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Os laboratórios Pfizer (Estados Unidos) e BioNTech (Alemanha), fabricantes de uma das principais vacinas contra a Covid-19, anunciaram nesta quarta-feira (5) um novo projeto conjunto de vacina de RNA mensageiro (mRNA), contra varicela-zóster, popularmente conhecida como 'herpes zoster'.

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Este acordo inclui a "pesquisa, desenvolvimento e comercialização" da vacina, diz um comunicado conjunto das duas empresas, que especifica que "os ensaios clínicos começariam no segundo semestre de 2022". "Adultos com mais de 50 anos de idade, bem como grupos populacionais considerados vulneráveis, como pacientes com câncer, têm maior risco de serem infectados com zóster. Nosso objetivo é desenvolver uma vacina de mRNA com um perfil de segurança positivo e alta eficácia", explica no comunicado Ugur Sahin, presidente da BioNTech.

A colaboração entre a gigante farmacêutica americana e a alemã especialista em biotecnologia começou em 2018 com um projeto de vacina contra a gripe. Este programa foi substituído em 2020 devido ao aparecimento do novo coronavírus, o que levou os dois laboratórios a desenvolver a primeira vacina de RNA mensageiro aprovada contra a Covid-19 em tempo recorde. A tecnologia de RNA mensageiro ainda não foi aplicada contra outro vírus, mas é considerada muito promissora no combate a muitas doenças.

Vários projetos de vacinas de RNA mensageiro estão atualmente em desenvolvimento, não apenas contra a gripe, mas também para combater o HIV.

A BioNTech, pioneira na pesquisa dessa tecnologia, atua no desenvolvimento de vacinas contra diversas doenças, como tuberculose, malária e alguns tipos de câncer.

A varicela-zóster é uma manifestação da reativação do vírus da varicela, que afeta mais frequentemente adultos com mais de 50 anos de idade.

Após a convalescença por varicela, o vírus permanece latente nas células nervosas do corpo e pode ser reativado por fatores desencadeantes, como estresse ou imunossupressão.

Geralmente é benigna, mas essa infecção localizada pode causar dor. Embora existam atualmente vacinas aprovadas contra herpes zoster, ambos os laboratórios acreditam que uma vacina melhorada, mais eficaz e melhor tolerada pode ser desenvolvida usando a tecnologia de mRNA.

AFP

Foto: Dado Ruvic/ REUTERS

Nesta quarta-feira (29), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou o resultado da pesquisa que revela a efetividade da vacina em pessoas que contraíram covid-19 antes da imunização. No estudo, é mostrado a efetividade contra hospitalizações e mortes.

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O artigo foi publicado no site Medriv, mas ainda necessita ser revisado por outros cientistas. Os especialistas estudaram 22.565 pessoas com idade a partir de 18 anos que testaram positivo para a doença com dois testes PCR e 68 mil pessoas que testaram positivo e em seguida, negativo. A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro e novembro desse ano.Para a Fiocruz, a imunização com as duas doses das vacinas da Pfizer-BioNTech, AstraZeneza, Coronavac ou com a dose única da Janssen reduziu os episódios de casos graves e reinfecções da doença em pessoas que já contraíram a covid-19.

Em relação às pessoas que já contraíram a doença, comprovou-se efetividade de 37,5% para a Coronavac, 35,8% para a Janssem, 53,4% para a AstraZeneca e 63,7% para a Pfizer-BioNTech contra infecções sintomáticas após 14 dias do ciclo vacinal completo. A efetividade contra mortes e hospitalizações foi de 82,2% para a Coronavac, 90,8% para a AstraZeneca, 87,7% para a Pfizer-BioNTech e 59,2% para a Janssen.

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade de duas doses para maximizar a proteção [...], mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves.”, explica o responsável pela pesquisa, Julio Croda.

Foto: Reprodução/ IStock

Os tratamentos com anticorpos monoclonais, até agora recomendados para pacientes com Covid-19 em estado grave ou com risco de internação, se mostram menos eficazes para neutralizar a variante ômicron do coronavírus, advertiu nesta quarta-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Em novo relatório epidemiológico semanal, a OMS afirma que os outros dois tratamentos recomendados pela entidade contra a doença, corticosteróides e antagonistas dos receptores da interleucina-6, continuam sendo eficazes em doentes graves.

A OMS destaca que os dados preliminares em países afetados pela Ômicron, como Reino Unido, África do Sul e Dinamarca, sugerem um risco menor de hospitalização do que com a variante delta.

Os testes de diagnóstico, tanto os de PCR como os de antígeno, não parecem perder eficácia contra a nova variante, reitera a OMS, que nesta ocasião não publicou informações sobre o desempenho das vacinas contra a Ômicron, uma vez que o relatório está mais curto do que nas outras semanas devido ao período natalino. O documento também não oferece estatísticas sobre a porcentagem de casos de Ômicron em amostras de laboratório, que há 15 dias era de apenas 0,1% e na semana anterior já era de 1,6%, embora se espere que aumente rapidamente, considerando que em muitos países a nova cepa já se tornou dominante.

EFE

Foto: THOMAS PETER/REUTERS

A primeira vacina contra a Covid-19 (CoronaVac) é retirada da PNI pelo Ministério da Saúde e deixa incertezas sobre o seu futuro no projeto do Instituto Butantan em parceria com o governador de São Paulo. A CoronaVac, imunizante chinês desenvolvido pela farmacêutica Sinovac BionTech, foi a primeira vacina anti-Covid a chegar ao Brasil, e, atualmente, não está nos planos de vacinação para 2022. Em contrapartida ao cenário otimista no embate ao quadro de pandemia no início de janeiro, ao qual o país celebrou a primeira vacinação da CoronaVac na enfermeira Monica Calazans, o imunizante é cortado da agenda do Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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O Instituto Butantan, há dois meses atrás, armazenou as novas unidades do imunizante, e, desde então, não há mais novas remessas produzidas no Estado. Durante a sexta-feira, o governo brasileiro anunciou a doação de 500 mil doses da Covid-19 para o Paraguai, direcionado ao consórcio Covax Facility.

Os projetos para a CoronaVac sofreram alterações desde o início do ano. O Instituto Butantan em conciliação ao governador de São Paulo, João Dória, pretendia alcançar uma produção independente do imunizante em território nacional, e então deram início a construção de uma fábrica – de 11 mil metros quadrados – em São Paulo, na Zona Oeste. O prazo de entrega da obra estava prevista para setembro de 2021, como informado pelo Instituto, contudo, os atrasos invalidaram a primeira promessa, e, de acordo com a nova previsão do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a obra estará pronta para o segundo semestre de 2022. “Estará apta a funcionar, mas qual vacina produzir é uma questão que neste momento não dá para responder”, disse Dimas.

A obra teve um custo de R$ 200 milhões, fora os equipamentos. E, conforme a finalização da construção, as vacinas somente serão produzidas após a regulamentação. Em seu primeiro desenho, o projeto buscava produzir diversas vacinas, porém, com foco na CoronaVac, com uma estimativa de 100 milhões de doses ao ano. No desenrolar do novo cenário do imunizante no país, nos leva a crer que a probabilidade de produção da CoronaVac, em relação a retirada da vacina da PNI, será inviável.

“Essa fábrica em construção é multipropósito. Entre as vacinas que pode produzir, está a CoronaVac. Ela vem exatamente atender às demandas do Butantan para vários imunizantes, como a vacina da raiva, da hepatite B, da dengue”, disse o diretor do Instituto Butantan.

R7

Foto: Reprodução/Daniel Tavares.