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viagemA auxiliar de escritório Inaye Santos, 21, ficou uma semana sem ir ao banheiro durante uma viagem de férias em Ubatuba, litoral de São Paulo.

Ela ficou hospedada na casa de uma parente de uma tia. "Estranhei o lugar e meu organismo não se adaptou. Tentava e não conseguia. Só fui conseguir quando cheguei em casa", diz.

Assim como Inaye, outras mulheres passam pelo mesmo problema. Segundo os especialistas, a constipação em viagens afeta mais mulheres por uma questão cultural.

 "Desde pequenas, as mulheres são criadas para agirem como princesas, e princesas, aparentemente, não podem defecar, arrotar ou soltar pum. Inconscientemente isso acaba 'travando' a mulher", afirma a cirurgiã-geral Magda Profeta, do departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Magda afirma que homens também sofrem com constipação mas, nesse caso, estaria mais associada à alimentação.

Para a gastroenterologista Elaine Moreira, da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), desde criança, as pessoas são aconselhadas pelos pais a evitarem alguns banheiros ou não sentarem nos assentos pela ideia de que seria um ambiente sujo e que poderia transmitir doenças. "Assim, o pensamento é levado, também, para a vida adulta, mesmo que de maneira inconsciente, o que dificulta todo o processo fisiológico", afirma.
As especialistas afirmam que, entre os principais motivos de constipação durante uma viagem, ou até mesmo no trabalho, estão vergonha de estar evacuando, mudança de hábitos alimentares e de horários biológicos, estranhamento do local e o medo de que outras pessoas sintam o cheiro ou que faça barulho.

"Não gosto muito de ir ao banheiro em locais públicos, com vários boxes, e casas que eu não frequente muito. Eu não sei como é a rotina de limpeza no local e, se é um banheiro compartilhado, é um pouco incômodo que as outras pessoas saibam o que estou fazendo ali", diz Inaye.
A gastroenterologista afirma que iogurtes com probióticos podem ajudar a solucionar o problema e, para melhorar o funcionamento intestinal, é ideal que as pessoas consumam alimentos ricos em fibras, presentes na maçã, banana, ameixa e mamão, beber bastante água, evitar carboidratos em excesso, respeitar a vontade de evacuação, não ficar escolhendo o local e horário e não inibir o desejo de fazer cocô.

Segundo Magda, fechar os olhos e imaginar que está no banheiro de casa pode ajudar na familiarização do local.


"Quando meu intestino prende durante uma viagem, apelo para iogurtes com probióticos e tomo leite, mas, se mesmo assim, nada sair, e eu precisar muito ir ao banheiro, apelo para o laxante", afirma Inaye.

Mas Elaine ressalta que o uso de laxantes sem recomendação médica não é indicado, pois interfere na absorção de nutrientes e, se usado sem prescrição, pode causar deficiência nutricional e até inflamações no intestino.

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O ideal, de acordo com Magda, é que as pessoas evacuem, no máximo, a cada três dias, e que as fezes sejam macias e deem a sensação de alívio. "Passar muito tempo sem ir ao banheiro e fezes duras geram grande esforço, podendo causar hemorroidas", explica.

 

R7

vistaA idade ideal para as crianças começarem a frequentar o oftalmologista é entre os seis meses e um ano, segundo a oftalmopediatra Marcela Barreira, chefe do setor de neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba. De acordo com ela, essa idade é a recomendada para verificar se a criança pode ter algum problema de visão grave, que deve ser detectado e tratado precocemente.


Entretanto, segundo a médica, a maioria dos pais espera o encaminhamento do pediatra, que ocorre entre os 2 e 3 anos, idade na qual ocorre um pico de desenvolvimento da visão da criança, que termina aos 7 anos. Durante esse tempo, a criança não sabe como se manifestar sobre os sintomas e, se não tratados, os problemas podem gerar futuras sequelas.

 

De acordo com a oftalmopediatra, até os dois anos pode ser difícil perceber algum sinal de problemas na visão pois, no caso de problema precoce, ela já estará acostumada com o modo como enxerga. Já as crianças a partir dessa idade podem dar sinais como apertar os olhos para enxergar, reclamar de dor de cabeça e, ao colorir, sair muito das linhas do desenho.


Por não saberem como se comunicar, a consulta dos bebês ao oftalmologista é feita de modo diferente. Para identificar se há problemas na visão, o médico usa um aparelho e o reflexo da luz na retina. Assim, o médico vai neutralizando esse reflexo nos olhos por meio de lentes, como as do óculos e, quando o reflexo está neutralizado, é detectado o grau ocular da criança.


A ambliopia, ou olho preguiçoso, é um dos problemas mais comuns durante a infância. Na ambliopia, a criança possui uma diferença de visão entre um olho e o outro, sendo o estrabismo — qualquer desalinhamento de visão — uma das causas do problema. Se não tratado até os 7 anos, o problema não pode ser resolvido. Em casos que, pelos olhos estarem desalinhados, as crianças não desenvolvem corretamente a visão, são colocados os tampões.


A médica explica que o tampão é colocado em cima do olho que enxerga bem para estimular a visão do olho que está enxergando mal. Porém, o tampão corrigirá apenas o desenvolvimento da visão e não o desalinhamento. Para corrigir o desalinhamento, segundo a oftalmopediatra, podem ser usados diferentes métodos, como a cirurgia, o uso de óculos ou a aplicação de toxina botulínica no músculo.


Segundo a médica, o problema que mais afeta as crianças é a hipermetropia — dificuldade para ver de perto —, pois toda criança nasce com a condição, já que o olho do bebê é menor que o olho do adulto.


Porém, a miopia — dificuldade para ver de longe, comum em pessoas que têm o olho maior do que o normal — estaria se tornando uma epidemia, de acordo com a médica, pelo uso excessivo da visão de perto, tornando o problema mais frequente em crianças. O astigmatismo também pode afetá-las, fazendo com que não consigam focar a imagem e a vejam borrada.


A conjuntivite alérgica também é comum entre as crianças, que acabam coçando bastante os olhos. Marcela explica que esse tipo de conjuntivite está altamente associada a alergias respiratórias e alterações climáticas. A manifestação do problema pode ser diferente, fazendo com que a criança esfregue muito os olhos, tenha vermelhidão e não apresente secreção amarelada, comum na conjuntivite viral.


A obstrução do canal lacrimal também é um problema frequente nos primeiros meses de vida do bebê. De acordo com a oftalmopediatra, o problema ocorre porque a última membrana do canal lacrimal não se rompeu, o que faz com que a lágrima fique acumulada no local.


Marcela afirma que o problema é resolvido de maneira espontânea ou por massagem feita pelo médico para estimular o rompimento da membrana em 95% dos casos até o primeiro ano de idade. Se o problema não for resolvido até essa idade, o especialista precisa passar um pequeno fio dentro do canal lacrimal para romper a membrana.


O retinoblastoma é um problema menos comum, mas que afeta somente crianças, aparecendo entre os seis meses e um ano e meio, que ocorre por uma mutação genética. O tumor ocular é raro, mas grave, e deve ser detectado de maneira precoce para que seja feito o tratamento para preservar a visão e o olho da criança.


Marcela afirma que o acompanhamento oftalmológico varia. "Se a criança não apresentar nenhum problema, ela pode passar em consulta a cada um ano. Já aquelas que tiverem algum problema ocular, devem passar em consulta pelo menos a cada seis meses", explica.

 

R7

 

Foto: Visual Hunt

 

proteinaO que é o whey protein? O whey protein é uma proteína extraída do soro do leite bovino, que é extraído durante o processo de transformação do leite em queijo. O nome whey protein não é uma marca, afirma a nutricionista Gabriela Cilla, sendo o nome [whey protein] a tradução em inglês para proteína do soro de leite. O whey tem como função complementar as necessidades diárias de proteínas e fornecer aminoácidos que ajudam no processo de saciedade e crescimento muscular, promovendo também a perda de peso, e não precisa de receituário para ser comprado, podendo ser consumido 80g diários (4 colheres de sopa), divididos durante o dia.


Quais são os tipos de whey protein? De acordo com a nutricionista, existe o whey protein concentrado, com cerca de 80% de proteínas de alto valor biológico, uma pequena quantidade de carboidrato e pouca gordura e lactose; o whey protein isolado, com 90% de proteínas por porção e sem lactose; e o whey protein hidrolisado, no qual a proteína é mais "quebrada", facilitando a metabolização, sendo a mais indicada para idosos, acamados e pessoas com problemas de digestão e absorção.

Whey protein em produtos alimentícios tem o mesmo efeito? Segundo a nutricionista, a adição de whey em produtos, como em sorvetes e barrinhas de cereais, aumenta o número de proteínas ingeridas, promovendo maior saciedade para quem o ingere e deixando a pessoa sem fome por mais tempo.


Usar whey protein aumenta o risco de formar pedras nos rins? Segundo a nutricionista, sim. Gabriela explica que o uso indiscriminado e exagerado do produto, assim como a alta ingestão de qualquer proteína, seja animal ou vegetal, aumenta o risco de desenvolvimento de pedras no rim para quem já tem essa predisposição.


Todas as pessoas podem tomar whey protein? Não. A nutricionista afirma que pessoas com problemas renais tem o consumo contraindicado pois, por possuir muita proteína, pode sobrecarregar a função dos rins na sua metabolização. Pessoas metabolizadoras lentas de proteína, ou com problemas de digestão, como gastrite, úlcera ou colite também tem o consumo contraindicado pois, pelo suplemento ter alto teor de energia e a proteína já tem digestibilidade lenta, pode potencializar os problemas gástricos.


Só pessoas que fazem exercícios podem tomar whey protein? Não. A nutricionista explica que a suplementação com whey serve como aumento de ingestão de proteínas em idosos que apresentam perda de massa muscular (sarcopenia) e em pessoas que não conseguem realizar refeições em determinados momentos e regeneração da pele em pessoas acamadas e que não conseguem deglutir.


Quem come muita carne vermelha precisa tomar whey para ganhar músculos? De acordo com a nutricionista, o ganho de músculos varia em cada organismo, por meio do ajuste do consumo de proteínas e carboidratos. "O sucesso de ganho de músculos vem da qualidade e harmonia alimentar variada, e não focando na alta ingestão de suplementos e proteínas", afirma. Segundo ela, o ideal é ter uma dieta equilibrada, alternando o consumo de proteínas de fonte animal, como peixe, frango e carnes vermelhas, e proteínas vegetais, como grão-de-bico, feijão e lentilha.


Usar whey protein de maneira prolongada pode causar vício? Não. Gabriela explica que o suplemento não causa dependência, mas pode gerar um hábito por ser uma refeição prática e fácil de ser ingerida. A nutricionista afirma que, por ser um produto industrializado, rico em conservantes, açúcares e sódio, o ideal é verificar com um médico ou nutricionista uma alimentação mais natural e que cause menos danos ao organismo.


Vegetarianos e veganos podem usar esse tipo de suplemento? De acordo com a nutricionista, pessoas vegetarianas podem usar o suplemento. Entretanto, por ser uma proteína extraída do soro de leite de origem animal, veganos não podem fazer o uso. Nesses casos, a nutricionista afirma que aqueles que têm restrição a produtos de origem animal podem consumir suplementos proteicos à base de vegetais, como ervilha, arroz e amêndoas
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini.

 

R7

Foto: Visual Hunt

mentemHá cerca de duas semanas, passei parte da manhã de sábado na emergência de um hospital. Um homem de cerca de 50 anos movimentava-se com dificuldade – seria infecção urinária ou problema renal? – e foi atendido antes de mim. Quando eu estava conversando com a médica, o urologista para o qual o paciente tinha sido encaminhado bateu na porta para avisar à colega que o desconforto havia sido causado por um comprimido para disfunção erétil. Detalhe: o homem havia omitido a informação na consulta. Pelo visto, não está sozinho. Pesquisa realizada por cientistas de diversas universidades, entre elas as de Utah, Michigan e Iowa, nos Estados Unidos, mostrou que entre 60% e 80% das pessoas não dizem toda a verdade para seus médicos.


Com que frequência você tem se exercitado? Sua dieta alimentar é balanceada? Qual é o seu consumo semanal de bebida alcoólica? Essas são perguntas que costumam desafiar a honestidade dos pacientes. Entre os entrevistados, pelo menos um terço respondeu que mentia quando não concorda com as recomendações médicas. Quase todos argumentavam que evitavam ser julgados ou receber um sermão, mas metade dizia que simplesmente tinha vergonha de falar a verdade. Para a psicóloga Angela Fagerlin, uma das coordenadoras do estudo, a maioria das pessoas quer que seus médicos as tenham em alta conta: “os pacientes temem ser vistos como incapazes de tomar decisões acertadas”, explicou.

As conclusões foram resultado de duas pesquisas on-line: a primeira, com 2 mil participantes com cerca de 36 anos; a segunda com quase 2.500 entrevistados de 61 anos. Todos eram apresentados a sete situações nas quais é comum o paciente ficar inclinado a esconder hábitos e comportamentos de seu clínico. Depois, deveriam selecionar quais já haviam acontecido com eles e explicar por que haviam decidido faltar com a verdade. Para a professora Andrea Gurmankin Levy, o risco é considerável: “o paciente que sonega informações sobre o que come ou medicamentos que toma pode provocar consequências desfavoráveis para sua saúde, principalmente se tiver doenças crônicas”.

Para as duas pesquisadoras, que pretendem ampliar o estudo com entrevistas logo após as consultas, de modo que as pessoas contem detalhes sobre os motivos que as levaram a mentir, os médicos devem encarar isso como um alerta. “A forma como se relacionam com seus pacientes pode ser causa de eles hesitarem em se abrir, o que nos leva a outra questão: o que os profissionais devem fazer para seus pacientes se sentirem à vontade para falar?”, questionou Angela Fagerlin.

 

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Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=71609444