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Os tratamentos com anticorpos monoclonais, até agora recomendados para pacientes com Covid-19 em estado grave ou com risco de internação, se mostram menos eficazes para neutralizar a variante ômicron do coronavírus, advertiu nesta quarta-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

omicronanticorpos

Em novo relatório epidemiológico semanal, a OMS afirma que os outros dois tratamentos recomendados pela entidade contra a doença, corticosteróides e antagonistas dos receptores da interleucina-6, continuam sendo eficazes em doentes graves.

A OMS destaca que os dados preliminares em países afetados pela Ômicron, como Reino Unido, África do Sul e Dinamarca, sugerem um risco menor de hospitalização do que com a variante delta.

Os testes de diagnóstico, tanto os de PCR como os de antígeno, não parecem perder eficácia contra a nova variante, reitera a OMS, que nesta ocasião não publicou informações sobre o desempenho das vacinas contra a Ômicron, uma vez que o relatório está mais curto do que nas outras semanas devido ao período natalino. O documento também não oferece estatísticas sobre a porcentagem de casos de Ômicron em amostras de laboratório, que há 15 dias era de apenas 0,1% e na semana anterior já era de 1,6%, embora se espere que aumente rapidamente, considerando que em muitos países a nova cepa já se tornou dominante.

EFE

Foto: THOMAS PETER/REUTERS

A primeira vacina contra a Covid-19 (CoronaVac) é retirada da PNI pelo Ministério da Saúde e deixa incertezas sobre o seu futuro no projeto do Instituto Butantan em parceria com o governador de São Paulo. A CoronaVac, imunizante chinês desenvolvido pela farmacêutica Sinovac BionTech, foi a primeira vacina anti-Covid a chegar ao Brasil, e, atualmente, não está nos planos de vacinação para 2022. Em contrapartida ao cenário otimista no embate ao quadro de pandemia no início de janeiro, ao qual o país celebrou a primeira vacinação da CoronaVac na enfermeira Monica Calazans, o imunizante é cortado da agenda do Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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O Instituto Butantan, há dois meses atrás, armazenou as novas unidades do imunizante, e, desde então, não há mais novas remessas produzidas no Estado. Durante a sexta-feira, o governo brasileiro anunciou a doação de 500 mil doses da Covid-19 para o Paraguai, direcionado ao consórcio Covax Facility.

Os projetos para a CoronaVac sofreram alterações desde o início do ano. O Instituto Butantan em conciliação ao governador de São Paulo, João Dória, pretendia alcançar uma produção independente do imunizante em território nacional, e então deram início a construção de uma fábrica – de 11 mil metros quadrados – em São Paulo, na Zona Oeste. O prazo de entrega da obra estava prevista para setembro de 2021, como informado pelo Instituto, contudo, os atrasos invalidaram a primeira promessa, e, de acordo com a nova previsão do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a obra estará pronta para o segundo semestre de 2022. “Estará apta a funcionar, mas qual vacina produzir é uma questão que neste momento não dá para responder”, disse Dimas.

A obra teve um custo de R$ 200 milhões, fora os equipamentos. E, conforme a finalização da construção, as vacinas somente serão produzidas após a regulamentação. Em seu primeiro desenho, o projeto buscava produzir diversas vacinas, porém, com foco na CoronaVac, com uma estimativa de 100 milhões de doses ao ano. No desenrolar do novo cenário do imunizante no país, nos leva a crer que a probabilidade de produção da CoronaVac, em relação a retirada da vacina da PNI, será inviável.

“Essa fábrica em construção é multipropósito. Entre as vacinas que pode produzir, está a CoronaVac. Ela vem exatamente atender às demandas do Butantan para vários imunizantes, como a vacina da raiva, da hepatite B, da dengue”, disse o diretor do Instituto Butantan.

R7

Foto: Reprodução/Daniel Tavares.

 

O diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou na quinta-feira (23) a doação brasileira de 10 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 para o consórcio Covax Facility. Pelo Twitter, Adhanom afirmou que a medida “irá acelerar o fim da pandemia”.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu ao post de Adhanom e afirmou que somente haverá segurança contra a Covid-19 quando todos estiverem seguros.

 “O Brasil está muito satisfeito em contribuir com a Covax Facility, unindo esforços aos esforços globais de vacinação contra Covid-19. Só estaremos seguros quando estivermos todos seguros”, disse.

A medida foi anunciada na segunda-feira (20) por Queiroga. Na ocasião, o ministro afirmou que além das 10 milhões de doses iniciais, mais 20 milhões de doses podem ser doadas posteriormente, totalizando ao menos 30 milhões de unidades da vacina. A efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência de recebimento do imunizante pelo país beneficiado.

Agência Brasil

Foto: Salvatore Di Nolfi/EFE/EPA

A FDA (agência de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos) autorizou nesta quinta-feira (23) o uso da pílula antiviral do laboratório MSD contra a Covid-19, após dar o sinal verde a um medicamento semelhante da Pfizer ontem.

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O medicamento da MSD, o molnupiravir, desenvolvido com a Ridgeback Biotherapeutics, demonstrou reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 30% em um ensaio clínico com indivíduos de alto risco no início do curso da doença. A agência autorizou o uso do medicamento oral para o tratamento de Covid-19 leve a moderada em adultos com risco de doença grave e para os quais tratamentos alternativos não são acessíveis ou clinicamente apropriados.

O governo dos EUA tem um contrato para comprar até 5 milhões de cursos do medicamento por US$ 700 cada um (R$ 4.000).

O uso do medicamento por pacientes com menos de 18 anos não está aprovado porque o molnupiravir pode afetar o crescimento dos ossos e da cartilagem, disse a FDA em um comunicado.

Reuters

Foto: divulgação/MSD