No mês de prevenção e combate à cegueira, conhecido como Abril Marrom, as sociedades brasileiras de Retina e Vítreo (SBRV) e de Diabetes (SBD) se unem para mostrar à população e educar as pessoas sobre doenças que podem acometer os olhos e ser detectadas preventivamente, para evitar perda irreversível da visão.

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“Ou você pode reverter a condição e tratar, ou pode, detectando no estágio inicial, controlar para evitar que ela provoque dano”, disse o médico Fernando Malerbi, coordenador do Departamento de Saúde Ocular da SBD e diretor da SBRV. O marrom foi escolhido por ser a cor da íris (parte mais visível e colorida dos olhos) da maioria dos brasileiros. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de brasileiros com deficiência visual é de cerca de 6,5 milhões. Dados do Atlas Vision, publicado pela IABV (International Agency for Blindeness Prevention) em 2020, mostravam que o Brasil tinha estimativa de 28,6 milhões de pessoas com perda de visão. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas. O primeiro relatório mundial sobre visão, divulgado pela OMS em 2019, revelava que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual ou cegueira, das quais pelo menos 1 bilhão são portadoras de deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada.

De acordo com a publicação "As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019", do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), a cegueira atingia 1,577 milhão de brasileiros (0,75% da população), sendo que 74,8% dos casos teriam prevenção ou cura, o que significa que essas pessoas poderiam estar enxergando se tivessem recebido tratamento apropriado a tempo.

Causas

Segundo Fernando Malerbi, as principais causas da cegueira em adultos são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e o diabetes (ou edema macular diabético – EMD). A catarata é uma doença que, geralmente, vai provocar baixa acuidade visual progressiva.

"A pessoa vai começar a ver a imagem mais embaçada, mais enevoada.” É uma doença cujo tratamento se faz por meio de cirurgia, e o paciente consegue recuperar a visão. Das quatro doenças mencionadas, a catarata é a que tem tratamento que mais assegura a regressão. As outras três têm características diversas e necessitam de prevenção", explica Malerbi.

Há vários tipos de glaucoma, doença que deve afetar 111,8 milhões de pessoas em 2040, segundo projeção da OMS. O tipo mais comum é o glaucoma crônico simples. “É uma doença silenciosa, não dá sintomas. Só fica perceptível quando é terminal. E, ao contrário da catarata, a perda que ele (glaucoma) provoca é irreversível.”

Por isso, existe grande preocupação dos oftalmologistas e dos médicos em geral em detectar o glaucoma inicialmente, quando a doença se instala. “Quando a gente detecta no início, consegue controlar. A doença não tem cura, mas é possível controlar com o uso de colírios para pressão ocular, de modo a evitar dano no nervo óptico, que pode causar a perda de visão.”

A degeneração macular relacionada à idade atinge a população mais idosa, após os 60 ou 70 anos. A OMS estima que cerca de 30 milhões de pessoas no mundo tenham DMRI atualmente. A doença tem duas formas: seca e úmida. Para a forma seca, a proposta é um composto de vitaminas para retardar a evolução. Para a forma úmida, quando em atividade, o tratamento é com farmacoterapia intraocular, que, muitas vezes, consegue controlar o problema.

Malerbi destaca a importância da consulta periódica ao oftalmologista, a partir dos 40 anos, pelo menos uma vez ao ano, para detectar, além de alterações de refração, de grau e, eventualmente, a catarata, se há indício de glaucoma e, em pacientes mais idosos, sinais precoces da degeneração macular, para orientar o acompanhamento, a frequência de retorno ou o uso de compostos vitamínicos para retardar a progressão ou, no caso da doença ativa, o tratamento. Diabetes

O diabetes é considerado a principal causa de perda visual evitável na população economicamente ativa, em diversos países. Calcula-se que 95% dos casos de perda visual pelo diabetes sejam evitáveis ou tratáveis.

A pessoa que tem diabetes vai precisar de uma avaliação oftalmológica, que inclui exame da retina (membrana do fundo do olho) pelo menos uma vez por ano. Nesse exame, podem ser detectadas alterações que as pessoas, às vezes, não percebem e que não afetam sua visão naquele momento, mas que já podem representar um dano e devem ser tratadas.

O fato de existir no Brasil entre 13 milhões e 14 milhões de pessoas com diabetes dá maior ênfase à importância dos exames preventivos. “A grande batalha da classe médica é conseguir realizar a cobertura diagnóstica dos pacientes que precisam do exame”, afirmou Fernando Malerbi.

A fim permitir a realização desse exame em número amplo de pacientes diabéticos, a SBD lançou um programa para que médicos recebam voluntariamente, em seus consultórios, pacientes jovens com diabetes que não têm acesso a esse tipo de investigação.

O projeto-piloto foi lançado no Rio de Janeiro e é coordenado pela vice-presidente da instituição, Solange Travassos. Outras entidades se engajaram no projeto, como a SBRV, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Uma rotina de visitas ao oftalmologista é fundamental para melhorar as condições de saúde ocular das pessoas no país”, disse André Gomes, médico integrante do conselho consultivo da SBRV. Ele afirmou que três fatores são decisivos para a manutenção da saúde ocular: estilo de vida equilibrado, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Pesquisa

Pesquisa sobre saúde ocular, realizada presencialmente pelo Instituto Datafolha em outubro do ano passado com 2.088 brasileiros de 16 anos ou mais, em todas as regiões do país, apurou que metade da população tinha alguma dificuldade para enxergar. A maioria (58%) não tinha o hábito de ir ao oftalmologista anualmente e 10% afirmaram ter diabetes, a principal causa de cegueira evitável.

Um em cada três brasileiros admitiu não ir ao consultório de um especialista e, entre os que costumavam ir, 34% informaram que a última consulta havia sido dois anos atrás ou mais. Somente cerca de 40% realizaram outros exames e não apenas o teste para medir grau de lente de correção.

De acordo com a pesquisa, 95% das pessoas que visitaram um oftalmologista fizeram apenas pelo “teste de letrinha”, para medir grau de correção visual. Outros exames, como o mapeamento de retina, foram realizados em quatro de cada dez pacientes e 5% dos que se consultaram com especialistas não passaram por nenhum teste.

O diretor da SBRV disse que a grande maioria dos pacientes, cuja queixa de problemas visuais esteja relacionada a óculos, só vai saber se tem alguma coisa mais grave se fizer exame de fundo de olho, medição da pressão ocular com o oftalmologista, com frequência anual.

Agência Brasil

Foto: Freepik

Uma reunião com  Thales Rodrigues, diretor do Centro de Zoonozes, e com o inspetor Geral Zacarias Delmondes, da Regional de Saúde, ocorreu na manhã de hoje com o professor e titular da referida 10ª Regional, o ex-vereador e professor Maurício Bezerra.

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Após um determinado tempo de dicussão onde um dos foco foi tratar sobre alguns casos de dengue e chikungunya que tem surgido na cidade, nesse período chuvoso, algumas questões foram definidas pelos líderes que atuam com a saúde local. 

"Definido a necessidade do trabalho de borrifação em vários bairros da cidade, em virtude dos inúmeros casos supeitos de chikungunya e dengue", foi o que colocou o chefe da 10ª Regional o Maurício Bezerra. Hoje a tarde, o chefe Mauricio estará em campo com um grupo de servidores do orgão.

Da redação

 

Se os últimos dois anos foram difíceis para os adultos, para as crianças foram mais ainda. A grande maioria delas foi privada de contato social e obrigada a ficar dentro de casa – quando não apartamento – por causa da Covid-19.

Agora, no retorno às creches e escolas, também podem enfrentar algo diferente: viroses que talvez nunca tiveram.

O isolamento fez com que as crianças não se expusessem a uma série de vírus e bactérias comuns na infância.

Com a retomada da vida social, eles voltaram a aparecer, fazendo com que os adoecimentos também se tornem mais perceptíveis neste começo de ano.

A pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança e do Adolescente do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), explica que é normal entre março e junho que crianças tenham mais vírus respiratórios.

"Nos tempos atuais, estou sentindo que está tendo um aumento, porém, nada desproporcional ao que foi nos outros anos pré-pandemia. Durante a pandemia houve uma diminuição incrível de criança com doença respiratória nesta época, principalmente no ano de 2020. Elas ficaram muito dentro de casa, sem convívio social."

Os patógenos incluem rinovírus, enterovírus, vírus sincicial respiratório, adenovírus, rotavírus e influenza, este último causador de gripe.

O vírus sincicial respiratório, por exemplo, é responsável pelo aumento das bronquiolites e crises de asma que no outono levam muitas crianças aos prontos-socorros.

No Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, a pediatra Caroline Peev relata, além de infecções respiratórias, incidência maior de doenças como mão-pé-boca e infecções que causam diarreia e vômito.

"A criança que inicia a vida escolar ou fica um tempo sem ir à escola manifesta todas essas doenças virais da infância. A pandemia fez com que as crianças ficassem sem contato [entre si], então os vírus não circularam de forma habitual. Quando elas se encontraram, tivemos essas manifestações em forma de pequenos surtos."

Caroline pondera que a prolongação do isolamento em casa não evitaria que as crianças tivessem contato com o vírus, apenas adiaria.

Segundo a pediatra, o contato com esses agentes infecciosos "faz parte do desenvolvimento imunológico da criança".

Não é somente na escola que essas doenças são transmitidas. O contágio pode se dar em um parquinho, aniversário, brinquedoteca, qualquer local em que haja contato entre crianças.

Todos esses vírus, normalmente, causam doenças autolimitadas, que exigem apenas tratamento dos sintomas e não representam um perigo às crianças, exceto aos menores de 2 anos, acrescenta Ana Escobar.

"Em criança menor de 2 anos, essas viroses preocupam porque as defesas delas ainda não estão formadas."

As viroses em crianças se torna uma preocupação nas seguintes situações:

  • Febre persistente que não diminui com o uso de antitérmicos convencionais • Respiração difícil, cansada ou com chiado • Vômito ou diarreia persistentes • Boca seca, olhos fundos, diminuição das lágrimas e volume de urina (sinais de desidratação) • Sonolência, palidez, pouca reatividade (sinais de níveis baixos de açúcar no sangue)

Se os pais ou responsáveis perceberem quaisquer dos sintomas acima, é importante levar a criança a um hospital para que ela seja examinada. Ana Escobar chama a atenção para hábitos que valem para todas as faixas etárias: alimentação equilibrada, sono regulado e atividades físicas.

"Levar para parque, atividades ao ar livre, [ter] contato com a natureza, deixar mexer na terra, deixar mexer na água... Isso tudo fortalece o sistema imunológico. Em contato com a terra, você vai fazer anticorpos contra algumas bactérias, não necessariamente patogênicas [que causam doença], mas o seu sistema imunológico está lá trabalhando."

Caroline também orienta para o fato de que haja um acompanhamento regular da saúde da criança por um pediatra, e não somente em situações de pronto-socorro.

Além disso, a vacinação evita uma série de doenças infantis que podem evoluir para casos graves.

"Tem doenças que são transmitidas de forma respiratória e que são preveníveis com vacina, como o sarampo, rotavírus, pneumonias causadas por pneumococos, meningites..."

A vacinação de crianças contra a gripe e a Covid-19 é fundamental neste momento porque faz com que os vírus causadores dessas doenças circulem menos.

Por fim, a médica do Hospital Infantil Sabará orienta os pais a não mandarem crianças com sintomas de qualquer doença para a escola.

"Isso aumenta a chance de infectar o coleguinha. Muitos desses vírus não criam uma imunidade permanente. Então, o seu filho depois pode pegar novamente esse vírus que ele levou para a escola."

R7

Calafrios, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, ardência e muito mais. Todos esses sintomas podem resultar numa infecção urinária, que é comum e afeta milhares de pessoas. Segundo pesquisas, é uma das dores mais frequentes provocadas por bactérias no ser humano. O ‘VivaBem UOL’, na manhã desta segunda (4), falou sobre o tema.

O portal também consultou alguns especialistas desta área, como Antonio Peixoto de Lucena Cunha, urologista, coordenador no Departamento de Infecções, Inflamações e ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia): “A infecção urinária é a segunda mais comum na população em geral”, informou o profissional.

Médicos também recomendam atendimento para o diagnóstico e prescrição medicamentosa para o correto tratamento. Luis Augusto Seabra Rios, urologista e diretor do serviço de urologia do HSPE (Hospital do Servidor Estadual de São Paulo) do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo), foi mais um contatado.

“Em casos mais graves, febre e dor lombar indicam a possibilidade da infecção ter atingido não só a bexiga, mas também os rins. O mau odor não é sintoma e pode estar relacionado a outras doenças dos rins ou da bexiga”, explicou. Infecções surgem quando o sistema urinário é invadido por bactérias e, em casos de proliferação na uretra, recebe o nome de uretrite.

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