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A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Grupo de Pesquisa Canidé, promove o I Seminário de História do Piauí com o tema “História, literatura e identidade nacional”. O evento ocorre nos dias 28 e 29 de maio no Campus de São Raimundo Nonato, reunindo estudantes, pesquisadores e professores.

Coordenado pelo professor Dr. Gustavo Vilhena, o seminário marca uma etapa da atuação do Grupo Canidé, formado por docentes dos campi de Oeiras, Floriano e São Raimundo Nonato. O grupo desenvolve pesquisas voltadas à história do Piauí, com ênfase na produção, sistematização e divulgação de conhecimento científico sobre o estado. Segundo o professor Gustavo Vilhena, o seminário está inserido na proposta do grupo, que alia produção acadêmica à democratização de documentos históricos e à formação discente. “Criamos o Grupo Canidé com o objetivo de reunir pesquisadores da UESPI que atuam com história do Piauí. Uma de nossas metas é tornar a documentação mais acessível, não apenas aos alunos, mas a qualquer pessoa interessada na história do estado”, explica.

O evento abordará temas como a construção da identidade nacional brasileira no século XIX e a contribuição da literatura piauiense oitocentista nesse processo. Autores como Hermínio Castelo Branco, com Lira Sertaneja, e Francisco Gil Castelo Branco, com Ataliba o Vaqueiro, serão discutidos a partir de sua relevância no debate sobre brasilidade e formação do imaginário nacional. “Quando o Brasil inicia seu processo de independência, há um esforço para responder à pergunta: o que nos define como nação? Essa questão está presente tanto no campo político quanto cultural”, contextualiza o coordenador. Ele cita a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) como parte desse movimento de construção de uma memória nacional.

A escolha dos autores piauienses se justifica pelo papel que suas obras desempenharam na elaboração de imagens do sertão, da seca e da cultura popular nordestina. Para o professor Vilhena, esses textos contribuem para a compreensão de aspectos relevantes da identidade brasileira e merecem ser retomados no ambiente acadêmico. Outro objetivo do seminário é estimular o interesse dos estudantes pela história do Piauí e pela literatura regional. “Queremos apresentar esse patrimônio historiográfico aos alunos e despertar o interesse pela pesquisa. Nossa produção depende da renovação das gerações de pesquisadores”, afirma o docente. Além disso, o evento busca incentivar a leitura. “Observamos um certo distanciamento dos alunos em relação à leitura. Por isso, propomos retomar esse contato por meio de autores que tratam de temas relacionados à nossa realidade histórica e cultural”, completa.

O Seminário também está inserido em um contexto mais amplo: a consolidação dos cursos de História da UESPI nos campi do interior do estado. “Hoje temos cursos estruturados, com professores que vêm de diferentes regiões do país. Isso tem ampliado o horizonte das pesquisas e proporcionado um intercâmbio acadêmico significativo”, destaca o professor.

A programação do seminário é composta por quatro encontros presenciais, divididos entre a Sala 04 e a Sala de Conferência do campus, sempre com professores convidados que são referência em suas áreas. A abertura, no dia 29 de maio, será ministrada pelo Prof. Dr. Gustavo Henrique Ramos de Vilhena com o tema “O Segundo Reinado no Brasil e a Construção da Identidade Nacional”.

No segundo encontro, em 5 de junho, a Prof.ª Dra. Maria Regina Santos de Souza abordará “A Guerra do Paraguai e os Batalhões Patrióticos no Brasil”, destacando a participação nordestina nesse conflito. Já no dia 13 de junho, o Prof. Me. Ítalo José de Sousa, do Campus de Oeiras, tratará da “Seca de 1877: a Emergência do Sertão-problema e a Estética da Fome”, dialogando com os impactos sociais e culturais da seca mais devastadora da história nordestina.

Encerrando a programação, no dia 18 de junho, o Prof. Dr. Gustavo Vilhena retorna com a palestra “Imagens de Sertão e Cidade na Literatura Piauiense”. Com certificado de 60 horas, o evento reúne palestrantes de diferentes campi da universidade para aprofundar o debate sobre temas históricos e literários relacionados ao Nordeste e à formação da identidade brasileira.

Uespi

Entre os dias 21 e 23 de maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) realizou a quarta edição do Encontro Nacional do PARFOR, com o tema “Consolidando Conquistas e Renovando o Compromisso com a Equidade na Formação de Professores”. Realizado em Brasília, o evento reuniu 200 participantes de todo o Brasil e celebrou os 16 anos de implantação do Programa. Participaram coordenadores institucionais e representantes de Instituições de Ensino Superior (IES), de secretarias municipais e estaduais de Educação e do Ministério da Educação (MEC), alunos, professores e parceiros que colaboram com o Programa.

Da UFPI, estiveram presentes a Coordenadora Geral de Graduação (PREG/UFPI), Profa. Marli Clementino; o Coordenador de Seleção e Programas Especiais (PREG/UFPI), Prof. Willian Matsumura; a Profa. Glória Ferro, Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI; a Profa. Lucineide Morais, Coordenadora Adjunta do PARFOR EQUIDADE/UFPI; o Coordenador do curso de Educação Escolar Quilombola, Prof. Ariosto Moura; a Profa. Vanessa Guedes, professora formadora do curso de Educação Bilíngue de Surdos/Polo de Pedro II; Islane Sousa, cursista de Educação Bilíngue de Surdos/Polo de Pedro II; Nanildes Xavier, cursista de História/Polo de Miguel Alves; a Profa. Rosinete Oliveira, Secretária de Educação de Miguel Alves, e a Profa. Rita Rodrigues, Secretária de Educação de Baixa Grande e cursista de Educação Especial Inclusiva/Polo de Uruçuí.

"O Encontro Nacional do PARFOR foi uma formação e o congraçamento dos 16 anos de existência do Programa. E no caso da UFPI, que há 15 anos oferta o PARFOR em parceria com o sistema Estadual e Municipal de Educação, também foi um processo de projeção da continuidade dessa política de formação fundamental em nosso país e no Estado do Piauí", afirma a Profa. Marli Clementino.

Segundo o Prof. Willian Matsumura, foi muito gratificante e proveitosa a participação da UFPI no evento. “Nesses eventos que congregam dezenas de instituições de ensino superior do Brasil, sempre aproveitamos para conhecer e dialogar com nossos colegas sobre as atividades realizadas para nos inspirar em desenvolver na UFPI práticas exitosas. Entretanto, a UFPI foi uma das IES mais procuradas e citadas como exemplo de condução do Programa e desenvolvimento das atividades relacionadas ao PARFOR. Este reconhecimento nos mostra a competência e eficiência de toda a equipe do PARFOR/UFPI, coordenada pela Profa. Glória Ferro, que mais uma vez, está de parabéns pelo exemplo de um trabalho com seriedade, transparência e, acima de tudo, muito humanizado".

A Profa. Glória Ferro reitera a importância do evento para ampliar a discussão sobre os desafios e perspectivas do PARFOR no cenário atual. “Em momentos como esse, nós podemos realizar uma melhor avaliação das suas contribuições do Programa para a formação de professores e o impacto na promoção de uma educação interdisciplinar, equânime e inclusiva. É com muita alegria que nós estamos aqui, representando a UFPI, trocando experiências e adquirindo conhecimentos com representantes do Programa de todo o país. Que possamos avançar cada vez mais na construção de uma educação humanizada e transformadora”, destaca.

Para a Profa. Lucineide Morais, o IV Encontro Nacional do PARFOR foi um momento de celebração e uma importante ocasião para avaliar, propor ajustes e planejar novos de rumos para o Programa. “Penso que a diversidade de políticas de formação de professores no Brasil, especialmente para atuar no contexto da educação pública, são fundamentais e cada vez mais necessárias. E nesse particular, destaco a implementação do PARFOR EQUIDADE, dentro do PARFOR tradicional, uma política de formação voltada para atender a segmentos sociais historicamente marginalizados e que, por apresentarem perfis muito específicos, representam desafios ainda maiores. Devido a essas especificidades, questões do PARFOR EQUIDADE foram objeto de discussão em todos os grupos de trabalho. Voltei gratificada pela experiência e pelas contribuições para aprimorar nosso trabalho aqui no PARFOR da UFPI”.

O Prof. Ariosto Moura ressalta que os trabalhos apresentados são indicadores positivos de que o PARFOR está no caminho certo. “Em especial, o PARFOR EQUIDADE, recentemente implantado pela CAPES, demonstra ser um programa sustentável, viável e que trará grandes transformações de acessibilidade e equidade para as populações indígenas, quilombolas, surdas e pessoas com deficiência. Nesse sentido, a Universidade Federal, com a representação significativa, apresentou os trabalhos desenvolvidos no PARFOR EQUIDADE, o que foi muito bem aceito, significativo. Só temos que referendar e agradecer à gestão e à Coordenação Institucional que têm desenvolvido um excelente trabalho na condução desse Programa”.

A Profa. Vanessa Guedes, que orientou o trabalho “Cultura e inclusão em Pedro II – PI: a construção de um sinalário em Libras”, apresentado pela cursista de Educação Bilíngue de Surdos, Islane Sousa, enfatiza que "a vivência em Brasília trouxe não somente o contato com as nuances pertinentes ao PARFOR, mas também sobre toda a educação que busca o melhor em cada aluno. Todas as partilhas foram riquíssimas e me proporcionaram uma perspectiva ampliada de onde estamos e para onde vamos dentro da educação”, avalia.

A cursista Islane Sousa relata que o evento foi uma experiência única na sua trajetória pessoal e profissional. “Primeiramente, gostaria de expressar minha gratidão à equipe do PARFOR/PARFOR EQUIDADE, em nome da Profa. Glória Ferro e do Prof. William Matsumura, pela oportunidade. Como educadora da rede básica do meu município, pude perceber e reconhecer o papel das universidades federais, principalmente por meio de programas como o PARFOR, na transformação de vidas. O compromisso da CAPES com uma educação humanizada, sensibilizadora e práxis transformadora, é algo que precisa ser levado adiante. Todos que fazem parte da equipe estão de parabéns. A Islane que saiu do auditório da CAPES não é a mesma que entrou”.

A Profa. Rita Rodrigues, Secretária de Educação de Baixa Grande e cursista de Educação Especial Inclusiva/Polo de Uruçuí, menciona que o IV Encontro Nacional foi um momento extremamente enriquecedor. “Tive a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, trocar experiências e refletir sobre práticas que contribuem significativamente para minha formação acadêmica e profissional. Saio desse encontro mais motivada e preparada para enfrentar os desafios da educação, levando comigo aprendizados que, sem dúvida, farão diferença na minha atuação”, disse.

Durante o evento, o cursista Nanildes Xavier apresentou a exposição fotográfica “Cotidiano Plural: O Brasil Multicultural Pelas Lentes dos Alunos”, desenvolvida durante a disciplina de Atividades Curriculares de Extensão (ACE), com alunos do 2º ano do Ceti Cecília Lacerda. “Estar ao lado de tantos profissionais dedicados da educação, discutindo o futuro do ensino no Brasil, foi incrível. Pude compreender a grandiosidade do PARFOR e dimensionar o impacto que ele causa na vida de pessoas de realidades tão diversas em todo o país. Tive a honra de expor o trabalho que ajudei a desenvolver e participei de uma oficina, onde sugeri a criação de uma casa de apoio para estudantes da zona rural que precisam ficar na cidade durante o período letivo. Agradeço à Profa. Glória Ferro por acreditar no potencial do nosso trabalho, ao meu grupo incansável, à turma do 2º Ano A do Ceti Cecília Lacerda, ao coordenador do meu curso, Francisco Vilanova, ao professor Francivaldo Pereira, da disciplina de ACE, e à Lorena Damasceno pela oportunidade”.

parfor

A Profa. Rosinete Oliveira, Secretária de Educação de Miguel Alves, afirma que o conhecimento adquirido e as experiências compartilhadas ampliaram a sua visão para compreender a dimensão e a importância do PARFOR. “Isso me impulsiona a trabalhar para melhorar ainda mais o regime de colaboração no meu município e continuar, enquanto for necessário, com essa parceria com a UFPI para manter o PARFOR em Miguel Alves, uma vez que ele é ferramenta fundamental para aperfeiçoar a formação dos nossos professores e impactar nos resultados de aprendizagem dos alunos da nossa rede de ensino. Gratidão à Dra. Glória Ferro, ao Dr. Willian Matsumura e a todos que contribuem para o fortalecimento PARFOR em nossa cidade”.

Ufpi

O programa de extensão Conexões AudioVisuais, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) promove no dia 29 de maio, as 10h, em formato híbrido, a palestra Desinformação, machosfera e a violência contra as mulheres no Brasil. Para debater o tema, foram convidadas a docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Pernambuco – UFPE, Professora Doutora Carolina Dantas, e a jornalista e doutoranda em Comunicação pela UFPE, Mabel Dias.

desinformaçao

Os participantes terão direito a certificado, com frequência de 75% de participação na atividade, e é preciso se inscrever atraves do formulário: : https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeJZWGZXzHX3sWE2yCumX96h-z2d2Yyrx7-1Ods3sssV_POFA/viewform?usp=dialog

A palestra será transmitida pelo canal do Youtube da UESPI Oficial e faz parte do programa de extensão coordenado pela professora Sammara Jericó, do curso de Jornalismo, campus Poeta Torquato Neto.

Uespi