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omscovidA OMS (Organização Mundial da Saúde) informou nesta sexta-feira (16) que avaliará anticorpos monoclonais e outros medicamentos antivirais em seu teste de tratamentos com potencial para enfrentar a covid-19, depois que seu estudo revelou que o remdesivir, da Gilead, não teve impacto nas taxas de sobrevivência.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em entrevista coletiva que o teste chamado Solidariedade continuará, depois de ser lançado em março em 500 hospitais em 30 países para avaliar a eficácia do remdesivir e vários outros medicamentos em pacientes com covid-19.

 

O remdesivir foi um dos remédios utilizados para tratar o presidente norte-americano, Donald Trump, após sua infecção pelo coronavírus e seu uso demonstrou, em estudos anteriores, ter reduzido o tempo de recuperação, embora a União Europeia esteja investigando uma possível lesão renal.

O estudo da OMS foi conduzido em 11.266 pacientes adultos em mais de 30 países. As evidências foram conclusivas, afirmou a OMS.

A Gilead informou que outros estudos com remdesivir, incluindo 1.062 pacientes que o compararam com um placebo, mostraram que o tratamento reduziu o tempo de recuperação de pacientes com covid-19.

 

"Os dados emergentes [da OMS] parecem inconsistentes, com evidências mais robustas de vários estudos randomizados e controlados publicados em periódicos revisados por pares que validam o benefício clínico do remdesivir", disse Gilead à Reuters.

A farmacêutica acrescentou que "não está claro se alguma descoberta conclusiva pode ser obtida", devido ao que chamou de diferenças na forma como o estudo foi conduzido de um local para outro e entre os pacientes que receberam o medicamento.

 

Reuters

Foto: Christopher Black/OMS/via Reuters

coronaUm supercomputador japonês mostrou que a umidade pode ter um efeito grande na dispersão de partículas de vírus, sublinhando o risco acentuado de contágio de coronavírus em ambientes fechados e secos durante os meses de inverno.

A descoberta leva a crer que o uso de umidificadores pode ajudar a limitar as infecções quando a ventilação com janelas não é possível, de acordo com um estudo divulgado na terça-feira (13) pela gigante de pesquisas Riken e pela Universidade de Kobe.

Os pesquisadores usaram o supercomputador Fugaku para simular a emissão e o fluxo de partículas semelhantes às de vírus de pessoas infectadas em uma variedade de ambientes fechados.

Uma umidade do ar inferior a 30% resultou em mais do que o dobro da quantidade de partículas transmitidas pelo ar quando comparada a níveis de 60% ou mais, mostraram as simulações.

O estudo também indicou que escudos faciais transparentes não são tão eficientes quanto máscaras para evitar a disseminação de aerossóis.Outras descobertas revelaram que frequentadores de restaurantes correm mais risco de pessoas ao lado do que daquelas na mesma mesa, e o número de cantores em corais deveria ser limitado e incluir distanciamento físico.

Entre especialista de saúde, é cada vez maior o consenso de que o vírus da Covid-19 pode se espalhar pelo ar.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) revisou sua diretriz neste mês e disse que o patógeno pode permanecer no ar durante horas.

 

reuters

Foto: Reprodução/NIAID

covidcelularO novo coronavírus pode sobreviver em superfícies como celulares, notas de dinheiro e aço inoxidável por até 28 dias, de acordo com um estudo publicado no periódico científico Virology Journal. O período é muito mais longo do que se pensava anteriormente e reforça a necessidade de desinfetar superfícies e lavar as mãos constantemente.


Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Centro Australiano de Preparação para Doenças (ACDP, na sigla em inglês) realizaram experimentos com o SARS-CoV-2 em ambiente controlado. Como estudos anteriores mostraram que a luz ultravioleta pode reduzir a sobrevivência do vírus, os testes foram realizados no escuro.


Os resultados mostraram que a uma temperatura ambiente de 20ºC, o SARS-CoV-2 permanece ativo por 28 dias em superfícies lisas, como telas de celulares e notas de dinheiro. Já o vírus da gripe, por exemplo, pode sobreviver apenas 17 dias nas mesmas circunstâncias.

Conforme a temperatura aumenta, seu tempo de sobrevivência diminui. A 30º C, a taxa de sobrevivência caiu para sete dias e a 40º C, o vírus sobreviveu apenas 24 horas. Ele também sobreviveu menos tempo em superfícies porosas, como o algodão.

Os pesquisadores ressaltam que o experimento não foi realizado em condições naturais, já que o tempo todo estava escuro, mas alertam que os resultados comprovam a importância de higienizar as mãos e superfícies. Embora a principal foram de transmissão do coronavírus seja por meio do contato direto com gotículas de pessoas doentes e por aerossóis, também é possível contrair a Covid-19 ao tocar em superfícies infectadas.

 

Veja

Foto: Istock