O cólon é a parte inferior do trato intestinal, que se estende do ceco ao reto. Nele, a água e os sais são absorvidos por alimentos não digeridos e os músculos movem os resíduos em direção ao reto. O cólon contém uma vasta população de bactérias, que têm funções potencialmente importantes, incluindo a fermentação de carboidratos não absorvidos (polissacarídeos não-fibrosos e amido resistente) para liberar energia e ácidos graxos de cadeia curta que influenciam a saúde da mucosa colônica.

O câncer de cólon é um tipo de câncer que começa no intestino grosso e geralmente afeta adultos mais velhos, embora possa acontecer em qualquer idade. Geralmente começa como pequenos grupos não cancerosos (benignos) de células chamadas pólipos que se formam no interior da região. Com o tempo, alguns desses pólipos podem se tornar cânceres de cólon. Os pólipos podem ser pequenos e produzir poucos sintomas ou até mesmo nenhum. Por essa razão, os médicos recomendam testes de triagem regulares para ajudar a prevenir a doença, identificando e removendo pólipos antes de se transformarem em câncer.

Se o câncer de cólon se desenvolver, muitos tratamentos estão disponíveis para ajudar a controlá-lo, incluindo cirurgia, radioterapia e tratamentos medicamentosos, como quimioterapia, terapia direcionada e imunoterapia. É por vezes chamado de câncer colorretal, que é um termo que combina a região do cólon à região retal.

Os sinais e sintomas do câncer de cólon incluem: mudança persistente nos hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação ou uma mudança na consistência das fezes; sangramento retal ou sangue nas fezes; desconforto abdominal persistente, como cãibras, gases ou dor; sensação de que o intestino não esvazia completamente; fraqueza ou fadiga; perda de peso inexplicável.

Lorena R7

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu hoje (6) manter a proibição de importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. A restrição começou em 2009, mas a comercialização continua ocorrendo de forma ilegal no país.

cigarroeletronico

A decisão foi tomada durante a 10ª reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a diretoria seguiu voto proferido pela diretora Cristiane Rose Jourdan.

Segundo a diretora, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.

Os cigarros eletrônicos são aparelhos alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil, que armazena o líquido. Esse aparelho tem um atomizador, que aquece e vaporiza a nicotina. O aparelho traz ainda um sensor, que é acionado no momento da tragada e ativa a bateria e a luz de led.

A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.

Os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. Existem ainda os cigarros de tabaco aquecido. São dispositivos eletrônicos para aquecer um bastão ou uma cápsula de tabaco comprimido a uma temperatura de 330°C. Dessa forma, produzem um aerossol inalável.

Agência Brasil

Foto: Divulgação Ministério da Saúde

Um novo estudo publicado nesta terça-feira (5) por cientistas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) sugere que a resposta imune desencadeada por infecções por coronavírus danifica os vasos sanguíneos do cérebro e pode ser responsável por sintomas de longa duração.

O artigo, publicado na revista Brain, se baseou em autópsias cerebrais de nove pessoas que morreram repentinamente após contrair o vírus. Em vez de detectar evidências de Covid-19, a equipe descobriu que eram os próprios anticorpos das pessoas que atacavam as células que revestem os vasos sanguíneos do cérebro, causando inflamação e danos. Essa descoberta pode explicar por que algumas pessoas sofrem efeitos prolongados da infecção — como dor de cabeça, fadiga, perda de paladar e olfato, dificuldades para dormir e “névoa mental” — e também pode ajudar a criar tratamentos para a Covid longa.

O cientista Avindra Nath, autor sênior do artigo, disse em um comunicado que “os pacientes frequentemente desenvolvem complicações neurológicas com a Covid-19, mas o processo fisiopatológico subjacente não é bem compreendido”.

"Já havíamos mostrado danos nos vasos sanguíneos e inflamação no cérebro dos pacientes na autópsia, mas não entendíamos a causa do dano. Acho que neste artigo ganhamos perspectivas importantes sobre essa cascata de eventos", explicou.

Metodologia Os nove indivíduos, com idade entre 24 e 73 anos, foram selecionados do estudo anterior da equipe porque mostraram evidências de prejuízos nos vasos sanguíneos cerebrais, segundo exames.

Seus cérebros foram comparados aos de dez órgãos usados no estudo. A equipe examinou neuroinflamação e respostas imunes com o uso de uma técnica chamada imuno-histoquímica.

Os cientistas descobriram que os anticorpos produzidos contra a Covid-19 visavam erroneamente às células que formam a “barreira hematoencefálica”, uma estrutura destinada a manter invasores nocivos fora do cérebro, ao mesmo tempo em que permite a passagem de substâncias necessárias.

Danos a essas células podem causar vazamento de proteínas, sangramento e coágulos, o que eleva o risco de AVC (acidente vascular cerebral). Os vazamentos também acionam células imunes chamadas macrófagos para correr para o local e reparar as perdas, causando inflamação.

A equipe descobriu que os processos celulares normais nas áreas alvo do ataque foram severamente interrompidos, o que teve implicações em coisas como a capacidade de desintoxicar e regular o metabolismo.

As descobertas oferecem pistas sobre a biologia em jogo em pacientes com sintomas neurológicos de longo prazo e podem informar novos tratamentos, por exemplo, um remédio que atua no acúmulo de anticorpos na barreira hematoencefálica.

“É bem possível que essa mesma resposta imune persista em pacientes com Covid longa, resultando em lesão neuronal”, afirmou Nath.

Ou seja, um medicamento que reduza essa resposta imune poderia ajudar esses pacientes. "Então essas descobertas têm implicações terapêuticas muito importantes", enfatizou.

AFP

Um estudo conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) aponta que consumir chocolate com alto teor de cacau pode contribuir para um melhor estado nutricional, funcionalidade e diminuição de sintomas em idosos acometidos com câncer em cuidados paliativos.

chocolate

A médica geriátrica, professora da USP e também orientadora do estudo, Nereida Kilza da Costa Lima, em comunidade, disse: “Nós queríamos fazer um trabalho de pesquisa que fosse útil para o público-alvo, promovendo melhora nos problemas nutricionais, conforto e prazer. Foi assim que pensamos em estudar o chocolate, que tem uma história antiga na sociedade e que é alvo de estudos na área cardiovascular”. Segundo a CNN, 46 pacientes participaram da pesquisa.

Os voluntários estavam em tratamento no Serviço de Oncologia e Cuidados Paliativos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, receberam tratamento padrão e também foram divididos em três grupos, um com pessoas que não receberam chocolate, outro de indivíduos que consumiram 25 gramas diárias de chocolate com 55% de cacau e aquelas que consumiram a mesma quantidade de chocolate branco.

Os pacientes tinham média de 67 anos e 43,5% estavam em risco de desnutrição ou eram desnutridos anterior ao início do trabalho. Antes e após quatro semanas da ação, os pesquisadores tiveram todo um trabalho para a coleta de dados sociodemográficos e informações sobre o estado de saúde, incluindo nisso os exames laboratoriais e a avaliação nutricional, dos pacientes.

A nutricionista e autora do estudo, Josiane Cheli Vettori, explica que, ao final do estudo, os especialistas observaram um aumento significativo nos índices das avaliações nutricionais. Ela também aponta que não houve indivíduo classificado como desnutrido após a intervenção. “A intervenção nutricional pode ser capaz de reduzir a perda de peso em pacientes com câncer em estágio avançado melhorando o estado nutricional”, explica.

Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista científica BMC Palliative Care.

Lorena R7

Foto: Reprodução/Casa de Repouso