A Prefeitura de Floriano, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) , abre a vacinação contra a gripe e o sarampo para crianças de 05 a 11 anos, a partir desta quarta-feira, 29. Segundo a nota técnica do Ministério da Saúde, “considerando a baixa adesão dos grupos-alvo, e respectivamente os resultados alcançados de coberturas vacinais na 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) informa sobre a ampliação da oferta da vacina influenza (...) os gestores das Unidades Federativas (UFs) e dos municípios foram orientados a ofertar a vacina a depender do estoque existente e da estratégia definida pelas Secretarias Estaduais e Municipais da Saúde”.
A Diretoria de Imunização resolveu colocar como público prioritário, neste momento, crianças de 5 a 11 anos. “Havendo sobra da vacina, vamos abrir para outras faixas etárias de maneira escalonada”, explicou Pollyane Pires, diretora de Imunização.
A vacina atualizada da gripe protege contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. Em janeiro deste ano, o Paraná declarou epidemia de H3N2 após um aumento no número de diagnósticos e mortes em decorrência do vírus.
“A gripe é um problema anual e deve ser enfrentado de maneira coletiva, e sem a imunização da maioria absoluta da população os casos de Influenza podem aumentar. Por isso, eu gostaria de pedir aos pais e responsáveis e outros grupos prioritários que não deixem de tomar a vacina”, acrescentou a secretária de Saúde, Caroline Reis.
A modelo Nicole Bahls presenteou crianças ribeirinhas com latas de energético em sua passagem pelo Festival de Parintins, no Amazonas, no último fim de semana. A ação repercutiu nas redes sociais, e muitos internautas questionaram sobre a adequação, ou não, da bebida à faixa etária pediátrica.
"Queria ter dado refrigerante, alguma coisa... Só tinha energético. Eu enchi as crianças de energético", disse a modelo. Depois do episódio, no entanto, Nicole encontrou um mercado na região e conseguiu comprar alimentos para as crianças. Segundo Nelson Douglas Ejzenbaum, médico pediatra membro da Academia Americana de Pediatria, crianças não devem tomar bebidas energéticas de nenhum tipo.
“Não se dá energético à criança por causa das altas doses de cafeína e taurina. A gente não dá não só porque não se dá, mas porque não existe uma necessidade”, afirma. A quantidade exacerbada de taurina e cafeína nas bebidas energéticas pode causar irritabilidade, vômito e mal-estar gástrico nas crianças, comprometendo a saúde e a qualidade do sono delas. “A bebida não vai causar um risco cardíaco, só em quantidades muito altas, mas pode provocar taquicardia. Crianças não vão ser colocadas em um exercício de altíssima rotatividade nem precisam de uma medicação para ficar acordadas. Energético é coisa de adulto, e ainda assim deve ser usado em determinadas situações [porque também há riscos]”, explica o médico.
Um estudo publicado na revista científica Journal of the American Heart Association mostrou que a ingestão de 900 ml de qualquer bebida energética industrializada, em um curto período de tempo, pode aumentar a pressão arterial e o risco de distúrbios elétricos no coração.
Além disso, o pediatra ressalta que não se deve oferecer café a crianças, assim como refrigerantes e outras bebidas gaseificadas. “Criança tem que tomar água. O correto seria não dar café, mas tem as questões sociais e culturais [que envolvem esse consumo]”, afirma Ejzenbaum.
Uma empresa paulista desenvolveu um método computacional inovador que está tornando mais rápida, simples e precisa a atuação dos radiologistas na hora de analisar exames de mamografia e localizar alterações suspeitas.
Utilizando recursos de inteligência artificial como aprendizado de máquina e modelos neurais, a Harpia Health Solutions desenvolveu a plataforma Delfos, que, após a realização da mamografia, identifica e classifica automaticamente anomalias e lesões no tecido mamário, facilitando o processo de triagem feito pelo radiologista. Sediada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), a empresa teve apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) para o desenvolvimento da solução.
“Os exames de mamografia são enviados em nuvem para a plataforma Delfos, que devolve os resultados em até cinco minutos”, diz Daniel Aparecido Vital, pesquisador responsável pelo projeto e um dos sócios da Harpia.
O pesquisador explica que a plataforma funciona em integração com os sistemas PACS (Picture Archiving and Communication System), que é o software padrão utilizado pelas clínicas para visualizar e armazenar as imagens de mamografia.
O exame de mamografia é o principal método diagnóstico capaz de detectar alterações no tecido mamário e é fundamental para possibilitar o tratamento precoce do câncer de mama, reduzindo assim a mortalidade.
"É importante que a solução esteja integrada ao PACS, que já faz parte da rotina dos radiologistas. A plataforma é totalmente automatizada e pode resultar em vários benefícios, como o aumento da assertividade – com redução de até 15% das incoerências de diagnósticos –, o aumento da produtividade em até 40% e do diagnóstico precoce em até 20%, além de uma redução de custos considerável para as operadoras, hospitais e clínicas", afirma Vital.
A agilidade do novo método permite também que os médicos tomem decisões mais acertadas na priorização da fila de diagnósticos, agilizando a emissão dos laudos. A tecnologia indica automaticamente a presença de nódulos, massas mamárias e agrupamentos de calcificações para que o radiologista faça a triagem necessária.
"O tempo de diagnóstico pode ser reduzido em cerca de 40%. Um fator importante é que o radiologista é dispensado de tarefas de baixo valor cognitivo, focando sua atenção nos achados suspeitos", avalia.
Alta tecnologia A empresa foi criada em abril de 2019, na incubadora Nexus, do Parque Tecnológico de São José dos Campos, por um grupo de alunos, ex-alunos e docentes da pós-graduação em engenharia biomédica no Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo (ICT-Unifesp), no campus da cidade paulista. Além de Vital e sua sócia, Catarina Cardoso Reis, são cofundadores da empresa e consultores científicos os professores Henrique Alves de Amorim e Matheus Cardoso Moraes.
O projeto PIPE foi finalizado em novembro de 2021 e a solução desenvolvida pela Harpia já é um produto comercial. Ao longo de 2021, a plataforma Delfos processou 35 mil mamografias.
"Hoje o número é maior, processamos de 12 mil a 13 mil mamografias por mês. Temos 12 clientes em seis Estados e estamos negociando com grandes empresas nacionais do setor de saúde e ampliando parcerias", afirma Vital.
As pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a gripe têm 40% menos chance de desenvolver a doença de Alzheimer ao longo de quatro anos, segundo a pesquisa.
O estudo, assinado por cientistas da americana UTHealth Houston, comparou o risco de incidência da doença entre pessoas com e sem vacinação prévia em quase dois milhões de pessoas com 65 anos ou mais.
"A vacinação contra a gripe em adultos mais velhos 'reduz o risco' de desenvolver Alzheimer ao longo de vários anos, e esse efeito protetor aumentou com o número de anos que uma pessoa recebeu uma vacina anual", disse um dos signatários do estudo, Avram Bukhbinder, em comunicado.
O pesquisador considerou que pesquisas futuras devem avaliar se esta vacina também está associada à taxa de progressão dos sintomas em pacientes que já apresentam demência de Alzheimer.
Estudos anteriores encontraram uma diminuição do risco de demência associada à exposição prévia a várias vacinas na idade adulta, incluindo tétano, poliomielite e herpes, além da gripe e outras vacinas.
O estudo, publicado na revista científica Journal of Alzheimer's Disease, analisou dois grupos, cada um formado por 935.887 pessoas, um vacinado contra a gripe e outro não. Os participantes foram acompanhados por quatro anos e nas consultas de acompanhamento verificou-se que cerca de 5,1% dos pacientes vacinados contra a gripe desenvolveram a doença de Alzheimer, em comparação com 8,5% dos não vacinados.
Esses resultados, segundo a equipe, “destacam o forte efeito protetor da vacina contra a gripe contra a doença de Alzheimer. No entanto, os mecanismos subjacentes a este processo requerem um estudo mais aprofundado".
O líder do estudo, Paul Schulz, afirmou que "uma vez que há evidências de que várias vacinas podem proteger contra a doença de Alzheimer, pensamos que este não é um efeito específico da vacina contra a gripe".
O sistema imunológico é complexo, e alguns distúrbios, como a pneumonia, podem ativá-lo de forma a piorar a doença de Alzheimer, mas outros podem fazê-lo de forma diferente, e um deles protege contra essa doença, acrescentou.
"Claramente", disse ele, "precisamos aprender mais sobre como o sistema imunológico piora ou melhora os resultados desta doença".
Além disso, à medida que mais tempo passa desde a introdução da vacina contra a covid-19 e que mais dados de acompanhamento se tornam disponíveis, Bukhbinder afirmou que valerá a pena investigar se existe uma associação semelhante entre ela e o risco de enfermidade de Alzheimer.