A Secretaria de Estado da Saúde encaminhou à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) oficio pedindo urgência na autorização do início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. Vários países do mundo já aprovaram o início da vacinação nessa faixa etária. O imunizante a ser utilizado é o da Pfizer, que alcançou, em estudos clínicos, 90,7% de eficácia em crianças.
De acordo com o secretário de Saúde, Florentino Neto, o Piauí tem condições técnicas para iniciar a vacinação assim que a Anvisa liberar a aplicação no país. “Será um passo importante para o controle da pandemia, principalmente, agora, com a volta as aulas de milhares de crianças nessa faixa etária”, garante o gestor. No Piauí devem ser vacinados, de acordo com projeções do IBGE, 329.512 crianças de 5 a 11 anos.
Até o início da tarde desta quinta-feira (04), foram aplicadas no estado mais de 3.975.855 milhões de doses. 71,27%% da população já foi imunizada com pelo menos uma dose da vacina e 48% têm o esquema vacinal completo. Segundo o SI-PNI, 144 mil e 463 adolescentes já tomaram a primeira dose da vacina no estado.
“Da mesma forma que trabalhamos para a inclusão dos adolescentes na população vacinável, a Sesapi, por orientação do governador Wellington Dias, vai trabalhar na ampliação desse público, beneficiando também as nossas crianças , que precisam retomar a rotina, tão importante e necessária para o desenvolvimento da independência e autonomia infantil. ”, revela Florentino.
A diretora do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, Rochelle Walensky, manifestou, nessa terça-feira (2), apoio ao amplo uso da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. Com isso, a instituição abre caminho para que as doses comecem a ser aplicadas imediatamente nessa faixa etária.
O anúncio chega horas depois que os conselheiros do CDC apoiaram por unanimidade a aplicação da vacina em crianças, dizendo que os benefícios superam os riscos. Grande parte de discussão que travaram girou em torno de casos raros de inflamação cardíaca que foram ligados à vacina, particularmente em homens jovens. A agência reguladora norte-americana FDA (Food and Drugs Administration) já havia concedido autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 5 a 11 anos na sexta-feira (29).
A FDA autorizou a aplicação de uma dose de 10 microgramas em crianças pequenas. A dose original, dada àqueles com 12 anos ou mais, é de 30 microgramas. "Sabemos que milhões de pais estão ansiosos para vacinar seus filhos e, com essa decisão, recomendamos agora que cerca de 28 milhões de crianças recebam uma vacina contra a Covid-19", disse a diretora em comunicado.
No início da reunião, Walensky informou que as hospitalizações pediátricas haviam aumentado durante a recente onda de infecções, impulsionada pela variante Delta do novo coronavírus.
Acrescentou que o fechamento de escolas tem tido impactos prejudiciais à saúde social e mental das crianças. "A vacinação pediátrica tem o poder de nos ajudar a mudar tudo isso". Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden, considerou a autorização uma virada na batalha contra a Covid-19. "O programa de vacinação se intensificará nos próximos dias e estará em pleno funcionamento durante a semana de 8 de novembro. Os pais poderão levar seus filhos a milhares de farmácias, consultórios de pediatria, escolas e outros locais para serem vacinados", disse Biden em comunicado.
Estudo
Dados do CDC mostram que cada milhão de doses da vacina administrada pode evitar entre 80 e 226 internações de crianças de 5 a 11 anos.
Os membros do painel do CDC defenderam a vacinação da faixa etária antes da votação. Muitos disseram que estavam ansiosos para que seus filhos ou netos nessa faixa etária recebessem a vacina.
"Eu sinto que tenho a responsabilidade - todos nós temos - de disponibilizar essa vacina para as crianças e seus pais", disse Beth Bell, membro do painel do CDC e integrante da Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington.
"Temos excelentes evidências de eficácia e segurança. Temos uma análise favorável de risco/benefício. E temos muitos pais por aí que realmente clamam e querem que seus filhos sejam vacinados."
A Pfizer e a BioNTech disseram que sua vacina mostrou 90,7% de eficácia contra o novo coronavírus em um ensaio clínico com crianças de 5 a 11 anos de idade.
Apenas alguns países, incluindo a China, Cuba e os Emirados Árabes, liberaram até agora vacinas contra a Covid-19 para crianças nessa faixa etária e mais jovens.
No fim de outubro, a Pfizer informou que pedirá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para aplicação da vacina em crianças de 5 a 11 anos no Brasil.
Agência Brasil
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF/Agência Brasil
A USP desenvolveu uma vacina para covid-19 em spray, apresentou a proposta à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e aguarda autorização para início de estudos em humanos. O imunizante desenvolvido pelo InCor (Instituto do Coração), do HC da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP tem como objetivo ser mais uma ferramenta de combate ao novo coronavírus.
“Nós estudamos em detalhes a resposta imune de 220 convalescentes que haviam tido a doença, que se recuperaram, e aí nós pensamos em um peptídeo, estudando bem o vírus, que contemplasse uma resposta muito forte de anticorpo que neutralize o vírus, mas também desse uma boa resposta celular”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição Jorge Kalil Filho, professor de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor e coordenador da pesquisa de desenvolvimento da vacina.
Kalil explica que a administração nasal da vacina foi por causa da aplicação ser realizada na mesma região onde ocorre a entrada do vírus no corpo humano. A imunoglobulina A (IgA) é responsável pela defesa contra o coronavírus. O intuito é estimular essas células do sistema imunológico localizadas na mucosa nasal, de forma a criar um maior número de anticorpos. Segundo o professor, as vacinas intramusculares produzem uma quantidade menor de anticorpos, sendo a versão em spray uma forma mais eficaz na criação de defesa contra a doença, como para o impedimento da infecção.
O imunizante apresentou em seus testes iniciais grande resposta imunológica quando aplicada. Atualmente, foi solicitado à Anvisa a autorização para iniciar o teste clínico em pessoas. Os testes pretendem entender qual é a forma mais eficiente do funcionamento da vacina nos voluntários. O estudo irá testar questões relacionadas ao número de doses, quantidade de imunizante e como este reage em diferentes organismos.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), em parceria com o Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela e equipes de Vigilância da Sesapi e atenção básica, estão realizando capacitação com os profissionais de saúde da atenção primaria e unidades assistenciais para combater surto de malária no estado do Piauí.
O objetivo é melhorar a rede de apoio, tanto para diagnostico como para tratamento, devido ao surto que aconteceu nos municípios de Miguel Alves, que notificou 13 casos, e Joaquim Pires onde foram registrados dois casos, ambos localizado na região Norte do Piauí.
“Os municípios estão há mais de duas semanas sem registrar novos casos em relação a vigilância que esta sendo realizada pela equipe de estratégia em saúde da família dos municípios com o apoio da Sesapi onde foi enviado equipes para borrifar em todas as casas da comunidade, além da distribuição de mosquiteiros e inseticida para proteger a população. Contamos ainda com o auxilio do Ministério da Saúde que está enviando os materiais”, explica Mauro Barbosa, técnico especializado e coordenador do Programa de Vigilância e Controle da Malária.
Para discutir ações, nesta sexta-feira (29), os técnicos participaram de reunião estratégica para prevenção e controle da malária no estado do Piauí. “A secretaria esta atenta a toda essa movimentação sobre os casos que ocorreram e preocupada com a saúde da população. Os municípios estão com todas as medidas de prevenção e controle já adotadas. Toda a região Norte praticamente já teve notificação de casos de malária em algum período, isso acontece devido se assemelhar com a região amazônica por conta de sua vegetação que proporciona um ambiente favorável ao mosquito transmissor da malária, além das pessoas que trabalham foram ao retornar podem retornar infectados”, destaca Mauro.
Segundo o técnico, entre as principais ações para manter o surto controlado, esta sendo realizado o mapeamento e a distribuição de materiais a população. O coordenador também orienta que a população deve evitar tomar banho em lagos no horário da noite ou pré-matutino por serem os horários de maior atividade do vetor, usar repelente e roupas de manga compridas.