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O câncer de fígado é muitas vezes traiçoeiro: seus sintomas podem demorar a aparecer e, quando surgem, geralmente indicam que a doença já se encontra em estágio mais avançado. Um dos sinais mais comuns é a dor no lado superior direito do abdômen — região onde o fígado está localizado. No entanto, essa dor pode ser sutil ou confundida com outros problemas digestivos.

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Esse tipo de câncer se desenvolve quando uma célula hepática sofre uma mutação genética, passando a se multiplicar de forma descontrolada. Existem dois tipos principais de câncer de fígado: o carcinoma hepatocelular (CHC), mais frequente e geralmente associado a doenças hepáticas crônicas, como cirrose e hepatites B ou C; e o colangiocarcinoma, que afeta os ductos biliares e costuma ser menos comum.

Sintomas que merecem atenção Além da dor abdominal, outros sinais podem indicar a presença do câncer de fígado:

Perda de peso sem explicação aparente Cansaço excessivo e fraqueza constante Redução do apetite Inchaço abdominal, muitas vezes causado por acúmulo de líquido (ascite) Icterícia (pele e olhos amarelados) Náuseas e vômitos Urina escura e fezes esbranquiçadasVale lembrar que esses sintomas também podem estar relacionados a outras condições. Por isso, é fundamental procurar um médico ao notar qualquer alteração incomum no organismo. O que pode causar o câncer de fígado? O desenvolvimento do câncer de fígado envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Os principais fatores de risco incluem:

Hepatite B ou C crônica Cirrose hepática (de qualquer origem) Consumo abusivo de álcool Doença hepática gordurosa não alcoólica (EHNA) Diabetes tipo 2 Obesidade Exposição a aflatoxinas (toxinas de fungos presentes em grãos contaminados) Histórico familiar da doençaA prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais. Exames de imagem e acompanhamento médico regular em pacientes de risco aumentam as chances de sucesso no tratamento.

Consumo de bebida alcoólica eleva risco de câncer de fígado Estudos recentes apontam que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta significativamente o risco de câncer de fígado. Especialistas alertam sobre os danos cumulativos do álcool ao órgão, reforçando a importância de hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular para prevenção da doença.

Catraca Livre

Foto: © iStock/magicmine

O diabetes é uma condição que pode se desenvolver sem alarde. Muitas pessoas convivem com níveis elevados de açúcar no sangue por anos sem perceber. A hiperglicemia — termo técnico para excesso de glicose na corrente sanguínea — muitas vezes não apresenta sintomas imediatos, tornando os exames laboratoriais e a atenção aos sinais do corpo essenciais para a prevenção e o diagnóstico precoce.

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Sinais de alerta: como o corpo pede socorro Embora os sintomas iniciais possam passar despercebidos, alguns sinais merecem atenção especial:

Sede excessiva: A desidratação causada pela tentativa do corpo de eliminar o excesso de glicose pela urina pode gerar sede intensa. Micção frequente: Os rins trabalham dobrado para expelir o açúcar excedente, resultando em idas constantes ao banheiro.

Fome constante: A glicose não é absorvida corretamente, o que gera fome mesmo após as refeições.Outros sintomas de diabetes incluem visão embaçada, cansaço extremo, perda de peso sem causa aparente e dificuldade na cicatrização de feridas. Quem tem histórico familiar, obesidade ou outros fatores de risco deve ficar atento.

Prevenção começa com conhecimento Diagnosticar o diabetes a tempo pode evitar complicações sérias, como doenças cardíacas, renais e até amputações. Por isso, é fundamental realizar exames periódicos — especialmente para quem está no grupo de risco — e adotar hábitos que favorecem o controle da glicemia:

Alimentação balanceada: Consuma alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes e grãos integrais. Evite açúcar refinado e ultraprocessados. Prática de exercícios físicos: Caminhadas, yoga ou natação aumentam a sensibilidade do corpo à insulina. Controle de carboidratos: Monitorar a ingestão de carboidratos ajuda a evitar picos de açúcar no sangue. Boa hidratação: A ingestão adequada de água auxilia os rins a eliminarem o excesso de glicose.

Um desafio crescente no Brasil O número de pessoas com diabetes no Brasil continua a subir. Em 2020, eram 13 milhões de brasileiros com a doença, representando 6,9% da população. A previsão para 2025 já indicava 17,6 milhões de casos — e a tendência é que esse número seja ainda maior atualmente.

Diabetes Tipo 2: três fatores de risco em destaque A má alimentação, o sedentarismo e o excesso de peso são os três principais fatores de risco para o diabetes tipo 2, segundo especialistas. A prevenção exige mudanças no estilo de vida, com foco em alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e controle do índice de massa corporal (IMC). Clique aqui para saber mais.

Catraca Livre

Foto: © Igor Alecsander/istock

Um estudo inédito conduzido por cientistas da Universidade de Copenhague (Dinamarca) mostrou que nem todas as calorias são iguais. Homens jovens que seguiram uma dieta rica em alimentos ultraprocessados ganharam mais gordura corporal e tiveram alterações hormonais, mesmo quando ingeriam a mesma quantidade de calorias que em uma dieta à base de alimentos minimamente processados.

Os resultados foram publicados na revista científica Cell Metabolism.

O experimento Os pesquisadores recrutaram 43 homens entre 20 e 35 anos. Cada voluntário passou três semanas em uma dieta de ultraprocessados e outras três em uma dieta com alimentos in natura, com intervalo de três meses entre as fases.

As duas dietas tinham a mesma composição de calorias, proteínas, carboidratos e gorduras. Em parte do grupo, os cientistas acrescentaram 500 calorias extras por dia; na outra, a quantidade foi ajustada ao perfil de cada participante.

Ainda assim, o efeito foi claro: em média, os homens ganharam 1 quilo a mais de gordura corporal na dieta ultraprocessada em comparação com a natural. Além disso, indicadores de saúde cardiovascular também pioraram.

Substâncias químicas e hormônios Outro achado preocupante foi o aumento do nível do composto cxMINP, um tipo de ftalato (substância usada em plásticos) associado à desregulação hormonal.

Os ftalatos pertencem a um grupo de poluentes chamados disruptores endócrinos, porque conseguem interferir no funcionamento dos hormônios humanos. Esses compostos podem “imitar” ou bloquear a ação hormonal, afetando processos como crescimento, metabolismo e reprodução.

No estudo, os homens que consumiram a dieta ultraprocessada apresentaram níveis significativamente maiores de cxMINP na urina. Esse aumento veio acompanhado de uma queda na testosterona e no hormônio folículo-estimulante (FSH), ambos essenciais para a produção de espermatozoides.

Pesquisas anteriores já relacionaram a exposição a ftalatos à redução da qualidade do sêmen, alterações na fertilidade, maior risco de obesidade e problemas cardiovasculares. A novidade é que agora esse efeito foi demonstrado em um estudo controlado com dieta humana, reforçando que os ultraprocessados podem ser uma via importante de contaminação.

Durante a fase de ultraprocessados, os homens apresentaram queda nos níveis de testosterona e do hormônio folículo-estimulante — ambos essenciais para a produção de espermatozoides.

“Ficamos surpresos com a quantidade de funções do corpo que foram afetadas por esses alimentos, mesmo em homens jovens e saudáveis. As implicações de longo prazo são alarmantes e indicam a necessidade de revisar as diretrizes nutricionais”, afirma Romain Barrès, autor sênior do estudo. Implicações para a saúde De acordo com os pesquisadores, o estudo reforça que os danos dos ultraprocessados não se limitam ao excesso de calorias. O próprio processo industrial de fabricação — que inclui aditivos, embalagens plásticas e transformações químicas — pode ter impacto negativo no organismo.

“Nossos resultados provam que os ultraprocessados prejudicam a saúde metabólica e reprodutiva, mesmo quando não são consumidos em excesso”, diz Jessica Preston, autora principal do trabalho.

G1saude

O uso elevado de adoçantes artificiais pode levar a consequências inesperadas para a saúde cerebral a longo prazo, apontou um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), publicado nesta quarta-feira (3), na Neurology, revista médica da American Academy of Neurology.

adoçante

A pesquisa acompanhou, durante cerca de oito anos, 12.772 adultos em todo o Brasil, com idade média de 52 anos.

Estudos anteriores mostraram a associação do uso de adoçantes artificiais com outras doenças, como doenças cardiovasculares, câncer, diabete e obesidade. Mas este foi o primeiro grande estudo, com mais de 12.000 pessoas, seguidas por mais de oito anos a mostrar a associação com o declínio cognitivo, segundo a autora e professora da disciplina de Geriatria da FMUSP, Dra. Claudia Kimie Suemoto.

Os adoçantes artificiais analisados no estudo são encontrados principalmente em alimentos ultraprocessados, como águas saborizadas, refrigerantes, bebidas energéticas, iogurtes e sobremesas de baixa caloria. Alguns também são utilizados como adoçantes de uso individual. Veja a lista:

Aspartame

Sacarina

Acessulfame-K

Eritritol

Xilitol

Sorbitol

E tagatose

A autora do estudo e professora da disciplina de Geriatria da FMUSP, Dra. Claudia Kimie Suemoto, afirma que adoçantes de baixa ou nenhuma caloria são frequentemente vistos como alternativa saudável ao açúcar, mas os resultados sugerem que alguns deles podem ter efeitos negativos sobre a saúde cerebral:

“Observamos que pessoas que consomem maiores quantidades de adoçantes tendem a apresentar um declínio cognitivo mais rápido, especialmente aquelas com diabetes. É importante destacar, porém, que o estudo não estabelece relação de causa e efeito”, detalhou Suemoto. Foram realizados testes cognitivos no início, meio e no final do estudo, para acompanhar as habilidades de memória, linguagem e raciocínio ao longo do tempo. As avaliações analisaram aspectos como fluência verbal, memória de trabalho, recordação de palavras e velocidade de processamento.

Os participantes que ingeriam maiores quantidades (média de 191 mg/dia) apresentaram um declínio cognitivo 62% mais rápido em memória e habilidades de pensamento em comparação com os que consumiam menos (média de 20mg/dia). Esse efeito corresponde a 1,6 ano de envelhecimento cerebral antecipado. Já o grupo intermediário, que consumiu uma média de 64 mg/dia, apresentou queda 35% mais rápida, o que equivale a 1,3 ano. Veja outros destaques do estudo:

Entre os adoçantes individuais, o consumo de aspartame, sacarina, acessulfame-k, eritritol, sorbitol e xilitol foi associado a declínio mais rápido na cognição geral, especialmente na memória; Para o aspartame, a quantidade analisada é equivalente a uma lata de refrigerante; Não foi encontrada associação entre o consumo de tagatose e o declínio cognitivo. Resultados por idade Pessoas com menos de 60 anos que consumiram as maiores quantidades de adoçantes apresentaram declínios mais rápidos na fluência verbal e na cognição geral, em comparação com aquelas que consumiram menores quantidades.

O diabetes foi apontado como um fator associado a um declínio mais rápido entre os participantes que consumiam maiores quantidades de adoçantes.

Suemoto destaca que as pessoas com diabetes tendem a usar adoçantes artificiais com mais frequência como substitutos do açúcar. Ela afirma que são necessárias mais pesquisas para confirmar os resultados e avaliar se outras alternativas ao açúcar, como purê de maçã, mel, xarope de bordo ou açúcar de coco, podem ser opções eficazes.

Embora o estudo tenha encontrado ligações, ele não prova que os adoçantes causam declínio cognitivo.

O estudo utilizou como base os dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um levantamento multicêntrico que acompanha a saúde de servidores públicos de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

G1 saude

Foto: Adobe Stock