polioA Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e multivacinação foi prorrogada até dia 30 de novembro por causa da baixa cobertura vacinal no Estado do Piauí. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o objetivo da campanha é imunizar a população alvo e contribuir para a redução do risco de reintrodução do poliovírus selvagem, mantendo o país livre da doença.

 

A meta do Estado é vacinar 198 mil 921 crianças a partir de 12 meses e menores de cinco anos de idade. Até agora, só atingiu 55,04% desta meta, índice bem abaixo do estipulado pelo Ministério da Saúde. Em relação à multivacinação, a meta é atualizar a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade e também atualizar a situação vacinal da população da faixa etária de 20 a 49 anos.

 

Todas as crianças de um a menores de cinco anos devem receber a gotinha da Vacina Oral Poliomielite (VOP), inclusive as que estejam com a carteira de vacinação em dia. A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia.

 

Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A vacinação é a única forma de prevenção. A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão, com registro de 12 casos. Nenhum confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.

 

Sesapi

Foto: divulgação

linhagemQuatro linhagens do novo coronavírus que ainda não tinham sido identificadas no Brasil foram descobertas em um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia a partir da análise de amostras coletadas no Amazonas. Com isso, sobe para 30 o número de linhagens encontradas no país.

A investigação, realizada por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD) e divulgada nesta segunda-feira (16), encontrou, até agora, oito linhagens do coronavírus circulando no Amazonas, o que sugere que o vírus entrou ao menos oito vezes no Estado.


"As quatro novas linhagens identificadas são a B.1.107; B.1.111; B.1.1.2; e B.1.35 que circularam na Dinamarca, Colômbia, Reino Unido e País de Gales, respectivamente", afirma o Instituto.

Desde o registro do primeiro caso de covid-19 no Amazonas, em março, os cientistas já sequenciaram 79 genomas do vírus que causa a covid-19 a partir de amostras colhidas em 18 municípios do estado: Manaus, Anori, Autazes, Careiro, Iranduba, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Parintins, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, e Tabatinga.

De acordo com o pesquisador Felipe Nevaca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do ILMD e coordanador do estudo, a variabilidade de linhagens identificadas mostra que "foram diversas as entradas do vírus no estado, mesmo em um período onde, teoricamente, havia menor circulação de pessoas”.

Ele destaca a importância do sequenciamento genético do coronavírus para atualizar os protocolos de diagnóstico da infecção, o que garante resultados mais precisos e menos erros.

“Os dados do sequenciamento nos ajudam também a verificar se há a necessidade de ajustes nos protocolos de diagnóstico, por exemplo, se aqui o vírus acumulou alguma mutação que leve a um resultado falso-negativo", explica.

"Os protocolos em uso hoje foram desenvolvidos em outros países, como China, Estados Unidos e Alemanha, levando em consideração o que se sabia da variabilidade viral naquele momento”, acrescenta.

 

R7

Foto: Freepik

enxaguanteOs resultados preliminares de um estudo feito pela Universidade de Cardiff, no Reino Unido, indicam que enxaguantes bucais destroem o coronavírus em 30 segundos. Os testes foram feitos em laboratório e imitavam as condições das cavidades nasais e orais de uma pessoa.
Com esse resultado, os pesquisadores do estudo, que ainda não foi publicado em uma revista médica, sugerem que o produto é capaz de inativar o vírus presente na saliva.

Vale dizer, no entanto, que o enxaguante não é capaz de eliminar o Sars-CoV-2 do corpo, muito menos atuar como cura da infecção.
Com esse resultado, os pesquisadores do estudo, que ainda não foi publicado em uma revista médica, sugerem que o produto é capaz de inativar o vírus presente na saliva.

Vale dizer, no entanto, que o enxaguante não é capaz de eliminar o Sars-CoV-2 do corpo, muito menos atuar como cura da infecção.

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Embora este estudo em laboratório seja positivo, os pesquisadores dizem que agora é necessária uma investigação clínica com voluntários, que será realizada no University Hospital of Wales nos próximos meses.

Se os resultados se confirmarem no ensaio clínico, os especialistas acreditam que o produto poderá ser mais um importante aliado contra o vírus, assim como o uso correto da máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.

Testes com os enxaguantes
No início deste ano, a equipe de cientistas da Universidade de Cardiff pediu uma pesquisa urgente para saber se os enxaguantes bucais teriam eficácia na redução da disseminação do coronavírus.

Eles acreditavam que o produto tivesse o potencial de destruir a camada mais externa ou ‘envelope’ do vírus, evitando que ele se replique na boca e garganta nos estágios iniciais de uma infecção.

Foram esses mesmos pesquisadores que concluíram os testes em laboratório. Eles utilizaram inúmeras marcas disponíveis no mercado e observaram que os que funcionaram eram aqueles que continham 0,07 por cento de cloreto de cetilpiridínio (CPC), um composto químico comum nesse tipo de produto e em cremes dentais.

 

Catraca Livre

Foto: Jae Young Ju/istcok

omsO diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (16) que não é hora de relaxar no combate ao coronavírus, apesar das boas notícias sobre o avanço das vacinas.

Tedros alertou que os casos continuam a subir, principalmente nas Américas e na Europa. "Neste momento, estamos extremamente preocupados com a disparada de casos de Covid-19 em alguns países, particularmente na Europa e nas Américas", disse.

Mais de 54,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo coronavírus em todo o mundo, e 1,3 milhão já morreram, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.


Resultados positivos
Nesta segunda (16), a farmacêutica norte-americana Moderna anunciou que sua candidata a vacina, a mRNA-1273, é 94,5% eficaz na prevenção à doença.

Outras vacinas candidatas também apresentaram dados preliminares de eficácia na última semana: Pfizer/BioNTech e Instituto Gamaleya.

Entretanto, nenhuma análise foi publicada em revista científica ainda.

No dia 9 de novembro, as farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram que sua candidata a vacina, a BNT162b2, que está sendo testada no Brasil, é mais de 90% eficaz na prevenção à doença.

No dia 11 de novembro, a Rússia disse que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, é 92% eficaz, segundo dados preliminares de estudos de fase 3 conduzidos no país.

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, explicou que as análises são interessantes e animadoras, mas ainda é preciso esperar os resultados finais. "Tivemos resultados parciais, precisamos esperar os resultados finais. Esperamos que os ensaios continuem e estamos ansiosos com os resultados das outras vacinas em teste".

 

G1