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spuntinikA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou, na tarde dessa quarta-feira (5), uma nota em que responde, segundo ela, aos ataques que têm recebido, desde que recusou a importação da vacina anticovid Sputnik V, que seria feita pelo Consórcio do Nordeste.

A agência afirmou que "não está acima das críticas", mas que tem feito exigências científicas ao Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento do imunizante em Moscou.

"Há rigor técnico sim em reuniões e trocas de informações, mas não falta respeito pelos países e suas autoridades e nem pelo desenvolvimento científico e pelos esforços que todos estão realizando na tentativa de colocar mais vacinas à disposição da população brasileira. A Anvisa não está acima das críticas, mas são inadmissíveis os ataques à autoridade sanitária do Brasil", apresentou o documento.

A Anvisa explicou que está pedindo respostas consideradas básicas e que foram cumpridas por outras indústrias farmacêuticas com vacinas aprovadas no país.

"O que vem sendo exigido são questões básicas para uma vacina e não são motivos para indignação e tentativa de difamação do Brasil e dos seus servidores. Os requisitos e as exigências para as vacinas são baseados em ciência e foram cumpridos pelos demais laboratórios de vacinas contra a covid-19, aprovadas pela Anvisa e por outras autoridades."

Entre os pedidos feitos pelos técnicos da agência brasileira estão: relatório técnico ou dados de toxicologia (por exemplo, estudos capazes de comprovar que a vacina não tem toxicidade para os órgãos reprodutivos e para o feto); dados de segurança por faixa etária e segurança, para aplicação da vacina em pessoas idosas e para as pessoas que já tiveram covid-19; justificativas sobre os vieses observados nos estudos clínicos; dados sobre as respostas imunes induzidas pela vacina; relatórios de validação; estudos comparativos capazes de garantir que a produção do lote comercial é semelhante com o lote de 5 litros dos estudos clínicos; dados sobre o controle de vírus adventícios, impurezas, contaminantes e adenovírus replicantes.

O comunicado ainda ressalta que a autorização ou não da Sputnik V depende do interesse do Instituto Gamaleya em ter seus imunizantes usados por aqui.

"A Anvisa já aprovou outras cinco vacinas e a autorização do processo da vacina Sputnik V depende do desenvolvedor, ou seja, os estudos devem ser apresentados e as dúvidas referentes às questões exaustivamente já apontadas devem ser esclarecidas e resolvidas. A transparência, o debate técnico qualificado e os dados técnicos podem comprovar a segurança, a eficácia e a qualidade de um produto que pode salvar milhares de vidas."

Na última semana, o Instituto Gamaleya chegou a afirmar que processaria a agência reguladora brasileira por difamação.

R7

Foto: DADO RUVIC/ILLUSTRATION/REUTERS

pandemiabiontechOs fundadores do laboratório alemão BioNTech, responsável pelo desenvolvimento da vacina comercializada pela Pfizer, acreditam que a pandemia pode durar até meados de 2022, quando esperam que todas as regiões tenham alcançado alto índice de vacinação e imunidade de rebanho.

"Em meados de 2022, mesmo regiões com alta densidade populacional, como a Índia, terão alcançado um alto índice de vacinação e imunidade coletiva", disse o chefe da empresa, Ugur Sahin, em um evento organizado pelo períodico The Wall Street Journal. De acordo com Sahin, nos próximos 12 meses, haverá um número crescente de países — desenvolvidos e em desenvolvimento — alcançando essa imunidade de rebanho graças às vacinas.

Sahin destacou que em lugares como Europa e Estados Unidos a pandemia já começa a ser controlada graças às vacinas e à continuidade das medidas de distanciamento social, enquanto as infecções aumentam em lugares como a Índia, onde há bem menos vacinados e é mais difícil manter o distanciamento social.

“Temos que garantir taxas de vacinação realmente altas em todo o mundo. Do contrário, ninguém estará seguro”, frisou o cofundador e CEO da BioNTech, que considerou que a pandemia não vai acabar até que haja imunidade coletiva em todo o mundo.

Sahin, cuja firma fez parceria com a norte-americana Pfizer para produzir sua vacina, explicou que sua empresa está expandindo sua aliança de fabricação para produzir mais doses que podem ajudar países como a Índia, onde os casos dispararam recentemente.

Sua esposa e cofundadora da BioNTech, Özlem Türeci, observou que pode ser necessário combinar diferentes tipos de vacinas, incluindo vacinas de RNA mensageiro como a de sua empresa com outras como a da AstraZeneca, para acelerar a imunização em todo o mundo.

"Quanto mais vacinas tivermos disponíveis, melhor... Obviamente, em princípio, podemos misturá-las e combiná-las", disse Türeci, que é o diretora-médica da BioNTech.

 

EFE

Foto:FAROOQ KHAN/EPA/EFE

covacO programa Covax, que favorece a distribuição equitativa de vacinas, assinou um acordo com a empresa Moderna para adquirir 500 milhões de doses de sua vacina anticovid. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3), pela Aliança das Vacinas (Gavi).

"Estamos muito felizes de assinar este novo acordo com a Moderna, que dá aos participantes do Covax acesso a outra vacina altamente eficaz", afirmou Seth Berkley, diretor executivo da Gavi.

As primeiras doses da vacina de RNA mensageiro devem ser entregues no quarto trimestre de 2021, com 34 milhões disponíveis este ano e até 466 milhões de doses em 2022, afirma um comunicado da aliança.

A vacina da Moderna é administrada em duas doses, mas novas recomendações preveem uma dose apenas se o paciente teve covid recentemente.

O acordo também contém "opções que permitem eventualmente obter doses da vacina adaptadas para futuras variantes", afirmou a organização com sede em Genebra "A ampliação e diversificação da carteira sempre foi um objetivo chave do Covax, para continuar sendo flexível diante desta pandemia em constante evolução - incluindo a crescente ameaça das novas variantes", disse Berkley.

"O acordo com a Moderna é mais um passo nesta direção", completou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu na última sexta-feira a certificação para o uso de emergência da vacina da Moderna, um exigência prévia para integrar o sistema Covax, que estabeleceu junto com a Gavi e Cepi (Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias).

O acordo é "um passo importante em nossos esforços para garantir que as pessoas de todo o mundo tenham acesso a nossa vacina contra a covid-19", afirmou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, ao admitir que "muitos países têm recursos limitados para ter acesso às vacinas".

Além da Moderna, a OMS já autorizou a vacina da Pfizer-BioNTech, os fármacos da AstraZeneca fabricados na Índia e na Coreia do Sul e o da Johnson & Johnson.

Até o momento, o Covax, cujo principal fornecedor continua sendo a AstraZeneca, já distribuiu mais de 49 milhões de vacinas em 121 países e territórios.

O fármaco desenvolvido pela Moderna, uma empresa emergente pioneira em vacinas anticovid, tem características parecidas com o desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, com 94,1% de eficácia.

diabetesDados da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia) mostram que aproximadamente 35% das pessoas com diabetes desenvolvem insuficiência renal no Brasil. Isso acontece devido à condição de nefropatia diabética, que surge de forma silenciosa mas que diminui progressivamente o funcionamento dos rins.

Segundo o nefrologista Henrique Carrascossi, os altos níveis de açúcar no sangue fazem com que os vasos sanguíneos se estreitem, provocando lesões renais que podem ser irreversíveis, levando à necessidade de diálise ou, em casos de maior gravidade, de transplante do órgão.

Por não apresentar sintomas nas fases iniciais, a melhor maneira de detectar uma lesão renal é por meio do exame de sangue chamado creatinina, o qual mede o funcionamento do rins; e do exame de urina, pelo qual é possível detectar a perda de proteína que pode indicar uma lesão.

“O mais importante de tudo é que o paciente diabético mantenha um bom controle da diabetes, porque se ele conseguir manter as taxas de açúcar e glicemia no sangue normais, isso vai diminuir as lesões renais e em outros órgãos”, avalia o nefrologista.

Para manter a glicemia sob controle e evitar problemas renais, a orientação do especialista é de que o paciente faça o uso correto dos remédios indicados por seu médico e mantenha uma dieta saudável, evitando o excesso de açúcar e carboidratos.

“Também é importante evitar o consumo de sal em excesso, que pode prejudicar os rins, de produtos industrializados e embutidos. Outra coisa importante é que o paciente evite tomar remédios sem orientação médica, principalmente anti-inflamatórios que são medicações que podem potencializar lesões nos rins”, explica Carrascossi.

Quando os sintomas aparecem?

Os sintomas da nefropatia diabética só aparecem quando a condição já se encontra em estágio avançado e o funcionamento do rim é menor que 30%. Nestes casos, a pessoa pode apresentar sinais como inchaço pelo corpo, diminuição do volume de urina, falta de apetite, náusea e vômito.

“Todos os pacientes diabéticos devem fazer exames para detectar se está acontecendo algum grau de lesão renal. Por se tratar de uma doença silenciosa, uma detecção precoce possibilita que haja reversão ou controle do quadro, impedindo uma sequela renal mais grave”, afirma Carrascossi.

Além disso, o médico explica que altas taxas de açúcar no sangue também podem desencadear lesões cardiovasculares, cerebrais e perda da visão devido a danos na retina.

Entenda a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2

Um quadro de insuficiência renal pode ser desenvolvido por qualquer pessoa com diabetes, mas, segundo a SBN, o problema é mais comum entre as diagnosticadas com o tipo 1 da doença, que correspondem a 25% dos casos; já entre as pessoas com o tipo 2 a incidência é de 5% a 10%. 

O nefrologista Henrique Carrascossi explica que o diabético tipo 1 é aquele que já precisa iniciar o tratamento com insulina logo após o diagnóstico, o chamado insulino dependente.

“Nesses casos não adianta mais tomar medicação. Esses pacientes geralmente são jovens, a doença está relacionada com fatores genéticos e autoimunes”, afirma.

Já a diabetes tipo 2 é mais comum entre pessoas adultas, com histórico da doença na família, e o tratamento é realizado com medicação via oral. 

“Essa pessoa pode evoluir para a necessidade de insulina se não fizer uma dieta balanceada, mas geralmente são os pacientes que estão com sobrepeso, não praticam atividade física, são obesos e não têm uma dieta equilibrada. A maioria das pessoas são diabéticos tipo 2”, ressalta Carrascossi.

R7

REPRODUÇÃO/FREEPIK