O Piauí possui 01 caso suspeito de monkeypox ou “varíola do macaco” que está sendo investigado pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde).

A paciente teve contato com pessoas que residem em outro estado e desenvolveu alguns sintomas da doença, que envolvem febre, bolhas, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

A monkeypox ou “varíola do macaco” é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas, objetos recentemente contaminados ou mesmo através de grandes gotículas respiratórias. O período de incubação (data de contato com o vírus até o início dos sintomas) é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras são direcionadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen).

De acordo com coordenadora do Cievs, Amélia Costa, as principais medidas de controle da doença são: o isolamento dos doentes, rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente e a utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e por parte dos profissionais de saúde ou cuidadores dos casos.

O Piauí já tem um plano de contingência para identificação, rastreio e atendimento aos casos. Em casos de internação a retaguarda para pacientes de alta complexidade (com presença de disfunção orgânica) será o Instituto Natan Portela.

Segundo o médico infectologista, José Noronha, apesar da monkeypox apresentar erupção semelhante ao da varíola tradicional, a transmissão de pessoa-a-pessoa é consideravelmente menor, assim como a mortalidade.

“A maioria dos pacientes tem doença leve e se recupera sem intervenção médica, outros que têm fatores de risco para desidratação ( náuseas, vômitos, disfagia) podem necessitar de uma curta internação hospitalar para hidratação intravenosa; já para o paciente gravemente doente, os cuidados de suporte são necessários até que o paciente se recupere da infecção”, destaca.

Sesapi

Foi publicado no periódico The Lancet Child e Adolescent, nesta quarta- feira (22), as amplas pesquisas sobre o impacto da infecção em crianças de 0 a 14 anos de idade. As crianças foram diagnosticadas com o vírus da covd-19 e podem apresentar sintomas prolongados com duração de dois meses. A pesquisa mostrou que crianças da Dinamarca com resultados positivos da covid19 podem ter um histórico prévio de infecção.

civdcriança

Professora Selina Kikkenborg Berg, do hospital universitário de Copenhague na Dinamarca comentou que o objetivo da pesquisa realizada era determinar a prevalência de sintomas que durem muito tempo em bebês e crianças, com a qualidade de vida e ausência de escolas e creches. Os resultados relatam que uma criança com diagnóstico positivo do coronavírus é mais precisa a apresentar sintomas mais duradouros da doença, do que crianças o resultado prévio.

Os estudos da covid-19 longa eram focados em adolescentes. Atualmente, nesta pesquisa foram enviados questionários para os cuidadores responsáveis de indivíduos de 0 a 14 anos que testaram positivo para o coronavírus em janeiro de 2020 e junho de 2021.

O total de respostas foram de 11 mil crianças que foram contaminadas pelo vírus da covid-19. Os dados das pesquisas foram comparados com a idade, sexo e informações do quadro de saúde do indivíduo. Os pacientes foram questionados sobre os 23 sintomas da covid longa, classificados como indícios de uma duração superior chegando a dois meses.

Os sintomas mais relatados em indivíduos de 0 a 3 anos de idade, foram a mudança de humor, dores no estomago e erupções na pele. De 4 a 11 anos alteração no humor, memória falha, dificuldade de concentração, como também lesões na pele. Entre 12 e 14 anos apresentaram fadiga, alterações de humo, dificuldade de memorização e concentração.

O resultado final da pesquisa analisa que crianças que tiveram a covid-19 apresentam uma probabilidade maior de ter menos sintomas por menos de dois meses.

R7

Foto: divulgação Pixels

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram uma nova espécie de “barbeiro”. A descoberta desses “novos” indivíduos da família de insetos triatomíneos contou com o auxílio de pesquisadores vindos do Uruguai e Bolívia e foi publicada na revista ZooKeys, plataforma científica com o propósito de descrever novas espécies e análises taxonômicas.

barbeiro

O chamado barbeiro é conhecido por ser um dos principais responsáveis pela transmissão do Trypanosoma cruzi, protozoário que causa a doença de Chagas nas Américas Central e do Sul. De acordo com a CNN Brasil, em território brasileiro, o Ministério da Saúde estima que 1,9 a 4,6 milhões de pessoas estão infectadas atualmente no país, ou seja 1 a 2,4% da população.

Essa nova espécie foi batizada como Panstrongylus noireaui. Segundo matéria do veículo brasileiro, tal nome surgiu em homenagem ao pesquisador francês François Noireau, falecido no ano de 2011, que trabalhou como professor do Institut de Recherche Pour Le Développement, na França, e fez grande colaboração na área de entomologia no IOC.

Através de estudo da Universidade da República do Uruguai, os especialistas conseguiram notar algumas diferenças nas análises de DNA e também nas moléculas ao comparar dois espécimes.

Cleber Galvão, autor do artigo e chefe do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC, falou que: “A percepção por meio de análises cromossômicas e moleculares foi fundamental, visto que as diferenças externas entre a P. noireaui e a P. rufo-tuberculatus são mínimas”.
O pesquisador, por outro lado, afirma que no DNA existem diversas características importantes que podem não só serem responsáveis por diferenciar espécies, mas fazer da P. noireaui singular em seu gênero.

O que reforçou a hipótese de que trata-se de uma nova espécie foi uma pequena diferença nas genitálias dos indivíduos machos da P. noireaui. Foi por intermédio do esforço de cientistas em fazer um estudo morfológico mais detalhado que chegaram a essa informação.

Segundo Galvão, essas espécies são como irmãs que, em determinado momento, tiveram um ancestral comum. “A única diferença morfológica observável está nos dentículos do endosoma, uma membrana presente dentro da genitália dos machos. Como não é uma característica de fácil visualização, foi preciso fazer uma dissecção desses espécimes”, afirmou o pesquisador.

lorena r7

Foto:Reprodução/Portal T5.

A falta de vitamina D durante a gestação está ligada ao desenvolvimento de uma série de doenças na fase adulta – desde problemas de crescimento até diabetes, obesidade e esclerose múltipla. Agora, uma pesquisa realizada na FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paul) mostrou que esse nutriente também é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento dos músculos ao longo da vida.

vitminad

Por meio de experimentos com ratos, o grupo de cientistas concluiu que a deficiência de vitamina D materna afeta seletivamente o desenvolvimento de fibras musculares do tipo 2 (o chamado músculo branco) nos filhotes machos. Essas fibras atrofiaram mais durante o período juvenil (prole com 21 dias). Ao longo da vida do animal, porém, elas conseguem se recuperar e se adaptar à deficiência. Isso porque o próprio músculo é capaz de produzir a vitamina D na vida adulta. Nutriente obtido por meio da alimentação, mas principalmente sintetizado pelo organismo humano após exposição à radiação solar, a vitamina D é um hormônio que atua na saúde óssea, no crescimento, na imunidade e no metabolismo. Na literatura científica há poucos dados sobre seus efeitos nos músculos.

O que intrigou os pesquisadores e demandará mais estudos é o motivo de a prole fêmea ter sido protegida das alterações induzidas pela deficiência materna. Uma das hipóteses é que a proteção esteja ligada a algum hormônio, como o estrogênio, ou a algo na placenta.

O trabalho faz parte de um Projeto Temático da FAPESP e foi publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. É resultado do trabalho de doutorado da biomédica Natany Garcia Reis.

"A descoberta de que o músculo do animal adulto deficiente é capaz de compensar a deficiência endógena de hormônio circulante aumentando sua produção interna, para mim, como fisiologista, é muito gratificante porque abre um campo de pesquisa enorme. Podemos avaliar, por exemplo, se o exercício físico estimula esse sistema", explica Luiz Carlos Navegantes, professor do Departamento de Fisiologia da FMRP-USP e autor correspondente do artigo.

Segundo Navegantes, os resultados obtidos trazem mensagens relevantes, que reforçam a importância da vitamina D durante a gestação e a lactação. "Trazemos um novo olhar clínico, destacando a importância fisiológica do hormônio não só para os ossos, mas chamando a atenção para a força muscular", completa.

Agência Fapesp

Foto: Acervo Pesquisadores