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seringaO governo do Piauí, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), anunciou, nesta quarta-feira (13), que iniciará, ainda esta semana, a distribuição de mais de duzentas mil seringas e agulhas que serão utilizadas na primeira fase da vacinação contra a Covid-19.

Contudo, ainda não há data para início da imunização, uma reunião para autorização das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está prevista para domingo (17). O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação tem início ainda em janeiro.

A distribuição do equipamento para imunização por parte do governo estadual foi comunicada após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado, em postagem nas redes sociais, que o governo federal suspendeu a compra de seringas “até que os preços voltem à normalidade”.


Na época, o secretário estadual de saúde, Florentino Neto, disse que o estado estava preparado para garantir os insumos e, no anúncio desta quarta, o governo garantiu que a entrega das seringas e agulhas, da primeira etapa, será realizada até o sábado (16).

“A entrega será feita de acordo com as etapas de vacinação, nas dezesseis centrais de frios espalhadas pelo Piauí. Nosso intuito é deixar toda rede pronta para a chegada da vacina”, explicou o superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães.

Garantir celeridade
O objetivo da Sesapi é garantir celeridade no processo de vacinação. Segundo Herlon Guimarães, fazendo a entrega do material agora os municípios já estarão com para começar a imunização assim que a vacina chegar.

“As seringas e agulhadas serão entregues em todos os territórios de saúde e ficará a cargo das Regionais de Saúde a entrega aos municípios. Assim que chegar à rede de frios cada cidade pegará seu lote de acordo com o seu público alvo, algo que já acontece com outras campanhas de vacinação”, disse.

Vacinação

O governo espera que, na primeira fase de imunização, pelo menos 187.085 piauienses sejam imunizados. Estes estão nos grupos de trabalhadores da saúde, pessoas com mais de 80 anos e população entre 75 e 79 anos.

O governador Wellington Dias (PT) acredita que a vacina deve ser autorizada até 20 de janeiro. “Como já tem vacinas no país, contrato de compra e plano nacional de imunização, eu creio que cinco dias após a autorização possamos começar a vacinar em todo o Brasil”, declarou.

O gestor espera que na próxima semana já se tenha uma data definida para o início da vacinação e um cronograma para imunização.

Para ter acesso à vacina o cidadão, que faz parte do público alvo de cada etapa, precisará do seu cartão de vacina e aqueles que não possuem o cartão não precisam se preocupar, basta se apresentar com um documento de identificação nos postos de vacinação e receber seu imunizante.

 

G1 PI

Foto: divulgação  Sesapi

coronavacA eficácia geral da CoronaVac é de 50,38%, informou nesta terça-feira (12) o Instituto Butantan. Isto significa que a vacina foi capaz de prevenir a infecção pelo coronavírus neste percentual entre voluntários imunizados durante os ensaios clínicos de fase 3 realizados no país.

A Anvisa e a OMS (Organização Mundial da Saúde) entendem que vacinas que apresentem eficácia de no mínimo 50% podem ser utilizadas em programas de imunização nesta pandemia diante da urgência em controlar o vírus e a incidência de quadros graves de covid-19.

Esse era um dado cobrado pela comunidade científica desde a semana passada, quando o Butantan divulgou apenas os chamados desfechos secundários, que mostravam uma eficácia de 78% a 100% na prevenção de quadros graves e moderados da doença.

A taxa de eficácia é uma probabilidade, calculada a partir da análise de pessoas que contraíram o coronavírus no grupo que recebeu a vacina em comparação com os que tomaram placebo.

O diretor médico de pesquisas clínicas do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, explicou que o patamar menor do que outras vacinas se deu, em partes, porque os testes no Brasil foram realizados apenas em profissionais da saúde que lidavam diretamente com casos de covid-19.

"Isto não é a vida real exatamente, não é o que acontece na comunidade, o que acontece entre nós. É um teste artificial no qual selecionamentos aquela população em que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta", disse em apresentação nesta tarde.

Segundo Palacios, a expectativa é que a vacina "irá se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários, ou seja, em populações em condições normais".

Os resultados foram obtidos a partir da análise de dados de 9.252 voluntários. Destes, 4.653 tomaram a vacina e outros 4.599 receberam placebo.

No grupo da vacina, ocorreram 85 casos de covid-19 (11,74%). O grupo placebo registrou 167 pessoas com covid-19 (23,64%).

'Não há promessa'
Dos que foram vacinados e tiveram covid-19, 78% deles apresentaram quadros leves. Não houve casos moderados ou graves. Ou seja, a eficácia contra covid-19 severa foi de 100%, embora este número ainda não tenha significância estatística, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas.

"Há uma tendência da vacina a diminuir a intensidade clínica da doença. Não há uma promessa de que ninguém vai morrer [de covid-19] se [for] vacinado, porque nenhuma vacina pode fazer essa promessa", salientou Ricardo Palacios.

O pesquisador acrescentou a importância de continuar a análise dos dados de voluntários nas próximas semanas para estabelecer mais solidez em relação a esses percentuais de 78% e 100%.

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, ressaltou a importância da vacina na prevenção de hospitalizações por covid-19.

"Dados que são extremamente importantes no impacto da nossa saúde pública impedindo que as pessoas adoeçam de forma grave, impedindo que as pessoas internem nas unidades hospitalares e [as] sobrecarreguem — como nós temos visto hoje pessoas desassistidas na maior parte do país por falta de leito. E ao mesmo tempo impedindo que as pessoas deixem de morrer por uma doença como essa."

A CoronaVac será usada, uma vez que seja aprovada pela Anvisa, no plano nacional de imunização contra covid-19, do SUS.

O Ministério da Saúde já se comprometeu com a compra de 46 milhões de doses até abril, além de uma opção de mais 52 milhões posteriormente, caso haja demanda.

O Butantan pediu autorização de uso emergencial da vacina junto à Anvisa para o uso das primeiras 6 milhões de doses. A conclusão dos técnicos deve ocorrer até domingo (17).

 

R7

Foto: Reprodução Twitter Insituto Butantan

 

O boletim do setor COVID do Hospital de Floriano-PI desta sexta-feira, 08, registrou mais 15 pessoas que receberam alta clínica e mais 15 casos de Covid-19.

No Centro de Referência Gripal 160 pessoas foram atendidas 60 testes realizados. No Hospital Tibério Nunes, 04 pacientes estão internados em leitos clínicos e 02 em UTI residente em Floriano, sendo que mais uma pessoa faleceu vitimado pelo novo coronavírus.

Lembre-se: mantenha o distanciamento social e use máscara! #florianocontraocoronavirus #vamosvencer

corona

Da redação

astrazenecaA Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) formalizou nesta sexta-feira (8) o pedido de autorização de uso emergencial da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, após uma semana de reuniões com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O processo, diferente do registro sanitário (mais amplo), tem prazo estipulado pela própria agência para ter um desfecho nos próximos dez dias, desde que não haja pendências.

"Segundo as normas brasileiras, toda vacina com autorização para uso emergencial só poderá ser ministrada a uma população específica e restrita. Para garantir o acesso de toda a população às vacinas a serem produzidas pela Fiocruz, o processo de submissão continuada, junto à Anvisa, para pedido de registro definitivo segue normalmente, com previsão para acontecer até 15 de janeiro", afirmou a Fiocruz nesta sexta-feira (8), por meio de nota.

Como no caso da CoronaVac, que também fez a mesma solicitação hoje, a Anvisa informa que já iniciou a triagem dos documentos apresentados pelo laboratório.

O pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses, que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. Nesta semana, houve um impasse com o governo do país, que teria barrado as exportações do produto para priorizar a demanda interna.
Entretanto, o governo brasileiro afirmou que não há qualquer proibição formal para que isso aconteça.

A Fiocruz depende de importações para que o Ministério da Saúde garanta o início da campanha de vacinação contra a covid-19 no país. A produção nacional só deve começar no segundo semestre, na planta de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.

 

R7

Foto: GARETH FULLER/PA WIRE/POOL VIA REUTERS