Grupos contrários às vacinas contra a Covid-19 têm destacado nas redes sociais que os imunizantes podem desenvolver a síndrome de Guillain-Barré, doença que causa dores pelo corpo e dificulta parte dos movimentos. A informação, no entanto, apesar de ser baseada na bula dos imunizantes, é um alarde que não se justifica, diz o infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

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O distúrbio neurológico faz parte da lista de eventos adversos de algumas marcas de imunizantes (Johnson, CoronaVac e AstraZeneca), mas o risco de isso ocorrer é de no máximo dois casos a cada 100 mil doses. Sem contar que não tomar o imunizante é ainda mais arriscado. Está certo quem diz que a possibilidade não pode ser considerada desprezível. Também parece fazer algum sentido o argumento de que a melhor opção seria não se expor a risco algum. Porém, afirma o infectologista Renato Kfouri, essa hipótese não existe.

"Não tomar a vacina de qualquer marca é a pior decisão porque a Covid é responsável por mais casos de Guillain-Barré do que todos os imunizantes", acrescenta o especialista.

Ele explica que a síndrome "é uma reação de hipersensibilidade do organismo que pode ser desencadeada por vários fatores, como infecções virais, remédios e vacinas contra várias doenças". "O risco de desenvolvimento em pessoas com Covid é infinitamente maior do que em pessoas que receberam os imunizantes. No caso das vacinas, é um evento raríssimo e muito menos frequente do que o desencadeado pelo coronavírus. Então, não faz sentido essa preocupação", finaliza.

Além disso, é importante ressaltar também que, de acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos Estados Unidos, a maioria das pessoas se recupera totalmente da Guillain-Barré e só algumas têm danos permanentes nos nervos.

Após mais de 18,5 milhões de doses de vacina da Johnson administradas nos Estados Unidos, houve cerca de 312 registros da doença até 31 de março de 2022. A maior parte das pessoas que desenvolvem o problema são homens, com 50 anos ou mais.

Em julho do ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um comunicado chamando a atenção para a SGB, sigla usada para a síndrome. O mesmo alerta foi feito para outras vacinas, aquelas contra H1N1 e hepatite B, por exemplo.

A empresa Johnson passou a citar a Guillain-Barré na bula após a CDC americana relatar que cem pessoas desenvolveram a doença entre 12,5 milhões de vacinados com o imunizante.

A SGB é uma doença rara em que o sistema imunológico do corpo danifica os nervos. O dano causa fraqueza muscular e, às vezes, paralisia. Embora sua causa não seja totalmente compreendida, é desencadeada após a infecção por um vírus ou bactéria.

A maioria das pessoas se recupera totalmente, mas algumas têm danos permanentes nos nervos.

Renato Kfouri, diretor da SBIm, conta que "a gripe causa muito mais Guillain-Barré do que a vacina da gripe", e isso deveria ser destacado como mais uma defesa dos imunizantes. Não o contrário.

O médico chama a atenção para os casos da síndrome entre os não vacinados, já que essa é uma das possíveis complicações da infecção pelo vírus da Covid. Casos foram reportados no mundo inteiro, mas o diretor reforça que era um evento adverso esperado.

O comunicado da Anvisa de julho do ano passado informa que havia recebido, até aquele momento, 34 notificações de casos suspeitos de SGB.

No alerta, a Anvisa destacava que mantinha a recomendação da continuidade da imunização com todas as vacinas contra a Covid-19 aprovadas pela agência, dentro das indicações descritas em bula, porque os benefícios superavam os riscos. Uma busca nos documentos disponíveis das vacinas que são administradas no Brasil contra a Covid confirmou que SGB é um evento adverso raro na bula das três vacinas.

R7

Foto: REUTERS/Amir Cohen

Em uma série de simulações em laboratório, cientistas do Instituto La Jolla de Imunologia, na Califórnia (EUA), descobriram que uma pequena alteração de um aminoácido no material genético do vírus da zika pode ser capaz de torná-lo mais forte, a ponto de escapar da imunidade prévia.

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Os resultados do estudo foram publicados nesta terça-feira (12) na revista científica Cell Reports. A equipe dos pesquisadores Sujan Shresta e Pei-Yong Shi recriou os ciclos de infecção entre células de mosquitos e camundongos.

Eles, então, puderam ver quais mutações eram mais prováveis. Uma delas foi a alteração de um aminoácido do material genético que permite que o zika faça mais cópias de si mesmo, o que aumentaria a replicação também em células humanas.

"Essa única mutação é suficiente para aumentar a virulência do vírus da zika. Uma alta taxa de replicação em um mosquito ou hospedeiro humano pode aumentar a transmissão viral ou a patogenicidade – e causar um novo surto", disse em comunicado o pesquisador Jose Angel Regla-Nava, da Universidade de Guadalajara, no México, que também conduziu o estudo. É comum que em áreas onde o zika circula também haja infecção pelo vírus da dengue, o que garante a quem já teve dengue uma imunidade celular cruzada contra o zika.

Uma mutação como a observada no laboratório do Instituto La Jolla, todavia, acabaria com isso, alerta Sujan Shresta.

"A variante do zika que identificamos evoluiu até o ponto em que a imunidade de proteção cruzada proporcionada pela infecção anterior por dengue não era mais eficaz em camundongos. Infelizmente, para nós, se essa variante se tornar predominante, poderemos ter os mesmos problemas na vida real."

O Brasil viveu uma epidemia de zika em 2015 e 2016. Embora adultos infectados desenvolvam um quadro moderado da doença, semelhante ao da dengue, mulheres grávidas infectadas podem dar à luz bebês com microcefalia, uma malformação que faz com que o cérebro seja menor.

A transmissão é feita pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que pode carregar o vírus da dengue ou da chikungunya. A melhor forma de evitar surtos da doença é a limpeza de áreas que acumulam água, ambiente em que o inseto deposita seus ovos.

R7

Foto: Freepik

As células intestinais são capazes de distinguir entre açúcar e adoçantes artificiais e preferem o primeiro. A descoberta é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, financiado pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais.

A equipe liderada pelo neurocientista Diego Bohórquez analisou as conexões entre o cérebro e o intestino, na tentativa de entender se os neurópodes, células intestinais que permitem a comunicação entre os dois órgãos, desempenham algum papel na preferência do corpo por açúcar.

O estudo foi realizado em camundongos, que foram expostos ao açúcar e adoçantes artificiais, como a sucralose. Os pesquisadores perceberam que ambas as substâncias, entregues diretamente no intestino delgado dos animais, ativaram o nervo vago, ligação nervosa que se estende do cérebro até os intestinos. Também foi observado que o cérebro recebeu sinais diferentes após o consumo do açúcar ou adoçante.

 Para entender a influência das conexões, a pesquisa usou a tecnologia do sistema optogenético para desligar temporariamente as células neurópodes e perceberam que, após o procedimento, os camundongos passaram a escolher igualmente entre o açúcar e o adoçante artificial.

Por outro lado, quando os pesquisadores reativaram as células neurópodes, os animais voltaram a preferir o açúcar. Os camundongos reagiram de forma semelhante quando os cientistas usaram drogas para bloquear a conexão entre os neurópodes e o cérebro.

“Muitas pessoas lutam contra o desejo por açúcar, e agora temos uma melhor compreensão de como o intestino detecta os açúcares e por que os adoçantes artificiais não reduzem esse desejo”, afirmou Kelly Buchanan, uma das pesquisadoras envolvidas na experiência.

R7

Numa entrevista ao Ivan Nunes, do Piauí Notícias, a Dra. Thatielle Almeida Brandão, coordenadora do Centro Cirúrgico do Hospital Regional Tibério Nunes, bairro Manguinha, em Floriano-PI, esteve dando explicações sobre as últimas ações e o retorno das cirurgias eletivas.

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O andamento desse atendimento no órgão em saúde foi prejuidicado tambem pela pandemia do novo coronavirus.

Na entrevista ao Ivan Nunes, nessa segunda-feira, 11, a Dra. Thatielle deu explicações com detalhes sobre as ações de atendimento. 

Da redação