A diretoria de Imunização de Floriano se reuniu na manhã desta segunda-feira (17), para definir o cronograma da vacinação das crianças de 05 a 11 anos de idade, contra a covid-19. O município recebeu, inicialmente, 340 doses do imunizante da Pfizer.
Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde e da Sesapi, ficou definido que as primeiras crianças a serem imunizadas, nesta faixa etária, serão as que tem alguma deficiência ou comorbidade. A expectativa é que novos lotes sejam enviados ao município nos próximos dias.
O Secretário de Saúde, James Rodrigues, esclarece que a imunização infantil será semelhante às já concluídas, com agendamento junto às unidades de saúde. O agendamento começa nesta quarta-feira (20), e os pais ou responsáveis devem comprovar a deficiência ou comorbidade da criança, apresentando receita ou laudo médico.
“Os próprios agentes de saúde já conhecem o público desta etapa da vacinação, então não vamos ter problemas. O que pedimos é paciência, e mais uma vez, que a população confie em nosso trabalho que é feito com transparência e seriedade. O Ministério da Saúde já sinalizou o desejo de imunizar este grupo o mais rápido possível”, disse James Rodrigues.
A estimativa do Ministério da Saúde é vacinar 331.432 crianças no Piauí. Para vacinar, é necessário que pais ou responsáveis acompanhem as crianças até o local de aplicação. O imunizante para o público infantil é da Pfizer e deve ser aplicado com o intervalo de 8 semanas entre a primeira e segunda doses.
Uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos do que a terceira dose, mas provavelmente não é suficiente para prevenir infecções pela variante Ômicron do coronavírus, de acordo com um estudo preliminar realizado em Israel.
O Centro Médico Sheba em Israel administrou uma segunda dose de reforço em um estudo com sua equipe e está estudando os efeitos da dose da vacina da Pfizer em 154 pessoas após duas semanas, e do reforço com o imunizante da Moderna em 120 pessoas após uma semana, afirmou Gil Regev-Yochai, diretor da Unidade de Doenças Infecciosas.
Esse grupo estão sendo comparados com um grupo de controle que não recebeu a quarta dose. Os voluntários no grupo da Moderna haviam recebido três doses da vacina da Pfizer, afirmou o hospital. A dose adicional levou a um aumento no número de anticorpos "até mesmo um pouco maior do que o que tínhamos após a terceira dose", disse Regev-Yochay.
"Ainda assim, isso provavelmente não é o suficiente para a Ômicron", disse ela a jornalistas. "Sabemos até agora que o nível de anticorpos necessários para proteger e não se infectar com a Ômicron é provavelmente alto demais para a vacina, mesmo se for uma boa vacina."
As descobertas, que segundo o hospital são as primeiras do tipo no mundo, são preliminares e ainda não foram publicadas.
Israel foi o país que avançou mais rápido em sua vacinação inicial contra a Covid-19 há um ano, e começou no mês passado a aplicar uma quarta dose, ou segundo reforço, para os grupos mais vulneráveis e de alto risco.
Em novembro de 2020, foi descrito no New England Journal of Medicine o caso de um portador de doença hematológica autoimune — também do sexo masculino e na faixa dos 40 anos — que albergou o vírus replicante em seu organismo durante 143 dias. E em artigo publicado na Cell, foi relatado o caso de uma mulher com leucemia em cujo organismo o Sars-CoV-2 continuou se replicando por ao menos 70 dias, embora ela não manifestasse mais sintomas de Covid-19.
Ainda assim, o Ministério da Saúde reduziu nesta semana o tempo de isolamento de dez para sete dias no caso de pessoas com sintomas leves a moderados. O período de quarentena pode ser diminuído para cinco dias caso o paciente esteja sem sintomas e faça um novo teste com resultado negativo. No fim de 2021, o Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, reduziu de dez para cinco dias o tempo recomendado de isolamento para assintomáticos, desde que prossigam com o uso de máscara e testem negativo para a doença.
Mutações no hospedeiro No estudo liderado por Minoprio, a diferença de tempo de atividade viral entre mulheres e homens não foi significativa, sendo de 22 dias em média para o primeiro grupo e 33 para o segundo. Dos três casos atípicos, uma mulher permaneceu 71 dias com o vírus detectável, e um homem, 81 dias. Esses pacientes não tinham nenhuma comorbidade e tiveram quadros leves da Covid-19.
O terceiro paciente atípico, do sexo masculino, permaneceu 232 dias com diagnóstico positivo para o vírus, de abril a novembro de 2020, até que três testes de RT-qPCR se revelaram negativos. O homem é portador de HIV, vírus causador da Aids, desde 2018, mas mantém a carga viral indetectável com tratamento.
“A positividade para HIV não quer dizer que ele seja mais suscetível a outras infecções, uma vez que mantém tratamento desde o diagnóstico. Sua capacidade de responder a uma infecção por outro agente é comparável à de qualquer pessoa, tanto que ele respondeu ao coronavírus desde o início da infecção. Não se trata de um indivíduo imunossuprimido [como pessoas em tratamentos de câncer, doenças autoimunes ou transplantados, por exemplo]”, informa Minoprio.
Segundo os pesquisadores, o fato de conviver com o HIV não explica ainda o tempo prolongado de infecção. Seria preciso avaliar muitos outros pacientes que tivessem simultaneamente HIV e Sars-CoV-2 e compará-los com um grupo controle apropriado para entender, por exemplo, se existe alguma característica genética ou imunológica do hospedeiro que estaria ligada à eliminação tardia do vírus.
Além dos testes semanais que detectaram a persistência da infecção, o paciente teve amostras do vírus sequenciadas regularmente. As análises permitiram verificar que não foi um caso de reinfecção. Além disso, mostraram que o vírus seguia não apenas se replicando como sofrendo mutações.
Durante a infecção, foi possível mapear as estratégias do vírus para se livrar do sistema imune. Quando havia mais anticorpos neutralizantes, a carga viral diminuía. O vírus então conseguia driblar as defesas e elevava sua concentração e o ciclo então se repetia, forçando a produção de novos anticorpos e a diminuição dos vírus circulantes.
“É importante observar pacientes como esse porque podemos aprender mais sobre como o coronavírus sofre mutações, inclusive aquelas que podem dar origem a variantes de preocupação”, afirma Cunha.
O paciente do estudo foi infectado com a linhagem B.1.1.28, que entrou no Brasil no começo de 2020. Os pesquisadores não verificaram mutações nos vírus isolados do paciente que os caracterizassem como uma variante mais transmissível ou mais resistente ao sistema imune.
Esses e outros casos seguem sendo investigados pela equipe da Plataforma Científica Pasteur-USP. Os 38 pacientes analisados para esse estudo fazem parte de um banco de amostras de sangue e secreção nasofaríngea coletadas de 721 pessoas que apresentaram sintomas relacionados ao vírus.
“Novos dados vão surgir dessa amostragem e possivelmente teremos explicações mais palpáveis a respeito desses quadros atípicos”, estima Cunha.
“Esses casos são mais uma evidência de que a melhor maneira de controlar o novo coronavírus é usando máscara e evitando aglomerações. Se depois de 14 dias do teste positivo o indivíduo não é testado novamente, ele pode ter ainda vírus ativos e ser capaz de infectar outros, contribuindo para a transmissão comunitária. O acompanhamento de infectados é fundamental para o melhor conhecimento de mutações, novas variantes e da capacidade de transmissão do Sars-CoV-2”, alerta Minoprio.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Instituto Butantan se reúnem nesta quinta-feira (13) para alinhar as últimas pendências em relação ao pedido do uso da CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos. A decisão, no entanto, não será dada no mesmo dia, cabendo à diretoria colegiada deliberar sobre o tema.
Isso porque, diferentemente da Pfizer e da AstraZeneca, a CoronaVac não possui registro definitivo, o que obriga a que a decisão em relação à vacina do Butantan passe pelo crivo dos diretores da agência, sendo aprovada ou não por maioria simples.
Nesta semana, o Butantan apresentou dados de um estudo que avalia a efetividade do imunizante tendo como base a vacinação de crianças no Chile. A Anvisa pediu esclarecimentos adicionais, que devem ser fornecidos na reunião desta quinta. Outra pendência são ajustes em relação ao plano gerencial de riscos.
A reunião é fechada e conta com a participação de representantes das sociedades médicas. O objetivo é discutir "dados e definição de eventuais compromissos, em caso de autorização de uso da vacina".
Caso as respostas sejam satisfatórias, a tendência é de uma deliberação rápida em relação à vacinação pediátrica, cujo pleito já se arrasta desde julho de 2021, quando o Butantan entrou com o primeiro pedido. A documentação foi avaliada e não houve aprovação, por limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento.
Desta vez, a expectativa do governo de São Paulo é pela aprovação. Apesar de o governador João Doria (PSDB) esperar a liberação ainda nesta semana, essa não é a previsão da Anvisa, que ainda precisa se debruçar sobre os dados a serem complementados. O estado tem 15 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 prontas para utilização.