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Imagine entrar em uma clínica, subir numa balança diferente e, em cinco minutos, sair com uma pista sobre o futuro da sua memória. Parece ficção científica, mas é ciência de ponta. Pesquisadores japoneses descobriram que um teste muscular rápido, já disponível em muitas clínicas, pode prever o risco de perda de memória com precisão surpreendente.

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O exame mede algo chamado “ângulo de fase”, um indicador da saúde celular e da qualidade muscular. E por mais estranho que pareça, essa medida tem tudo a ver com o cérebro. A conexão entre músculos e cognição está ganhando destaque na medicina preventiva, especialmente entre adultos de meia-idade e idosos.

A pesquisa, publicada no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, analisou 263 japoneses e revelou que mulheres com melhor qualidade muscular apresentaram desempenho superior em memória, atenção e linguagem. Nos homens, a relação também apareceu, mas de forma mais discreta.

O que é o ângulo de fase e por que ele importa O ângulo de fase é obtido por meio de um aparelho semelhante a uma balança de bioimpedância. O paciente fica em pé sobre placas metálicas e segura alças que enviam uma corrente elétrica leve e imperceptível. Essa corrente avalia a integridade das células, a quantidade de fluido intra e extracelular e a qualidade das membranas celulares.

De forma prática, quanto maior o ângulo de fase, melhor a saúde muscular e, segundo os cientistas, melhor também a saúde cerebral. Isso porque a perda de massa muscular (sarcopenia) está diretamente associada ao declínio cognitivo e à demência. O novo estudo mostra que não basta ter músculos: é preciso que eles estejam funcionando bem em nível celular.

Facilite sua vida com dicas de qualidade. Inscreva-se no nosso canal da Catraca Livre no WhatsApp. 📢 Para cada aumento de um grau no ângulo de fase, o risco de comprometimento cognitivo leve caiu em até 72% entre as mulheres. Essa diferença pode estar ligada à queda do estrogênio na menopausa, que afeta tanto os músculos quanto o cérebro.

Perda de memória começa no corpo A ideia de que o cérebro funciona isoladamente está ficando ultrapassada. Hoje, sabemos que o corpo inteiro influencia a saúde mental — e os músculos são protagonistas nesse processo. A perda de memória, muitas vezes atribuída apenas ao envelhecimento cerebral, pode ter raízes na saúde física.

Estudos anteriores já mostraram que a sarcopenia está ligada ao aumento do risco de demência. O novo teste reforça essa conexão e oferece uma alternativa acessível para monitorar esse risco. Diferente de exames caros como ressonância magnética, o teste do ângulo de fase é rápido, indolor e pode ser feito em clínicas comuns ou academias com equipamentos de bioimpedância.

Além disso, ele não exige esforço físico nem preparo especial, o que o torna ideal para pessoas com dificuldades motoras ou cognitivas. E como leva apenas cinco minutos, pode ser facilmente incluído em check-ups de rotina.

Mulheres se beneficiam mais O estudo revelou que mulheres se beneficiam ainda mais do teste. Aquelas com ângulo de fase mais alto apresentaram melhor desempenho em funções executivas, memória e atenção. Isso é especialmente relevante porque as mulheres têm maior expectativa de vida e, portanto, maior risco de desenvolver demência ao longo dos anos.

A queda hormonal na menopausa afeta diretamente a saúde muscular e cerebral. Por isso, incluir o teste do ângulo de fase na rotina pode ser uma estratégia eficaz para detectar precocemente alterações cognitivas e prevenir a perda de memória.

Segundo especialistas, esse tipo de exame pode se tornar uma ferramenta valiosa na triagem de pacientes com risco de demência, permitindo intervenções mais precoces e personalizadas.

Catraca Livre

Foto: © Ischukigor/DepositPhotos

A entrevista foi no segundo bloco do Jornal Piauí Notícias-JPN na quarta-feira, 27. A profissional Luna Moura, qué é integrante do Instituto Afeto, em Floriano, é a primeira profisssional a aplicar o pilates kids no Piauí.

Ela falou por mais de 20 minutos na entrevista sobre suas ações como profissional e citou cuidados importantes no momento de um atendimento e tratamento de uma paciente. Veja:

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Da redação

A crescente popularidade dos cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, tem mascarado uma realidade alarmante: longe de serem inofensivos, esses dispositivos contêm substâncias tóxicas que causam dependência rápida e severos danos à saúde física e mental, especialmente entre os jovens brasileiros.

Cerca de 27 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais fumam cigarro convencional ou vape, o cigarro eletrônico. Após décadas de queda no tabagismo entre adolescentes, a chegada dos eletrônicos reverteu essa tendência de forma preocupante.

A venda de vape é proibida pela Anvisa desde 2009. A legalização em outros países não reduziu riscos: apenas ampliou o mercado, inclusive com forte presença de produtos no mercado ilegal.

Siga o canal do g1 Bem-Estar no WhatsApp No podcast g1 Bem-Estar, o pneumologista Carlos Leonardo Pessôa, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, desmistifica a ideia inicial de que o vape seria “só um vaporzinho” e explica o que realmente há por trás do design moderno e das essências saborizadas que atraem os jovens.

Substâncias tóxicas escondidas no vapor Um estudo do Laboratório de Química Atmosférica da PUC do Rio analisou modelos descartáveis e recarregáveis e revelou uma mistura perigosa:

Nicotina em altas concentrações – até três vezes mais que no cigarro comum, gerando dependência mais rápida e agressiva. Metais pesados como níquel, prata e cromo – que aumentam o risco de câncer. Substâncias antioxidantes – associadas ao desenvolvimento de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Glicerina e diacetil – ligados à bronquiolite obliterante, conhecida como “pulmão de pipoca”. Acroleína – irritante com alto potencial nocivo.

“O vape não tem as 9 mil substâncias do cigarro convencional, mas já foram catalogadas pelo menos 80, suficientes para causar as mesmas doenças”, afirmou Pessôa. Ele resume em uma analogia direta: “Não tem muita diferença entre tomar três copos de veneno ou um copo. O resultado será igual”, diz Pessôa.

A porta de entrada para o cigarro Um dado da Universidade de Michigan é decisivo: adolescentes que usam vape têm 30 vezes mais risco de se tornarem fumantes habituais de cigarro convencional.

O fenômeno repete estratégias antigas da indústria. Nos anos 1950 e 60, vendeu-se a ideia de que o filtro tornava o cigarro menos nocivo. Depois vieram as piteiras. Nos anos 70, os “cigarros light”. Hoje, o discurso é o mesmo: o vape seria uma alternativa “segura”. Mas o resultado é sempre dependência.

“É o mesmo filme. Só muda a geração de jovens vulneráveis”, alerta o pneumologista.

Impactos na saúde mental O problema não se limita aos pulmões. Pesquisas já demonstram relação direta entre o uso de vapes e ansiedade e depressão, condições que já afetam fortemente a juventude atual.

Segundo Pessôa, 70% dos tabagistas em tratamento no programa da Universidade Federal Fluminense apresentam algum transtorno psíquico associado.

“A nicotina parece calmante, mas é mais ansiogênica do que ansiolítica. O cérebro se acostuma à dopamina artificial e para de produzi-la naturalmente. Quando o jovem tenta parar, entra em abstinência e o ciclo de dependência se retroalimenta”, afirma.

O apelo aos jovens: design, sabores e influência social Entre os motivos da popularidade dos vapes estão:

Design moderno – semelhante a um pendrive, discreto e associado à ideia de tecnologia. Sabores artificiais – tutti-frutti, maçã verde, entre outros, que mascaram o gosto amargo da nicotina. Influência social – muitos relatam que foram apresentados por amigos, repetindo o padrão de iniciação do cigarro tradicional. Caminhos para parar O pneumologista reforça que o primeiro passo é reconhecer a dependência. O tratamento envolve três frentes:

Química – com adesivos, gomas e pastilhas de nicotina, vendidos em farmácias e disponíveis no SUS, gratuitamente. Comportamental – terapia cognitivo-comportamental para dissociar gatilhos (como café e álcool) do hábito de fumar e estimular atividade física como fonte de prazer. Psicológica – apoio para lidar com abstinência e reforço da motivação. A porta de entrada é o posto de saúde mais próximo ou, no setor privado, um pneumologista.

Informação e prevenção Para conter o avanço, o médico defende campanhas em massa, tanto na TV aberta quanto nas redes sociais, combinando anúncios impactantes que mostram as consequências graves do uso e conteúdos claros e educativos.

Ele também sugere engajar “influenciadores do bem” que possam repercutir a mensagem para milhões de jovens.

Uma escolha que pode mudar destinos O recado final é direto: não existe forma segura de consumir nicotina. Quem ainda não começou deve evitar o primeiro contato. Quem já usa deve interromper o quanto antes, com apoio médico se necessário.

“Hoje sabemos que há tratamento e recursos para ajudar quem quer parar. Nunca é tarde para interromper o uso”, conclui Pessôa.

Bem Estar

Um estudo global apresentado nesta quinta-feira (28) no Congresso Europeu de Cardiologia (ESC 2025), em Madri, aponta que a vacinação contra o herpes-zóster — popularmente conhecido como cobreiro — está associada a uma redução significativa no risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

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A pesquisa avaliou dados de quase duas décadas de estudos e encontrou uma diminuição de 18% nos eventos cardiovasculares em adultos acima de 18 anos e de 16% entre pessoas com mais de 50 anos.

O que mostra o estudo A meta-análise reuniu 19 trabalhos científicos (incluindo ensaios clínicos e estudos observacionais) e é a primeira a compilar evidências globais sobre o impacto da vacina do zóster na saúde cardiovascular.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a aplicação da vacina — seja a versão recombinante ou a atenuada — foi associada a 1,2 a 2,2 eventos cardiovasculares a menos por mil pessoas vacinadas por ano. Na prática, isso significa que, a cada mil pessoas vacinadas, de 1 a 2 casos de infarto ou AVC deixam de acontecer por ano.

Apesar dos resultados, os autores destacam que a maior parte das evidências vem de estudos observacionais, sujeitos a viés. Isso significa que, embora exista associação, ainda não é possível afirmar que a vacina seja a causa direta da redução de infartos e AVCs.

Como isso acontece? Para o médico infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o trabalho reforça um conceito já observado com outras vacinas, como a da gripe:

“Essas doenças virais podem aumentar a resposta inflamatória do organismo e desencadear complicações cardiovasculares. Prevenir essas infecções é também uma forma de proteger o coração." Segundo ele, o processo inflamatório gerado por vírus como influenza, coronavírus, vírus sincicial respiratório e o próprio herpes-zóster pode desestabilizar placas de gordura nas artérias, favorecendo o desprendimento e levando a eventos graves como AVC e infarto.

Ainda assim, Kfouri pondera: “É preciso considerar que se trata de um estudo financiado pelo produtor da vacina, o que exige uma leitura crítica. Mas é um dado importante que fortalece a visão de que a vacinação é parte da estratégia de prevenção cardiovascular”.

Situação no Brasil Atualmente, a vacina contra o zóster está disponível no Brasil apenas na rede privada. A SBIm recomenda a aplicação rotineira a partir dos 60 anos e considera a partir dos 50. Já para pessoas imunocomprometidas — como transplantados, pacientes em diálise ou que usam imunossupressores — a indicação pode começar aos 18 anos.

A inclusão no Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda não tem previsão. “É uma vacina cara e, se for introduzida, provavelmente começará pelos grupos mais vulneráveis, como os imunossuprimidos e idosos”, explica Kfouri.

Por que isso importa Doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo, responsáveis por mais de 3 milhões de óbitos por ano, segundo a Sociedade Europeia de Cardiologia.

A entidade publicou em 2025 um consenso clínico defendendo que as vacinas passem a ser consideradas o “quarto pilar” da prevenção cardiovascular, ao lado de medicamentos contra hipertensão, colesterol e diabetes.

G1

Foto: CDC/ Judy Schmidt