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ortopedicoProblemas ortopédicos como dores nas costas, tensões musculares, tendinites e torcicolos aumentaram na quarentena, afirma o ortopedista Giancarlo Polesello, presidente da Sociedade Brasileira de Quadril.

“Com certeza o que mais aumentou foi a dor nas costas, mais especificamente na lombar.”

O aumento desses problemas se deve ao sedentarismo, à má postura, à não adequação do ambiente da casa para o trabalho, ao maior tempo de telas, ao estresse e outros problemas psicológicos.


Para ajudar a evitar esses problemas, a prática de exercício físico é essencial. Polesello recomenda no mínimo 30 minutos por dia, durante 5 dias na semana e explica que o exercício é cumulativo.

“Você pode, por exemplo, fazer uma caminhada de 10 minutos pela manhã, subir as escadas a tarde por mais 10 minutos, fazer um alongamento a noite durante 10 minutos. Não precisa ser tudo de uma vez.”

Outra questão apontada pelo ortopedista são os problemas de postura no home-office. “Já existiam problemas de postura nos escritórios, mas se tinha uma preocupação com a ergonomia dos equipamentos. Nossa casa não está preparada para isso, além disso se achou que seriam apenas 15, 20 dias de quarentena, quando estamos quase 6 meses assim.”

O médico recomenda fazer adaptações caseiras para melhorar a postura no período de trabalho, adequando a altura da cadeira, utilizando almofadas para encostar, apoio para os pés e almofadas para o mouse e teclado do computador.

“Uma doença muito comum para quem trabalha muito no computador é a tendinite, uma inflamação dos tendões, por um excesso de movimento sem preparo físico.”

A doença causa dor na região afetada, normalmente pulso, e alteração física funcional, como dificuldade para segurar objetos e para escrever. Outra maneira de evitar o quadro é fazer o fortalecimento muscular da região com orientação de um profissional da área.

Para o tratamento, é recomendada a fisioterapia e o uso de órteses. Polesello alerta que as órteses devem ser utilizadas apenas sob orientação médica.

O ortopedista explica que outro quadro que tem aumentado são as tensões musculares e torcicolos. “A tensão é, na maioria das vezes, por conta do estresse e aí cada pessoa vai sentir em um local diferente, algumas sentem no pescoço, outras na região lombar, outras na cabeça.”

O médico explica que o torcicolo pode ser tratado com medidas caseiras simples, mas que se os sintomas não passarem dentro de dois dias é necessário ir ao médico, pois pode indicar um problema mais sério.

“Pode fazer uma compressa quente, tomar um relaxante muscular e analgésico. A massagem é complicada por que se a pessoa fizer movimentos errados de massagem pode piorar a situação.”

O torcicolo que persiste por mais que dois dias pode ter uma série de causas, como uma hérnia de disco na cervical ou até um tumor na região, que pode estar nos ossos, no músculo, nos ligamentos ou nos vasos sanguíneos.

Polesello explica entre as vértebras da coluna existe uma espécie de almofada chamada de disco intervertebral, composto por uma parte externa fibrosa e mais dura e um núcleo pulposo, mais mole. A hérnia ocorre quando o núcleo escapa ou cria uma deformação na parte externa, pressionando nervos próximos.

Para evitar os torcicolos, o médico recomenda manter o controle do estresse e da ansiedade e o condicionamento físico. “Nos dias de hoje é difícil viver totalmente sem estresse, se você mantém o corpo físico fortificado, dificilmente essas pequenas tensões do dia a dia vão te causar um torcicolo.”

Segundo o ortopedista, algumas pessoas possuem predisposição genética para a hérnia de disco, mas quanto mais fortificados estiverem os músculos, menos sobrecarga os discos vão receber e, portanto, menor a chance da hérnia se desenvolver.

O tratamento da hérnia de disco é feito com fisioterapia e medicação, mas em casos mais graves, em que existe comprometimento da força física e a fisioterapia não é efetiva, é necessário fazer cirurgia.

O problema que mais aumentou durante a quarentena foi a dor na região lombar das costas, segundo Polesello, 80% da população possui esse quadro. As principais causas são a má postura e a falta de condicionamento físico.

“A lombar é a principal área de sobrecarga, ela precisa manter o indivíduo ereto. Se ela não estiver preparada, esse sistema vai cedendo ao longo dos anos.”

Para evitar, é importante corrigir a postura, manter as condições adequadas no trabalho, controlar o peso e praticar atividade física. O médico alerta que existem inúmeras complicações dessa dor e a principal delas é a hérnia de disco na região lombar.

 

R7

Foto: Freepik

Ainda a tarde de ontem, 31 de julho, o vereador Dessim que é  filho do ex-vereador irmão Carlos Antonio, de Floriano, gravou um áudio e enviou ao Ivan Nunes, colaborador do Piauí Notícias, sobre a saúde do seu genitor. 

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 O ex-vereador e iirmão Carlos Antonio passou mal na manhã de ontem, 31, quando passava de carro nas imediações do antigo Terminal de Passageiros, bairro Cancela. O que diz o Dessim.

Da redação

 

 

cancerrEstamos finalizando o Julho Verde, mês de conscientização sobre tumores nas regiões de cabeça e pescoço, que, apesar de serem pouco visados, estão em 5º lugar na lista de incidência entre homens e mulheres. Neste ano, eles devem representar 7,9% dos novos casos de câncer estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Infelizmente, três em cada quatro pacientes são diagnosticados já em estágio avançado, e alguns motivos são determinantes aqui: esses tumores usualmente apresentam crescimento rápido, os sintomas são inespecíficos e, frequentemente, desvalorizados pelos pacientes logo no início, além das limitações da rede básica de atenção à saúde. Sem falar no próprio desconhecimento sobre o câncer nessas áreas do corpo. Dessa maneira, nosso trabalho para alertar a população deve ser constante.

Os tumores mais comuns nessas regiões são os da orofaringe (cavidade oral) e da laringe. Mas é importante ressaltar que a área que chamamos de cabeça e pescoço é composta por várias estruturas diferentes. Algumas delas são facilmente visualizadas, como lábios, gengiva, língua e amígdalas. Outras, nem tanto, a exemplo de laringe, faringe e seios da face – não à toa, precisamos da ajuda de equipamentos para avaliá-las.

Para flagrar o quadro o quanto antes, é crucial ter atenção aos seguintes sintomas: dor ou dificuldade ao engolir, caroços que surgem na região do pescoço, feridas que não cicatrizam ou sensação de irritação constante. Se sentir algo assim e perceber que não há melhora em um intervalo de duas ou três semanas, busque um profissional de saúde o mais rápido possível.

Caminhos para a prevenção
É fundamental termos a noção de que certos hábitos no nosso dia a dia aumentam a probabilidade de desenvolvermos algum tipo de doença. Assim, conseguimos fazer a nossa parte quanto à prevenção.

No caso dos tumores de cabeça e pescoço, os fatores de risco mais importantes são o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. Portanto, abandonar o cigarro e evitar o excesso de álcool (especialmente cachaça, uísque, vodca e outros tipos com alto teor alcoólico) são as principais ações para se proteger de tumores dessas regiões.

Agora, é essencial lembrar que todos nós apresentamos um risco basal de termos qualquer doença. Isso significa que, mesmo na ausência dos fatores de risco clássicos, os sintomas mencionados anteriormente precisam ser valorizados e avaliados da mesma maneira.

O diagnóstico e seus desafios atuais
Esse conjunto de tumores pode ser confirmado com o auxílio de exames relativamente simples, incluindo ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética da região de face e pescoço, além de biópsias de lesões superficiais. Tais procedimentos costumam ser suficientes para permitir à equipe médica recomendar os tratamentos necessários.

Uma fonte de preocupação atual é a pandemia do novo coronavírus e o receio da população em manter rotinas de consultas e exames. Em relação aos cânceres de forma geral, incluindo aí os da região de cabeça e pescoço, estima-se que haverá um aumento no número de casos identificados só em estágio mais avançado, diminuindo, portanto, as chances de cura.

O tratamento também deve ser afetado, já que a infraestrutura de saúde teve que ser disponibilizada para o cuidado dos pacientes contaminados pelo coronavírus em situação grave. Tratamentos de radioterapia ou cirurgias tiveram que ser postergados, e ainda não é possível avaliar a dimensão do impacto negativo em decorrência dessas mudanças.

A recomendação dos especialistas é clara: é necessário manter a rotina de exames preventivos e procurar um médico caso haja algum dos sintomas já citados. Basta seguir todos os protocolos de segurança e higiene. Reforço: quanto mais precoce é o diagnóstico, maior a chance de cura do paciente.

As boas notícias
Partindo para o lado positivo: há boas perspectivas tanto em termos de prevenção como de tratamentos. Mais recentemente, começamos a aprender que a infecção pelo HPV (o mesmo vírus causador do câncer do colo uterino) está associada com o aumento da incidência de câncer de orofaringe, por exemplo. Logo, acreditamos que a vacinação contra o HPV, amplamente disponibilizada no nosso país, possa ajudar a reduzir os casos desse tipo de câncer no futuro. Ou seja, é possível, sim, atuar na prevenção da doença.

Já para tratar esse paciente com câncer de cabeça e pescoço, uma das maiores novidades é a imunoterapia. São medicamentos que usam o sistema imunológico do próprio paciente para combater as células tumorais. Essa estratégia tem se mostrado mais efetiva que a quimioterapia convencional para reduzir o tumor e mantê-lo sob controle por mais tempo.

Novidades também surgem no campo da radioterapia, em que as técnicas mais recentes conseguem diminuir a área de irradiação e, com isso, minimizar os efeitos colaterais do tratamento – sem perder a eficácia.

Devemos perseverar e fazer com que o Julho Verde tenha a mesma atenção e visibilidade que campanhas mais antigas, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul. Afinal, só uma sociedade bem informada tem maior capacidade de lutar contra uma doença tão complexa e grave como o câncer, incluindo os da região de cabeça e pescoço.

 

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Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital