O Atlético-MG vive uma crise nos bastidores, principalmente pela fase ecônomica que o Clube vem passando, além, é claro, dos maus resultados em campo. O último deles foi a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, no tempo normal, e o consequente revés nos pênaltis, dando adeus para a Copa do Brasil, competição importante pela premiação.

Após a partida, a torcida do Atlético-MG atribuiu a maior culpa da derrota ao técnico Eduardo Coudet, que fez a escolha de colocar uma equipe mista em Itaquera. O atacante Hulk, um dos principais jogadores do Galo e líder do elenco, iniciou a partida no banco de reservas. Isso foi o estopim para o protesto realizado nesta quinta-feira (2), na Cidade do Galo.Os torcedores conversaram com o treinador e cobraram a sua saída do Clube.

“Você fez aquela palhaçada lá, fez um tanto de merda (contra o Libertad, na Libertadores), causou aquele negócio tudo. Falou que os jogadores que estavam lá, não prestavam. Saiu da sua boca, não foi da minha. Então, mano, vou te dar uma boa ideia. Chega no Rodrigo Caetano, na diretoria e chega a um acordo. Não sou eu, não. É todo mundo que está aqui. Ele é bem-vindo aqui, rapaziada? Não! A gente respeita você como pessoa, mas como profissional, não. Quero saber da sua pessoa. Quando você saiu daqui, lá para São Paulo (para o jogo contra o Corinthians), a diretoria não passou para você que o clube tá precisando de dinheiro (…) você pode falar o que quiser. A gente tenta entender, mas não tem como”, diz um dos integrantes da organizada ao treinador.

Bola Vip

O atacante Júnior Moraes entrou com uma ação na Justiça do Trabalho solicitando a rescisão de seu contrato com o Corinthians e o pagamento de R$ 3,8 milhões pelo clube. O jogador alega falta de depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e pagamento incorreto de direitos de imagem.

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Inicialmente, Moraes tentou romper o contrato por meio de uma liminar, porém teve seu pedido negado pelo juiz Victor Goes de Araújo Cohim Silva, da 43ª Vara do Trabalho de São Paulo. O magistrado justificou que é necessário garantir o amplo direito de defesa ao Corinthians, portanto, será preciso aguardar o julgamento do mérito da ação.

Além disso, Júnior Moraes também teve seu pedido de tramitação do processo em segredo de justiça negado. No processo, o jogador cobra não apenas a rescisão contratual, mas também o pagamento do 13º salário, férias proporcionais e indenização pela rescisão antecipada do contrato. Inicialmente, Moraes tentou romper o contrato por meio de uma liminar, porém teve seu pedido negado pelo juiz Victor Goes de Araújo Cohim Silva, da 43ª Vara do Trabalho de São Paulo. O magistrado justificou que é necessário garantir o amplo direito de defesa ao Corinthians, portanto, será preciso aguardar o julgamento do mérito da ação.

Desde o dia 12 de maio, quando foi afastado do elenco pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, Júnior Moraes não faz mais parte dos planos do Corinthians. De acordo com informações divulgadas pelo clube, ele vinha treinando em horários diferentes dos demais jogadores no CT Joaquim Grava.

Contratado em 2022, após sair do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em meio ao período de guerra, Júnior Moraes enfrentou problemas físicos e não conseguiu ter uma sequência de jogos pelo Timão. Neste ano, o atacante atuou por apenas 124 minutos em quatro partidas. No total, ele disputou apenas 21 jogos e marcou um único gol.

Futebol interior

Foto: Rodrigo Coca – Ag Corinthians

Pressionado por resposta dentro de campo, Maurício Barbieri deve mexer no Vasco para encarar o Flamengo na próxima rodada do Campeonato Brasileiro. Sem poder contratar, por ora, as possíveis soluções estão dentro do elenco.

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  • Temos buscado manter o que tem de bom e mudar o que deu errado. A gente tem atleta com minutagem baixa, será que podem ser a solução? Podemos mudar a forma de jogar? - indagou Paulo Bracks em entrevista coletiva.

Mudar o que está dando errado é justamente o que Maurício Barbieri deve fazer no clássico. A possível entrada de Carabajal no meio-campo do Vasco é um dos primeiros indícios que os jogadores com baixa minutagem podem solucionar temporariamente os problemas do elenco.

Apesar de competir, o time apresentou vulnerabilidade defensiva e ineficácia no ataque. Com isso, outro problema que deve ser solucionado por Barbieri é o esquema tático. Nas últimas rodadas, o Vasco se mosrtou uma equipe manjada.

Para dar a resposta dentro de campo, há a possibilidade do treinador abandonar o antigo 4-3-3 para o 4-4-2. O meio-campo pode ser formado por Jair, Matías Galarza (Barros), Alex Teixeira e Carabajal.

Além disso, pelas características dos jogadores mais ofensivos, o Vasco pode variar taticamente. No caso, Alex Teixeira avança para a ponta esquerda e o meio-campo volta a ficar com uma trinca. Vasco e Flamengo se enfrentam na próxima segunda-feira. O "Clássico dos Milhões" será às 20h, no Maracanã.

Lance

Foto: Daniel Ramalho/Vasco

O Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0, no Maracanã, e carimbou a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Um resultado que lava a alma, tanto da torcida quanto do elenco, que vinha sendo criticado e sofria com alguns problemas internos. Melhor ao longo dos 180 minutos, o Rubro-Negro confirmou a classificação com mais ímpeto do que técnica, além de um jogo coletivo muito consciente.

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Ao contrário do que se viu na partida de ida, em que o Flamengo marcou no campo de ataque e tentou forçar erros do Fluminense, a equipe de Jorge Sampaoli ficou mais retraída. Tudo fazia parte da nova estratégia de dar a bola para o time de Fernando Diniz e buscar o gol em jogadas rápidas de transição e bolas aéreas. Os dois tentos do Rubro-Negro, inclusive, vieram nesses moldes.

Antes de falar dos gols em si, é momento de exaltar as atuações de alguns atletas que vinham sendo criticados. Apesar de erros bobos no passe, Thiago Maia foi soberano no meio-campo, se entregou e fez grande partida. Pulgar e Gerson completaram a grande noite do setor com atuações coesas na defesa e boas chegadas ao ataque. O camisa 20, inclusive, teve a chance de marcar, mas parou em Fábio.

A defesa, personificada no trio de zagueiros, também foi bem. David Luiz voltou a apresentar bom futebol e conseguiu "parar" o artilheiro Germán Cano, enquanto Jhon Árias foi contido por Léo Pereira e Fabrício Bruno. Mesmo com 72% de posse de bola do Fluminense, o sistema defensivo do Flamengo voltou a não ser vazado, em nove finalizações cedidas.

O jogo desta quinta-feira é realmente um daqueles que contraria a estatística. Mesmo em noite mais defensiva, o Flamengo foi mais efetivo nas finalizações, com cinco arremates ao gol contra dois do rival. Deu a posse de bola ao Fluminense e esperou a hora certa de se lançar ao ataque. Arrascaeta foi decisivo novamente, e Gabigol voltou a marcar em clássicos. Ainda deu tempo de Everton Ribeiro desfilar seu futebol após período afastado por lesão e quase marcar um golaço.

O mais importante, contudo, foi ver a postura dos jogadores do Flamengo. Ao contrário do que aconteceu nas últimas partidas em que o elenco foi criticado de maneira merecida, o Fla-Flu viu um Rubro-Negro aguerrido, disputando cada dividida como se fosse a última. A torcida, sentindo o bom momento, apoiou incondicionalmente e fez linda festa no Maracanã. Ao todo, foram quase 70 mil presentes.

O pós eliminação será de euforia, mas o grande desafio do Flamengo é justamente conseguir manter a consistência apresentada na série contra o Fluminense. Entre a ida e a volta, a equipe de Sampaoli fez jogos muito abaixo da expectativa, empatando com o modesto Ñublense, pela Libertadores, por exemplo. Um triunfo como esse, no entanto, pode ser a virada de chave que o time precisa. O Rubro-Negro volta a campo na segunda-feira para enfrentar o Vasco da Gama, no Maracanã.

Lance

Foto: Armando Paiva / LANCE