• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

anticoncpcionalEm períodos como o Carnaval, em que saímos da rotina e existe maior consumo de bebidas alcoólicas, a chance de esquecer de tomar a pílula aumenta. Por isso, a injeção anticoncepcional pode ser alternativa nesta época.

A ginecologista Ilza Monteiro, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que, apesar de o álcool não inibir o efeito direto da pílula, ele facilita o esquecimento.

Além disso, quadros de vômito até quatro horas após a ingestão da pílula também podem diminuir a eficácia do anticoncepcional.

“Se a pílula for de baixa dosagem, 15 microgramas de etinilestradiol, o ideal é nunca esquecer. Nos casos das pílulas com dosagem entre 20 e 30 microgramas, pode tomar duas no dia seguinte ou assim que lembrar, mas diminui um pouco a eficácia.”

Ela explica que para as mulheres que usam a pílula de forma cíclica, ou seja, fazem uma pausa entre uma cartela e outra, esquecer de tomar no começo da cartela é mais prejudicial do que esquecê-las no fim.

“Tem pacientes que esquecem um dia todos os meses. Não pode ser nessa frequência, isso aumenta o risco de uma gravidez indesejada.”
Para as mulheres que desejam substituir a pílula anticoncepcional pela injeção, Ilza explica que ela pode ser tomada a qualquer momento do mês e ela passa a funcionar imediatamente.


“Ela dura exatamente um mês, então é importante voltar a tomar a pílula assim que o efeito passar, ou você vai ficar desprotegida.”

Caso a mulher não utilize nenhum método contraceptivo, a injeção deve ser tomada no primeiro dia da menstruação. Se for tomada em outro período do ciclo ela recomenda a utilização de camisinha durante 15 dias.

“No Carnaval, a principal recomendação é camisinha. É uma dupla proteção, o anticoncepcional protege contra gravidez, mas você ainda pode pegar uma infecção. E claro, beber com moderação, principalmente nós mulheres, que somos mais vulneráveis.”

Outros fatores que podem cortar o efeito do anticoncepcional são medicações para epilepsia e antirretrovirais para HIV — esses remédios competem com os ativos do anticoncepcional no fígado. Pessoas que fizeram cirurgia bariátrica possuem uma absorção menor no estômago.

Nestes casos, as alternativas são o DIU (dispositivo intrauterino) e implante anticoncepcional. “

O implante não tem mais hormônio, mas possui apenas um tipo e liberação constante, o que faz com que a metabolização seja mais eficaz.”

 

R7

Foto: Freepik

sonoA quantidade de sono por noite pode estar intimamente ligada a lesões em decorrência de esforços físicos. Ao menos é o que constatou um estudo realizado com 7.576 homens e mulheres das forças de operações especiais do Exército americano.

De acordo com o levantamento, os soldados que não dormiram mais que quatro ou cinco horas por noite tiveram duas vezes mais chances de relatar lesões a exemplo de torções a problemas com hérnia de disco no período de doze meses do que aqueles que dormem oito horas ou mais.

“Quantidades adequadas de sono, especialmente entre atletas ativos, não apenas demonstraram melhorar o desempenho físico e a saúde, mas também podem ter um impacto positivo na prevenção de lesões”, disse o co-autor do estudo, Tyson Grier, do Centro de Saúde Pública do Exército.

A maioria dos participantes, cerca de 63%, dormia seis ou sete horas por noite. Cerca de 10% não tiveram mais de quatro horas e apenas 16% tiveram pelo menos oito horas.

Mesmo pequenas diferenças no tempo de sono já apresentam resultados relevantes. Os soldados que dormiam sete horas por noite tinham 24% mais chances de se machucar do que aqueles que repousavam por oito horas ou mais. No caso de quem dormia seis horas, o potencial de acidentes subia para 53% e dobrava aos que só cumpriam cinco horas de sono.

No Exército, dois terços das lesões ocorrem por conta de a treinamento físico ou atividades repetitivas (como ficar por horas no computador), afirmou a equipe do estudo na revista Sleep Health.

“É possível que muito pouco sono leve à diminuição da atenção e atenção, o que torna as pessoas mais propensas a se machucar, disse o Dr. Hohui Wang, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, que não esteve envolvido no estudo.
“Além disso, a perda de sono causa danos às células em vários órgãos”, completou. Recuperar o sono pode ajudar a reverter esse dano celular.

 

veja

Foto: Antonio Guillem/iStock

calorAs ondas de calor na menopausa são calores súbitos sentidos no corpo. Elas constituem um sintoma comum em mulheres que atravessam essa fase da vida. Trata-se de uma manifestação desconfortável que, em muitos casos, permanece presente por muitos anos, causando desconforto.

Essas ondas de calor geralmente ocorrem durante a noite. Nesse caso, elas são chamadas de suores noturnos e afetam a qualidade do sono. Um bom número de mulheres sente que esse sintoma afeta significativamente suas vidas diárias.

Segundo várias pesquisas científicas, mulheres negras e hispânicas tendem a sofrer com as ondas de calor durante a menopausa por mais anos, em comparação com as mulheres brancas e asiáticas. Se os calores forem leves, dificilmente irão requerer tratamento. Por outro lado, quando se manifestam severamente, exigem medidas especiais.

Ondas de calor na menopausa
As ondas de calor na menopausa são o principal motivo de consultas médicas durante esta fase. Geralmente, elas começam como um calor repentino que é sentido primeiro no rosto e no peito e depois se espalha por todo o corpo.
Elas geralmente duram entre dois e quatro minutos e surgem a qualquer momento, sem aviso prévio. Algumas mulheres também sofrem de sudorese, calafrios e pequenos tremores no final desses episódios.

Também há mulheres que experimentam palpitações e um forte sentimento de ansiedade durante as ondas de calor na menopausa. Normalmente, elas ocorrem uma ou duas vezes por dia, mas também podem se repetir com frequência, até uma vez a cada hora.

O comum é que essas ondas de calor comecem a aparecer durante a pré-menopausa. Após a menopausa em si, elas geralmente permanecem por uma média de cinco a sete anos, embora sua intensidade diminua com o tempo. Algumas mulheres sofrem por 10 anos.

Descubra também: A encruzilhada física e emocional da menopausa

Causas das ondas de calor na menopausa
A ciência não sabe o motivo exato pelo qual as ondas de calor ocorrem na menopausa. No entanto, acredita-se que se devam às súbitas variações hormonais que ocorrem durante esse estágio. Aparentemente, a diminuição do nível de estrogênio faz com que o sistema vasomotor do cérebro se comporte de maneira diferente. Isso afeta a temperatura do corpo.

Também foi estabelecido que o estresse emocional afeta a intensidade e a frequência das ondas de calor. Da mesma forma, refeições exageradas, ingestão de álcool e tabagismo exercem uma forte influência sobre esses episódios.

Estima-se que 80% das mulheres terão ondas de calor na menopausa. No entanto, apenas uma em cada quatro os sofrerá intensa e frequentemente. Para as outras, no entanto, este será um sintoma que passará despercebido ou que poderá ser gerenciado com o uso de um simples ventilador.

Como lidar com as ondas de calor?
O tratamento médico para a administração das ondas de calor na menopausa é feito basicamente com medicamentos. Em alguns casos, é receitada uma terapia hormonal que consiste na ingestão de estrogênio.


No entanto, esse tipo de tratamento possui vários riscos, por isso a situação deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico. Não é recomendado que a terapia de reposição hormonal exceda dois anos.

Em outros casos, é aconselhável usar medicamentos antidepressivos em doses baixas. A terapia antidepressiva não é tão eficaz no controle das ondas de calor severas quanto a terapia hormonal. Ela também gera vários efeitos colaterais, como tontura, náusea, boca seca, ganho de peso e diminuição do desejo sexual .

Em certos casos, anticonvulsivantes também podem ser prescritos para aliviar os sintomas em algumas mulheres. Recentemente, um procedimento chamado “bloqueio do gânglio estrelado” está sendo usado para os casos mais graves. Consiste na aplicação de anestesia em vários nervos do pescoço. Sua eficácia é promissora, mas não comprovada.


Informações adicionais
Por fim, as ondas de calor na menopausa não devem necessariamente ser tratadas farmacologicamente. Na maioria dos casos, algumas medidas caseiras são suficientes. Apenas muito raramente as ondas permanecem mais do que o esperado e requerem um tratamento especializado.

O mais aconselhável é manter uma dieta saudável, evitando alimentos condimentados e apimentados. Evite café e álcool, bem como alimentos excessivamente gordurosos. Perder peso é uma medida saudável. Se você fuma, é recomendável abandonar este hábito.

É apropriado usar roupas leves, feitas de fibras naturais, e manter os ambientes bem ventilados. Muitos profissionais recomendam a prática regular de exercícios de relaxamento, como ioga ou tai chi, pois o estresse é um fator que aumenta as ondas de calor.

 

melhorcomsaude

 

remedioRecorrer a medicamentos sem receita é algo rotineiro para sete em cada dez brasileiros acima de 18 anos. A constatação é de uma pesquisa da plataforma Consulta Remédios, com 5.131 participantes.

Um terço dos entrevistados afirmou usar remédios por conta própria sempre que julgam necessário.

Os principais remédios usados são analgésicos (33%), relaxantes musculares (20%) e anti-inflamatórios (16%). Todos esses são vendidos sem receita.

O CEO da Consulta Remédios, Paulo Vion, conta que o percentual de brasileiros que admite se automedicar (73%) chamou atenção.

"Normalmente, os brasileiros têm vergonha de dizer que se automedicam. O fato de estarem mais confiantes em dizer o que realmente acontece é um reflexo de mais maturidade da população."

Além de ser algo cultural entre os brasileiros, a automedicação também tem outros componentes, incluindo dificuldades no acesso ao sistema de saúde.


Vion acrescenta que 68% das pessoas têm por hábito buscar sintomas de doenças no Google.

"Ele descobre o que ele possa ter. Deveria ir ao médico, mas pula essa fase e vai direto à compra."

"Todo medicamento tem risco, por mais inofensivo que possa parecer", adverte o toxicologista e patologista clínico Álvaro Pulchinelli, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Analgésicos, se tomados em excesso, podem causar problemas no fígado. Já os anti-inflamatórios podem desencadear desde irritação gástrica até alteração na função dos rins, de acordo com o médico.
Outro problema é a interação, tanto entre medicamentos quanto entre alimentos e álcool.

"Medicamentos anticonvulsivantes associados com um fitoterápico chamado erva de São João podem sofrer alterações, porque modifica o metabolismo. Vitamina C pode alterar o efeito de medicamentos contra arritmia. Alguns xaropes contêm açúcar na fórmula; diabéticos devem usar com muita precaução. Outros xaropes são vasoconstritores; em alguém mais sensível, podem aumentar a pressão arterial", exemplifica o toxicologista.

Fazer uso de determinados remédios também requer orientação médica sobre a alimentação.

"Remédios para tireoide devem ser tomados em jejum, porque o alimento impede a absorção deles. Alguns antibióticos, tetraciclinas, não podem ser tomados com substâncias lácteas."
Mas o grande vilão tende a ser o álcool, especialmente quando misturado com benzodiazepínicos (medicamentos de tarja preta, conhecidos popularmente como calmantes).

"Se a pessoa ingere calmante e bebe, ele potencializa o efeito do álcool. Ou seja, a pessoa vai ficar muito embriagada. Os dois atuam no sistema nervoso central."

Pulchinelli ressalta que buscar informações na internet é uma prática comum e que muitas vezes é esclarecedora. Mas é preciso ficar atento às fontes dessas informações. "A informação nem sempre é de qualidade ou confiável."

Um autodiagnóstico errado ou negligenciado pode colocar a pessoa em risco. "Confundir um infarto com dor de estômago é muito comum", diz.

Todos os fabricantes de medicamentos oferecem um serviço chamado de farmacovigilância. Na embalagem ou na bula são disponibilizados números de telefone para que o consumidor relate eventuais efeitos adversos daquela substância.

"É importante avisar o laboratório, porque essas informações são concentradas na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", observa o médico.

 

R7 

Foto: Freepik