De acordo com as recomendações da OMS, uma pessoa deve completar 300 minutos de atividade física na semana para garantir a saúde - esses minutos incluem atividades como subir escadas e caminhar até a padaria, por exemplo. Também é possível substituir esse tempo por 150 minutos de atividade física intensa, quando não houver contraindicações. Contudo, seja qual for o tipo de exercício praticado, 150 minutos é o suficiente para prevenir a diabetes e tratar o tipo 2 da doença.
"O melhor exercício é o que a pessoa gosta de fazer, porque a gente tem uma chance de adesão no médio e no longo prazo muito maior", explicou o endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Roberto Zagury, em entrevista para o ge / Eu Atleta. Segundo ele, o ideal é o exercício aeróbico, ou seja, aquele que é contínuo, geralmente de longa duração, intensidade de baixa a moderada e que utiliza os grandes grupos musculares; alguns exemplos são caminhar, pedalar, correr e nadar. Contudo, ele afirmou que os treinos de força também ajudam e que ambos os tipos de atividade física devem ser realizados em conjunto. De acordo com estudos, as atividades que envolvem ganho de massa magra, ou seja, de músculos (como musculação, funcional e crossfit) causam maior sensibilização das células à insulina. Já as atividades aeróbicas reduzem o nível de açúcar no sangue.
Apesar disso, é importante prestar atenção também na alimentação: "Pensando em termos de hemoglobina glicada, ou seja, em termos de redução dos níveis de glicose, a dieta de maneira geral funciona melhor, e em termos de peso também. Mas o ideal é que tanto dieta, quanto atividade física façam parte do dia a dia dos pacientes", afirmou Zagury. A atividade física também promove a melhora da circulação sanguínea, o equilíbrio dos níveis de hormônios e o fortalecimento do coração e do sistema imunológico, entre inúmeros outros benefícios físicos e psicológicos.
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Foto Destaque: Teste de glicose. Reprodução/Atitude CRAFT