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O Ministério da Saúde lançou hoje (30) a campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Até 31 de dezembro, serão divulgados na TV e nas redes sociais vídeos educativos para evitar a proliferação das doenças.

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A campanha deste ano é intitulada “Combata o mosquito todo dia, coloque na sua rotina” e tem objetivo de mobilizar a população para retirar água acumulada de calhas, garrafas, sacos de lixo, pneus e outros recipientes que podem se tornar criadouros do mosquito.

Durante coletiva de lançamento da campanha, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, conclamou a população a estar vigilante no combate ao Aedes aegypti.

“É a você cidadão brasileiro que a gente dirige a palavra e pede para que redobremos os nossos cuidados para que possamos combater o mosquito todo dia e coloquemos esse combate na nossa rotina. Neste momento, precisamos de seu apoio para combatermos o mosquito, erradicarmos e termos controle das doenças”, afirmou.

De acordo com levantamento apresentado pela pasta, 12 estados tiveram aumento dos casos de dengue em relação ao ano passado. No Amapá, os casos passaram de 53 para 241 neste ano. Em Alagoas, foram registrados 2,2 mil casos ano passado e 6,3 mil em 2021. No Rio Grande do Sul, são 9,9 mil casos registrados neste ano. Em 2020, foram 3,9 mil.

Agência Brasil

 Foto: Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

O Ministério da Saúde emitiu nota técnica com o sobre a dose de reforços dos indivíduos que receberam o imunizante da Janssen. Segundo a pasta, a recomendação é que seja aplicado o mesmo imunizante em um intervalo mínimo de dois meses, podendo este ser de até seis meses. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí recebeu do Plano Nacional de Imunização 49.800 doses desta vacina.

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De acordo com a Coordenação de Imunização da Sesapi, a última vez que o estado recebeu lotes do imunizante da Janssen foi em 07 de agosto 1.300 doses. As demais chegaram em 24 de junho (21.250) e 03 de Julho (27.250).

A nota técnica do ministério ainda explica que a estratégia pontual de aplicação deste reforço dependerá do cenário epidemiológico local e adjacências e condições específicas da população que recebera o imunizante da Janssen previamente. No documento emitido pelo ministério também é informado que até o momento, cerca de 2 milhões de doses da vacina da Janssen estão em análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) a qual há previsão de liberação a partir de 05 de dezembro. A previsão do laboratório é que mais 2,8 milhões de doses sejam entregues no começo de dezembro e o restante até o fim do mês. Esses quantitativos são suficientes para a aplicação do reforço de quem se vacinou com a Janssen dentro do intervalo recomendado de até seis meses. Em outra nota técnica o Ministério da Saúde também explicou como deve ser feito o reforço em mulheres que tomaram a Janssen previamente e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas. As mesmas deverão utilizar como dose de reforço o Imunizante Pfizer, respeitando o intervalo de dois meses, podendo chegar a seis meses.

Demais reforços

Na última semana também foi comunicado pelo Ministério da Saúde que o intervalo entre a segunda dose e a dose de reforço, daqueles que se vacinaram com a CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca, passou de seis para cinco meses. Porém aqueles que são imunossuprimidos devem contar como prazo 28 dias após a segunda dose.

“As vacinas para dose de reforço estão liberadas para toda população acima de 18 anos, que já estão neste prazo. Por isso pedimos que quem estiver completado o seu intervalo e que já esteja sendo convocado por seu município, que tome sua dose de reforço. Conclamamos ainda aqueles cidadãos que ainda não tomaram a segunda dose que voltem aos postos de saúde e façam sua imunização”, disse o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

Sesapi

No mês marcado pela atenção aos cuidados com a saúde dos homens, o Novembro Azul, pesquisadores do Instituto do Sono de São Paulo pretendem descobrir quais os efeitos da apneia obstrutiva do sono sobre o PSA (antígeno prostático específico), o principal biomarcador usado para detectar o câncer de próstata.

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O biólogo Allan Saj Porcacchia, autor do estudo, explica que outras pesquisas sugerem que o distúrbio do sono pode ser um dos fatores de risco para o tumor maligno. “Pelos estudos que foram feitos recentemente, é notada uma associação. Mas, como são pesquisas observacionais, não se tem uma avaliação do porquê há maior incidência de câncer de próstata em homens com apneia obstrutiva do sono”, diz ele. E acrescenta: “Em nossa análise, também serão consideradas outras variáveis, como concentrações de alguns hormônios (testosterona e estrogênio, por exemplo), fatores inflamatórios, idade e índice de massa corporal (IMC). Podemos dizer que o estudo avaliará indiretamente essa associação, buscando entender quais desses fatores, juntamente com a apneia obstrutiva do sono, poderiam alterar os níveis de PSA”.

A pesquisa vai usar como base de dados a quarta edição do EPISONO, estudo feito pelo Instituto do Sono que verifica a qualidade e a influência dos distúrbios de sono na saúde da população de São Paulo. Por que as doenças podem estar relacionadas?

Ainda não são claros os motivos que podem relacionar as duas doenças. Mas é sabido que a falta do sono gera uma série de problemas ao organismo, entre eles estão o estado de inflamação crônica do corpo e a queda do sistema imune. “A partir do momento que o paciente com apneia obstrutiva do sono tem um sono de má qualidade, ele terá uma qualidade de vida afetada. Isso, associado à inflamação crônica, vai atingir o sistema imune, que pode ficar enfraquecido. De alguma maneira, interfere na capacidade das células de reconhecerem o corpo estranho, seja ele um vírus, uma bactéria e até mesmo uma célula tumoral”, observa Allan. A apneia obstrutiva do sono é caraterizada por várias paradas na respiração durante o sono, o que pode gerar uma falta de oxigenação. “Mesmo sendo interrupções breves, elas podem ocorrer diversas vezes numa mesma noite, por vários dias seguidos, e acabam gerando um estresse oxidativo. Isso diminuirá a saturação de oxigênio no sangue, o que vai afetar a oxigenação do organismo. Já se sabe que na falta de oxigenação, que é chamada hipoxia, existe uma modulação no metabolismo das células tumorais e que elas preferem essas vias de menor oxigenação”, alerta o biólogo. Quais são os sintomas da apneia obstrutiva do sono?

A grande preocupação dos especialistas é que muitas pessoas têm a apneia obstrutiva do sono e não sabem. Os principais sintomas do distúrbio são o ronco excessivo, sonolência durante o dia, o cansaço na hora que acorda mesmo depois de uma noite de sono, a sensação de que a pessoa está dormindo e acorda sem ar e o fato de dormir de boca aberta.

Além de outros sinais mais subjetivos, como alteração de humor, memória e diminuição da libido. O diagnóstico é feito por meio de um exame chamado polissonografia, que não tem cobertura no SUS (Sistema Único de Saúde).

“Além dos exames mais difundidos, que são o toque retal e o exame PCA, é importante que os homens busquem um profissional do sono, caso apresentem alguns dos sinais do distúrbio do sono. Não podemos dizer que a apneia obstrutiva do sono causa o câncer de próstata, não há causalidade. Provavelmente existe um risco aumentado da doença nesse grupo”, conclui o pesquisador.

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A variante B.1.1.529 apresenta um número "extremamente alto" de mutações e "podemos ver que tem potencial para se espalhar muito rapidamente", anunciou o virologista Túlio de Oliveira em entrevista coletiva online supervisionada pelo ministério da Saúde.

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Sua equipe do instituto de pesquisa KRISP, vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal, foi a que descobriu a variante beta altamente contagiosa no ano passado.

As mutações do vírus inicial podem potencialmente torná-lo mais transmissível a ponto de torná-lo dominante: foi o caso da variante delta, registrada inicialmente na Índia e que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), reduziu a eficácia das vacinas em termos de transmissão do vírus para 40%.

 Neste momento, os cientistas sul-africanos não têm certeza da eficácia das vacinas anti-Covid existentes contra a nova forma do vírus.

"O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico", disse outro pesquisador, o professor Richard Lessells.

Até o momento, foram registrados 22 casos, afetando principalmente jovens, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD). Também foram relatados casos nos vizinhos Botswana e Hong Kong, em uma pessoa que voltava de uma viagem à África do Sul.

- Séria ameaça -

"O número de casos detectados e a porcentagem de testes positivos estão aumentando rapidamente", confirmou o NICD em um comunicado, particularmente na província mais populosa de Gauteng, que inclui Pretória e Johannesburgo.

As estruturas de saúde devem esperar uma nova onda de pacientes nos próximos dias ou semanas, alertaram os cientistas.

A África do Sul, oficialmente o país mais afetado pelo vírus no continente, registra um novo aumento na contaminação nas últimas semanas.

Atribuída primeiramente à variante delta, a nova variante está na origem desse aumento "exponencial" e representa "uma grande ameaça", segundo o ministro da Saúde, Joe Phaahla.

O surgimento desta nova cepa "reforça o fato de que este inimigo invisível com o qual lidamos é muito imprevisível", acrescentou.

A África do Sul tem quase 2,9 milhões de casos e 89.600 mortes. Mais de 1.200 casos novos em 24 horas foram registrados na quarta-feira, contra cem no início do mês.

As autoridades temem uma nova onda de pandemia até o final do ano.

Globalmente, a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia. A Áustria impôs recentemente um novo confinamento, a França anunciou um reforço das medidas sanitárias enquanto a Alemanha ultrapassou as 100.000 mortes.

O coronavírus já matou mais de 5,16 milhões de pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento na China no final de 2019.

A OMS estima que, considerando o excesso de mortalidade direta e indiretamente ligado à covid-19, o número de vítimas da pandemia pode ser de duas a três vezes superior.

AFP

Foto: Pixabay