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Consequência de um hábito cada vez mais frequente, a síndrome do pescoço de texto é provocada pelo uso do celular. A pessoa fica de pé, muito tempo com a cabeça inclinada para frente e digitando no smartphone.


De acordo com o neurocirurgião Adriano Scaff, é como se a cabeça estivesse pesando 27 quilos ou mais, e pressionando vértebras e músculos. Ele explica que o peso aumenta e a pressão nas vértebras e músculos cresce até oito vezes.

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Normalmente, a cabeça pesa em torno de seis quilos, quando estamos na posição ereta, olhando para frente. A partir do momento que a pessoa começa a flexionar a cabeça para frente, o peso aumenta sobre a coluna cervical.

"A maioria das profissões hoje já têm um hábito de colocar a cabeça para baixo. O nosso corpo não foi projetado para ficar o tempo inteiro para baixo. Isso vai gerar uma sobrecarga, um estresse nas articulações do pescoço", alerta o neurocirurgião.

Muito tempo nessa posição pode causar lesões nos nervos, músculos e vertebras, que resultam em inflamações e no desenvolvimento da síndrome. A preocupação maior é com as crianças, pois a cabeça inclinada provoca mais pressão sobre a região do pescoço do que no adulto.

Os sintomas começam leves e temporários. São eles: dor no pescoço, sensação de músculos presos nos ombros, dor crônica na parte superior das costas, desvio do alinhamento da coluna – que pode resultar numa postura dobrada para frente.

Se a postura não for corrigida, pode causar sintomas mais graves. "Não corrigir a postura, a longo prazo, pode gerar uma doença. Essa doença gera inflamações nos tendões, nos músculos, contratura, dor de cabeça, desgaste na coluna sobrecarregada (articulações, vértebras são desgastadas), formigamento. Tudo isso pelo desbalanço mecânico da coluna", completa Scaff.

O neurocirurgião dá dicas para manter a postura correta na hora de utilizar as telas: segure o dispositivo na altura dos olhos, faça pausas de uso e evite usar com apenas uma mão. Faça também alongamentos recorrentes para aliviar a região da cervical.

 

G1

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para "muito alto", o maior possível, o risco mundial da epidemia de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus. Nesta sexta-feira (28), a agência de Saúde da ONU disse que há, além de China, casos registrados da doença em outros 49 países.

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"Nossos epidemiologistas têm monitorado o avanço da doença constantemente", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva. "Agora aumentamos nossa avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do Covid-19 para 'muito alto' em um nível global."
Os especialistas da entidade afirmaram que não declarariam uma pandemia da doença.

"Pandemia é um termo coloquial, nós queremos ir além de termos coloquiais. Sim, nós estamos no nível mais alto de alerta, no nível mais alto de avaliação de risco", afirmou Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da OMS.


Segundo avaliação da entidade, os casos em cada país são vinculados a pequenos grupos. Ghebreyesus disse que a agência de saúde da ONU não vê evidências de que o vírus esteja se espalhando livremente. Segundo a OMS, dos novos casos identificados em todo o mundo, 24 foram exportados da Itália e 97 do Irã.

Contenção x mitigação
Na avaliação da OMS, o vírus ainda está na fase de contenção - em que a transmissão pode ser interrompida. A fase seguinte, a de mitigação dos impactos, é quando fica entendido que não é mais possível evitar a disseminação dele, e se procura investir em tratamento dos doentes ou na oferta de vacinas.
"O aumento contínuo do número de casos de Covid-19 e o número de países afetados nos últimos dias são motivo de preocupação", disse Ghebreyesus. "Nós ainda podemos conter a dispersão do vírus se tomarmos ações robustas e detectar rapidamente o surgimento de novos casos."

"Ambas [as estratégias] são necessárias", avaliou Michael Ryan. "Aceitar que a mitigação é a única opção é aceitar que o vírus não pode ser parado - e nós vimos na China que ele pode ser freado significativamente".
Conforme o balanço mais recente da OMS, a China confirmou 329 casos nas últimas 24 horas. Esse é o menor número de novos casos diários em um mês. Com esses, o país tem, até o momento, 78.959 casos reportados à agência e 2.791 mortes.

Origem do vírus
A epidemiologista Maria van Kerkhove, líder técnica de programas de emergência da OMS, explicou ainda que a origem do coronavírus ainda não é clara, apesar de ele ter sido encontrado em amostras colhidas em um mercado de animais de Wuhan, na China.

"Alguns dos casos iniciais identificados em dezembro tinham mencionado a exposição ao mercado, mas alguns dos casos não tiveram exposição", explicou van Kerkhove.
Além de mercados que comercializam animais, também estão sendo investigadas fazendas onde eles são criados.

"Até onde vimos, não temos evidência do vírus nos animais de Wuhan", disse.
Apesar de estudos iniciais terem apontado o pangolim, um mamífero ameaçado de extinção, como a possível fonte do vírus, ele seria apenas um hospedeiro intermediário, explicou a especialista.

Van Kerkhove também afirmou que a OMS está trabalhando com autoridades de Hong Kong para entender os resultados dos exames que detectaram a presença do novo coronavírus em um cachorro. Os especialistas não sabem, por exemplo, se o cão foi infectado ou se teve contato com o vírus por meio de uma superfície contaminada.

Segunda infecção
A OMS ainda estuda, também, os casos de pessoas que já pegaram o novo vírus e se recuperaram, mas que tiveram de novo o Covid-19. No Japão, uma mulher que já havia se contaminado foi diagnosticada pela segunda vez com a doença.

"Isso precisa de mais estudos", avaliou van Kerkhove. "Ao testar positivo, isso significa que há um vírus viável nessas amostras? Elas [as pessoas] estão espalhando vírus vivos?"

Para a epidemiologista, é necessário acompanhar, por um período de tempo, pacientes que foram infectados e se recuperaram - como na China, por exemplo, onde, segundo o governo, há 36.210 pessoas nessa situação.

"Existem alguns testes sorológicos sendo desenvolvidos, que foram recém-aprovados na China e em outros lugares, e o que cientistas estão fazendo agora é olhar para a resposta de anticorpos em pessoas que já tiveram Covid-19 para ver se elas têm anticorpos neutralizantes", explicou van Kerkhove, mas ressaltou que os dados ainda são "muito preliminares".

 

G1

Foto: OMS

sabaoUma das maneiras mais baratas e eficazes de evitar doenças infectocontagiosas — como a covid-19 (causada pelo coronavírus SARS-CoV2), gripe, resfriado e até diarreias — é pelo o hábito de lavar as mãos com água e sabão frequentemente.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ressaltam que lavar as mãos ajuda a proteger contra uma em cada três doenças que causam diarreias e uma em cada cinco infecções respiratórias.

"Sabão e água são mais eficazes que os desinfetantes para as mãos [álcool gel] na remoção de certos tipos de germes, como Cryptosporidium [protozoários que causam diarreia aquosa], norovírus [vírus que causa gastroenterite aguda, chamada de 'diarreia do viajante'] e Clostridium difficile [bactéria que causa diarreia]", orienta o CDC.

O órgão ainda orienta que as fezes humanas e animais são fontes da maioria dos vírus e bactérias que causam doenças em pessoas.
Germes chegam às pessoas após o uso do banheiro ou troca de fraldas sem a devida higienização posterior das mãos. Manusear carnes ou saladas cruas com quantidades invisíveis de fezes nos dedos é uma fonte rotineira de contaminações.

Um estudo de pesquisadores dos Países Baixos mostrou que apenas 1 g de fezes humanas (equivalente ao peso de um clipe de papel) chega a ter 1 trilhão de germes.

Esses micro-organismos também podem ficar nas mãos após espirro ou tosse. As gotículas ficam em objetos ou no corpo das pessoas. Uma vez levadas à boca, olhos ou nariz, existe o risco de infecção.

Recentemente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que durante a pandemia de H1N1, em 2009, as campanhas para que as pessoas lavassem mais as mãos e utilizassem álcool gel resultaram também na redução de casos de diarreia nas emergências de hospitais.

O CDC ainda ressalta que a lavagem das mãos em comunidades:

• Reduz o número de pessoas que ficam doentes com diarreia de 23% a 40%.
• Reduz a doença diarreica em pessoas com sistema imunológico enfraquecido em 58%.
• Reduz as doenças respiratórias, como resfriados, na população em geral de 16% a 21%.
• Reduz as faltas escolares de crianças e adolescentes entre 29% e 57% por doença gastrointestinal.
O álcool gel é apontado pelas autoridades sanitárias do Brasil e dos EUA como alternativa à lavagem das mãos, apenas para momentos em que não houver água e sabonete.

O CDC destaca que o álcool gel pode não funcionar quando as mãos estão muito sujas ou oleosas.

Além disso, o álcool puro não se mostra tão eficaz como antibacteriano. Por isso, recomenda-se uma solução que contenha entre 60% e 95% de álcool, a que é normalmente vendida nas farmácias e supermercados.

"A maioria dos antissépticos para as mãos à base de álcool contém isopropanol, etanol, n-propanol ou uma combinação de dois desses produtos. A atividade antimicrobiana dos álcoois pode ser atribuída à sua capacidade de desnaturar e coagular proteínas. As células do micro organismo são então lisadas e seu metabolismo celular é interrompido", destaca um artigo científico assinado por um pesquisador da Universidade de Hackensack, nos Estados Unidos.

O estudo ainda ressalta que ficou comprovado que o álcool gel é capaz de inativar coronavírus como o SARS-CoV e o MERS-CoV, da mesma família do vírus que provoca a epidemia atual.

Para aplicar o álcool gel, coloque uma quantidade equivalente a uma colher de chá na palma de uma das mãos e esfregue as duas, embaixo e em cima, incluindo os dedos e pulsos; aguarde secar.

 

R7

Foto: Freepik

coronavirO Brasil tem o primeiro caso de coronavírus confirmado. De acordo com o Jornal da Record, a contraprova de um paciente que esteve na Itália deu positivo depois de teste feito no Instituto Adolfo Lutz.

O Hospital Israelita Albert Einstein registrou a notificação nesta terça-feira (25) e no atendimento, adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas, coletou amostras e realizou testes para vírus respiratórios comuns e o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova.


Trata-se de um homem de 61 anos, residente em São Paulo. Traz o histórico de viagem para a Itália, na região da Lombardia (norte do país), a trabalho, sozinho, no período de 9 a 21 de fevereiro. Iniciou com sinais e sintomas (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza) compatíveis com a suspeita de doença pelo coronavírus. O paciente está bem, com sinais brandos e recebeu as orientações de precaução padrão.

Pessoas que tiveram contato

As secretarias de Saúde municipal e estadual de São Paulo começaram a identificar as pessoas que tiveram contato com o paciente investigado na casa, no hospital e no voo, com apoio da Anvisa junto à companhia aérea. Essas pessoas serão contatadas e deverão fazer exames.

Ao todo o país tem quatro casos investigados, todos em São Paulo. Já foram descartados outras 55 suspeitas.

 

Foto: divulgação