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Cerca de 95% das vezes em que o descolamento de retina causa perda da visão, o quadro pode ser revertido por meio de cirurgia, de acordo com o oftalmologista Carlos Porto. Mas, vale lembrar, com exames preventivos o problema pode ser evitado antes mesmo que a ruptura ocorra na parte interna do olho.

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O descolamento mais comum, chamado de regmatogênico, acontece em grande parte por causa de traumas na região, seja em decorrência de uma pancada, traumas cirúrgicos, seja até mesmo porque a pessoa coçou uma região fragilizada do olho – nesses casos, com o diagnóstico precoce da parte enfraquecida, é possível evitar uma lesão futura. “Se conseguimos detectar em um exame oftalmológico que há uma ruptura ou que há uma área de enfraquecimento da retina, essa área pode ser tratada de uma forma não invasiva, com laser, por exemplo”, afirma Porto. O que causa a perda da visão?

O especialista explica que a retina é uma camada fina que recobre todo o interior do globo ocular, formada por células fotorreceptoras, os neurônios, e essa camada funciona como um papel de parede que tem a função de captar a imagem e transmiti-la ao cérebro por meio do nervo óptico.

“Quando a retina se desprende da parte interna do olho, o descolamento ocorre, causando um tipo de desconexão dessas células nervosas que estão nessa estrutura da retina, como se fosse o papel de parede entre as células, e com a desconexão há a perda da visão”, diz Porto. O oftalmologista destaca que o descolamento pode ser reparado por meio de um procedimento cirúrgico e, apesar da grande taxa de sucesso, a recuperação da visão depende da extensão do descolamento, do local onde ocorreu e de quanto tempo a retina ficou descolada. Como prevenir o descolamento de retina?

O descolamento de retina é mais comum entre pessoas de 50 a 60 anos, mas há algumas condições que podem aumentar o risco, como em pessoas diagnosticadas com miopia, que usam óculos, que já fizeram algum tipo de cirurgia na região – como catarata ou glaucoma –, que já sofreram com o descolamento de retina alguma vez ou tiveram casos na família.

Nessas condições, o acompanhamento médico especializado e a realização de exames de rotina são indispensáveis para detectar possíveis alterações na região. “Essas pessoas têm uma predisposição maior a desenvolver essas áreas de enfraquecimento, que por sua vez podem originar rupturas e consequentemente causar o descolamento de retina”, afirma Porto.

Para quem não se enquadra nessas condições, o oftalmologista explica que uma consulta anual com o especialista para a realização de exames já é suficiente.

“Existem sinais que podem indicar algo que possa levar ao descolamento da retina. Então, caso a pessoa perceba manchas na visão, pontos pretos, nuvens e clarões, é importante procurar imediatamente um atendimento oftalmológico”, alerta o especialista.

R7

Foto: Freepik

Anticorpos gerados após contrair a Covid-19 não evitam que a pessoa seja infectada novamente pela variante Ômicron, disse um pesquisador nesta quinta-feira (2) durante entrevista coletiva do departamento da África da OMS (Organização Mundial da Saúde).

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Na semana passada, pesquisadores sul-africanos anunciaram que haviam detectado uma nova variante do coronavírus. A notícia gerou pânico global. Há muitas incertezas sobre as características da Ômicron, sua capacidade de propagação e sua resistência às vacinas.

"Achamos que um contágio anterior não protege contra a Ômicron", disse Anne von Gottberg, especialista em doenças infecciosas do NICD (Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul).

A investigação ainda está começando, mas as primeiras conclusões mostram que as pessoas que já tiveram contato com o coronavírus podem se reinfectar devido a essa mutação do vírus, provavelmente com sintomas menos graves, concluiu a pesquisadora.

As vacinas, no entanto, devem permanecer eficazes contra as formas graves da doença, disse ela.

A variante já está presente em pelo menos 22 países. Na África, o número de casos oficiais de Covid-19 aumentou 54% nos últimos sete dias em relação à semana anterior. Há duas semanas, o continente registrava 300 novos casos por dia. Na quarta-feira, houve 8.561, em comparação com os 4.373 registrados na terça-feira.

"Não sabemos de onde vem essa variante", disse o especialista da OMS Ambrose Talisuna.

A África do Sul e os países vizinhos foram prejudicados com as restrições de viagens após anunciarem a descoberta da variante. Para a OMS, essas restrições são "injustas" e não se baseiam em considerações científicas.

R7

Foto: reprodução Pixabay

As vacinas contra a Covid-19 podem ser menos eficazes para prevenir a infecção e o desenvolvimento sintomático da doença em casos da variante Ômicron, no entanto parecem manter as taxas de proteção contra as formas graves, indicou nesta quarta-feira (1º) a OMS (Organização Mundial da Saúde).

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No boletim epidemiológico semanal, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) informou que recebeu notificações de positivos da cepa do novo coronavírus de cerca de 20 países e reconheceu que algumas de suas mutações "poderiam aumentar sua capacidade de transmissão e permitir um certo grau de escape da imunidade".

A OMS, contudo, explica que as evidências obtidas até o momento são limitadas, dado o reduzido número de casos, pois, das 800 mil análises realizadas pela rede global de laboratórios Gisaid nos últimos 60 dias, apenas 14 são da Ômicron, o que representa 0,001%. A grande maioria dos casos continua sendo da variante Delta. Segundo a agência, 99,8%. Mesmo assim, devido à possibilidade de que a nova cepa seja mais contagiosa e resistente às vacinas, a OMS manterá o alerta de risco global para a Ômicron, na classificação de "muito alto".

Além disso, a organização reiterou o apelo para que a vacinação seja acelerada em todo o planeta, especialmente entre os grupos de risco ainda não imunizados. Também foi feito pedido de dados aos laboratórios que sequenciam casos da nova variante, para compreender melhor o alcance e as características da cepa.

Foi reforçada, ainda, a orientação para que a população mantenha as medidas de segurança habituais, incluindo o uso de máscara e o distanciamento físico, sempre que possível.

EFE

Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters