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astrazenO órgão regulador europeu de medicamentos anunciou nesta quinta-feira (14) que começou a testar coquetel de anticorpos contra a Covid-19, fabricado pela farmacêutica sueca AstraZeneca, o que pode levar à autorização do União Europeia.

O laboratório garante que pode ser eficaz na prevenção de Covid-19 em pacientes frágeis. Testes mostraram que a droga AZD7442, uma combinação de anticorpos, reduz sintomas graves e mortes por Covid-19, informou o laboratório na última segunda-feira. A decisão de examinar o coquetel de anticorpos, também conhecido como Evusheld, "é baseada em resultados preliminares de estudos clínicos, que sugerem que o medicamento pode ajudar a proteger contra doenças", disse a Agência Européia de Medicamentos (EMA), com sede em Amsterdã.

Podem se passar meses entre o início de uma avaliação em andamento da EMA e uma possível autorização.

Os anticorpos monoclonais, que reconhecem uma molécula específica de um vírus ou bactéria, são versões sintéticas de anticorpos naturais. Eles são administrados para pessoas que infectadas e ajudam a aliviar as deficiências do sistema imunológico. Eles diferem de uma vacina, porque estimulam o corpo a produzir sua própria resposta imunológica.

O ensaio do medicamento AZD7442 "produziu uma redução estatisticamente satisfatória em casos graves de Covid-19 ou mortes relacionadas à doença, em comparação com o placebo em pacientes ambulatoriais com sintomas leves a moderados" da doença, de acordo com a AstraZeneca.

O ensaio clínico envolveu 903 pessoas, 90% das quais eram pacientes com alto risco de desenvolver formas graves da infecção.

Mais um remédio

A empresa farmacêutica suíça Roche entrou com uma ação na segunda-feira para comercializar seu coquetel de anticorpos sintéticos Ronapreve na União Europeia.

Na semana passada, a EMA anunciou que em poucos dias poderá começar a examinar uma pílula produzida pelo laboratório americano Merck, que está sendo analisada pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos).

AFP

Foto: JIM LO SCALZO/EFE/EPA

vacinasemagulhaPesquisadores da Holanda estão desenvolvendo uma tecnologia de laser para obter injeções sem agulha e "praticamente indolores", o que qualificam como um avanço que diminuirá o medo e reduzirá as barreiras de campanhas de vacinação.

A "Bubble Gun" usa um laser para injetar gotículas através da camada exterior da pele, explicou David Fernandez Rivas, professor da Universidade de Twente e pesquisador associado do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que teve a ideia.

O processo é mais rápido do que uma picada de mosquito e "não deveria causar dor" porque as terminações nervosas da pele não são tocadas, disse ele, acrescentando que a invenção será mais estudada. "Em um milissegundo, o vidro que contém o líquido é aquecido por um laser, uma bolha é criada no líquido, empurrando o líquido para fora a uma velocidade de ao menos 100 quilômetros por hora", disse ele durante uma entrevista em seu laboratório.

"Isso nos permite penetrar a pele sem dano. Não se vê nenhuma ferida ou ponto de entrada."

Rivas acredita que a invenção não somente ajudará a vacinar mais pessoas, mas também evitará o risco de contaminação com agulhas sujas e reduzirá os dejetos médicos.

Cerca de um em cada cinco holandeses tem medo de agulha, disse Henk Schenk, que oferece terapia para ajudar os casos agudos. "O medo de agulhas é mais comum do que se pensa. As pessoas têm medo de admitir."

Reuters

Foto: Agência Brasil

remediocovidA Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta terça-feira (12) que está estudando os dados de eficácia do Molnupiravir, medicamento de uso por via oral contra a Covid-19 desenvolvido pela companhia farmacêutica MSD.

A informação foi divulgada pouco depois que a empresa entrou com pedido de uso emergencial nos Estados Unidos.

"É um progresso interessante, embora ainda tenhamos que ver os dados completos. Poderia ser uma nova arma na luta contra a pandemia", afirmou Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, em entrevista coletiva concedida na sede da agência, em Genebra, na Suíça. Os comprimidos da MSD, se aprovados, poderiam se tornar o primeiro tratamento oral contra a Covid-19, sendo mais simples de ser utilizados do que os medicamentos intravenosos.

Além disso, é o primeiro medicamento desenvolvido com foco nos casos mais leves da doença provocada pelo novo coronavírus, que não requerem, a princípio, internação hospitalar.

Lindmeier, no entanto, destacou que vacinas e remédios não são as únicas armas atuais contra a Covid-19, destacando a necessidade da manutenção do uso de máscara e do distanciamento físico entre as pessoas, especialmente nos casos em que não há acesso aos medicamentos.

Após apresentar pedido de uso emergencial à agência reguladora de produtos farmacêuticos e alimentos dos Estados Unidos (FDA), a MSD afirmou em comunicado que se submeterá ao mesmo procedimento em outros países nos próximos meses.

No início deste mês, a companhia farmacêutica divulgou que as análises preliminares que realizou indicaram que o Molnupiravir reduziu em 50% o risco de hospitalização ou de morte entre pacientes com Covid-19.

EFE

Foto: Divulgação/Merk