coronavaccO diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta sexta-feira (4) que será feito o pedido para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize o uso emergencial da CoronaVac.

"Vamos fazer o pedido de uso emergencial para que haja agilidade na disponibilização dessa vacina", afirmou durante um debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) Ceará com o tema "Perspectivas para o enfrentamento da covid-19 em 2021".
De acordo com ele, a expectativa é que os resultados do testes de fase 3, que permitem avaliar a eficácia e segurança do imunizante, estejam disponíveis na semana que vem.

Covas explicou ainda que o processo de submissão contínua já foi iniciado junto à Anvisa. O prcedimento simplifica e acelera o registro de vacinas contra a covid-19 no país, pois permite a análise dos dados de estudos com o imunizante por etapas, assim que eles são gerados, e não apenas ao final, quando todas as informações forem reunidas.

"Os dados de fase 1 e 2 já estão em posse da Anvisa", afirmou o diretor do Instituto Butantan.

 

R7

Foto: Wu Hong/EFE/EPA

omssA OMS (Organização Mundial da Saúde) não acredita que haverá quantidades suficientes de vacinas contra o coronavírus nos próximos três a seis meses para prevenir surtos de infecções, disse seu maior especialista em emergências na quarta-feira (2).

"Não teremos vacinação suficiente para evitar um surto de casos em três a seis meses", disse Mike Ryan em um evento de mídia social, pedindo às pessoas que mantenham o distanciamento social e respeitem outras medidas para restringir a disseminação da covid-19.

 

 

 

 

Reuters

Foto: Pierre Albouy/Reuters



O Reino Unido se tornou, nesta quarta-feira, 2, o primeiro país do Ocidente a aprovar o uso de uma vacina contra covid-19. O imunizante da farmacêutica Pfizer e BioNTech já estará disponível para a população na próxima semana, de acordo com as autoridades britânicas.

"O Reino Unido é o primeiro país do mundo a ter uma vacina clinicamente aprovada", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, em uma mensagem no Twitter. Os resultados dos testes massivos da vacina Pfizer/BioNTech mostraram uma eficácia de 95%.

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O sinal verde das autoridades britânicas "é o resultado de meses de testes clínicos rigorosos e análise aprofundada dos dados por especialistas que concluíram que a vacina atendia a padrões estritos de segurança, qualidade e eficácia", disse o porta-voz. do ministério.

"O NHS (sistema nacional de saúde) está pronto para começar a vacinar a partir da próxima semana", disse Hancock. Entre as pessoas prioritárias para receber a vacina estão os idosos, profissionais de saúde e cidadãos considerados grupo de risco.

"A autorização (...) no Reino Unido marca um momento histórico na luta contra o covid-19", disse Albert Bourla, presidente da Pzifer. Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que realizará uma reunião extraordinária no dia 29 de dezembro "o mais tardar" para dar a sua aprovação ou não a esta vacina Pzifer e BioNTech.

A autorização foi comemorada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que reafirmou as palavras de Hancock sobre a disponibilização da vacina a partir da próxima semana no Reino Unido. "A vacina começará a ser disponibilizada em todo o Reino Unido a partir da próxima semana. É a proteção das vacinas que nos permitirá, em última análise, recuperar nossas vidas e fazer a economia andar novamente", escreveu.

 

Por estadão

vacincoviddO secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou nesta terça-feira (1) que o ideal seria contar com uma vacina contra a covid-19 que, além de alta eficácia e baixo custo de produção, possa ser ministrada em dose única e ser transportada e armazenada em temperaturas entre 2 e 8 ºC

Segundo ele, o desejo é que "idealmente ela (a vacina) seja feita de dose única", ainda que reconheça que "talvez isso não seja possível".

"Mas que ela seja fundamentalmente termoestável por longos períodos em temperaturas de 2 a 8 graus", afirmou ele.

Medeiros explicou que essa característica é ideal porque a rede de frios do país conta com uma estrutura que oferece essa faixa de temperatura.

A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou que a vacina que vem desenvolvendo tem alta eficácia, baixo custo de fabricação e a facilidade de ser transportada e armazenada em temperaturas normais de geladeira. A da Pfizer, por outro lado, que mantém negociações com o governo brasileiro, precisa ser transportada e armazenada a -70 ºC.

A chinesa CoronaVac, por sua vez, pode ser armazenada em temperatura de geladeira de 2 a 8 ºC e pode permanecer estável por até três anos.

Medeiros adiantou ainda que a câmara técnica coordenada pelo Ministério da Saúde, formada por uma série de representantes da comunidade científica e médica, deve apresentar nesta tarde o resultado de estudos e levantamento de dados em torno de eixos principais. Essas informações serão utilizadas pela pasta para a construção do plano de operacionalização da imunização contra o coronavírus.

"Portanto, o que queremos de uma vacina? Qual o perfil da vacina desejado? Que ela confira proteção contra a doença grave e moderada, que ela tenha elevada eficácia, que ela tenha segurança, que ela seja capaz de fazer uma indução da memória imunológica", disse, acrescentando que busca-se também, que ela tenha possibilidade de uso em diversas faixas etárias e grupos populacionais.

Sobre o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19, o secretário lembrou que ele só estará definitivamente pronto a partir do registro de vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Hoje à tarde, às 14h, esses especialistas (da câmara técnica) vão se reunir para apresentar os seus estudos, o trabalho prévio que foi produzido, para que ao final do dia de hoje, a partir de hoje nós tenhamos um consolidado de todos os estudos dos diversos eixos para que, a partir daí, nós possamos ter o esboço, o plano propriamente dito, a construção final do plano propriamente dito", disse.

Ele afirmou ainda que deverão ser levados em conta na definição do plano dados epidemiológicos, os grupos prioritários, como os idosos, além daqueles mais expostos ao vírus, como profissionais de saúde.

 

Reuters

Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters