Estão previstas para chegar ao Piauí, na tarde desta segunda-feira (11), mais 52.650 mil novas doses da vacina Pfizer/BioNTech, enviadas pelo Plano Nacional de Imunização. A nova remessa será destinada para a vacinação, em segunda dose, da população de 18 a 59 anos.
O dia previsto para a imunização em D2 deste grupo é seguido de acordo com calendário estabelecido por cada município. “Estamos alinhando nossos esforços com os municípios para avançar na imunização da população do Piauí, que é de fundamental importância para aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19 e superar essa pandemia”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
Assim que chegarem ao estado as vacinas serão enviadas para a Rede de Frio, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), onde equipes da Coordenação de Imunização farão a conferência e armazenamento e tão logo o envio aos municípios.
A fim de acelerar a imunização do povo piauiense, o Estado do Piauí comprou 500 mil doses da vacina CoronaVac, adquiridas diretamente junto ao Instituto Butantan. A primeira remessa, com 200 mil unidades, chega na tarde desta sexta-feira (8).
O governador Wellington Dias ressalta a importância e o esforço para a chegada dessas vacinas adquiras por meio de compra direta. “Estamos trabalhando para ampliar a vacinação. Para isso, era necessário o aumento da remessa de vacinas. Graças à integração dos estados, atuando juntos em prol de um objetivo maior, que é o de salvar vidas, estamos recebendo mais vacinas para população piauiense. Esta entrega é fruto de uma compra independente que fizemos junto ao Instituto Butantan”, esclarece Wellington Dias.
As vacinas serão destinadas para a imunização da população de 18 a 59 anos. “Esta compra faz parte do empenho que o governador Wellington Dias vem fazendo para garantir a ampliação da vacinação do povo piauiense. Hoje, vamos receber a primeira remessa da compra direta com o Butantan e, muito em breve, virão às demais doses que foram adquiridas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
Com o recebimento desta grande quantidade de imunizantes, o Piauí vai poder destinar as doses da Pfizer, que serão entregues do Programa Nacional de Imunização, para os adolescentes de 12 a 17 anos, que só podem receber esta vacina e também direcioná-las para a dose de reforço dos idosos acima de 60 anos, imunossuprimidos e profissionais da saúde. “A chegada destas doses vai permitir mais celeridade na nossa campanha de vacinação isso é um ganho para todo nosso povo”, destaca o gestor.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou, nesta quinta-feira (7), o boletim do Observatório da Covid-19 referente à semana epidemiológica de 26 de setembro a 2 de outubro e advertiu que, mesmo com a constante queda no número de novos casos e de mortes por Covid-19, a circulação do vírus segue ativa no Brasil.
Os pesquisadores reafirmam a necessidade de manter as medidas preventivas para tentar barrar a circulação do coronavírus. Desde o mês de julho, o Índice de Permanência Domiciliar está próximo a zero.
Mesmo com as pessoas vacinadas, os pesquisadores lembram que os imunizantes não evitam completamente a infecção e a transmissão do vírus. A recomendação é que, enquanto o país caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscara e higienização das mãos sejam mantidas e que atividades com concentração e aglomeração de pessoas só ocorram com comprovante de vacinação.
“Não é prudente e oportuno falar em prazos concretos e datados para o fim da pandemia, e sim garantir que tomemos as medidas necessárias para que esse dia possa se aproximar mais rápido”, afirmam os cientistas.
Ao longo da última semana foram registrados em média 16.500 casos confirmados e 500 óbitos por Covid-19, uma pequena alta do número de casos (0,4 % ao dia) e queda no número de óbitos (0,7% ao dia). A circulação de pessoas nas ruas e a positividade de testes permanecem altas.
"A irregularidade do fluxo de notificação serve como alerta para as consequências de decisões por vezes inoportunas ou baseadas em dados incompletos e atrasados. A tendência de estabilidade ou redução desses indicadores, mesmo considerando as oscilações verificadas nas últimas semanas epidemiológicas, demonstra que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos, qual seja, a redução do impacto da doença, produzindo menos óbitos e casos graves, no entanto sem o bloqueio da transmissão do vírus. Ao observar no tempo a evolução dos óbitos e da cobertura vacina, chama atenção o fato de que as curvas possuem direção oposta" dizem os pesquisadores.
Com relação à ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Covid-19, a maioria dos estados tem índices inferiores a 50%. O Espírito Santo se mantém na zona de alerta intermediário desde 20 de setembro e é a exceção mais preocupante porque, apesar da manutenção no número de leitos, apresenta taxa de ocupação de 75%. O Distrito Federal voltou à zona de alerta crítico, com 83%, após semanas de redução de leitos de Covid-19.
Os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás apresentaram pequenos aumentos nas taxas, o que não parece decorrência somente da redução de leitos disponíveis. Diminuições na quantidade de leitos abertos ocorreram, por outro lado, em Rondônia, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), nesta quarta-feira (6), recomendou qua a única vacina aprovada contra a malária seja amplamente dada às crianças africanas, potencialmente marcando um grande avanço contra uma doença que mata centenas de milhares de pessoas anualmente. A maioria das pessoas que a doença mata tem menos de cinco anos.
A recomendação da OMS é para RTS, S - ou Mosquirix - uma vacina desenvolvida pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline .
Desde 2019, 2,3 milhões de doses do imunizante foram administrados a crianças em Gana, Quênia e Malaui em um programa piloto de grande escala coordenado pela OMS. Esse programa ocorreu após uma década de testes clínicos em sete países africanos.
"Esta é uma vacina desenvolvida na África por cientistas africanos e estamos muito orgulhosos", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Esta vacina é um presente para o mundo, mas seu valor será sentido mais na África."
A malária é muito mais mortal do que a Covid-19, na África. Matou 386 mil africanos em 2019, de acordo com uma estimativa da OMS, em comparação com 212 mil mortes confirmadas por Covid-19, últimos 18 meses.
A OMS afirma que 94% dos casos e mortes por malária ocorrem na África, um continente de 1,3 bilhão de pessoas. A doença evitável é causada por parasitas transmitidos às pessoas por picadas de mosquitos infectados; os sintomas incluem febre, vômito e fadiga.
A recomendação Mosquirix foi anunciada conjuntamente em Genebra pelos principais órgãos consultivos da OMS para a malária e imunização, o Grupo Consultivo de Políticas contra a Malária e o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização.
A eficácia da vacina na prevenção de casos graves de malária em crianças é de apenas 30%, mas é a única vacina aprovada. O regulador de medicamentos da União Europeia o aprovou em 2015, dizendo que seus benefícios superavam os riscos.
No final de 2015, os painéis de especialistas da OMS convocaram um programa piloto em três a cinco países africanos para informar uma decisão futura sobre o uso generalizado da vacina.
Na quarta-feira, quase seis anos depois e dois anos após o início dos pilotos, os painéis da OMS recomendaram que a vacina fosse lançada para crianças em países africanos onde a malária é endêmica, ao lado de outros meios autorizados de prevenção da malária, como mosquiteiros e pulverização.
Em 2019, a OMS disse que a luta contra a malária estava estagnada. Mas ele disse na quarta-feira que usar a vacina como uma ferramenta adicional contra a doença pode salvar dezenas de milhares de vidas a cada ano.