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Etapa antecede testes em humanos para permitir o compartilhamento de um ventilador por até 4 pessoas

ventilador

A ausência de leitos e equipamentos para tratamento de pacientes com Covid-19 tornam a pandemia ainda mais dramática para toda a sociedade. Uma solução para o problema foi criada pelo professor Caio Damasceno, enquanto docente do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Piauí. Ele e os seus orientandos de graduação desenvolveram uma técnica para uso de ventiladores mecânicos por até quatro pacientes simultaneamente. Após passar por testes em pulmões artificiais na Maternidade Evangelina Rosa, o ventilador compartilhado será testado agora em quatro ovinos no Hospital Veterinário Universitário da UFPI. Essa fase antecede os testes em humanos. O ventilador compartilhado já foi testado em dois animais e os resultados foram animadores. “As nossas expectativas são as melhores, porque no piloto já conseguimos ver que o sistema funciona perfeitamente e conseguimos controlar os parâmetros ventilatórios individuais. Como no teste com dois animais obtivemos resultados muito bons, estamos muito confiantes para o teste com quatro animais”, destacou o professor. O teste com quatro animais será feito na próxima sexta-feira, dia 23 de abril de 2021, a partir das 8h. A médica veterinária e professora do Departamento de Biofísica e Fisiologia Waldilleny Ribeiro de Araújo Moura coordena essa fase do projeto que tem como objetivo observar se o sistema de ventilação é adequado para os pacientes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética Animal e atende a todas as especificidades para garantir segurança, conforto e bem-estar aos animais. Segundo a professora, os ovinos possuem a capacidade pulmonar e peso parecidos com os humanos.

Estarão envolvidos nessa etapa os professores dos Centros da Saúde e do Centro de Ciências Agrárias; o professor e coordenador do Biotério do Colégio Técnico de Teresina, Antônio de Sousa Júnior; a diretora do HVU, Taciana Galba da Silva Tenório; os médicos veterinários e preceptores do HVU Erica Emerenciano Albuquerque da anestesiologia e Breno Curty Barbosa da terapia intensiva; e a equipe coordenada pelo professor Caio Damasceno, formada por Matheus Prado, Aylson Leal, Miguel Leocardio, Yasmin Berci e Luan Bezerra.

“Vamos reproduzir o procedimento quando o paciente Covid- 19 necessita ser intubado para iniciar a ventilação invasiva. Será realizada a sedação e indução dos animais para que permitam a intubação, em seguida serão mantidos anestesiados para que seja possível ventilá-los durante 12 horas contínuas. Durante o experimento, serão ajustados os parâmetros ventilatórios individualmente, demonstrando a possibilidade de manter padrões ventilatórios diferentes para suprir a demanda de cada paciente”, informou a professora Waldileny Moura.

Desde o ano passado, os pesquisadores aguardavam o acesso às substâncias que compõem o chamado kit intubação e que permitiriam dar prosseguimento aos testes. Com os resultados positivos nos testes em animais, a professora Waldilleny Moura projeta um cenário com maior capacidade de atendimento aos pacientes com Covid-19. “Se realmente os nossos resultados forem satisfatórios e após a publicação, os estudos vão prosseguir para humanos, o que será excelente, principalmente nos estados que têm um número reduzido de respiradores e que terão a possibilidade de ampliar a quantidade de pacientes com o uso de apenas um respirador”, frisa.

O professor Caio Damasceno destacou que esse é um projeto para situações de urgência e emergência, quando não há mais ventiladores disponíveis, e com a validação dos resultados, o grupo pretende produzir algumas unidades para o caso da situação ficar mais crítica e faltar ventiladores. O professor já está preparando a documentação necessária para o órgão responsável pela aprovação e autorização para distribuição comercial. “Pensamos em, depois de validado, produzir as unidades sob demanda dos gestores hospitalares e conseguir contribuir para a redução nessa crise geral causada por essa pandemia”, finaliza.

O médico veterinário como profissional essencial da área da saúde

O projeto reforça a importância do papel do médico veterinário como profissional da saúde animal e humana, pois, além dessa profissão estar diretamente inserida na luta contra a Covid-19, nas vigilâncias de zoonoses; sanitária; ambiental e epidemiológica; também atua na busca por estratégias terapêuticas como o desenvolvimento do ventilador compartilhado e o desenvolvimento de vacinas e soro hiperimune, por exemplo.

 

Ufpi

voluntarioscoronaJovens voluntários saudáveis serão deliberadamente expostos uma segunda vez ao coronavírus como parte de um estudo britânico para determinar como o sistema imunológico de uma pessoa que se recuperou da covid-19 reage, anunciou a Universidade de Oxford nesta segunda-feira (19).

O estudo, que deve começar este mês, vai expor novamente pessoas com entre 18 e 30 anos que foram infectadas naturalmente com o coronavírus.

Ele usará a cepa original que apareceu na China no final de 2019, mas também está sendo considerada a possibilidade de incluir uma das novas variantes.

O objetivo é determinar qual dose do vírus é necessária para reinfectar uma pessoa e ver como o sistema imunológico responde.

Esses estudos nos quais os pacientes se expõem voluntariamente a um vírus "nos ensinam coisas que outros não podem, porque são rigidamente controlados", explicou a professora de vacinologia Helen McShane, que está liderando a pesquisa.

"Quando infectarmos esses participantes novamente, saberemos exatamente como seu sistema imunológico reagiu à primeira infecção por covid, exatamente quando a segunda infecção ocorreu e exatamente quanto vírus eles receberam", explicou.

De acordo com a professora de Oxford, “as informações obtidas neste trabalho ajudarão a desenhar melhores vacinas e tratamentos, mas também a entender se as pessoas estão protegidas após a covid e por quanto tempo”.

Na primeira fase do estudo, participarão 64 voluntários.

A saúde desses voluntários — que receberão cerca de 5.000 libras (R$ 38,7 mil na cotação atual)— será monitorada cuidadosamente por uma equipe de pesquisadores.

Será administrado um tratamento à base de anticorpos monoclonais, desenvolvidos pelo laboratório norte-americano Regeneron, caso desenvolvam sintomas.

Após serem expostos ao vírus, serão colocados em quarentena por 17 dias e tratados em um hospital até que não representem mais risco de contágio para terceiros.

O estudo terá duração de 12 meses e incluirá oito consultas de acompanhamento após a alta hospitalar.

Os programas de exposição voluntária a vírus têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento de tratamentos para doenças como malária, tuberculose, febre tifoide, cólera e gripe.

R7

Foto: REPRODUÇÃO/NIAID

 Veja essa entrevista com a Polyanne Pires, coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, de Floriano.  O foco é a vacinação que visa combater o novo coronavírus. Em Floriano, milhares de pessoas foram imunizadas.

assa

Os números são os seguintes:  1ª dose 7.167 pessoas foram imunizadas, já na segunda etapa foram 3.789. O total de doses equivale a 10.956 ou 11,93% da população.

Da redação

A situação se complica a cada dia em Floriano, em relação ao casos de COVID-19, pois existentes muitos pacientes internados, outros em atendimento domicilar e muitas pessoas estão infectadas, mas não que estão com o problema, o que preocupa ainda mais as autoridades em saúde.

justino

Numa entrevista ao Piauí Notícias, o Dr. Justino Moreira, diretor técnico do Hospital, voltou a afirmar que o Hospital Tibério Nunes está lotado e que alguns leitos do Hospital Clinicor, que passou a receber pacientes COVID, estão ocupados.

Veja a entrevista

Da redação