírus da gripe: influenza A (H1N1 e H3N2) e influenza B. A da rede privada é quadrivalente, tem os dois vírus de influenza A e mais dois de influenza B

Crianças têm um esquema vacinal diferente?

Em relação às crianças de 6 meses a 5 anos, o ministério esclarece que aquelas que já receberam ao menos uma dose de vacina contra a gripe ao longo da vida devem tomar apenas a injeção deste ano. As que tomarão pela primeira vez devem agendar a aplicação da segunda dose, que é dada após 30 dias.

R7

 

A covid-19 aumenta o risco de desenvolver coágulos sanguíneos graves até seis meses depois do contágio, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (6) no British Medical Journal (BMJ).

sequelascovid

O estudo sueco revela um risco maior de trombose venosa profunda até três meses após a infecção por covid-19, de embolia pulmonar até seis meses depois e de um evento hemorrágico até dois meses depois. O risco foi maior em pacientes com comorbidades e entre os que padeceram da forma severa de covid-19, e foi mais marcante durante a primeira onda da pandemia do que na segunda ou na terceira, segundo o estudo.

Sabia-se que a infecção pela covid-19 aumentava o risco de coágulos sanguíneos graves, conhecidos como trombose venosa, mas havia menos informação sobre o período durante o qual o risco era maior e se variou durante as diferentes ondas pandêmicas.

Para fazer o estudo, os pesquisadores identificaram mais de um milhão de pessoas na Suécia infectadas pela covid-19 entre 1º de fevereiro de 2020 e 25 de maio de 2021, e as classificaram por idade, sexo e local de residência, com quatro milhões de pessoas que não estiveram contagiadas.

Com isso, calcularam as taxas de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e sangramento entre as pessoas que tiveram covid-19 ao logo do período de controle e o compararam com o grupo sem contágio.

Segundo os pesquisadores, os maiores riscos observados durante a primeira onda comparados com as duas seguintes poderia ser explicados pelas melhoras nos tratamentos e na cobertura de vacinas nos pacientes com mais idade.

Para os cientistas, os resultados justificaram adotar medidas para evitar uma trombose (como administrar tratamentos para evitar a formação de coágulos sanguíneos), em particular para os pacientes de alto risco.

Também destacaram a importância da vacina contra a covid-19.

AFP

Foto: Pixabay

Uma ação no combate ao mosquito que transmite a dengue, bem como a chikungunya foi iniciada nesse tarde de terça-feira, 05, pela Regional de Saúde que tem como coordenador o ex-vereador e professor Maurício Bezerra.

Maurício esteve no local com um grupo de profissionais - agentes de endemias -, que esteve fazendo a borrifação na região do bairro Rede Nova, em Floriano. Numa entrevista do Ivan Nunes, o professor Mauricio deu alguma explicações.

Da redação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), constata que mais de 100 municípios do Piauí têm apenas 40% da população elegível vacinada com a dose de reforço. O secretário Neris Júnior faz um apelo para que a parcela da população que falta vacinar procure um posto para vacinação.

Segundo o secretário, é extremamente importante que a população destes municípios possa se vacinar para se proteger contra a doença. “A dose de reforço é muito importante para mantermos o coronavírus sob controle. São mais de 100 cidades em que a população não está totalmente protegida com a terceira dose. Precisamos manter o estado do Piauí com o cartão de vacinação em dia para a Covid-19”, afirma o gestor.

O Superintendente de Atenção á Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães ressalta que o último decreto do Governo cita que o cartão vacinal do cidadão deve constar a dose de reforço da vacina. “É importante comprovar que tomou a dose de reforço. “Se você está com quatro meses da última dose de vacina contra a covid, já pode tomar a dose de reforço. Procure um posto de saúde e coloque seu esquema vacinal em dia”, diz o superintendente.

Segundo o Vacinômetro da Sesapi, 46,90% da população elegível do Piauí está vacinada com a dose de reforço. O secretário Neris Júnior explica que quanto mais pessoas tomarem a dose de reforço, maior será o número de pessoas protegida. “ Aumentando o percentual da população vacinada com a dose de reforço, vamos conseguir reduzir cada vez mais os números de casos da Covid; de internações e óbitos no Piauí”, diz Neris.

Sesapi