A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e a Comissão de Análise Técnica de Editais da PREX tornam público o 2º Resultado Parcial retificado do Edital PROP/PREX/UESPI 025/2025, referente ao apoio à participação em eventos científicos, de extensão e de capacitação profissional.
Com o objetivo de fomentar ações educativas que desenvolvam a consciência crítica sobre as questões étnico-raciais entre professores, estudantes e comunidade em geral, o Colégio Técnico de Floriano da Universidade Federal do Piauí (CTF/UFPI) desenvolve o Projeto de Extensão “Letramento racial crítico: por uma educação antirracista e justiça social”.
A iniciativa surgiu a partir do Projeto Integrador de Linguagens e Tecnologias do Ensino Médio, realizado no primeiro semestre de 2025, e, devido ao seu crescimento, transformou-se em Projeto de Extensão no segundo semestre do mesmo ano. Os encontros acontecem às segundas-feiras com estudantes do 2º ano do curso Técnico em Agropecuária do CTF.
Durante as atividades, são abordados conceitos teóricos sobre questões raciais, discutidos legados de escritores e intelectuais negros, desenvolvidas práticas pedagógicas e sociais e realizadas rodas de conversa com convidados que compartilham vivências e saberes. Entre os nomes já presentes estão a professora Leiane Leandro, que tratou do tema Infâncias Negras; o pesquisador africano Boás Santos, que ministrou a palestra “Angola em foco”; a cacica Dan, liderança indígena Akroá-Gamella, e a quilombola Leonardha Carvalho, que dialogaram sobre Ancestralidade e Resistência; além do professor Wilson Pereira Gomes de Oliveira, que lançou a cartilha “Consciência negra todo dia”, destacando a importância de incorporar a luta contra o racismo ao cotidiano, e não apenas em datas comemorativas.
Para a coordenadora adjunta do CTF e idealizadora do projeto, professora Danielle Rêgo Monteiro, o letramento racial crítico é essencial para compreender as dinâmicas raciais que estruturam a sociedade brasileira e sustentam desigualdades históricas. “É na educação básica que acessamos a pluralidade e os valores coletivos necessários para viver em sociedade. Nós, professores, estamos aqui não apenas para garantir acesso ao conhecimento científico, mas também para proporcionar experiências que favoreçam o desenvolvimento integral dos estudantes e a construção do pensamento crítico. Esse projeto é de extrema relevância porque contribui para mudanças reais na vida de pessoas que sofrem com as marcas do racismo e suas consequências sociais e psicológicas”, ressalta.
O projeto valoriza as narrativas pessoais dos estudantes e, de forma contínua e integrada ao currículo, busca ser uma ferramenta de transformação social, educativa e cultural.
O estudante Gabriel Farias destaca que a iniciativa possibilita reflexões profundas sobre a sociedade. “Discutir o racismo em sala de aula nos ajuda a reconhecer privilégios, desconstruir preconceitos e agir de forma mais justa. Além disso, o projeto também valoriza a cultura afro da nossa cidade e região, fortalecendo nossas origens. O letramento racial não é só essencial, é vida”, afirma.
Para a aluna Héllida Fonseca, as atividades reforçam o compromisso de combater o racismo diariamente. “Uma palestra que me marcou foi a do professor Wilson Pereira. Ele realizou uma dinâmica em que, a cada situação de desigualdade racial vivida, os participantes perdiam pontos. Ao final, ficou evidente como as pessoas brancas mantiveram pontuações mais altas, mostrando o privilégio racial que usufruem. Foi uma lição prática de empatia e consciência crítica”, relata.
Já a estudante Ravena Oliveira enfatiza que o projeto a fez repensar sua futura atuação profissional. “A fala da liderança indígena sobre os impactos da agropecuária em terras indígenas me fez refletir profundamente sobre como quero atuar na minha profissão. Foi um choque de realidade e uma lição sobre responsabilidade social e respeito às diferenças”, explica.
As ações já ultrapassam os muros da escola. Estudantes realizaram atividades de leitura de obras infantis negras para crianças da Escola Municipal Professor Freire e novas iniciativas estão previstas, como visitas a instituições, diálogos em espaços públicos, um curso de formação de professores e atividades abertas à comunidade.
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através do seu Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI), divulga duas importantes oportunidades para estudantes que desejam ampliar sua formação acadêmica no exterior: o programa de Mestrado na Yenching Academy, na China, e as inscrições para graduação e pós-graduação em universidades francesas, ciclo 2026-2027.
Mestrado na Yenching Academy (China) O programa é oferecido pela Universidade de Pequim, por meio da Yenching Academy, e tem caráter interdisciplinar, com áreas que incluem literatura, cultura, história, filosofia, direito, economia, gestão, política e relações internacionais. Além das disciplinas, o curso contempla aulas obrigatórias de mandarim, viagens de estudo e pesquisas sobre a China e suas relações globais.
Benefícios oferecidos pela bolsa:
Passagens aéreas de ida e volta a Pequim; Auxílio mensal para despesas na China; Apoio para pesquisas de campo; Cobertura da anuidade e seguro saúde; Moradia nos dormitórios da Universidade de Pequim. Inscrições: até 1º de dezembro de 2025. Podem se candidatar graduados em qualquer área ou estudantes que concluam a graduação até agosto de 2026, com comprovado desempenho acadêmico, interesse em estudos interdisciplinares sobre a China e potencial de liderança.
Mais informações: Yenching Academy
Graduação e Pós-Graduação na França (2026-2027) O programa Études en France está com inscrições abertas a partir de 1º de outubro, voltado para brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil interessados em cursar:
Graduação (Licence): 1º, 2º ou 3º ano; Pós-Graduação (Master): 1º ou 2º ano; Arquitetura nas Escolas Nacionais Superiores de Arquitetura; Bachelor Universitaire de Technologie (nível tecnólogo); Réseau Polytech (terceiro ano da graduação ou ciclo preparatório). Prazos de candidatura:
Até 14 de dezembro de 2025: 1º ano da graduação (DAP Blanc) e Arquitetura (DAP Jaune); Até 18 de janeiro de 2026: demais cursos (graduação a partir do 2º ano e mestrado). Após o envio, os dossiês passam por análise e, em seguida, entrevistas presenciais previstas até 6 de março de 2026.
O governador Rafael Fonteles anunciou, nesta sexta-feira (19), no Palácio de Karnak, a publicação, no Diário Oficial do Estado, do edital do concurso público para o preenchimento de 416 vagas na Polícia Civil do Piauí.
Com salários que variam entre R$ 7.210,48 e R$ 20.601,38, o certame terá início em janeiro de 2026.