A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Diretoria de Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar (DUDOH), convoca os municípios a aderirem ao Programa de Mais Acesso a Especialistas (PMAE), uma iniciativa do Ministério da Saúde que tem como objetivo ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à Atenção Especializada em Saúde (AES).
No Piauí, um total de 104 municípios já fizeram a adesão ao programa que visa tornar o acesso do paciente às consultas e aos exames especializados o mais rápido possível e com menos burocracia, a partir do encaminhamento realizado pelas equipes de Atenção Primária (eAP), por exemplo a Equipe de Saúde da Família (eSF).
“Essa ação vai tornar mais rápido o acesso dos pacientes de todo o estado a consultas ambulatoriais e exames especializados para as especialidades de cardiologia, oncologia, oftalmologia, ortopedia e otorrinolaringologia. Por isso é fundamental que todos os municípios façam suas adesões ao programa ”, explica Anderson Dantas, diretor do DUDOH.
Com o programa, o paciente que precisar de mais de uma consulta ou exame especializado será encaminhado a um serviço de saúde que realiza todas, ou a maioria, das consultas e exames de que precisa em no máximo 30 ou 60 dias, a depender da situação. Assim, o paciente irá para uma única fila, com agendamento específico e garantia de retorno para a eAP que acompanha o caso.
“Neste momento estamos na fase de elaboração e discussão dos Planos de Ação Regional com as 12 Regiões de Saúde do estado e contamos com a ampla adesão dos municípios, para que possamos melhorar ainda mais o acesso dos piauienses aos serviços de saúde”, conclui Dirceu Campelo, superintendente da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi.
A cirrose hepática é uma condição médica crônica e progressiva que afeta o fígado.
Esta doença é caracterizada pela substituição do tecido hepático saudável por tecido cicatricial, resultando em uma série de complicações debilitantes.
Mas como exatamente a cirrose hepática ocorre? De acordo com a Mayo Clinic, cada vez que o fígado é lesionado – seja por consumo excessivo de álcool ou por outra causa, como uma infecção – ele tenta reparar-se. No processo, forma-se tecido cicatricial.
À medida que a cirrose piora, formam-se cada vez mais tecidos cicatriciais, dificultando o trabalho do fígado, que acaba perdendo a capacidade de realizar suas funções.
ssas funções incluem a produção de proteínas, metabolismo de nutrientes, filtragem de toxinas e produção de bile para auxiliar na digestão de gorduras.
Isso pode levar ao acúmulo de toxinas no corpo, aumento da pressão nos vasos sanguíneos do fígado (hipertensão portal), ascite (acúmulo de líquido no abdômen), icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), encefalopatia hepática (deterioração da função cerebral devido a toxinas acumuladas) e outras complicações graves.
A condição é grave, pois quando avançada pode ser fatal.
Créditos: eranicle/istock O que causa a cirrose hepática? Primeiramente, é importante destacar que a cirrose hepática frequentemente surge como resultado do consumo excessivo e prolongado de álcool, bem como de infecções crônicas pelo vírus da hepatite B e C.
Ademais, condições como obesidade, diabetes e doença hepática gordurosa não alcoólica também aumentam significativamente o risco de desenvolvimento dessa condição.
Quais os sintomas de cirrose hepática? fadiga persistente perda de apetite icterícia inchaço abdominal Detectar esses sinais precocemente pode facilitar o tratamento e melhorar significativamente as perspectivas de saúde. Como prevenir a cirrose hepática? É importante entender que a cirrose hepática é frequentemente resultado de hábitos de vida prejudiciais e condições médicas subjacentes.
Portanto, adotar um estilo de vida saudável é o primeiro passo para evitar essa doença.
Em primeiro lugar, evite o consumo excessivo de álcool. O álcool é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da cirrose hepática. Portanto, limite sua ingestão de álcool e, se possível, opte por abster-se completamente.
Além disso, mantenha um peso saudável. A obesidade e a gordura visceral aumentam o risco de desenvolver doença hepática gordurosa não alcoólica, que pode progredir para cirrose hepática. Portanto, adote uma dieta equilibrada e pratique exercícios regularmente para manter um peso saudável.
Outra dica importante é proteger-se contra infecções hepáticas. As hepatites virais B e C podem causar danos significativos ao fígado e aumentar o risco da condição.
Certifique-se de seguir as diretrizes de saúde pública para prevenir a propagação dessas infecções e considere a vacinação contra hepatite B.
Além disso, gerencie condições médicas, como diabetes e hipertensão, que podem aumentar o risco de desenvolver cirrose hepática.
Não se esqueça de realizar check-ups médicos regulares, já que a detecção precoce de problemas hepáticos pode ajudar a prevenir complicações graves, como cirrose.
Há tratamento para cirrose? O dano hepático causado pela cirrose geralmente não pode ser desfeito. Mas se o diagnóstico for precoce e a causa receber tratamento, é possível limitar os danos. Em casos raros, pode ser revertido.
Os tratamentos podem incluir medicamentos para controlar sintomas e complicações, como diuréticos para ascite e lactulose para encefalopatia hepática.
Além de procedimentos médicos, como ligadura de varizes esofágicas para prevenir hemorragias e transplante de fígado em casos avançados.
Era evidente que o menino de seis anos sentado em frente a Douglas Tynan, psicólogo de crianças e adolescentes em Delaware, não tinha transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Tynan estava seguro disso, mas o professor do garoto segundanista não concordava.
Ele não prestava atenção na aula, mas em casa seu comportamento não era anormal para uma criança de sua idade. O menino, que adora ler, contou a Tynan que gosta de levar seus livros para a escola porque os da sala de aula são muito fáceis.
O que o professor não considerou foi a possibilidade de o menino ser superdotado do ponto de vista acadêmico, como sua mãe tinha sido quando criança, observou o psicólogo. (Estudos têm demonstrado que é menos provável que as crianças negras, como a que estava em seu consultório, sejam identificadas e direcionadas para programas voltados para alunos superdotados.)
Outros testes foram feitos com o menino, revelando que Tynan estava certo: não era por causa do TDAH que ele não prestava atenção na aula, mas sim porque estava entediado.
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que começa na infância e, geralmente, envolve falta de atenção, desorganização, hiperatividade e impulsividade, causando problemas em dois ou ma
O paciente deve se submeter a uma avaliação cuidadosa para evitar que seja diagnosticado com TDAH por engano ou que a condição não seja identificada quando ela de fato existir.
A seguir, alguns dos problemas mais comuns que podem ser confundidos com o TDAH.
Transtornos de comportamento e humor Condições relacionadas à saúde mental, como ansiedade, depressão ou transtorno opositor desafiador, podem apresentar sintomas parecidos com os do TDAH, como a falta de concentração ou de motivação, atitudes negativas ou dificuldade para planejar e completar tarefas, explicou Max Wiznitzer, neurologista pediátrico do Hospital Rainbow para Bebês e Crianças, em Cleveland, e especialista em TDAH.
Mas esses sintomas – tanto em crianças quanto em adultos – podem coincidir com uma variedade de outras características e transtornos. De fato, a dificuldade de concentração é uma das manifestações mais comuns listadas no manual diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria e está relacionada com 17 diagnósticos, de acordo com um estudo publicado em abril.
Isso é válido para adultos e crianças. Entre os pacientes de Wiznitzer, é a ansiedade que mais se confunde com o TDAH. “Uma pessoa com ansiedade pode se concentrar? Não. O motivo dessa falta de foco não é a mesma coisa que o TDAH, mas o resultado final, sim”, disse ele. E, para complicar ainda mais, é comum que quem tem TDAH também sofra de um transtorno de comportamento ou de humor.
Uso de substâncias O uso intenso de substâncias pode provocar falta de concentração, hiperatividade e outros problemas. Se alguém usa drogas durante anos e depois comenta com um médico que houve declínio em sua capacidade cognitiva – como dificuldade para prestar atenção, reter informações ou se lembrar de coisas –, é de extrema importância observar há quanto tempo a pessoa apresenta esses sintomas, afirmou David Goodman, professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, acrescentando que, se os sintomas não se manifestarem antes dos 12 anos, o paciente não atende aos critérios para o diagnóstico de TDAH.
Um estudo de 2017 descobriu que cerca de 95 por cento dos participantes que começaram a apresentar sintomas parecidos com os do TDAH a partir dos 12 anos não tinham o transtorno, por mais que apresentassem resultados positivos nas listas de verificação de sintomas. Entre aqueles que exibiam manifestações debilitantes, o motivo mais comum era, na verdade, o abuso de substâncias, seguido por transtornos como depressão e ansiedade.
Problemas de sono Os adultos precisam dormir entre sete e nove horas por noite, e os adolescentes e crianças pequenas, ainda mais. Mas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, mais de um terço dos adultos americanos – e cerca de 77 por cento dos estudantes do ensino médio – não dormem o bastante.
Alguns estudos indicaram que a privação de sono afeta a capacidade de pensar claramente e de executar determinadas tarefas, além de ter um impacto negativo no humor.
Um estudo amplo revelou que pessoas que costumavam dormir entre três e seis horas apresentaram piores resultados em testes cognitivos que mediam a capacidade do cérebro de reter informações e no tempo que levavam para completar uma tarefa. Essas deficiências se parecem com sintomas comuns do TDAH, como lentidão mental, esquecimento ou o hábito de deixar tarefas inacabadas.
Distração digital Qualquer pessoa que tenha um smartphone é constantemente bombardeada por mensagens de texto, notificações e oportunidades para ficar na tela; isso pode fazer parecer que nossa atenção está sempre sendo desviada ou que nossa capacidade de concentração diminuiu. Mas isso não significa que todos temos TDAH.
Quando afastada das telas, uma pessoa neurotípica pode se concentrar melhor, enquanto alguém com TDAH ainda vai ter dificuldades para se concentrar, mesmo que as distrações externas sejam eliminadas, destacou Goodman.
As pesquisas sobre o tema sugerem que as pessoas que se consideram usuárias intensas de tecnologia digital são mais propensas a relatar sintomas de TDAH, mas que nem todas têm o transtorno.
Condições físicas e estresse Os terapeutas e pesquisadores especializados no transtorno dizem que é importante fazer uma avaliação médica antes de apresentar um diagnóstico de TDAH, porque há uma ampla variedade de doenças que podem levar a sintomas parecidos com os da condição, como falta de atenção, problemas de memória ou confusão mental, que podem fazer com que as pessoas se sintam mais lentas, se distraiam com facilidade ou esqueçam muitas coisas.
Alguns exemplos são as lesões cerebrais, as doenças crônicas como a fibromialgia ou a síndrome da taquicardia postural ortostática, o diabetes, as cardiopatias ou os distúrbios endócrinos como o hipotireoidismo.
O estresse – tanto o crônico como o agudo – também pode ser confundido com o TDAH, já que pode dificultar o planejamento, a organização e a autorregulação.
Como saber se você tem TDAH? Um diagnóstico preciso de TDAH envolve vários passos: uma entrevista com o paciente, prontuário médico, histórico de desenvolvimento, questionários de sintomas e, se possível, conversas com outras pessoas próximas do paciente, como o cônjuge ou professores.
Os questionários por si sós não bastam. Um estudo descobriu que, quando adultos preenchiam uma escala diagnóstica de TDAH, muitas vezes eram identificados como pacientes com a condição, mesmo que não tivessem o transtorno.
Pode ser mais difícil diagnosticar TDAH em adultos porque eles já têm um histórico de vida mais longo, o que implica um maior número de fatores que agravam o quadro, frisou Margaret Sibley, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle. Além disso, não há diretrizes de prática clínica nos Estados Unidos para diagnosticar e tratar pacientes em etapas posteriores à infância, o que fez com que muitos pacientes recorressem a sites em busca de diagnósticos e tratamentos rápidos.
Outros tentam desvendar os sintomas por intermédio de pesquisas nas redes sociais. “Está surgindo uma tendência ao autodiagnóstico e ao questionamento da necessidade de um diagnóstico médico. Mas é preciso ter cuidado, porque, com um autodiagnóstico incorreto, você pode não ter a solução adequada para seus problemas”, alertou Sibley. Portanto, uma avaliação completa é o mais aconselhável. Ela sugeriu começar com um clínico geral e depois consultar um profissional de saúde mental.
Tynan comentou que, primeiramente, costuma presumir que o paciente não tem TDAH e então tenta analisar quais outros fatores podem causar seus sintomas. “Se encontro provas contundentes de ansiedade, depressão e TDAH, devo questionar: ‘O que está se passando aqui?’”
Crianças e adolescentes que mudam de residência diversas vezes antes dos 15 anos possuem 40% mais chances de desenvolver depressão na fase adulta. Este é o resultado de um estudo recente publicado na revista científica Jama Psychiatry.
A pesquisa investigou os locais de residência de quase 1,1 milhão de pessoas nascidas na Dinamarca entre 1981 e 2001, que permaneceram no país durante os primeiros 15 anos de suas vidas.
Ao acompanhar esses indivíduos até a fase adulta, os pesquisadores descobriram que pelo menos 35 mil deles, ainda residentes na Dinamarca, receberam diagnóstico de depressão.
Como as mudanças frequentes impactam a probabilidade de depressão? O estudo revelou, pela primeira vez, uma conexão entre as mudanças frequentes durante a infância, independentemente se ocorreram em bairros de baixa ou alta renda, e a maior probabilidade de desenvolver depressão na idade adulta.
Além disso, a análise indicou que quanto mais frequentes são essas mudanças, maior é o risco.
Crianças que se mudam uma vez entre 10 e 15 anos têm 41% mais chances de serem diagnosticadas com depressão comparadas àquelas que não se mudam. Aqueles que se mudam duas ou mais vezes nesse período apresentam um risco 61% maior.
Por que um ambiente estável é importante para a saúde mental das crianças? Os pesquisadores concluíram que crescer em um ambiente doméstico estável, em termos de localização, pode servir como uma proteção contra transtornos de saúde mental.
Clive Sabel, professor de Big Data e Ciência Espacial da Universidade de Plymouth e principal autor do estudo, afirmou que esta é a primeira evidência que sugere que mudar para um novo bairro durante a infância está entre os fatores que levam ao diagnóstico de doenças mentais.
Sabel destaca que os dados obtidos podem representar apenas uma fração do impacto total.
Quais são os outros riscos associados às mudanças frequentes? Os resultados do estudo dinamarquês reforçam evidências anteriores de que crianças que mudam de residência frequentemente desde o nascimento até a metade da adolescência têm maior probabilidade de enfrentar resultados adversos, como tentativa de suicídio, criminalidade violenta, doenças mentais e abuso de substâncias.
Sabel observa que durante a infância, as crianças estão construindo suas redes sociais através da escola, grupos esportivos e outras atividades. Cada mudança exige uma adaptação a novos ambientes, o que pode ser perturbador e exigir novas estratégias para ajudar as crianças a superar esses desafios.
Embora o estudo tenha analisado apenas indivíduos dinamarqueses, os pesquisadores acreditam que resultados semelhantes podem ser encontrados em outras partes do mundo.
Quais são os sinais de depressão? Sentimentos pessimistas; Excesso de reclamação; Tristeza persistente; Perda de interesse por atividades que costumavam ser agradáveis; Mudanças no apetite ou peso; Ter dificuldade em dormir (insônia) ou dormir excessivamente (hipersonia); Sentimentos de culpa ou inutilidade; Irritabilidade; Falta de autocuidado; Cansaço intenso. É possível ainda que esses sintomas estejam associados a outros sintomas psíquicos, como ataques de pânico e ansiedade.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sintomas, é importante buscar ajuda profissional. Consulte um psicólogo para uma avaliação adequada e orientação sobre o tratamento.